Descida a Santos será dia 2/12, com apoio do Governo do Estado de SP
Tradicional Descida a Santos de bicicleta de 2018 terá pista fechada na Rodovia Anchieta e apoio das entidades estaduais
O governador do Estado de São Paulo, Márcio França (PSB), anunciou na quarta-feira, 30 de maio, que a tradicional Descida a Santos de bicicleta de 2018 será feita no dia 2 de dezembro, com pista fechada na Rodovia Anchieta e apoio das entidades estaduais.
A declaração foi feita durante cerimônia de assinatura da Lei que oficializa a Rota de Cicloturismo Márcia Prado (Lei 16.748/2018), com a presença de cerca de 200 ciclistas, no Palácio dos Bandeirantes. O Vá de Bike esteve presente e transmitimos ao vivo pela nossa fan page do Facebook. O vídeo está mais abaixo nesta página e inclui uma entrevista com o governador Márcio França.
De acordo com o governo do Estado, a Descida a Santos ocorrerá anualmente no primeiro domingo de dezembro, pela Via Anchieta (SP-150). Esse ano, a descida coletiva acontecerá entre as 6h e o meio-dia, com início na altura do km 9,7 em São Paulo, e término no km 65,6, em Santos.
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Ciclovia e passarela para ciclistas
Para que os ciclistas possam seguir com mais segurança pela Rota Cicloturística Márcia Prado até Santos, o governador autorizou a Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo) a elaborar estudos sobre a construção de uma ciclovia de seis quilômetros na Rodovia dos Imigrantes, bem como uma passarela para a transposição das pistas da Interligação, dando acesso à Estrada de Manutenção.
Márcio França também assinou documento que dá aval à concessionária Ecovias, responsável pelo Sistema Anchieta-Imigrantes, a conduzir projetos funcionais e executivos para essas adaptações. França declarou, durante a cerimônia, que iria liberar R$ 5 milhões para a construção dessas estruturas.
“Nós queremos que o caminho seja feito com segurança. Para o Estado, quanto mais pessoas fizerem o trajeto de bicicleta, melhor. Agora, com a legislação, a intervenção da Ecovias e as alterações no roteiro, a passagem poderá ser feita todos os dias”, ressaltou França. O que significa que teremos que aguardar tais alterações para poder realizar descidas.
De acordo com a imprensa do governo do Estado, a Artesp ainda “analisará a viabilidade jurídica e econômica para incluir a obra no contrato de concessão com a Ecovias”.
Com as medidas anunciadas pelo governador, a tradicional descida anual está garantida, mas nem tudo são flores: os ciclistas continuarão sendo barrados nas estradas paulistas (até mesmo na Imigrantes, enquanto a prometida infraestrutura não sair do papel). Estamos preparando matéria esclarecendo essa questão.
Ciclo Comitê Paulista
Outro anúncio foi o da criação do Ciclo Comitê Paulista, grupo que, segundo o governo estadual, “integrará eventos para debater, promover e estudar atividades para veículos não motorizados no Estado”. O grupo terá representantes das secretarias do Meio Ambiente, Logística e Transporte, Turismo e Transportes Metropolitanos. Outros órgãos estaduais ligados ao assunto integram o comitê, como a Fundação Florestal, Cetesb, Artesp, DER, Polícia Militar Rodoviária, membros do Legislativo e gestores dos municípios, além da sociedade civil.
O vídeo que transmitimos ao vivo (mais abaixo, nesta página) traz também uma entrevista com o advogado Aparecido Inácio Ferrari de Medeiros, que participou ativamente desse processo e representará a OAB-SP no Ciclo Comitê Paulista. A entrevista começa aos 3:10 da transmissão.
Resistência e repressão dando lugar a apoio
A Rota Márcia Prado é o trajeto cicloturístico que liga a cidade de São Paulo, no planalto paulista, a Santos, no litoral do estado. A Descida a Santos ocorre anualmente em dezembro desde 2008, com uma quantidade cada vez maior de ciclistas se deslocando pelo roteiro, muitos vindo do interior paulista ou mesmo de outros estados.
