Em uma bicicleta de pedalada assistida, o motor só funciona quando o usuário pedala, reduzindo bastante o esforço necessário para movê-la. Foto: Divulgação

Uma boa solução para regulamentar as bicicletas elétricas

Conheça a solução adotada pela União Europeia e descubra por que esse modelo é o mais adequado.

Uma bicicleta de pedalada assistida da fabricante Giant: discreta e elegante. Foto: Divulgação

Após reunião com representantes do governo estadual e da prefeitura do Rio, o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) divulgou, em maio de 2012, que apresentará um conjunto de normas para regulamentar a utilização de bicicletas elétricas em todo o Brasil.

A nova regulamentação deveria entrar em vigor antes da Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que aconteceu em junho, mas não chegou a ser anunciada.

Pelo que o Vá de Bike pôde apurar, o atraso se deve a negociações com os fabricantes e importadores, que tentam tornar as regras tão flexíveis quanto possível.

Atualmente, uma bicicleta elétrica é equiparada a um ciclomotor, requerendo licenciamento, emplacamento, uso de capacete e habilitação para motocicletas, sob pena de multa e apreensão do veículo e da carteira de habilitação. Entretanto, mesmo que o dono de uma bicicleta dessas queira regularizar sua situação, não conseguirá fazê-lo, por falta de regulamentação específica para o licenciamento.

A proposta que está sendo estudada pelo Denatran é a de que veículos com velocidade de até 20km/h e motor de até 4 kW de potência sejam enquadrados em normas específicas de circulação, semelhantes às de uma bicicleta convencional, o que incluiria a permissão para trafegar em ciclovias.

O uso de bicicletas elétricas tem crescido de forma muito rápida no Brasil, tanto por pessoas com menor disposição física, como por quem possui restrições de mobilidade, ou até mesmo por pessoas que querem chegar ao trabalho com um veículo “limpo”, mas sem transpirar uma única gota ou sequer fazer esforço.

Como funciona na Europa

Estamos atrasados em quase uma década nessa questão. Desde 2003, a União Europeia diferencia as bicicletas elétricas em duas categorias: pedelecs e mopeds.

As pedelecs são bicicletas de “pedalada assistida”, aquelas em que o motor apenas ajuda a aliviar o esforço necessário para pedalar, não sendo possível deslocar-se sem um mínimo movimento dos pedais. Deve ter potência máxima de 0,25 kW (muito menos do que pretende permitir o Denatran). Essa potência do motor deve ser reduzida progressivamente conforme a velocidade aumenta, sendo cortada ao atingir 25 km/h ou quando o ciclista parar de pedalar.

Ou seja: não pedalou, não anda. Acima de 25 km/h, volta a ser uma bicicleta convencional, movida a pedaladas, ficando a velocidade máxima a cargo unicamente da capacidade física do ciclista, não de um motor que manteria uma velocidade uniforme.

As pedelecs são consideradas pelos países da União Europeia como bicicletas comuns, não necessitando de regras ou regulamentação adicionais (a única não conformidade com esse regulamento é no Reino Unido, onde as regras são ainda mais rígidas).

Qualquer bicicleta elétrica que não se enquadre nessas especificações técnicas será considerada um moped e sujeita a regras específicas, como o uso de capacete de motocicletas, habilitação, licenciamento, emplacamento e seguro obrigatório. Basicamente as mesmas regras de uma motocicleta, com exceção da categoria da habilitação, que é a mesma requerida para as scooters (até 50 cc e 45km/h).

Seria uma boa solução para nós?

O Vá de Bike acredita que sim. Bicicletas elétricas que se enquadrem na definição europeia de pedelecs representam um menor risco para pedestres e para outros ciclistas, tanto pela baixa velocidade quanto pela característica de necessitar de pedaladas para se mover.

Em uma situação de emergência, um ciclista instintivamente para de pedalar. Quando isso acontece, uma bicicleta de pedalada assistida corta imediatamente a potência do motor, funcionando de maneira análoga a uma bicicleta convencional, o que diminui os efeitos de um possível atropelamento ou colisão.

A convivência em ciclovias e espaços compartilhados com pedestres se torna mais segura com uma bicicleta com essa característica, enquanto a assistência do motor continua permitindo um deslocamento com menos esforço. Os “ciclistas elétricos” podem se deslocar nas pedelecs com a mesma liberdade e com benefícios similares aos de uma bicicleta convencional, sem precisar sofrer nas subidas, nem se cansar em distâncias mais longas.

Se o objetivo é ter um veículo que se desloque apenas apertando um botão, ou que atinja maiores velocidades, esse veículo se aproxima mais de uma motocicleta, portanto deve ser considerado ciclomotor (a definição brasileira de um moped).

