Foto: Fabricio Bezerra

Rota Márcia Prado interditada e sem previsão de liberação

Vários pontos da estrada estão cobertos e correm riscos de novos deslizamentos. Recomenda-se adiar a descida. Reforma depende da Ecovias.

Vários pontos da estrada estão cobertos e correm riscos de novos deslizamentos. Foto: Anselmo Stoquini
Vários pontos da estrada estão cobertos e correm riscos de novos deslizamentos. Foto:Anselmo Stoquini
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No dia 22 de fevereiro de 2013, quando a natureza resolveu tomar de volta parte da Rodovia dos Imigrantes, levando a vida de uma moça, interditando as pistas e causando inúmeros prejuízos, a Estrada de Manutenção também foi afetada.

Água, terra, árvores e pedras cobriram vários trechos da “Manu”, a estrada costumeiramente utilizada por ciclistas e que faz parte da Rota Cicloturística Márcia Prado, que liga a capital paulista ao litoral do estado. A estrada se tornou intransitável e oferece grave risco aos ciclistas nesse momento. Recomenda-se fortemente adiar a descida.

Relatos

Alguns ciclistas tentaram passar pela Manu no final de semana, logo após o ocorrido. Muitos desistiram, outros insistiram mas passaram por situações perigosíssimas. Há o relato de um ciclista que afundou na lama até a cintura, quando empurrava a bicicleta sobre um trecho coberto, e seus colegas tiveram dificuldade para tirá-lo de lá – uma situação que poderia ter terminado muito mal. Além disso, esses trechos estão instáveis e podem sofrer novos deslizamentos. Não se arrisque.

Sem previsão

O Vá de Bike buscou um posicionamento oficial sobre a situação. Tanto a Dersa quanto o Parque Estadual da Serra do Mar, dentro do qual se situa a Estrada de Manutenção, nos informaram que a responsabilidade pela limpeza e reativação da pista é da concessionária Ecovias.

A administração do Parque reforça que “as atividades de cicloturismo estão suspensas” e que trabalham com a data prevista de 15 de março. Mas esclarecem que não é uma data oficial, pois a liberação depende de não haver novas chuvas fortes e principalmente da atuação da concessionária – que, convenhamos, não é muito amiga dos ciclistas. Atualizado: não há mais nenhuma previsão quanto à data de liberação, leia mais abaixo o novo comunicado.

Matéria no Estadão informa que, “dos 26 km da pista, metade está obstruída com terra, pedras e árvores”. Essa metade corresponde à parte mais alta da estrada e a parte ao pé da serra já foi liberada. A Ecovias informou ao jornal que só iniciará os reparos depois que forem concluídos os trabalhos de drenagem na rodovia, sem estabelecer data para essa conclusão.

Segue o comunicado completo do Parque:

Prezados Ciclistas,

As atividades de Cicloturismo na Estrada de Manutenção estão suspensas em sem data mínima para retorno das atividades.

Estipulamos uma data – a partir do dia 15 de Março – que não é oficial. Esperamos que durante este período a chuva cesse e a Equipe da Ecovias possa liberar o trecho e as atividades voltem às atividades.

Informamos que por ora, os seguintes Número de Termo da Descida de Bike estão suspensas:

Líderes:

Flávio Lapola;

Fábio Eduardo da Silva (data de 10 de Março);

Mauricio Luiz; e

Rogério Mendes.

Mais uma vez, lamentamos o ocorrido e pedimos para que alterem a data da descida de Bike,  postergando para 15 de Março em diante.

Mais uma vez, grato pela atenção de todos dispensada.

À disposição para eventuais dúvidas,

Vinícius Justo

Turismólogo – Monitor Ambiental

Equipe de Uso Público do Núcleo Itutinga Pilões

pesm.itutingapiloes@fflorestal.sp.gov.br

Novo comunicado

Disponibilizado no blog do parque na noite do dia 28/02:

A situação da Estrada de Manutenção da Ecovias está mais crítica do que esperávamos. Depois da chuva do último dia 22 – e mais um pouco no dia 26 – deixaram a estrada inacessível.

Ainda hoje o Gestor da nossa Unidade – Sr. Luis Fernando G. da Cunha – esteve em reunião com a Ecovias e foi nos informados que há 3 trechos da estrada que estão intransitáveis e com sérios riscos de novos deslizamentos.

