Em destaque, o sistema de transmissão completo (clique para ampliar). O eixo é mais "gordinho" porque o sistema de passagem de marchas fica ali dentro. Foto: Willian Cruz

Aluguel de bicicletas em SP usa sistema de marchas internas

O sistema de marchas internas é mais fácil de usar para os iniciantes, que costumam se confundir com o sistema de câmbio tradicional. A corrente é mais grossa, com tensão maior e não escapa facilmente.

Sistema oferece bicicletas com marchas mais simples para os iniciantes e com menor necessidade de manutenção

Pode não parecer, mas essa bicicleta tem marchas. Foto: Willian Cruz

O serviço de empréstimo e aluguel de bicicletas paulistano, o UseBike/NossaBike, está começando a adotar em suas bicicletas um sistema de transmissão ainda pouco conhecido dos brasileiros: o cubo de marchas internas. Embora comum em bicicletas urbanas no exterior, o sistema ainda é difícil de ser encontrado por aqui, pela tradição “esportiva” no design das bicicletas nacionais.

Em destaque, o sistema de transmissão completo (clique para ampliar). O eixo é mais "gordinho", porque o sistema de passagem de marchas fica ali dentro. Foto: Willian Cruz

O modelo de câmbio adotado é o Nexus, da Shimano, e fica dentro da peça conhecida como “cubo” traseiro, que corresponde ao eixo da roda. Segundo o fabricante, os sistemas de bicicletas compartilhadas de Paris, Montreal, Toronto, Irvine, Minneapolis, Portland, Melbourne, Londres e Nova York também usam esse tipo de transmissão.

E não é à toa: o sistema de marchas internas é mais fácil de usar para os iniciantes, que costumam se confundir com o sistema de câmbio tradicional, e necessita de menos manutenção. A corrente, mais grossa e com tensão maior (lembrando a das fixas), não escapa e desgasta menos. Essa disposição estática da transmissão também facilitaria a instalação de um protetor de corrente, para não sujar a calça – item que ainda falta na bicicleta de aluguel.

Como funciona

Há apenas três marchas, que se adaptam bem a subidas e velocidade devido à grande variação entre elas. O ciclista só precisa se preocupar em aumentar ou diminuir a marcha, sem precisar saber conjugar os câmbios dianteiro e traseiro. As marchas não desregulam e é possível fazer a passagem pedalando, sem precisar “aliviar”. E sem passagem de marchas que altere a posição e a tensão da corrente, é muito improvável que ela escape ao pedalar.

Passe em uma estação de empréstimo e aluguel de bicicletas, teste o sistema e nos conte o que achou!

31 comentários em “Aluguel de bicicletas em SP usa sistema de marchas internas

  1. Este tipo de câmbio não é novidade por aqui. Na década de ´70 eu tive uma bicicletanacional fabricada pela Caloi, modelo SS-3. Funcionava muito bem. Mas quando surgiu as bicicletas de 10 marchas, a SS-3 sumiu!

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  2. Na década de 70 a moda era “speed” como Caloi 10 e Monark 10.
    Depois ou mais ou menos junto veio a moda BMX.
    Atualmente a moda é MTB (ou pelo menos o look de MTB), e nada disso tem paralamas e bagageiro.
    Talvez um dia os fabricantes brasileiros decidam pela moda europeia de citybikes.
    Enquanto isso vamos adaptando…

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  3. É pena que nossos fabricantes de bicicletas são muitos atrasados, pois nossas bicicletas não estão com nada. Não vem com paralamas, com protetor de corrente, com bagageiro, com iluminação. Realmente falta um fabricante arrojado para por no mercado bicicletas como as europeias e faturar bastante com a venda das mesmas.

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  4. Marchas internas são mais antigas que as que usamos, pena que não se encontre aqui.
    A Shimano Nexus Inter 3 é uma das mais simples, a mesma linha existe com 7 e 8 marchas. A SRAM faz uma com 9.
    A Rohloff constroi meu sonho de consumo, o câmbio 500/14 com 14 marchas internas ativadas por apenas um “grip shift”. Pena que spo o câmbio custe mais do que uma boa bike.