Propulsão a motor, propulsão humana e um pouco de cada

João Lacerda, da Associação Transporte Ativo (TA), considera coerente essa diferenciação. “O que não podemos é privilegiar 5 mil condutores de bicicletas elétricas em detrimento de 500 mil ciclistas”, que estariam em ambiente menos seguro ao lado de velozes e silenciosos ciclomotores elétricos. Lacerda lembra que o conjunto bicicleta + ciclista se torna até 40kg mais pesado no caso de ciclomotores elétricos, que aliados às velocidades que facilmente ultrapassam os 30km/h, potencializam as consequências de um acidente.

O texto no blog da TA sobre o assunto ainda lembra que “um ciclista para trafegar acima dos 20km/h [em uma bicicleta convencional] precisa gerar uma quantidade considerável de energia e, mais do que isso, precisa ter familiaridade com o veículo e forma física. A não ser que seja um atleta profissional, não mantém um ritmo constante”. E completa: “a distinção entre motor e propulsão humana, portanto, é fundamental para garantir a segurança dos ciclistas e pedestres”.

Regularização de ciclomotores elétricos

Além de fazer essa diferenciação, é importante que os proprietários de ciclomotores elétricos possam regularizar sua situação. Hoje, alguém que tente emplacar uma bicicleta elétrica não conseguirá fazê-lo, pois os municípios não realizam o licenciamento.  E conduzir um ciclomotor que não esteja emplacado configura infração gravíssima, dando margem a apreensão do veículo.

Essa situação precisa ser resolvida com urgência, começando pela resolução do Denatran e passando em seguida pela criação de procedimentos nos municípios, para permitir esse licenciamento. Se há uma regra, que seja possível segui-la!

58 comentários em “Uma boa solução para regulamentar as bicicletas elétricas

  1. Eu quero comprar uma bicicleta elétrica para ir ao trabalho com ela e deixar meu carro em casa.
    Mas não tou interessado em fazer esforço físico porque não quero chegar suado ao trabalho e tenho que ir de roupa social. Até porque eu já me exercito na academia.
    Assim, existem muitas pessoas como eu que querem apenas um transporte rápido, barato e simples como a bike elétrica. E as autoridades têm a obrigação de nos facilitar o uso e a aquisição de bikes elétricas, equiparando-as a bikes comuns. Pra mim é indiferente se uma bike está se locomovendo à tração humana ou à tração por motor elétrico. O que importa é que são carros a menos nas ruas e menos poluição.

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  2. Amigos, a variedade de bikes eletricas é grande. Hoje em dia tem modelos como o meu que pesa 22kg, bateria de litio, autonomia boa. A impressao que eu tenho é que poucas pessoas que comentam já andaram em uma bike assim, seja por preconceito, nao sei.
    A minha tem acelerador e mesmo assim tenho que pedalar ao mesmo tempo nas subidas. A diferença pra bike comum é que meu esforço cai pela metade, o modo assistido pedelec funciona da mesma forma, a diferença é um botao.

    Se tiver que tirar o acelerador fará muita falta no sentido da segurança mesmo, pois o inicio da pedalada ele me traz muito mais segurança pra sair do lugar.

    Com uma bike comum eu simplesmente nao consigo fazer meu trajeto que tem subidas kilometricas. Ate consigo se tiver que sair da bike, mas meu tempo nao me permite isso.

    Limitar a 20 nao quer dizer que vou andar a 20 po hora constante, pois a eletrica tem um torque baixo, na subida cai pela metade.

    Enfim, antes de traçarem uma opiniao, procurem conhecer primeiro ao inves de pesquisar no google.

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    1. Renanto,

      Concordo parcialmente
      Os pontos de bike elétrica ser muito eficiente para transporte urbano está ok.
      Mas o acelerador sou totalmente contra. Pois ele é um risco grande para acidadentes em “aceleração” acidental.
      Pedalada acidental é bem mais dificil.
      Eu ja vi na loja um bike elétrica quase atropelar pessoas na hora que o vendedor estava mostrando o acelerador.
      Tb pode acontecer na hora que vc está parando num sinaleiro e se apoiar no guidão e acelerar sem querer e entrar na rua com sinal contrário aberto, ou atropelar um pedestre na faixa.
      ou seja com o acelerador existe o risco, sem ele não existe o risco. Portanto melhor para segurança sem ele.
      abs

      Polêmico. O que acha? Thumb up 3 Thumb down 6

      1. Marcelo, discordo.
        A acelerada acidental acontece quando a pessoa nao conhece e nao é avisada a tomar cuidado em testes.
        Voce tem uma bike eletrica? Nao né?.
        Eu tenho e te garanto que o pedal assist pode causar muito mais acidentes em curvas.

