Foto: Pedalinas

Bicicletas para mulheres

Saiba o que as meninas devem levar em consideração na hora de escolher uma bicicleta.

No começo do século XX, as mulheres pedalavam em bicicletas com protótipos bem parecidos: quadros grandes, rebaixados, guidão largo, cestinha, protetor de saias e de correntes. Esse padrão de uso urbano desconsiderava outros detalhes importantes numa bicicleta de mulher como, por exemplo, os tamanhos do quadro e da mesa. Além disso, nessa época o uso mais comum era feito por mulheres cuja estatura média é mais alta que a brasileira e em cidades planas – como Amsterdam, Copenhagen, Nova York – onde o peso da bicicleta é quase irrelevante.

Verônica Mambrini com sua bicicleta urbana que também faz viagens. Foto: Pedalinas

Por isso, meninas, antes de comprar uma bicicleta é imprescindível atentar a outras questões que as diferem entre si, dado que cada pessoa possui um tipo físico e um uso diferente para a magrela – urbano, cicloviagem, competição, corrida, trilha, longas distâncias, lazer e por aí vai. Então antes de tudo é super importante saber que uso se pretende fazer com a bicicleta, mesmo que essa resposta não seja tão objetiva assim.

Dicas rápidas

1. O barato sai caro! Nem sempre (ou quase nunca) a bicicleta mais barata e/ou mais bonita é realmente a melhor pra você.

2. Há uma bicicleta para cada uso, há uma modelo para cada ciclista.

3. Há um tamanho certo de bicicleta para cada tamanho de pessoa.

4. Cada bicicleta tem características e personalidade próprias.

5. A marca dos componentes não importa – o que importa a qualidade.

Taiza usa a bicicleta como transporte e faz treinos de longa distância! Foto: Anderson Barbosa

Como deve ser uma bicicleta de mulher

Independente do modelo – speed, híbrida, MTB – basicamente basta que ela seja uma bicicleta de seu tamanho e ligeiramente mais curta do que a média geral, pois as meninas têm características físicas com diferenças acentuadas em relação aos homens. Não dá pra contar, ainda, com a associação que algumas pessoas fazem a um estereótipo bem limitado para indicar uma bicicleta feminina: a cor rosa e os detalhes de flores na pintura.

Atenção! Uma bicicleta menor não é necessariamente mais curta ou uma mini bicicleta. A regulagem da mesa, as características do guidão e outros fatores influenciam diretamente no estabelecimento de uma postura adequada e correta,  inclusive considerando o ajuste do selim.

Bike Fit

Existem bicicletarias que oferecem aos seus clientes o Bike Fit gratuito na compra de uma bicicleta. A vantagem é que o comprador sai da loja com a bicicleta do seu tamanho, exatamente do seu número e perfeita para seu corpo. Essa avaliação precisa e anatômica sobre os ajustes necessários da bicicleta ao tipo físico – específico e único de cada pessoa – garantem uma experiência de pedal muito mais confortável e saudável, com um instrumento ajustado exatamente para si. Isso evita qualquer tipo de estresse do corpo, como dores nas costas, pulsos ou joelhos.

A tabela com todos os cálculos do Bike Fit é entregue ao ciclista e servirá de base confiável todas as vezes que a pessoa resolver fazer uma nova compra. Informe-se sobre os lugares que oferecem esse tipo de serviço, vale muito a pena.

Também é possível encontrar na internet maneiras de realizar esse cálculo, porém fazê-lo com um especialista no assunto é a garantia de bom resultado para a vida toda!

Observação importante: A falta de hábito com o selim, por exemplo, pode ser responsável por algum incômodo, por isso não se assuste se durante as primeiras pedaladas você sentir dores na região do assento e nas pernas.

Pedalar é uma atividade prazerosa e não pode ser prejudicial ao corpo, principalmente, à coluna, braços e joelhos. Por isso a importância em observar detalhes mais técnicos além das cores e acessórios, pois esles farão a diferença no estímulo (ou desestímulo) da prática, seja para esporte, transporte, lazer ou diversão!

Um agradecimento especial à Talita, que colaborou com este post. Ela é uma das poucas mulheres no Brasil a fazer Bike Fit. Foto: Laura Sobenes

47 comentários em “Bicicletas para mulheres

  1. Bem como eu pedalo a 20 anos acho que um fator chave é o tamanho da bike se comprar grande pode causar grandes lesões na coluna e forçar as pernas então uma dica compre bike sempre do seu tamanho para não ter que forçar em demasia e causando assim diversas lesões…Obrigada.

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    1. Quero comprar uma bike para iniciar pedalando em SP e depois fazer passeios mais longos, viajar.
      Meço 1,67, pernas- do ossinho até o chão: 1,00, tronco – do ossinho até ombros: 0,48.
      É assim que mede? rsrs
      Grata.

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  2. Oi! Achei super legal o artigo! Você sabe delojas aqui no Rio que fazem bike fit? Adoraria saber, pois depois de anos sem bike vou comprar uma.
    Parabéns pelo trabalho e vcs!
    Abraços!

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  3. Olá! Trabalho com venda de bicicletas e gostaria de oferecer o serviço aos meus clientes. Onde posso fazer um curso sobre realização de Bike Fit?

    Muito obrigado.