Organizada de maneira colaborativa e informal, se tornou uma tradição entre cicloturistas e ciclistas em geral, mesmo com forte resistência da concessionária Ecovias, do grupo EcoRodovias, que historicamente solicita apoio da Polícia Rodoviária para impedir ciclistas de descerem a serra, mesmo isoladamente, com conivência e omissão do governo estadual e da Artesp – agência reguladora que deveria defender os interesses dos cidadãos e não das concessionárias.
A alegação é de falta de segurança viária – segurança essa que a concessionária e os órgãos estaduais têm obrigação de fornecer a todos os usuários, de acordo com o artigo 21, item II, e com o artigo 1º, § 2º do Código de Trânsito Brasileiro (CTB – Lei Nº 9.503/97). Também já chegaram a alegar que o impedimento se devia ao risco de passar pelos túneis, que não têm acostamento, mas o trajeto utilizado pelos ciclistas segue pela Estrada de Manutenção, acessada ainda no planalto, até a Rodovia Anchieta, já no litoral, sem passar por um único túnel em todo o percurso.
Em dezembro de 2017, a repressão chegou a um nível nunca antes imaginado. Os cicloturistas, que trafegavam pela Rodovia dos Imigrantes para acessar a Estrada de Manutenção, foram conduzidos pela Ecovias até a rodovia Anchieta, onde foram retidos em um dos acessos, enquanto aguardavam pacificamente uma possível liberação. Para isso, a Polícia Rodoviária fechou a Rodovia Anchieta para impedir que os ciclistas trafegassem por ela, com a justificativa de impedir que atrapalhassem o fluxo de automotores, numa atitude que prejudicou não apenas quem estava de bicicleta mas também quem precisava se deslocar de carro.
Se os ciclistas tivessem sido liberados, ainda que ocupando toda a Rodovia Anchieta, a interrupção no fluxo de outros veículos teria sido muito menor. E se tivessem seguido seu trajeto original, sendo conduzidos por sobre o trevo da Interligação na Imigrantes para acessar a Estrada de Manutenção, não seria nem mesmo necessário interromper totalmente o fluxo de carros, apenas intervir pontualmente em um dos acessos do trevo, coordenando a alternância de passagem entre carros e bicicletas.
Depois de duas horas sob sol forte, chegaram dois blindados (“caveirões”) com policiais do Choque, que atuaram agressivamente para dispersar as pessoas que pretendiam tão somente viajar, com o uso de bombas de gás lacrimogêneo e jatos d’água. Os ciclistas fugiram pela contramão da Rodovia Anchieta e também de volta à Interligação, cruzando desesperadamente pistas das rodovias entre os carros em movimento e tendo que voltar à capital sem água e comida, que tinham se esgotado depois da longa espera. Cenas lamentáveis violência injustificada e negação de direitos, que esperamos nunca mais se repetirem.
Lei Nº 16.748, de 30 de maio de 2018
(Projeto de lei nº 569, de 2017, do Deputado Davi Zaia – PPS)
Institui a rota de cicloturismo “Márcia Prado”O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO:
Faço saber que a Assembleia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte lei:
Artigo 1º – Fica instituída a rota de cicloturismo “Márcia Prado”, no Estado.
Artigo 2º – A rota de que trata o artigo 1º consiste em roteiro turístico cicloviário que liga os Municípios de São Paulo e Santos, passando pelos Municípios de São Bernardo do Campo e Cubatão, descendo pela Estrada da Manutenção e cruzando o Parque Estadual da Serra do Mar.
Artigo 3º – O Poder Executivo, por meio dos órgãos competentes, disciplinará o detalhamento técnico para o perfeito cumprimento desta lei.
Artigo 4º – As despesas decorrentes da execução desta lei correrão à conta de dotações orçamentárias próprias, suplementadas se necessário.