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        1. Renato, usei diariamente por mais de um ano uma e-bike com pedal assist e discordo totalmente de você. Em primeiro lugar porque na grande maioria das vezes você para de pedalar nas curvas o que faz com que o motor pare de ajudar, em segundo porque mesmo para quem faz curva pedalando quando você está usando este tipo de e-bike você fica acostumado com a assistência do motor, de modo que automaticamente você já considera a assistência tornando absolutamente tão segura em uma curva quanto qualquer outra bicicleta.
          Já o acelerador realmente é muito mais arriscado, além de situações de mau uso eu já vi uma e-bike travar o acelerador após uma queda e ficar girando no chão, é também muito mais fácil acontecer uma falha mecânica e um dispositivo que tem um cabo passando pela bike do que algo selado dentro do movimento central ou do cubo da roda.

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          1. Isso ai Felipe, concordo com vc.
            O Renato quer discordar de toda a europa, que já baniu o acelerador nas maiorias das legislacoes sobre bikes elétricas.

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  3. O Leonardo está correto, existem bicicletas que atingem até mais de 80km/h, no entanto não há qualquer legislação em relação ao uso de capacete e demais equipamentos de proteção. Mas o fato é simples, tudo não passa de pressão da grandes fabricantes e importadores de motocicletas. Nem tenham dúvidas, e como no Brasil a coisa funciona a $R$R$R$R, ainda vai se estende um tempinho esta situação. Mas não tem volta, os órgãos responsáveis terão que regular as bicicletas elétricas (sem muita frescura, espero).

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  4. Não sei se todos aqui possuem intimidade com as magrelas. Mas não é raro uma bicicleta tipo speed ou até mesmo MTB atingir 80 Km/h Eu mesmo já atingi essa velocidade em uma MTB – claro que numa grande descida- foi ótimo. Portanto, os 20 km/h são como tirar doce de criança.

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    1. Exatamente Leonardo! Tenho uma elétrica, Blitz Jet e moro em Brasília, mas só uso o pedal assistido e, mesmo pedalando assistido, muitas e muitas vezes sou ultrapassado, na ciclovia, por ciclistas com bikes que não são elétrica, além de ver muitos desrespeitando a legislação em várias questões – por exemplo a prioridade do pedestre . Além do mais Emmanuel, não vejo que as pessoas que optam por elétricas sejam sedentárias, como você enfatiza, eu mesmo sou corredor de rua e utilizo a elétrica, durante a semana, por que transpiro muito e no meu trabalho não tem como tomar banho. Já nos finais de semana a utilizo sem a bateria e sem problemas. Concordo que a regulamentação tem que acontecer, o mais rápido possível.

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    1. Desculpe, mas achar q a sedentariedade é culpa do equipamento e não do individuo, é típico de brasileiro q acha q a culpa de todas as nossas desgraças é só dos políticos.

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  6. Ótimo Post, mas preciso discordar do sexto parágrafo. Desde alguns meses antes dessa polêmica comecei a observar mais detalhadamente os condutores de todos esses veículos elétricos (percorro 30 km por dia entre as zonas norte, centro e sul do Rio de Janeiro) e até hoje não vi absolutamente NENHUM condutor de “bicicletas elétricas” com qualquer dificuldade de mobilidade, excesso de peso, idade avançada, deficiência física ou algo que o valha para justificar a necessidade real de uso da bicicleta assistida. É uma informação baseada em observação empírica, mas acho que vale como mais um ponto de reflexão.

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    1. Eduardo, ainda assim são pessoas que dificilmente adotariam uma bicicleta convencional, mesmo que por preguiça ou aversão a exercício físico. E é preferível que elas conduzam bicicletas elétricas do que SUVs. 😉

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    2. Eduardo porque você não considera a simples falta de vontade de pedalar, preguiça, não querer suar ou simplemente achar legal uma bike elétrica como justificativas válidas para o uso da bicicleta assistida?

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    3. Lembrando, Eduardo, que só porque vc acha que a pessoa não tem deficiência, não que dizer que ela não tenha. Eu, por exemplo, tenho condromalacia patelar, pareço deficiente ( o que quer que isso queira dizer)? não. Mas adotei a pedelec como forma de voltar ao ciclismo e evitar muito impacto no pobre coitado do meu joelho, quase um ano depois, eu estou começando a desmamar, provavelmente ano que vem passe para uma comum, mas não que dizer que não tenha sido extremamente importante a minha breezezinha. Portanto, sem julgamentos, vai.

