Os paraciclos adotados são em U invertido, fixados ao solo. O tipo ideal. É o mesmo padrão adotado pela prefeitura em diversos outros locais da cidade. A imagem acima é da Biblioteca Mário de Andrade. Foto: SME/Divulgação

Paraciclos nas escolas municipais de São Paulo

A Secretaria Municipal de Educação de São Paulo pretende instalar paraciclos nas escolas municipais e CEUs da cidade. Veja como solicitar, até dia 31 de agosto!

Os paraciclos adotados são em U invertido, fixados ao solo. O tipo ideal. É o mesmo padrão adotado pela prefeitura em diversos outros locais da cidade. A imagem acima é da Biblioteca Mário de Andrade. Foto: SVMA/Divulgação

Em uma atitude extremamente positiva, a Secretaria Municipal de Educação (SME) pretende instalar paraciclos (suportes para estacionar bicicletas) nas escolas municipais e CEUs da cidade de São Paulo. “Sabemos que a demanda dos alunos que se utilizam da bicicleta para chegar à escola é enorme e pode ser ampliada”, diz o secretário Alexandre Schneider. “Precisamos do apoio de toda rede para aderir ao comunicado, assim podemos ampliar esta oferta por paraciclos”.

O anúncio em sua página do Facebook gerou alguma polêmica, com professores preocupados com a segurança dos alunos que pedalariam pelas ruas até a escola. Mas outros educadores os lembraram que muitos alunos  o fazem, bem como alguns professores e mesmo pais de alunos, principalmente na periferia. E essas pessoas hoje não têm onde parar suas bicicletas, tendo muitas vezes que deixá-las na rua. Como um dos participantes do debate nessa página bem ressaltou, “a maioria dos pais de alunos mora num raio de 1km da escola” e usam ou podem usar a bicicleta para levar as crianças, sobretudo nas regiões mais afastadas do centro. Fechar os olhos para a demanda existente não faz com que ela desapareça.

Oferecer paraciclos nas escolas significa apoiar e respeitar os alunos e pais que já utilizam a bicicleta para chegar até elas. E serve de exemplo para outros órgãos públicos, que devem pensar em como podem ajudar a mobilidade por bicicleta dentro de suas esferas de atuação. Portanto, a Secretaria de Educação ensina com essa atitude que o apoio à bicimobilidade é feito de várias pequenas ações somadas. Se cada órgão ou entidade ficar esperando algum outro dar o primeiro passo, continuaremos sempre parados.

Números
13 Diretorias Regionais de Educação 

864 Escolas de Ensino Infantil

541 Escolas de Ensino Fundamental

45 CEUs

Mais de 990 mil alunos na Rede

57 mil educadores

83,5 mil servidores

Como ajudar

A SME enviou um comunicado às escolas municipais (EMEFs) e CEUs (Centros Educacionais Unificados) pedindo sua adesão para implantação de paraciclos nas unidades. Mas para que os paraciclos possam ser instalados, é necessário que a entidade manifeste seu interesse até 31 de agosto de 2011 à DRE (Diretoria Regional de Educação). A instalação é imediata após adesão.

Pais, alunos, professores e amigos do bairro devem pedir ao gestor do CEU ou diretor da unidade de ensino fundamental ou infantil para aderir ao comunicado. Este deverá reportar as quantidades para a Diretoria Regional de Educação. Caso haja resistência do diretor, a DRE deve ser informada diretamente.

Segundo a SME, a DRE “Freguesia do Ó/Brasilândia” já solicitou a instalação de 78 paraciclos. O pedido inclui até mesmo pedidos para CEIs (creches), mostrando que os paraciclos atendem também a pais e alunos. O CEU Parelheiros já está com os 20 paraciclos solicitados dentro desta ação, que foram instalados em menos de uma semana.

7 comentários em “Paraciclos nas escolas municipais de São Paulo

  1. Oi pessoas.. ó eu aqui de novo 🙂

    Devido a minha teimosia pra estacionar a bike no chão da DRE onde trabalho, tive os pneus esvaziados umas 5 vezes. Percebi também que o mesmo acontecia com os carros das chefias de forma discreta. Quando foram reclamar para o responsável pela guarda dos automóveis, o mesmo já foi colocando a culpa em mim, dizendo que eu era um moleque enxerido e metido a atleta, que eu deveria pagar porque era um infrator e talz.. enfim, o sujeito não conseguiu se justificar adequadamente e teve que responder também por falsa acusação, pois não havia prova nem suspeita sobre minha pessoa e, depois que minha chefia se queixou à do guarda, ele levou ferro do superior mais de uma vez.

    Hoje minha magrela fica segura no chão, tem mais umas 7 pessoas vindo de bike, já fiquei sabendo que outros pensam em fazer o mesmo e sobre uma possível mobilização interna, além do que o guarda abre a cancela quando nós entramos e saímos, sem problema algum.