Ficou decidido pelo Gestor que toda e qualquer atividade cicloturística na Estrada de Manutenção está definitivamente suspensa e não há mais nenhuma previsão para a reabertura da mesma.

Estamos aguardando qual será a estratégia que a Ecovias tomará para fazer a limpeza do local, destinação  do entulho que se encontra e como será feito o tratamento do solo para que não haja risco de novos desmoronamento.

Pedimos a colaboração e a compreensão de todos os ciclistas diante do ocorrido. NÃO TENTEM fazer a descida e não coloquem em risco a sua integridade física e dos membros do grupo. Divulguem a notícia a quem mais interessar e aguardem nossas informações a respeito da Estrada.

No site do “Vá de Bike” é possível ter a dimensão de como a área também foi afetada.

Agradecemos a equipe do site (em especial ao Willian Cruz) pela disposição em divulgar a situação atual da Estrada e informar o máximo possivel de ciclistas que também usufrui do trecho para o cicloturismo.

EcoSaudações!

 

Vídeo e fotos


(Vídeo de Marcelo Camargo)


(Vídeo de Marcelo Camargo)

Árvores também bloqueiam a pista. Foto: Anselmo Stoquini
Árvores também bloqueiam a pista. Foto: Anselmo Stoquini


Vídeo de Marcelo Camargo

Ciclistas que tentaram passar pelas áreas de deslizamento correram sérios riscos. Foto: Fabricio Bezerra
Ciclistas que tentaram passar pelas áreas de deslizamento correram sérios riscos. Foto: Fabricio Bezerra


Vídeo de Marcelo Camargo

Nesse trecho, o deslizamento cobriu totalmente a estrada. Foto: Anselmo Stoquini
Nesse trecho, o deslizamento cobriu totalmente a estrada. Foto: Anselmo Stoquini


Vídeo de jlcgauss

Foto: Fabricio Bezerra
Foto: Fabricio Bezerra
Foto: Fabricio Bezerra
Foto: Fabricio Bezerra
Foto: Fabricio Bezerra
Foto: Fabricio Bezerra

45 comentários em “Rota Márcia Prado interditada e sem previsão de liberação

  1. Como está a situação atual? Já consertaram o estrago? Estava querendo fazer essa rota pela primeira vez com alguns amigos.

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  2. Prezados, boa tarde!

    Mesmo sendo a demora em responder àlgumas indagações que aconteceram no decorrer desta postagem, vão aí alguns esclarecimentos:

    O tal “numero de termo” que vocês indagam é um número gerado – geralmente por mim – para que possamos ter maior ciência dos ciclistas que costumam trafegar na Estrada de Manutenção. É mais para controle interno nosso, dos agendamentos que vocês fazem.

    E para quê tudo isso?
    Desde 2011, foram feitas algumas reuniões para que se pudesse oficializar a Estrada de Manutenção ou que ela pudesse ter maior respeito e respaldo como atividade esportiva e turística. Já que existe uma lei que defende a Rota Cicloturística Márcia Prado.

    Com o apoio de vocês (cicloturistas) pudemos ter uma maior dimensão do volume de ciclistas que descem mensalmente até a baixada. Isso está contabilizado em nossas tabelas e ajuda a viabilizar qualquer projeto de Cicloturismo na região, já que, com o volume e procura registrados, é realmente necessário viabilizar a Estrada de Manutenção como um equipamento para o cicloturismo.

    Contudo, a tarefa nem sempre nos foi tão fácil. Tampouco para vocês. Realmente a Ecovias não dá muito o braço a torcer e nem mesmo se comove para os eventos cicloturísticos que ocorrem na região. (Rota Márcia Prado, por exemplo, que ocorre anualmente).

    Além do mais, quando vocês solicitam uma descida, vocês deixam seus telefones para contato, para o caso de alguma emergência, nós sabemos a quem e como contatar. É bom sabermos para “onde correr” em caso de necessidade.
    E os rondantes, que são nossos vigilantes de moto, costumavam fazer o acompanhamento dos grupos para assegurar a integridade física dos participantes diante de veículos motorizados que também trafegam na Estrada de Manutenção.
    Como o contrato desses vigilantes foram renovados e a frota de veículo automotor passa a ser de Carros, não é muito provável que eles voltem a fazer o acompanhamento de cicloturistas.

