João Doria sanciona “Lei Anticiclovia” que pode inviabilizar novas estruturas em São Paulo
Lei proposta pela base aliada e sancionada pelo prefeito torna praticamente inviável criar novas estruturas em São Paulo
Ciclofaixa é uma sinalização viária para garantir a segurança das pessoas que pedalam, da mesma forma que uma faixa de pedestres visa a segurança de quem caminha, correto? Infelizmente, não é dessa maneira que o prefeito de São Paulo e alguns vereadores de seu partido vêem a estrutura.
“O ciclista se tornou um rival dos demais meios de transporte”, afirmou João Jorge (PSDB) ao jornal Metro. O vereador é autor da Lei sancionada na terça-feira (7/11) por João Doria. A nova Lei (16.738/2017) altera a legislação anterior (14.266/2007), criando novas regras que, na prática, dificultam e limitam a expansão da estrutura cicloviária.
vê ciclista como
rival
dos outros meios
de transporte
O Vá de Bike alertou sobre esse PL em julho deste ano, em matéria onde entrevistamos o vereador. Além de defender seu projeto, ele afirmou à nossa reportagem que as “finas educativas” – quando um motorista passa perigosamente perto de uma pessoa em bicicleta, para ensiná-la a não pedalar nas ruas – ocorreriam também por falta de formação dos ciclistas (veja a entrevista). Organizações de defesa da mobilidade ativa chegaram a se reunir com alguns vereadores para tentar frear esse retrocesso, sensibilizando alguns deles, mas infelizmente não em número suficiente.
Junto a João Jorge, também assinam o PL: Adriana Ramalho, Aline Cardoso, Aurélio Nomura, Claudinho de Souza, Eduardo Tuma, Fábio Riva, Gilson Barreto, Mário Covas Neto e Quito Formiga, todos do PSDB. De acordo com o Diário Oficial, 40 vereadores ao todo aprovaram o projeto antes dele ser sancionado pelo prefeito. Apenas 9 foram contrários: José Police Neto (PSD), Antonio Donato (PT), Juliana Cardoso (PT), Soninha Francine (PPS), Alessandro Guedes (PT), Toninho Vespoli (PSOL), Patrícia Bezerra (PSDB), Sâmia Bomfim (PSOL) e Eduardo Suplicy (PT).
Lei Anticiclovia
A justificativa do PL (Projeto de Lei) chega a afirmar até que a ciclovia da Avenida Paulista prejudica os pedestres, o que deixa claro que nenhuma estrutura, por melhor implantada que esteja, escapará do crivo crítico de quem deseja que a cidade continue priorizando a circulação do automóvel.
Mas não é apenas por isso que decidimos chamar a iniciativa de Lei Anticiclovia. É porque ela tem o potencial de inviabilizar a implantação de qualquer nova ciclovia na cidade de São Paulo. QUALQUER. CICLOVIA.
Um dos pontos principais da alteração da Lei é a necessidade de apresentação de estudos de “demanda, viabilidade e impacto viário” que, por não terem nenhuma especificação ou detalhamento sobre seus requisitos ou sobre a avaliação de seus resultados, dão margem a interpretações e aplicações bastante subjetivas. E é aí que mora o perigo.
Só se não ocupar espaço do automóvel
O “impacto viário” pode vir a ser entendido como qualquer alteração que afete a circulação ou o estacionamento de automóveis. Isso significa que, a partir dessa Lei, ciclovias ou ciclofaixas que ocupariam espaço do viário antes dedicado aos carros – mesmo áreas de estacionamento – poderão ser barradas.
Com isso, são grandes as chances de que novas estruturas só sejam aprovadas em canteiros centrais de avenidas (isso se não infringirem outro requisito, a existência de demanda prévia), o que elimina por completo a possibilidade de termos uma malha ampla e conectada.
E não adianta sermos otimistas e contarmos com uma possível boa intenção da Secretaria de Mobilidade e Transportes: com essa Lei aprovada, qualquer expansão ou alteração proposta pelo executivo poderá ser impedida na justiça por infringir a legislação municipal, ainda mais com o Ministério Público que temos. A situação pode ser muito pior do que parece.