Artigo 5º – Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Palácio dos Bandeirantes, 30 de maio de 2018
MÁRCIO FRANÇA
Carlos Renato Cardoso Pires de Camargo
Secretário de Esporte, Lazer e JuventudeMaurício Benedini Brusadin
Secretário do Meio AmbienteJosé Roberto Aprillanti Junior
Secretário de TurismoClaudio Valverde Santos
Secretário-Chefe da Casa CivilPublicada na Assessoria Técnica da Casa Civil, em 30 de maio de 2018.
Acidentes do Pedal Anchieta 2018
Segundo a Polícia Rodoviária, no percurso, foram registrados 19 acidentes, sendo 15 com vítimas leves, duas moderadas e duas graves. Um homem se acidentou no Km 49 da rodovia. O capacete que ele usava rachou com a queda, e ele foi encaminhado ao Pronto Socorro Central de Cubatão.
De acordo com a direção do PS, oito ciclistas receberam atendimento na unidade. Um homem de 60 anos chegou desacordado, vítima de traumatismo crânio-encefálico, passou por avaliação, fez exames de raios-X e outros exames de imagem e foi transferido ao Hospital Municipal de Cubatão, onde está internado na UTI, respirando com a ajuda de aparelhos.
Outro homem, de 56, também sofreu um trauma de crânio, mas está consciente. Passou por avaliação, fez exames e foi transferido ao Hospital Municipal, onde continua em observação. Um homem de 35 anos teve trauma na face, também passou por avaliação médica e exames de imagem, e aguarda liberação de vaga em hospital de referência.
Outro ciclista, de 58 anos, deu entrada no PS, porém, após passar por avaliação médica, evadiu-se do local. Dois ciclistas, uma mulher de 45 anos e um homem de 40, sofreram fratura no braço direito. Após atendimento e medicação, foram liberados. Uma mulher de 53 anos e um homem de 37 tiveram apenas escoriações e já foram para casa.
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+ 40000 (quarenta) mil pessoas VS 19 “acidentes”
Pra min(q nao fui por que nao deu mesmo,nen moro em SP)foi um bom saldo.
No video da Falzoni(canal Bikeélegal) ela deixa claro,é “cada um por si”no sentido bom da palavra,é todo mundo se ajudando,mas sem contar (somente)com a sorte ou ajuda,pois o maximo de fora q se podia esperar é que,desta vez,a policia/estado pelo menos nao baixase o sarafo nos ciclistas,como no ano passado…
Fora isto,era cada um por si,todo mundo se ajudando como puder,da maneira possivel.Ela deu dicas,como levar (bastante)agua,manutençao preventiva da bike,tudo antecipando-se ao longo trecho,etc,pois NADA disto estaria presente no passeio,como esta nos passeios ciclisticos tipicos,com melancia,paçoca,agua e apoio/recolhimento/caminhao vassoura,mas q custao em media 70R$,com cafe e almoço .Ela tbm explica o porque de nao cobrar.
Nao se confunda,nao foi um passeio,foi(e sempre foi descrito como) uma cicloviagem
Estes acidentes,pelo q li,infelizmente forao ocasionados por imprudencia.Eles servirao de liçao pras proximas ediçoes.
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O Grupo Ecologico Amigos do Ciclismo de São Caetano do Sul-SP apoia esta maravilhosa iniciativa que muitas decadas batalhamos,parabens a todos e estamos disponivel para qualquer debate.
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O Grupo Ecologico Amigos do Ciclismo de São Caetano do Sul apoia esta maravilhosa iniciativa,divulgando ha decadas este meio de transporte parabens a todos e estamos disponivel para qualquer debate.
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gostaria de saber onde fazer a inscrição ?
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Vamos. Ter consciência no trajeto
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Estou acostumada pedalar 55,60km… Gostaria de saber se o trajeto é muito difícil se qualquer pessoa pode fazer, em alguns vídeos, vi crianças também…
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Pode descer de skate tb?
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EU AINDA NÃO RECEBI MEU NUMERO DO CADASTRO PARA PODER DESCER A SERRA
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