Nudez mostra como ciclistas se sentem nas ruas: invisíveis e desprotegidos. Foto: Rachel Schein

Pedalada Pelada de Florianópolis tem protesto por mais segurança nas ruas

Na capital catarinense, participantes do ato prestaram homenagem a ciclista morto e protestaram por mais segurança em frente à casa do governador do Estado

Nudez mostra como ciclistas se sentem nas ruas: invisíveis e desprotegidos. Foto: Rachel Schein
Nudez mostra como ciclistas se sentem nas ruas: invisíveis e desprotegidos. Foto: Rachel Schein

Cerca de 100 ciclistas se reuniram na tarde do último sábado (8/3) no bairro da Trindade, em Florianópolis (SC), para a 3a edição da “Pedalada Pelada”. O evento é inspirado no World Naked Bike Ride (WNBR), que acontece há pelo menos uma década em diversas cidades do mundo inteiro. Por meio da nudez, os ciclistas mostram que se sentem invisíveis e desprotegidos no trânsito.

Segundo Sergio Fregolão, participante da Pedalada Pelada da capital catarinense, mesmo com todos os protestos é difícil conseguir avanços em infra-estrutura ou campanhas de educação no trânsito. “Por isso é importante que as manifestações continuem”, ele diz.

Luiz Pereira, ciclista que se deslocou da parte sul da ilha para participar do ato, afirma que “de vez em quando, a gente tem que se mostrar por inteiro”. “Esse é o manifesto ao ser humano. A gente se esconde nas nossas defesas, nas nossas carapaças, nas nossas religiões, e não faz aquilo que quer. Há momentos em que é sufocante. Então você tem que sair e dizer que está ruim”. Para além do protesto, Pereira enxerga a pedalada como uma celebração. “Estamos aqui pra dizer que estamos vivos! Acho que é esse o espírito”, completa.

Veja nossa galeria de fotos – e o vídeo mais abaixo, nesta página!

Ciclistas em frente ao Shopping Iguatemi cobram ciclovia que deveria ter sido entregue em 2006. Foto: Rachel Schein
Ciclistas em frente ao Shopping Iguatemi cobram ciclovia que deveria ter sido entregue em 2007. Foto: Rachel Schein

Bom humor e protesto

Na concentração, enquanto as pessoas tiravam suas roupas e pintavam seus corpos, um carro da polícia parou e dois oficiais desceram para averiguar o que acontecia. Após uma breve conversa com os participantes, porém, retiraram-se do local. Durante o passeio, gritos como “Você aí parado, vem pedalar pelado”, foram substituídos por “você aí fardado, vem pedalar pelado”, cada vez que passavam por um batalhão ou alguma base policial. A retribuição era sempre um sorriso por parte de quem estava ali, fardado, fazendo seu trabalho.

Sorrisos também foram a retribuição de seguranças e pessoas que passeavam no entorno do Shopping Iguatemi. Surpreendidas pela massa de ciclistas nus ou seminus, com os corpos pintados, as pessoas rapidamente erguiam suas câmeras e celulares para fotografar. Os ciclistas, por sua vez, aproveitaram para cobrar do shopping a ciclovia que deveria ter sido entregue junto com a inauguração, em 2007. “Ô, Iguatemi, a ciclovia não tá aqui!”, gritavam em coro.

Em 2012, no mesmo lugar onde deveria existir a ciclovia, na avenida Madre Benvenuta, o ciclista José Lentz Neto, de 60 anos, morreu atropelado. Os participantes da Pedalada Pelada prestaram uma homenagem ele durante o trajeto. Outro ponto de parada dos ciclistas foi em frente à casa do governador do Estado, Raimundo Colombo (PSD). A cobrança feita ao gestor também era por mais ciclovias e segurança.

Durante o ato, ciclistas foram à casa do governador do Estado cobrar mais segurança para quem pedala nas ruas. Foto: Rachel Schein
Durante o ato, ciclistas foram à casa do governador do Estado cobrar mais segurança para quem pedala nas ruas. Foto: Rachel Schein

Assista abaixo ao registro da Pedalada Pelada na capital catarinense:

9 comentários em “Pedalada Pelada de Florianópolis tem protesto por mais segurança nas ruas

  1. eu acho muito bom esta ideia de andar núa pra chamar a atenção das pessoas tenho 18 anos , sou modelo eu já participo destas peladas núa , é valido isto nos ter consciência disto pois andar peladas já conseguimos ter ciclovias e todo pais so nos protestos moças tirem as roupas no fique de calcinha eu tiro tudo por uma boa calsa ok

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  2. eu gostei muito desta pedalada dos pelados ok eu já participei dela fui núa em pelo mesmo sem mnada so com a coragem mas o que nois da força é a nossa coragem em protestar e conquistar nossos objetivos eu sou modelo e vivo de meu corpo e arte dele e gostaria de reber elegios das pessoas que foi

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  3. É lamentável uma pessoa que pelo visto não tem cultura e muito menos sabe pra que serve uma manifestação! Essa Jucara ou Juçara, deve ter muitas caramilholas na cabeça e uma mente muito suja, para pensar que alguém que tira a roupa por uma boa causa, está pensando em sexo ou promiscuidade!Lamento por sua cabecinha tão medíocre, da próxima vez não se expresse sobre assuntos que a sua pobre cabecinha não entende!

    Ighor Seagul

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  4. boa tarde, acho desnecessario se pelar para ter forca numa revindicacao.
    vejo tudo isso como promiscuo, usam a libertinagem maquiada como liberdade de expressao.
    depois nao sabem porque florianopolis esta uma babilonia.
    morei ai 12 anos, estou fora faz 8 anos, pretendo criar meus dois filhos adolecentes fora dessa imundice que esta a cidade se tornando.
    obrigada pelo direito de expressar me.
    jucara

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