Só onde ciclistas já circulam
Sabe aquela avenida perigosa, com caminhões, ônibus e motoristas de automóvel apressados que deixam qualquer um com medo de pedalar? Seria muito bom ter uma ciclovia nela, né? Pelo jeito, pode esquecer: ao exigir “estudos de demanda”, qualquer via onde não exista previamente um fluxo de bicicletas inquestionável deixará de ser candidata a receber uma ciclovia.
É fato conhecido que as ciclovias têm efeito indutor de demanda. Em São Paulo, o uso da bicicleta aumentou 66% entre 2014 e 2015, quando as estruturas começaram a ser implantadas em larga escala. Só na Rua da Consolação, a quantidade de ciclistas mais que triplicou após a implantação da ciclovia (227%).
demanda prévia,
ciclovia mais usada
de São Paulo
não teria
sido construída
A estrutura da avenida Faria Lima é o exemplo mais claro: implantada onde antes não havia praticamente nenhum ciclista trafegando, hoje tem mais de 2 mil viagens diárias, sendo a mais utilizada da cidade.
E para não ficar apenas nos exemplos paulistanos, Nova York também teve um aumento espantoso no uso da bicicleta após implantar 480 km de ciclofaixas num espaço de 5 anos, além de um grande corredor de ciclovias. O então prefeito Michael Bloomberg chegou a declarar que usuários de transporte público, ciclistas e pedestres eram mais importantes que os motoristas que congestionavam a cidade, além de afirmar que as ruas “não são para os carros”.
Só se não for caro
O texto da Lei não especifica o que seriam os “estudos de viabilidade”, mas isso pode ter sido proposital. Assim, qualquer argumento que possa ser remotamente considerado como uma suposta inviabilidade pode cair nessa definição. Tem uma escola ali? Carimba como inviável. Tem um ponto de táxi? Inviável. Viaduto? Inviável. Entrada de um condomínio? Inviável! E se nada disso colar, é só dizer que é muito caro.
E o que é caro, afinal? Para uma prefeitura que pretende aplicar R$ 350 milhões em recapeamento de vias como a Avenida Paulista (que claramente não precisa dessa intervenção), e que pretende pedir um empréstimo de um bilhão para estender esse recapeamento a mais ruas na cidade, os R$ 80 milhões gastos nos 400 km de ciclovias paulistanas não deveriam ser preocupantes, certo?
são vistas como
gasto e desperdício
em São Paulo
Em teoria, não. Na prática, o problema é a forma como se vê a estrutura cicloviária. Em vez de ser entendida como um investimento para proteger a população que usa ou virá a usar a bicicleta, ela ainda é vista amplamente como gasto e desperdício. O próprio autor da Lei em questão chegou a afirmar que as ciclovias eram um “desperdício de dinheiro público”. Enquanto essa mentalidade não mudar, continuaremos vendo amigos nossos morrendo pelas ruas.
E essa visão distorcida não é exclusiva de legisladores, ela está disseminada em grande parte da população. Isso tem que mudar. Façamos nossa parte convencendo, pelo menos, a cabeça de quem está próximo de nós: nossos familiares e amigos. Essa mudança só vai acontecer de baixo para cima.
Só onde não houver comércio (nem residências)
A justificativa do PL afirma que “vias comerciais inteiras foram afetadas por ciclofaixas”, atribuindo às estruturas um suposto insucesso de comerciantes. Como se utilizar o espaço público como estacionamento particular fosse um direito sagrado, vilipendiado pela sinalização de trânsito. Ou como se ciclistas não consumissem nunca e espantassem os “clientes de verdade”.
O próprio prefeito João Dória, em mais de uma ocasião, afirmou que as ciclovias “prejudicam a sobrevivência de famílias” – o que sabemos não ser verdade, o problema é bem outro. Mas essa declaração apela ao emocional e joga comerciantes e população em geral contra os ciclistas, ganhando seu apoio em uma cruzada anticiclovias, da qual vemos agora, com essa Lei, uma das maiores investidas até o momento. Como consequência de posicionamentos públicos como esse, a animosidade contra quem pedala vem crescendo desde as últimas eleições, o que se traduz no aumento de mortes de ciclistas na cidade, um índice que vinha caindo dramaticamente nos anos anteriores.