    Afirmando: Estamos sim a favor das Práticas de Ecoturismo dentro do Parque Estadual Serra do Mar, mas há sim alguns entraves que não cabem somente à gestão do Parque Estadual Serra do Mar. Isso envolve outros órgãos competentes tais quais Secretarias de Turismo/Esporte, Prefeituras municipais, Ecovias, Polícia Rodoviária e Secretaria do Meio Ambiente (a qual fazemos parte).
    Os organizadores do CicloBR, que organizam a Rota Marcia Prado conhecem um pouco essa realidade, assim como o ciclista DuGomez, do “Domingueiras Bike” de Campinas, que também é parceiro nosso.

    Agradeço a atenção de todos!

    Vinícius Justo
    Turismólogo – Monitor Ambiental
    Núcleo Itutinga Pilões
    Parque Estadual Serra do Mar.

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  3. Do jeito que a coisa foi feia eu sugiro que é melhor esperar a liberação oficial.

    A Ecovias não deve demorar tanto assim pra liberar a Márcia Prado, visto que ela é extremamente necessária para eles e para nós. Um pouco de paciência é sempre bem vinda.

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  4. Boa noite Leonardo Testa.
    Como vai? tudo bem!
    Vi o seu comentario algumas horas atras.
    As dicas que voce pediu já estão ai nos comentarios antes dos nossos, e estou tentando chegar a ITANHAEM por Parelheiros (VIA MATA ATLÂNTICA),ãinda não bem sucedida por causa do mal tempo e por causa dos BORRACHUDOS.Espero que possa lhe ser útil.
    Abraços Paulo Ricardo

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  5. Estou voltando a minha vida sobre a magrela, e estava pensando em fazer essa rota, porém com a informações de vocês eu vou aguardar.

    Porem vocês não tem dicas de rotas para substituir esse passeio? Li sobre a estrada da Petrobras de Salesópolis até Caraguatatuba, mas são noticias não tão recentes. O que vocês indicam?

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  6. Vejam bem, o Vá de bike e esse site blog aí em cima não tem notícias há 10 dias, eu particularmente duvido que a ECOVIAS esteja vacilando a ponto de correr o risco de deslizar um dos pilares da Imigrantes… acredito que já limparam a estrada de manutenção e estou disposto a conferir. Vou tirar fotos e enviar o report para os sites e blogs. Tenho conhecidos que foram e o panorama deles foi bem menos conservador (pra não dizer reacionário).
    .
    Acho um tremendo erro esperarmos a liberação formal da ECOVIAS pois isso pode nunca acontecer, quanto mais os ciclistas demorarem a retomar a descida maior o risco de perdemos o “usucapião” desta rota. Corro mais risco de vida pedalando nas ruas e avenidas de São Paulo diariamente do que de ser soterrado por um deslizamento (claro que se estiver chovendo forte, não iremos)…
    .
    É isso aí, enquanto tem muita gente querendo brecar a descida por precaução levando como base fotos e relatos desatualizados, nós vamos lá conferir.
    Marcado na Grajaú mais cedo que o report original, 6:30 da matina… mais uma vez, interessados são bem vindos.

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    1. Bruno, conversei hoje com uma pessoa que tentou descer no fim de semana. Ele disse que a estrada está irreconhecível, com trechos intransitáveis e que já começaram a limpeza, mas ainda estão lá embaixo. E não é só limpar, é REFORMAR. Haja braço, haja caminhão. Haja tempo. E não tem nada a ver com pilar da Imigrantes, onde você leu isso? O problema é no solo por baixo do asfalto da própria estrada de manutenção. Isso dá pra ver nas fotos dessa página, inclusive acabo de subir mais algumas.

      Mas se você quer ir mesmo assim, campeão, boa sorte! Não estou querendo “brecar” a descida, nem me considero reacionário. Se você acompanha o site há bastante tempo, deve saber que desde 2008 defendo a descida pela manutenção. Só não quero que ninguém se machuque gravemente ou perca a vida, o que seria péssimo para a pessoa, sua família, seus amigos e todos os ciclistas que pretendem descer por lá, pois o fato será usado para justificar uma possível proibição.

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  7. Amigos, To planejando descer nesse domingo 10/03, só não irei se a previsão for de chuva ou se houverem novos problemas. Acredito que para a própria manutenção e fiscalização da Imigrantes (pilares) a via de manutenção já esteja bem melhor, afinal, a Ecovias não quer novos deslizamentos. A pedalada ta marcada pra 7 da matina ma estação Grajaú. Se alguém se animar será bem-vindo.

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