Foto: Silvia Ballan

Veja fotos da manifestação pró-ciclovias que levou milhares às ruas em São Paulo

Nossa galeria mostra como foi estar em meio à manifestação que reuniu milhares de ciclistas em São Paulo. Será que você ou algum conhecido saíram nas fotos? 🙂

O dia 27 de março de 2015 ficará na história da mobilidade por bicicletas no Brasil. Na noite daquela sexta-feira, milhares de ciclistas saíram às ruas para defender o direito ao uso seguro de bicicletas nas ruas e o respeito ao ciclista como cidadão. A implantação de ciclovias na capital paulista havia sido suspensa por decisão da justiça, em decorrência de uma ação de autoria da promotora Camila Mansour Magalhães da Silveira, do Ministério Público Estadual de São Paulo (MPE-SP). A paralisação das obras e proibição de novas implantações causou indignação não só nos ciclistas paulistanos, mas em irmãos de pedalada de mais de 45 cidades no Brasil e no mundo.

Durante a manifestação, a liminar que proibia a continuidade da implantação das ciclovias em São Paulo foi suspensa pelo presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), desembargador José Renato Nalini, causando uma alegria indescritível em quem participava naquele momento dos protestos. Somente em São Paulo eram cerca de 7 mil pessoas.

Veja nossa galeria de fotos da manifestação em São Paulo. Assista também o vídeo com depoimentos dos participantes desse protesto histórico, a maior manifestação pró-bicicletas que nosso país já viu.

23 comentários em “Veja fotos da manifestação pró-ciclovias que levou milhares às ruas em São Paulo

  1. Caro CiceroS

    Por ocasião do acidente o que pude fazer foi levar a garota até uma farmácia próxima, mesmo porque ela estava com pressa.
    Sinceramente, não posso afirmar se são 10 ou 100 ciclistas que cometem imprudências naquele trecho, o que tenho reparado é que a maioria vem pela contra mão da Rua Mourato Coelho, provavelmente vindo da Rua Teodoro Sampaio (ambas não possuem ciclovias), e descem a Artur de Azevedo pela contra mão, geralmente pela calçada ou pelo lado da rua que não tem ciclofaixa. Passo lá todos os dias por volta das 20h, e quase sempre durante o intervalo em que aguardo o semáforo passam nessas condições uns 5 ou 6 ciclistas. Inclusive, há algumas semanas, uma mulher grávida quase foi atropelada na calçada ao sair de um estabelecimento nesse trecho.
    Não tenho estatísticas, mas dá pra ter uma idéia. Talvez as coisas melhorassem se a ciclovia passasse a ser do lado direito da rua.

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    1. Para ser honesto com você, Newton, também acho que a ciclovia na Artur à direita seria melhor. Aliás, há comentários meus aqui mesmo no Vá de Bike reclamando disso logo na implantação dessa ciclovia.

      Agora, uma solução seria implantar uma ciclovia bidirecional na Mourato Coelho, entre a Teodoro e a Artur ou além, se realmente houver demanda aí, represada e potencial.

      Aliás(2), outra rua que mereceria uma bidirecional (apesar de já ser ciclorrota) é a Padre Chico/João Ramalho, da avenida Pompéia até a ciclovia da Sumaré. Que observo que é cada vez mais frequente a contra-mão de ciclistas aí, e eu já estou ficando cansado de ter que passar por um velho ciclista ranzinza dando bronca: “Contra-mão não, pô!” rs.

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  2. Tenho idade para ser avó da maioria das pessoas que saíram às ruas pedalando suas magrelas para marcar posição a favor de uma cidade mais bonita e humana. Sou a favor da convivência harmoniosa entre os usuários dos mais diferentes tipos de veículos para locomoção. Por outro lado, ser a favor disto não significa que solitariamente possamos conseguir a harmonia que queremos. Não tenho carro nem bicicleta, embora tenha aprendido a pedalar muito cedo na infância – e descobrir a mais perfeita sensação de liberdade e paz consigo mesmo, emoção que se alinha às boas coisas para se guardar “do lado esquerdo do coração…” É só depois de uma experiência como esta é que se torna possível saber o que sente uma criança quando ganha a sua primeira bicicleta…. Então escolho pelo vento no rosto, locomoção respeitosa com os outros e com o ambiente compartilhado por todos. E pensam que esta escolha é fácil de se sustentar? O prefeito escolheu a coragem, como postura pessoal, para ouvir a todos e todas enquanto agente de realização política e conheceu a fúria da intolerância, do poder centrado no dinheiro e os malefícios da ignorância política. Que bom ver nossas cidades ocupadas pelas bicicletas em manifestação pela paz, pelas alegrias subjetivas que uma “bike” pode nos proporcionar e pelas formas sustentáveis de exercer o direito de ir e vir. Parabéns a todos e todas, aos que levaram suas magrelas e aos que não saíram de casa, mas pedalaram no espaço virtual para inscreverem seus nomes na petição principal…

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  3. A favor das ciclovias e da convivência harmônica entre todos os meios de transporte.