Nâo por acaso, a Lei sancionada agora determina a realização de Audiências Públicas para implantação de novas estruturas. Dessa forma, comerciantes e moradores de vias onde as ciclovias ou ciclofaixas seriam implantadas (e que não têm sua vida posta em risco diariamente por sua ausência) podem se posicionar contrários à implantação, com argumentos como “ciclista não presta” ou “ciclovia atrapalha o trânsito“, e alegando, pela sua presença em peso na audiência, que as ciclovias seriam um simples “interesse de minoria” (como afirma até mesmo a justificativa do PL).
Curioso que outras iniciativas de sinalização de tráfego para aumentar a segurança, como semaforização de um cruzamento, pintura de uma faixa de pedestres ou implantação de uma lombada, não demandem audiências públicas para ampla aprovação popular. Se há risco à vida, o viário e sua sinalização devem ser adaptados. Nada deveria ser mais importante que a vida, sobretudo a conveniência de estacionar um carro em frente ao imóvel para não precisar atravessar a rua ou andar cem metros.
Ciclorrotas em vez de ciclofaixas
A Lei também abre espaço para “faixas compartilhadas” com os automóveis, o que nada mais são que as ciclorrotas. Nelas, o ciclista fica em meio aos carros, motos, ônibus e caminhões, tendo como única proteção um pictograma de bicicleta no asfalto e placas sinalizando a presença de ciclistas.
Várias ciclorrotas foram implantadas em São Paulo entre 2011 e 2013, com pouco ou nenhum efeito prático. Sem manutenção na sinalização, quase todos os pictogramas já se apagaram.
O artigo 3º da Lei recém-promulgada revoga trechos da Lei anterior, entre eles um parágrafo definindo que a ciclorrota deveria ser utilizada “somente em casos especiais para dar continuidade ao sistema cicloviário ou em parques”, quando não fosse possível a construção de ciclovia ou ciclofaixa.
Dessa forma, a ciclofaixa passará a ser utilizada quando não for possível uma ciclovia segregada, em vez das atuais ciclofaixas. Isso está escrito explicitamente no texto da nova Lei.
Outro parágrafo revogado permitia a criação de espaços compartilhados com pedestres, como na Avenida Sumaré, com isso não serão mais implantados. Mais trecho que deixa de valer é o que determinava que bicicletários públicos ou privados deveriam ter controle de acesso.
Mobilização popular é necessária e urgente
Quando o Ministério Público tentou barrar a implantação de ciclovias na cidade em 2015, demandando inclusive que as estruturas já implantadas fossem desfeitas, milhares de pessoas foram às ruas, em São Paulo e em mais de 45 outras cidades, protestar contra a ação. A indignação se espalhou para além da capital paulista, pelo entendimento de que aquele retrocesso abriria um precedente perigoso para a mobilidade ciclística em todo o país. Por fim, o Tribunal de Justiça suspendeu a ação, o que foi motivo de grande comemoração.
Embora a ameaça não seja tão claramente visível agora quanto era naquela ocasião (pois havia a ameaça aberta de remoção de estrutura), nos encontramos em situação bastante semelhante. Essa Lei, aprovada pelos vereadores e sancionada pelo prefeito sem o “amplo debate” que ela mesma exige para as ciclovias, tem o potencial de inviabilizar qualquer nova estrutura cicloviária em São Paulo. E pode servir de exemplo para outras cidades, cujos gestores também prefiram continuar privilegiando o deslocamento em automóvel em detrimento das vidas de quem pedala.
A mobilização dos cidadãos que têm suas vidas diretamente ameaçadas pela falta de estrutura cicloviária é necessária e urgente. Não podemos permitir que se configure um cenário onde qualquer nova ciclovia possa ser barrada na justiça, nos fazendo estagnar no tempo e nas estatísticas de mortes em uma disputa injusta e desequilibrada por espaço viário, onde a um lado – aquele que fere, esmaga e mata – será garantido manter todo o espaço disponível. Permite-se, por omissão, inação e também por atuação ativa, que essas mortes continuem acontecendo.