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  4. Ótimo texto! Acabei por fazer tudo o que foi indicado ao comprar a minha Bike. De cara, escolhi um modelo feminino não só pela cor, mas, principalmente, pelo quadro. Depois fiz um Bike fit com profissional especializado: acabei trocando selim, mesa, manopla e acrescentei o bar end. Também troquei os pedais, coloquei um híbrido que me permite pedalar com ou sem clip. Por fim, ajustei a posição do clip na sapatilha no fit. Resultado: as únicas dores que tenho são fruto do esforço físico. Articulações e colunas passam incólumes pelo pedal, exatamente comi deve ser!

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    1. Eu estou trazendo muitas mulheres para esse mundo,já por 2 décadas faço isso e agora estou em Jaú SP,e faz 5 meses que estou por aqui até este momento consegui 5 pessoas para nosso mundo e até o final do ano vou multiplicar com certeza …. Bikebj..

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  5. Muito legal a matéria!! É uma pena que no Brasil ainda não existam modelos femininos de qualidade e com estilo a preços acessíveis…

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  6. É verdade Willian, o bom é pesquisar antes, pegar uma bike emprestada para ver o que te incomoda ou o que acha legal. Algumas dicas são importantes, pra mim por exemplo, o selim tem que ser confortável, quando você faz um passeio de mais de 20km, isso é importantíssimo! Tem que ter facilidade para adaptar a altura. A mesa também tem que ser adaptável. Mas pelo que percebo, quem anda de bike, está sempre adaptando, trocando as peças e procurando melhorar conforme o seu gosto. E isso é outra vantagem da bike, as peças não são caras e você tem toda liberdade para usá-la como quiser. Boa Sorte Tania! Depois conta como foi que se saiu. Bjs.

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  7. gostaria de comprar uma bicicleta , mas estou lendo o site e ainda continuo na duvida , qual compra, ja que nao ando de bicicleta a muitos anos . como faço pra saber o melhor modelo.

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    1. Oi Tânia!
      Eu concordo com o Willian, o melhor é ir numa loja e experimentar.
      Comecei andar de bike há pouco tempo e quando fui comprar a minha pedi o que na minha cabeça deixaria a bicicleta mais confortável como banco (selim) maior, “guidão” mais alto e 03 coroas, pra ter a pequena e conseguir ter mais facilidade pra andar. Depois que fiz um percurso de 42 km nela vi o quanto eu errei na configuração. O banco mais largo realmente é mais confortável mas por ele ser mais largo acaba tendo contato com uma parte maior do seu corpo, e isso não foi muito bom, pois muitas partes acabaram ficando muito doloridas. O guidão ser mais alto acabou jogando ainda mais o peso do corpo no banco, não distribuiu bem o peso entre pernas e braços, o peso todo ficou centralizado no banco e a coroa pequena só fez eu me matar de pedalar e não sair do lugar, acabei ficando sem força pra subir.
      A que estou usando agora é híbrida, ou seja, corpo e guidão de mountain bike e pneus de speed, além do banco ser bem mais estreito mas ainda sim confortável, não é duro. Acabou distribuindo o peso do corpo em 03 pontos, não me deixa dolorida e ficou muito mais fácil de pedalar.
      Se você puder gastar num quadro um pouco mais leve, é muito bom é uma das coisas que também faz muita diferença quando você resolve encarar uma subida.

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  8. Isso vale para todos os ciclistas: esportistas, ocasionais, urbanos… mulheres, homens.
    O Ideal é que a bike se torne uma extensão do corpo, que traga prazer ao pedalar – onde os fatores como tamanho das peças (quadro, mesa, guidão) e ajustes (posição do selim, inclinação e altura do guidão) fazem muita diferença, assim como uma boa escolha dos componentes que trarão junto com eles a confiança – e por experiencia própria – nos últimos 6 meses ou mais meus únicos problemas foram furos nos pneus e necessidade de limpeza e lubrificação de relação de marchas.

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  9. Oi Willian, adorei as noticias acima. Por enquanto acho que sou a PRIMEIRA MULHER A USAR UMA FELISA pra tudo.
    A Felisa é a minha bike eletrica , a qual vendo e leva o nome de meu pai . Ele foi homenageado pela Porto Seguro e a ideia foi minha que sou conrretora de seguros . Minha FELISA me leva pra todos os lugares e acho que essa bike é ótima PRA MULHER porque eu faço supermercado, sacolão, vou pro tabalho , e ela me ajuda muito , principalmente nas subidas, pois posso pedalar o TEMPO TODO e uso o motor como uma auxiliar. E digo que é otima pra mulher porque n´so temos menos força nas pernas e essa bike na subida é maravilhosa, porque consigo pedalar o tempo todo e o motor faz com que eu consiga terminar uma subida puxada e nas arrancadas eu consigo ir bem a frente dos automóveis o que me dá muita seguranaç e tranquilidade . Consigo pedalar sempre bem chique e de salto.

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    1. Patrícia,

      Fico feliz que consiga usar a bike no seu Dia-a-dia, só te dou um conselho, leve o Salto na Bolsa ou no bagageiro, pedalar de salto alto deixa teu pé numa posição que favorece as lesoes, alem de drenar a força da sua pedalada.

      Leve sempre com voce uma sapatilha com solado de borracha ou um tenis, e coloque o Salto apenas no seu destino… sua saúde agradecerá no longo prazo 😉

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  10. Oi Willian, adorei o post! Infelizmente ainda somos minoria no mundo pedalante. Algumas mulheres acham que se trata de um esporte masculino, ou que isso não combina com elas, ou que nunca conseguiriam usar uma bike como um veículo de transporte porque não iriam chegar destruídas ao destino, rsrs. Falta estímulo as vezes, falta conhecer o estilo feminino para bicicleta. Falta conhecer o estimulante mundo Cycle Chic! Rsrs. Abs.

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