Basta pedalar a bike adaptada para ter o que beber. Foto: Arquivo/Luiz Valente

Conheça as bicicletas que fazem suco, moem café e tocam música em BH

BiciRangos estão presentes em eventos culturais, com desconto para quem pedala para preparar sua bebida. Já a bicicleta sonora usa ajuda de energia solar.

Basta pedalar a bike adaptada para ter o que beber. Foto: Arquivo/Luiz Valente
Basta pedalar a bike adaptada para ter suco ou café. Foto: Arquivo pessoal/Luiz Valente

Dos projetos mais variados envolvendo adaptações de bicicletas, imagine duas magrelas que, quando pedaladas, fazem suco e café. O responsável pela ideia é Luiz Valente, morador de Belo Horizonte, que customizou duas bikes cargueiras para que gerassem energia com o pedal e acionassem um liquidificador e um moedor de café. Os resultados foram as “BiciRangos”.

O que era para ser só um apoio ao carnavalesco Bloco da Bicicletinha se tornou um atrativo aos eventos culturais em BH. “As BiciRangos surgiram inicialmente como bicicletas de apoio do Bloco. São duas bikes dos Correios que comprei em 2013 de uma associação de catadores de material reciclado. Colocava bebidas em um isopor no bagageiro da frente e um forninho para churrasco atrás” conta o DJ de 36 anos.

Foto: Arquivo pessoal/Luiz Valente
Foto: Arquivo pessoal/Luiz Valente

Como funciona

Luiz Valente explica que o trabalho coletivo foi essencial para colocar a ideia em prática. “Em 2015 reformei as duas bicicletas e criei, em parceria com um serralheiro, o mecanismo que transmite a força mecânica das pedaladas – para o moedor de café na #PedalEspresso e para o liquidificador manual na #CicloSuco. Tudo foi pensado para que as bicicletas não perdessem sua função original como meio de transporte e lazer, sendo viável que elas cheguem na maioria dos eventos na cidade pedalando. Minha amiga cenógrafa, Maria Leite, finalizou com os compartimentos de madeira e outros amigos ajudaram na pintura e pilotagem”.

As food bikes #CicloSuco e #PedalEspresso foram lançadas em setembro de 2015, na Virada Cultural de Belo Horizonte. “Depois que consegui viabilizar parte dos custos com o apoio da Virada Cultural, tudo foi bem rápido e deu mais certo que esperado, graças a essas parcerias”, completa.

Quem pedala para preparar sua própria bebida tem desconto: o suco natural, que custa R$ 6, sai por R$ 5; o café, de R$ 5 sai por R$ 4.

A Auto Sound System, criada pelo DJ. Foto: Arquivo pessoal/Luiz Valente
A AUTO Sound System, criada pelo DJ. Foto: Arquivo pessoal/Luiz Valente

Sistema de som a pedaladas e energia solar

Essa não é a primeira engenhoca construída por Valente. Além das BiciRangos, ele circula com um sistema de som movido a pedaladas e energia solar chamado AUTO Sound System. “A ideia foi evoluindo, influenciado pelo projeto Maya Pedal da Guatemala”, revela.

O ciclista, que é formado em Turismo e proprietário da Vinyl Land Records, uma gravadora de vinil para artistas novos, sempre leva som para a cidade com ajuda do tempo aberto e do sebo nas canelas. “Desde 2012, quando voltei de Londres para morar em BH, eu já vinha trabalhando na ideia de um sistema de som transportado por bicicleta e movido a pedaladas e energia solar. Coincidentemente, só consegui viabilizá-lo em 2015. No final, são duas iniciativas separadas que acabam se complementando”, comemora.

Ainda não é possível viver das BiciRangos, já que o objetivo do projeto não é comercial, mas Luiz promete que não vai parar por aí. Em 2016 ele pretende levar a BiciRangos e o AUTO Sound System para circular dentro e fora de Minas Gerais e criar novos dispositivos. “A próxima BiciRango que pretendemos montar deve ser a recriação da bike de churrasco original e uma cargueira para servir chopp artesanal”, revela.

E depois? Qual será a próxima ideia do inventor-ciclista-turismólogo-DJ?

5 comentários em “Conheça as bicicletas que fazem suco, moem café e tocam música em BH

  1. Gostaria de saber o contato do Luiz Valente de BH, estamos tendo um evento em nossa empresa sobre saúde e seria interessante a bicicleta.
    Aguardo retorno.

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  2. Bom dia,
    Moro em São Paulo, pedalo um pouco pelas ruas, fazendo compras ou por lazer e saúde. Só que atualmente, está dando vergonha de ser ciclista por aqui em virtude do comoirtamentovferal dois ciclistas aqui na cidade. A ciclovia da Paulista é palco de uma falta de educação de ciclistasvdevum modo geral. Reproduzem o comportamento pouco dia motoristas, porém montados em bicicletas. Querem ultrapassar de qualquer jeito, parecem q estão numa pista de corrida, trafegam na contramão não respeitam farol de pedestres, inclusive eu quase presenciei um atropelamento nessas condições . Será q é esse o comportamento q esperamos? Que cidadania é essa? Acho q precisamos fazer uma campanha de orientacao e conscientizacao pelos meios de massa, enbolvendo prefeitura, iniciativa privada e quem estiver ligao ao ramo.

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    1. Infelizmente é o que eu vejo todos os dias nessa mesma ciclovia e também no parque do Ibirapuera. Para andar de bicicleta feliz e respeitando os outros é aceitar a natureza do veículo. Quem quer manter o “embalo” a todo momento, pois tem preguiça de pedalar, que vá andar no velódromo ou de moto/carro.

      Muitos ciclistas consideram aceitável desrespeitar e colocar a vida dos outros em risco para manter suas velocidades. Eu repito: se não quer pedalar, escolha outro meio de transporte!

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