Regra contraria legislação vigente
Por exigir que as estruturas não impactem a circulação de automóveis, a Lei proposta pela base aliada do prefeito e sancionada pelopróprio contraria as diretrizes do Plano Diretor Estratégico de São Paulo (PDE), que tem força de Lei Municipal. Uma delas estabelece a “prioridade no sistema viário para o transporte coletivo e modos não motorizados”.
O PDE também determina que a cidade deve “desestimular o uso do transporte individual motorizado”, “adaptar as condições da circulação de transportes motorizados a fim de garantir a segurança e incentivar o uso de modais não motorizados”, “garantir o deslocamento seguro e confortável de ciclistas em todas as vias” e “implantar redes cicloviárias”, entre outros apontamentos. Em outras palavras, reduzir o espaço do automóvel para implantar estrutura cicloviária está previsto no Plano Diretor.
Da mesma maneira que o PDE, a Política Nacional de Mobilidade Urbana (PNMU), que tem força de Lei Federal, tem como uma de suas diretrizes a “prioridade dos modos de transportes não motorizados sobre os motorizados”, determinando que o uso de bicicletas deve ter prioridade sobre o uso do automóvel. A construção de ciclovias cumpre, também, uma das diretrizes dessa Lei, que determina ainda a “dedicação de espaço exclusivo nas vias públicas para os serviços de transporte público coletivo e modos de transporte não motorizados”, entre outras citações. Portanto, realocar espaço viário para a implantação de ciclovias e ciclofaixas está previsto também na PNMU.
Por ser Lei federal, a PNMU deve prevalecer sobre a Lei Anticiclovia. Se ela diz que deve haver dedicação de espaço viário para as ciclovias, então deve haver. Se ela diz que os transportes ativos devem ter prioridade sobre os motorizados, então a prioridade deve ser dada – inclusive no uso do viário. Lembrem-se disso nas Audiências Públicas.
Quiseram né, votaram né, se lessem o mínimo não teriam votado nesse cara, mas povo que não lê, não procura informação, é movido pelo ódio, taí agora aguentem sem reclamar!!!!
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Pois é.
E pensar que muitos ciclistas votaram nesse cara. Acreditando que ele era “amigo do ciclista” Tsi,tsi, tsi…
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Esse comentário não tem feito muito sucesso. 18 30
Quem entende de comércio são os economistas, vá ler e descubra oq a bike ajuda no comércio.
Polêmico. O que acha? 4 4
Se economista entendesse de alguma coisa o país não estaria essa zona. Qualquer português dono de padaria tem mais bom senso do que esses economistas vagabundos.
2 2
Toda obra pública passa por pelo mínimo estudo de demanda ( quantidade de futuros e atuais usuários ), viabilidade ( custo, tecnologia ), e impacto ( seja político, economia, … ). Creio que não há político que queira fazer suicídio fazendo obra baseado só no fazer de qualquer jeito. As intenções podem ser sórdidas neste caso ( corrupção, lavagem de dinheiro … ), mas sempre são calculadas. Se não o fazem há o MP para averiguar … Um exemplo disto é a troca do muro da Raia Olímpica da USP. É uma demanda ? É viável ? E o impacto ? Com certeza é um estudo de demanda ( cidade linda, mais dinheiro para os cofres públicos ), viável ( com certeza é simples ), impacto ( pretendido: uma maior visibilidade para Universidade de São Paulo ). Mesmo que seja uma obra PPP. Acabam sugando a energia e dinheiro da administração pública. Portanto, a nossa atitude é verificar não somente projetos de ciclovia, mas também o maquinário da prefeitura. AFinal quem te que dar uma olhada nestes projetos ? Administradores com certeza, porque serão cobrados por sua probidade, como toda administração é dirigida por político, acabem interferindo em quais projetos tem sinal verde. No entanto, quem tem dar uma olhada nestes projetos são os cidadãos, principalmente porque são diretamente afetados por eles.