    Porém totalmente contra quaisquer manifestações que induzem a discordâncias entre quaisquer setores. O desenho-simbolo do evento incita à guerra entre o carro e as bicicletas. Ficaria melhor se mostrasse um carro lado a lado coma bicicletas, motos e pedestres. Gostaria que os “cicloativistas radicais” colocassem na cabeça que nem todo motorista é um assassino em potencial, não coloquem todos no mesmo saco, e nem todos os ciclistas são vítimas.
    Passo diariamente pela Rua Mourato Coelho esquina com a Artur de Azevedo, em Pinheiros, e já presenciei diversas vezes ciclistas em alta velocidade sobre as calçadas, apesar da presença de ciclofaixa. Inclusive aconteceu comigo, nesta última sexta-feira: uma garota andando com sua bicicleta na contramão fora da ciclofaixa atingiu-me enquanto atravessava a rua com o semáforo a meu favor. Por sorte nada aconteceu comigo além de uns arranhões, mas a garota caiu, felizmente, para o lado da calçada e bateu o rosto na guia, lesionando o nariz e testa. Mas sua bicicleta deu azar: caiu para o lado da rua e um carro passou em cima. Com atitudes iguais a esta, fica difícil ter-se uma boa imagem dos ciclistas, e sendo assim, os não-usuários da bicicleta acabam incorrendo no mesmo erro dos ativistas, generalizar todos os ciclistas.

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    1. Bom, Newton, ainda que a ciclista tenha sido extremamente imprudente e você uma vítima, espero que você tenha prestado ajuda a ela e a seguir dado uma “bela lição”, censura e reprovação, de acordo com a gravidade do ocorrido, e enfim a orientando sobre como se portar na condução da bicicleta ali.

      Agora, sinto muito, mas quanto à afirmação de você já presenciou “diversas vezes ciclistas em alta velocidade sobre a calçada, apesar da presença da ciclofaixa”, tenho lá minhas dúvidas. Entre a Mourato e a Arthur? Hum, sei não.

      Bom(2), mas como não tenho como ficar a seu lado diariamente, embora com freqüência eu utilize a ciclovia da Arthur, o máximo a que posso chegar é desconfiar, desconfiar de que você está superestimando seu testemunho.

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    1. Paulo, ciclovia não é benefício, evita mortes. Já passou muito da hora de São Paulo ter uma malha cicloviária. Isso já foi acordado desde a década de 90, mas, nunca foi posto em prática. Quem não está agindo com maturidade nesse caso é aquele que reclama que perdeu vaga para estacionar o carro na rua, joga o veículo numa “fina educativa”, odeia ciclovias porque é contra o partido do prefeito, etc.

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      1. …Aliás; se for pela lógica de benefício irresponsável de um segmento da sociedade, o que dizer de isenção/redução de impostos/taxas dos carros, facilitação para aquisição de veículos à motor com parcelas à perder de vista, 220 milhões em uma ponte estaiada que não passa ciclista, ônibus, nem pedestres, arrancar centenas de árvores para alargamento das pistas expressas da marginal Tietê, etc.

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  6. Gente, a bicicleta é um veículo fantástico. Não polui, é ágil no trânsito é muito fácil de estacionar, e ainda faz muito bem para a saúde. Agora no caso de São Paulo o ciclista precisa ter um mínimo de segurança para conduzi-la, e é exatamente isso que a ciclovia vai proporcionar. Uma economia à base de carro não tem sustentabilidade, é muito cara. A mudança precisa acontecer e o momento é agora.

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    1. Esse “número” foi o fornecido pela PM para a imprensa, José Carlos, e parte dela mal-intencionada ou desavisada ou tão míope quanto a PM assim divulgou, né?

      Mas o melhor comentário que li a respeito dessa miopia (deliberada ou não) foi o do André Pasqualini no Twitter: “Perguntei pra um PM e ele “jurou” que tinha UM MILHÃO!” rs.

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      1. Depois a PM corrigiu e deu 5 mil, enquanto a CET estimou em 7 mil o número de ciclistas na Paulista. O fato é: Da Praça Osvaldo Cruz, olhando para além do MASP não dava para ver o final da multidão….a Paulista tava literalmente tomada pelos ciclistas

        No trecho final da reportagem do estadão tem os números atualizados.

        http://sao-paulo.estadao.com.br/noticias/geral,tribunal-de-justica-libera-implementacao-de-ciclovias-em-sp,1659496

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  7. Grande Silvia e pequena grande Nina! Mais fotos, mais fotos, mais vídeos, mais vídeos, mais ciclovias, mais ciclovias, manda aí…rs.

    Putz, e o Adriano Rodrigues disse tudo!

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  8. Foi lindo.
    Gente de patins, patinete, caminhando e pedalando.
    Crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos.
    Transeuntes da Av. Paulista se solidarizavam com a causa.
    Uma multidão comungou em defesa das ciclovias.
    Foi a melhor resposta política que poderíamos dar para os críticos.
    Agora cabe a prefeitura saber aproveitar o momento, corrigir as eventuais falhas e avançar rumo aos 400km.
    Parabéns a todos.

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