    Ainda não está como deve, mas sinto que as coisas começaram a mudar por aqui, cada dia vejo mais gente usando a cabeça e pondo as pernas pra trabalhar (contente por hora) 😀

    Abração aew!
    Marco.

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  2. Willian, Marco e Pasqua,

    Vamos encaminhar as solicitações do Marco.
    As questões pontuais, particularmente em São Miguel Paulista, devemos tratar à parte. O fato é que até o momento recebemos solicitação para implantar paraciclos em mais de 50% da Rede, o que representa um avanço considerável.
    Infelizmente ainda não recebemos nenhuma manifestação da DRE São Miguel e acho que o Sr. Marco poderia nos ajudar nisso.

    Gostaria de lembrá-los que a instalação dos paraciclos fazem parte da fase I de uma operação para introduzir a bicicleta na Rede. Fizemos um planejamento bem detalhado e posso apresentá-lo a qualquer momento.

    Lembrando ao Pasqualini que não é uma campanha, mas sim um programa para nos adequarmos às leis e para dar estrutura ao modal (que é uma realidade nas escolas). Não se trata, repito, de um programa pontual mas de uma primeira fase (necessária). Com esta e tantas outras medidas que estão surgindo acreditamos que o processo será natural, sim. E acho que tem sido, aos poucos. Tanto que o Secretário de Educação já está fazendo seu deslocamento casa-trabalho de bicicleta, algumas vezes por semana. Devemos aplaudir e reforçar e não desencorajar.

    Abs,
    Guth

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  3. Olá Willian, tudo blz?

    Duas coisas importantes:

    1- É Diretoria Regional de Educação.. e não de Ensino. Lembre-se: Prefeitura = Educação (Diretorias).. mas Estado = Ensino (Delegacias).

    2- É louvável essa forma de atuar do Secretário Municipal de Educação Alexandre Schneider e tem todo o nosso apoio, mas junto à SME (Secretaria Municipal de Educação), apesar do paraciclo ser equipamento obrigatório previsto em lei, lamentavelmente coloca apenas como opção para suas unidades escolares. Ao invés de tomar a decisão como medida, nada faz para que se instale de forma obrigatória nesses espaços públicos.

    Resido próximo da DRE-MP (São Miguel), onde também trabalho, e vou de bike todos os dias já algum tempo (breve relato em http://nunomorelli.blogspot.com). Desde quando decidi trocar o carro pela magrela, tenho enviado e-mails para o setor de gestão/qualidade, fora do setor de Educação, a fim de animar algumas providências em favor de quem visita a V. Jacuí a pedal e uma das minhas insistências é para que pelo menos nas escolas e prédios públicos tenhamos onde parar nossos veículos em segurança.

    De tanto insistir (e esperar) resolvi visitar o setor responsável e ver o andamento da solicitação. Para minha surpresa a diretora do setor disse que minhas solicitações foram canceladas em todas as vezes que a receberam. Motivo: gastaram 48 mil num coberto com hastes finas de ferro e telhas de zinco, até que bem feito, mas.. com uns ganchos esquisitos na borda de cima.. sim, para pendurar, e bem no alto! Parece piada e eu gostaria que fosse só isso mesmo, mas quem fez a “obra” deve ter se confundido com açougue, ou loja de cabides. A mesma diretora afirmou ainda que não poderiam refazer, pois não havia sobra de recurso e por isso recebeu ordens do gabinete local para desconsiderar a apreciação e que teria enviado cópia com ofício à SME/Gabinete.

    Me sentindo impotente, resolvi amarrar de birra a danada na haste, no chão, contra a recomendação dos vigias do estacionamento e correndo o risco de encontrá-la vandalizada, pois afirmaram que algo ruim poderia acontecer com ela. Questionei a resposta, dizendo que era meu veículo e meio de transporte e eles poderiam ser responsabilizados, mas disseram rindo que não cuidavam de “brinquedo”, entre outras coisas das quais fiz ouvidos mocos (surdo) pra não pegar raiva depois.

    Pesquisando mais junto aos educadores, poucos entendem essa necessidade de mudança, adaptação e respeito. Estão muito acostumados ao conforto individual.. e entre eles ainda há muita resistência. Alguns admiram e dizem que eu sou meio louco, de dividir pista com carros, ônibus e que posso sofrer acidente a qualquer momento, que eu deveria parar com isso. Querem saber de uma coisa.. eu não sei onde isso vai dar, mas não pretendo parar. Pedalava quando era mais novo, até ia pra praia, fiquei muito tempo longe disso, fora de forma, mas tava num veneno de pedalar antes mesmo de saber que tinha tanta gente seguindo o mesmo caminho.

    Bom, agora é lutar pra tornar nossos bairros mais respeitáveis pra quem está a pé, de pedal, patinete, skate, patins, rodinha no calcanhar do tênis e não motorizados em geral.
    Contem sempre com o apoio da Zona Lost.. abraço! Marco 😀

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