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Mais uma vez, a GIGANTE preocupação: municípios de médio porte, como SJCampos, interior de SP,seguirem tb com a implantação de leis “anti-ciclovias” semelhantes a essa da capital SP.A parte do estudo de demanda… foi o que mais me revoltou entre todos os itens da nova lei. Sobre o copiar/seguir sampa: digo isso, pois por aqui tb tivemos, neste ano, mudança de gestão e segue bem clara a “disputa política” visto que não houve UM CENTÍMETRO DE MANUTENÇÃO em nossa atual malha cicloviária desde que o atual prefeito (Felicio Ramuth – PSDB) assumiu. Anúncio então de aumento da malha cicloviária existente (que aliás, duplicou na gestão anterior – Carlinhos de Almeida – PT)… nem pensar!!!! A sociedade vem clamando pela básica manutenção e nada até agora. E como sabemos… o estar “abandonado” (que é o que está acontencendo com nossas ciclofaixas em SJC, por ex.) é um convite à invasao, sendo portanto até uma estratégia de ação da nossa PMSJC. Assim, temos visto claramente mais veículos estacionando e circulando pelas nossas ciclofaixas que carecem de reforça da pintura delimitadora, inserção de tachões segregadores que soltaram e muito mais para reverter o abandono. Triste ver aqui e acolá as gestões municipais seguirem ainda acelerando com a lógica rodoviarista – que privilegia aos veículos privados motorizados em detrimento dos meios ativos de transporte e transporte coletivo. O pior é que o preço ALTÍSSIMO dessa lógica pagamos todos nós… indo e vindo de carro ou não. Pagamos em grana, em qualidade do meio e com as próprias vidas tb. Achava eu que estava ficando um pouco mais pra trás… o tal apocalipse motorizado diante dos avanços conquistados, com muita luta, nos últimos anos!!! Volta a ser, portanto, o pedal de cada dia a RESISTÊNCIA por si só. Vamos em frente disseminando a importância dos modos ativos de transporte (e do trans. público tb) entre mais pessoas! Seremos nós a fazer a mudança… de baixo pra cima… como sempre foi!
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A resposta tem que ser via judicial. Essa lei contraria os princípios do CTB, do Estatuto das Cidades e da lei de mobilidade, tem que ser declarada inconstitucional. Me parece tambem que tem vício de origem, pois esse assunto deve ser de iniciativa do executivo. Enquanto estiver em vigor, se os estudos de viabilidade não estiverem regulamentados, pode ser argumentada sua ineficácia.
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O projeto de lei é benéfico para ciclovias e ciclofaixas! Acho que nem o autor do blog leu a lei (por acaso a lei que citam no post nem existe). O que tem de ruim em se propor um melhor planejamento para aumentar e melhorar as ciclofaixas/vias?
“Art. 4º-A. A implantação do Sistema Cicloviário do Município de São Paulo será
orientada pelas seguintes diretrizes:
I – integração com os modos e serviços de transporte urbano;
II – preferência pela implantação de trechos cicloviários de forma contínua e
interconectada, permitindo a ligação eficiente entre bairros e distintas regiões do Município;
III – transparência e mitigação dos custos ambientais, sociais e econômicos;
IV – promoção contínua de esforços para a convivência segura entre ciclistas,
pedestres e modais de transporte motorizado;
V- incentivo à participação popular na definição dos trechos cicloviários a serem
implantados;
VI – prevalência de soluções cicloviárias tecnicamente viáveis, harmônicas com
desenvolvimento urbano sustentável e com os demais dispositivos legais pertinentes à
mobilidade urbana.”
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Ao contrário do que os não-ciclistas e pessoal do contra espalham por aí, praticamente todas as ciclovias implantadas em São Paulo atendem a esses requisitos. A ideia do projeto é outra, tanto que foi proposto por um vereador que faz campanha diária na internet contra as ciclovias. Eu você e a torcida do Flamengo sabemos que o que ele quer é burocratizar para não fazer, no melhor estilo daquela promotora que tentou barrar a ciclovia da Avenida Paulista, que pela ótica desse vereador jamais teria sido feita.
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Aí que apoio ou crítica a vereadores tem sentido. Contudo, se não conhece os políticos e projetos, qualquer manifestação vai virar massa de manobra. Então mudaça de mentalidade se faz necessária, no dia-a-dia.