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  5. Bacana, acho que nunca vi de perto uma bici com esse sistema de câmbio, gostaria de testar =)

    Mas nunca é demais repetir: bicicleta urbana deve ter pelo menos o pára-lamas!! Só quem NÃO USA bike no meio urbano acha uma boa conceber uma bike urbana sem pára-lamas e algum lugar pra carga.

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  6. Minha bicicleta possui um sistema desses. Na verade é um shimano nexus 3V que comprei separado e instalei sem problemas. Antes estava na dúvida entre single e câmbio 21V, mas quando descobri esse cubo resolvi tentar. Na verdade não é caro. É fácil achar (eu achei) por menos de R$ 300,00 na caixa, com nota, manual, loja idônea e tudo que tem direito.
    Minha avaliação final é que vale a pena para a cidade. Como a bike e o cubo eram novos, demorou pra coisa “amaciar”, ora ou outra a corrente caía. Agora não, depois de uns 1000km rodados a corrente não cai mais. RECOMENDO.

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  7. Eu uso bastante as bicicletas do usebike desde que (re)comecei a pedalar. Quase todas as vezes consegui pegar uma com câmbio nexus. Realmente é muito bom e simples; para mim que ainda não consigo entender direito as marchas normais facilita bastante. É só girar um mecanismo na manopla direita.
    Quanto a falta de paralamas e bagageiro – realmente é complicado. Mas o que mais me faz falta é a iluminação noturna nas bicicletas, já que é possível devolvê-las até às 22h.

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  8. Acabei de voltar da alemanha onde as bikes para alugar tem esse sistema… percebe-se que o intuito eh simplificar ao maximo para que mais pessoas consigam usar sem problemas. Gostei bastante, as marchas eram bem diferentes entre si, a troca era suave e muito simples (girando a parte medial da manopla). Se as brasileiras forem copias identicas, acho otimo. Fiquei curiosa para testar…

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  9. Interessante eles optaram por um sistema de transmissão interno, apesar do custo mais alto. Este custo deve ser compensado com uma manutenção mais esporádica, mas o modus operandi normal aqui no Brasil é usar as coisas com custo inicial mais baixo *e* fazer menos manutenção…

    Parabéns ao pessoal do UseBike, espero que a ideia se espalhe rápido por todo o país!

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    1. ai é que vc se engana!!!

      No Jamur vc encontrava o nexus 3v por uns 150-170 reais até pouco tempo atrás!!! Isso é preço alto para um sistema, quase completo, de transmissão? Bota na ponta do lápis uma transmissão simples mas minimamente confiável, digamos um acera da shimano… o kit sai por 3-4x mais caro dq esse nexus! Tá certo que um kit desses tem 21 ou 24 velocidades, uma baita amplitude de marchas, etc.. mas a menor amplitude de marchas compensa pela manutenção quase zero do sistema de marchas internas!

      Pena q oq era doce acabou…. esse cubo foi trazido pela ISAPA, e eles não tem previsão de quando vão ter o cubo novamente a venda por aqui, uma pena…

      Sobre a matéria, parabéns ao site por divulgar e a ao serviço de aluguel de bikes por adotar esse sistema, que é o mais lógico e eficiente para bikes urbanas! Um dos pontos vitais já foi atingido, agora faltam outros, como paralamas, cestinha/bagageiro e protetor de corrente.

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    1. Fabrício, se a tua corrente cai com muita frequência, talvez tua bici esteja precisando de uma manutenção. O custo de uma transmissão interna ainda é proibitivo para mim, e tenho uma com câmbio convencional — mas que muito raramente derruba a corrente.

      Se os derailleurs estiverem bem ajustados e a corrente bem tensionada, ela não deve cair.

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  10. Eu não entendo como a turma bota bikes pra rodar na cidade sem paralamas, protetor de corrente e algo pra carregar uma mochila (bagageiro, cesta, etc).

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    1. Concordo plenamente, por isso que não deixo de ir com a minha e meus para-lamas, acredito que seria um incentivo ainda maior para o povo alugar uma.

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