
Pôr do Sol sobre a Lagoa Mundaú, visto da estrada de terra que liga Fernão Velho a Bebedouro. Foto: Willian Cruz
A bicicleta é uma das melhores maneiras de se conhecer uma cidade ou região. Você passa em um ritmo onde é possível perceber detalhes, sentir o lugar, conversar com pessoas, fazer paradas onde e quando quiser para não perder nenhum momento, imagem ou pessoa importante.
Ao mesmo tempo, a bicicleta permite atingir distâncias muito maiores do que se andássemos a pé. Nesse dia, pedalamos 68km e conhecemos várias cidades ao redor de Maceió. Pude ver e conhecer muito da região. Coisas que não teria visto de carro, em lugares que eu não teria visitado.

Estrada para o Broma. Pedalamos até lá, mas decidimos não entrar e seguimos viagem. A estrada é muito bonita, mas com alguns pontos de areia fofa onde é um pouco difícil pedalar. Foto: Willian Cruz
Para dar um exemplo, conto o que vi na cidade de Coqueiro Seco. Depois de um subidão para chegar no topo da cidade, paramos numa vendinha para pedir informação sobre o caminho. Atrás do balcão, uns pães muito bonitos, que o Carlinhos a princípio não botou muita fé, mas eu não pensei duas vezes: “me vê um desses com bastante manteiga”. Depois de ouvir o barulho que fez quando eu mastiguei o pão crocante, que estava muito bom, Carlinhos resolver pedir um para ele também e não se arrependeu.
Mas não é sobre isso que quero contar, apesar de ter gostado de parar ali para experimentar um pão local e conversar um pouco com o pessoal do lugar. Enquanto estávamos ali comendo, passou um carro vendendo algodão doce e quebra-queixo, chamando as crianças pelo alto falante. Até aí, tudo bem; o que me surpreendeu foi que eles anunciavam que não só vendiam, mas trocavam plástico, vidro e latas de alumínio pelos doces. Um raciocínio inteligente: assim ele consegue juntar mais material reciclável e as crianças conseguem doces que, de outra forma, não teriam como comprar. Se eu fosse criança, ia procurar plástico e lata pela rua todo dia… 😀

Estrada para Coqueiro Seco, atrás da Lagoa Mundaú. Casas de taipa (barro amassado) são comuns no interior do estado. Foto: Willian Cruz
Para conhecer um lugar, você deve conhecer o povo e sua cultura, que são a maior riqueza de uma terra. Use bicicleta, veja com calma as paisagens, converse com as pessoas na rua e conheça o que há de melhor por onde você, de carro, passaria com pressa demais para aproveitar.
Galeria
- Começamos comprando algumas coisas para comer no caminho. Foto: Willian Cruz
- Praia em Maceió. Foto: Willian Cruz
- Praia em Maceió. Foto: Willian Cruz
- Ciclovia na orla de Maceió. Foto: Willian Cruz
- Praia em Maceió. Foto: Willian Cruz
- Cruzando a ponte sobre a Lagoa Mundaú. Foto: Willian Cruz
- Estrada para o Broma. Foto: Willian Cruz
- Estrada para o Broma. Foto: Willian Cruz
- Em alguns trechos a estrada é de areia. Foto: Willian Cruz
- Lagoa Mundaú. Foto: Willian Cruz
- Lagoa Mundaú. Foto: Willian Cruz
- Lagoa Mundaú. Foto: Willian Cruz
- Estrada para Coqueiro Seco. Foto: Willian Cruz
- Coqueiro Seco, às margens da Lagoa Mundaú. Foto: Willian Cruz
- Parada para se alimentar, em Coqueiro Seco. Foto: Willian Cruz
- Rod. D. Pedro II (AL-401), na parte alta do trajeto, entre Coqueiro Seco e Santa Luzia do Norte. Foto: Willian Cruz
- Rod. D. Pedro II (AL-401), na parte alta do trajeto, entre Coqueiro Seco e Santa Luzia do Norte. Foto: Willian Cruz
- Rod. D. Pedro II (AL-401), na parte alta do trajeto, entre Coqueiro Seco e Santa Luzia do Norte. Foto: Willian Cruz
- Rod. D. Pedro II (AL-401), na parte alta do trajeto, entre Coqueiro Seco e Santa Luzia do Norte. Foto: Willian Cruz
- Rod. D. Pedro II (AL-401), na parte alta do trajeto, entre Coqueiro Seco e Santa Luzia do Norte. Foto: Willian Cruz
- Vai começar a descida! Foto: Willian Cruz
- De volta às margens da Lagoa. Rod. D. Pedro II (AL-401), na parte alta do trajeto, entre Coqueiro Seco e Santa Luzia do Norte. Foto: Willian Cruz
- Estrada que liga Fernão Velho a Bebedouro. Foto: Willian Cruz
- Por do sol sobre a Lagoa Mundaú, visto da estrada que liga Fernão Velho a Bebedouro. Foto: Willian Cruz
- Barco na Lagoa Mundaú. Foto: Willian Cruz
- Por do sol sobre a Lagoa Mundaú, visto da estrada que liga Fernão Velho a Bebedouro. Foto: Willian Cruz
- Por do sol sobre a Lagoa Mundaú, visto da estrada que liga Fernão Velho a Bebedouro. Foto: Willian Cruz
- Barco na Lagoa Mundaú. Foto: Willian Cruz
- No final da pedalada, água de coco para reidratar, nas barracas da orla de Maceió. Foto: Willian Cruz
COMO FAÇO PARA PARTICIPAR DO GRUPO DE CICLISMO?
Oi William Cruz! Salve irmão
Sou ciclista de SP mas estou em Maceió e procuro oportunidade para trabalhar com cicloturismo em Maceió. Pode me indicar alguém/empresa ou parceiro para empreender isto?
Gratidão
Olá, tem algum grupo ou agência de Maceió que faz esse tipo de passeio. Estou indo dezembro e estou procurando um passeio desses.
[…] – Conhecendo de bike a região de Maceió (AL) […]
Cidade pequena tem disso muito mais consciencia ecologia e muito mais ideias criativas do que as cidades grandes onde tudo gira em volta do dinheiro
William, o Alexandre (amigo do Carlinhos) havia dito que você viria a Maceió e ficou de avisar sobre o dia. Como ele passou o fim de ano no sul do país, terminou havendo um desencontro e não ficamos sabendo a época que você estaria por aqui. Por coincidência, assim que terminamos de escrever no blog da Bicicletada de Maceió (sobre assunto semelhante), chegou um e-mail do Alexandre mostrando sua passagem por aqui. Espero que tenha gostado e que volte outras vezes.
Daniel, voltarei sim, pode ter certeza. E fique ligado que ainda vou postar aqui fotos e relato da viagem de Maragogi a Maceió pelas praias. Abraço!
[…] O Willian Cruz, cicloativista de São Paulo, tem pedalado em Alagoas e escreveu a respeito no blog Vá de Bike: A bicicleta é uma das melhores maneiras de se conhecer uma cidade ou região. Você passa em um […]
Estou enojado com motoristas que marginalizam ciclistas,como se fossem donos dos espaços.fiz a mesma experiência no litoral norte paulista e percorri duas cidades(ubatuba e caragua)adorei.acho que os sedentários poluidores deveriam fazer o mesmo.
Demais!