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Que tristeza! Como é doloroso ver essas notícias! Quanto trabalho bom, quanto avanço na discussão da ocupação do espaço público, da sustentabilidade, jogado fora assim, quase que por capricho. Muito triste!
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A maioria dos vereadores e servidores públicos tem uma página em redes sociais. Além dos canais públicos, temos esse canais para expressar apoio ou reprovação.
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Muitas delas bloqueiam quem faz críticas. A página do autor da Lei é um exemplo disso.
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É uma inovação na gestão municipal:. São Paulo terá mais de 9 mil km de Ciclovias para Automóveis.
O prefeito assegurou ainda que vai acelerar a implantação do sistema cicloviário, depois de engatar a marcha à ré.
Sempre na vanguarda do atraso.
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Gostaria muito de ver os ciclistas em São Paulo protestando agora e durante as eleições contra esse Doria. O que ele derruba de conquista social não é brincadeira.
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Vcs leram o projeto de lei?
http://documentacao.camara.sp.gov.br/iah/fulltext/projeto/PL0223-2017.pdf
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Parágrafo único. A implantação dos trechos cicloviários deverá ser precedida pela
realização de audiências públicas e pela apresentação de estudos de demanda, de viabilidade
e de impacto viário, os quais deverão ser integralmente divulgados em sítio eletrônico próprio.
Só esse parágrafo já inviabilizou o projeto todo!
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Quando algumas pessoas aprenderem a votar. Quem sabe o país siga em frente. Essas propostas já estavam previstas e mesmo assim, algumas pessoas nem se importam, uma propaganda ganha mais votos do que saber usar o bom senso. Parabéns para a população de São Paulo. Parabéns por ajudar o pais a regredir.
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Que triste ler isso mas infelizmente eu já imaginava exatamente isso…
Vamos a luta, mais manifestações são necessárias e podem contar comigo para isso.
Precisamos de cidades mais humanas, menos caoticas, menos poluída e etc..
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Dificil entender como o Brasil, em especifico O ESTADO DE SP, conseguem ser retrógrados em assuntos de tamanha prioridade em outros paises. Valorizar o que traz mais comodidade e dinheiro em detrimento da valorização da vida e da qualidade e saude das pessoas. Meus parabéns ao “defeito”…ops…Prefeito joao Doria pelo seu minusculo cérebro e por colaborar ou talvez nao dar a minima aos ciclistas que morrem todos os dias em vias “PUBLICAS”. Ciclistas estes, que tentam colaborar e trazer tantos beneficios À sociedade ou que muitas vezes nao tem outra alternativa de transporte – ou por que o transporte publico e uma piada, ou por que vale mais pena se arriscar nas avenidas ao colaborar com a industria das multas que tiram millhoes do bolso do trabalhador e nao cumpre seu papel que é tirar de circulacao ofensores e bebados das ruas. – mas que sao ignorados por aqueles que julgam melhores cidadãos por andarem de carro e pela estupidez de um governo composto de energúmenos.
Tenho infelizmente que dizer mais uma vez que Brasil esta de Parabéns…como sempre, mais passo pra trás.
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O interessante eh que os motoristas nunca tomaram tanta multa em São Paulo como no governo do JDJ. “Acelera! Pra eu te multar!” KKKKK
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A real é que nós temos o que merecemos. Era claro que isso iria acontecer, um prefeito elitista não sabe se quer o que é andar de onibus, não era esperado que ele atendesse nada mais do que os anseios dos nossos empresários que visam o lucro em detrimento da qualidade de vida. Carro é prioridade e obrigar pessoas a comprar carros é primordial, o resto não importa.
Eu sinceramente cansei de protestar, a gente briga, briga, e quando chega nas urnas é a mesma lastima de sempre. No final isso tudo é reflexo da nossa sociedade, temos o que merecemos.
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Elitista fazendo obras no Grajaú?
Na boa , elitista é quem anda de bike de 10 k
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Foda-se. O importante são os 20 centavos.Povo ir pra rua pra voltar a sofrer, é muito burro mesmo. Quem elegeu Doria, vai eleger Huck.
Polêmico. O que acha? 7 7