Conheça os Ciclistas Bonequeiros, que unem bicicleta, arte e teatro
Com um pequeno palco nas garupas das bicicletas, grupo leva teatro de bonecos para as ruas, praças e parques da cidade de São Paulo.
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Sair do espaço convencional dos teatros e ocupar parques, praças e espaços públicos. Assim nasceu o grupo “Ciclistas Bonequeiros“, que atua num modelo conhecido como teatro lambe-lambe e com estética do teatro de brinquedos.
De acordo com o site do projeto, eles são “um grupo que pesquisa o teatro de animação em suas variadas formas, mais especificamente o teatro lambe-lambe, modalidade que se inspira nos antigos fotógrafos que circulavam pelas praças do país. Esses fotógrafos saíram dos seus estúdios, onde poucos tinham condições de ter um retrato e vão para as ruas, dando a oportunidade para todos”.
Mais do que encenar e disseminar a cultura de rua, o projeto propõe uma ocupação do espaço público em busca de histórias escondidas e perdidas no tempo e no espaço. “A ideia é a democratização do teatro e sua descentralização, já que o grupo consegue levar o teatro para qualquer lugar e qualquer pessoa assiste! Por isso, nos assemelhamos aos circos, que escolhem uma parada e cultivam seu público neste lugar”.
A bicicleta
Mas onde está a bicicleta em todo esse contexto lindo e lúdico? Os artistas – munidos de suas habilidades plásticas e cênicas – exercem todo o trabalho em cima de duas rodas. Saem por aí sobre bicicletas, livres, autônomos, oferecendo arte itinerante através de performances e manipulação de bonecos confeccionados com materiais reciclados e reutilizados.
São pequenas caixas cênicas que contêm histórias a serem contadas, transportando o mundo teatral para as ruas, com luzes, sons e cenários.
O espetáculo não pode parar
Os Ciclistas Bonequeiros prepararam novas histórias – dessa vez sobre os circos itinerantes – mas precisam da nossa ajuda para colocá-las em prática. O grupo está arrecadando verba para a compra de equipamentos e a confecção de novas histórias.
A arrecadação é feita via crowdfunding (financiamento coletivo), de forma que as pessoas possam colaborar com o projeto com valores a partir de R$10, obtendo recompensas.
Este ano eles resolveram homenagear a arte circense e realizar uma pesquisa, produção e apresentação de caixas cênicas sobre histórias dos antigos artistas circenses que frequentavam o Café dos Artistas, encontros que aconteciam todas as segundas-feiras nos bares do Largo do Paissandu, Centro de São Paulo.
O resgate da memória da cidade é um dos eixos norteadores do grupo, que busca valorizar os espaços da cidade como espaços de convivência e, no caso do Centro de São Paulo um trabalho de revalorização de lugares hoje esquecidos e degradados. “Produziremos 3 caixas, cada uma contando uma história diferente, que pode ser de um artista ou situações especiais que tenham acontecido no Café dos Artistas. Registraremos em áudio, vídeo e foto a nossa pesquisa e com esse acervo de registro produziremos um mini documentário sobre todo o processo de criação desta série de caixas”, diz o projeto.
O mínimo que precisam arrecadar para tocar o projeto é R$ 2.500, até 2 de maio. Mas se arrecadarem mais pretendem estender o projeto: “se conseguirmos arrecadar R$ 4.500, produziremos um mini documentário que todas as histórias que recolhermos e com as caixas cênicas criadas pelos ‘Ciclistas Bonequeiros’, para que as histórias não se percam mais”.
Vamos ajudar a tornar este projeto uma realidade nos espaços públicos de São Paulo, levando (boas) histórias, arte, cultura e VIDA para as ruas de São Paulo!
Estes exemplos é que devem nos fazer refletir que devemos cuidar destes trabalhadores que usam bicicleta como meio de transporte ou até mesmo no próprio trabalho. Estes em particular valorizam o espaço público ( claro, desde que estes cuidem do espaço público também, não apenas como mero ponto de venda e atrapalham o fluxo de pessoas, biciletas e carros como muito ambulantes fazem. ) tornando a vida de muitos que passam naquele lugar, mais agradável e rica.
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