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  7. Sou usuário de uma bicicleta com pedal assistido, a que eu tenho o motor para de ajudar ao atingir 30km/h, ao parar de pedalar e ao mínimo toque no freio. Recentemente montei uma roda traseira sem motor para usar nos finais de semana pois costumava passear com os amigos e mesmo deixando a bateria em casa ela continuava sendo uma bike pesada, sem motor e sem bateria ela é uma bike normal com cerca de 17Kg, com o motor e a bateria ela vai para 27Kg.
    Acho importantíssimo regulamentar as e-bikes pois existem coisas por ai, principalmente as caseiras que definitivamente não são bicicleta, ao mesmo tempo todo ciclista (até alguns de fixa) que andaram na minha bicicleta foram categóricos em afirmar que ela é uma bicicleta.
    Pela minha experiência, esta é minha segunda bike elétrica, acho que a velocidade em que o motor para de ajudar pode ser de 30km/h sem riscos para outros ciclistas, mantendo uma característica que eu aprecio muito nas e-bikes, poder manter uma velocidade mais próxima do fluxo dos carros, isso é algo que em muitas vezes aumenta a segurança por diminuir a velocidade de aproximação do carro que vem por trás e também faz com que o motorista fique menos irritado de ficar atras o que se reflete em menos fechadas e finas.
    Kindler eu compro as minhas na http://www.generalwings.com.br, os modelos que eles tem a venda, como ainda não tem regulamentação e o mercado pede, além de todo o sistema para ser uma pedal assistido ela também vem com um acelerador para quem quer só acelerar e não quer pedalar, mas basta fazer como eu e tirar o acelerador que você vai estar com uma e-bike com pedal assistido, que corta o motor a 30km/h, ao encostar no freio e ao parar de pedalar.

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    1. Olá Felipe, estou prestes a comprar uma bike no site que você indicou, o site é seguro? Ou você compra na loja física? Suas bikes estão boas ainda?
      Sabe quanto tempo de vida util tem as baterias da general wings??

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    1. Kilder, eu estou pesquisando para comprar uma também. Quero com pedal assistido e bateria de lítio.

      Achei essa marca, mas não conheço: http://www.sensebike.com.br

      Me parece ser muito bacana, os componentes são de marcas conhecidas, mas ainda estou em dúvida, afinal é um investimento alto para arriscar.

      Alguém aqui conhece essa bike?

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  8. Apoio totalmente a ideia do pedal assistido. e limitar a potencia igual a europa. Super simples que nao fiquem inventando regras diferentes.

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  9. Marina, a minha era de lítio e pesava 8 Kg 🙁 Usando apenas o motor (eu não podia pedalar) ela tinha apenas 12 Km de autonomia na ida que tinha algumas subidas e uns 15 Km na volta.

    Vale a pena ver isso, pois enquanto a minha dobrável normal pesa 12 Kg a dobrável elétrica pesa 28, toda a diferença vem do motor e da bateria.

    Sobre comprar uma, talvez valha a pena esperar sair a regulamentação. Se o lance do pedal assistido rolar, TODOS os modelos que eu conheço precisarão ser modificados para desabilitar a opção de funcionamento no acelerador.

    Meus amigos nerds gordinhos estão em polvorosa. Bicicletas elétricas vão sim desafogar o trânsito.

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    1. Claudio Br., obrigado pela dica.

      Acho que vou esperar mesmo a regulamentação. Mas, eu já dei uma pesquisada e tem uma marca nova agora no Brasil que tem uns modelos lindos e todos são com Pedal Assistido. Chama-se Sense Bike. http://www.sensebike.com.br

      Alguém já ouviu falar? É boa mesmo?

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  10. A bicicleta com Pedal Assistido é uma ótima alternativa para desafogar o trânsito caótico das cidades brasileiras. Para aqueles que não querem chegar suados ou exaustos no trabalho, pode-se usar a ajuda do motor.
    As novas bicicletas elétricas que tem hoje no mercado não usam mais a bateria de chumbo, que é muito pesada (como disse o Claudio Br). Elas usam bateria de lítio, a mesma usada em aparelhos celulares, que são mais leves e mais duráveis. Dessa forma, o ciclista pode escolher fazer ou não a força física e, quando optar por desligar o motor, o peso da bateria não incomoda.
    Eu estou pensando seriamente em comprar uma para mim, estou pesquisando as melhores marcas.
    Alguém por aqui tem alguma para indicar?
    Abraços
    Marina

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    1. Marina,
      A marca mais vendida no Brasil ainda vende suas bicicletas com baterias de chumbo, aliás, a maioria das e-bikes vendidas no Brasil possuem estas baterias – que são profundamente tóxicas.
      O peso da maioria das e-bikes ainda é muito alto comparado às bicicletas, e – como era de se esperar – pessoas que optam por e-bikes não costumam ter uma boa performance com bicicletas, o que denota claramente que são menos preparadas para lidar com emergências e situações de risco. Mas isso não seria um problema tão grave se elas não estivessem acelerando em ciclovias.
      O grande dilema disto tudo é mesmo a permissão para as MOPEDS andarem em ciclovias, pois diminui profundamente a segurança dos ciclistas que vêem na ciclovia o seu “espaço seguro”.
      O que o tiago barufi disse acima é perfeito!
      Abs
      Robson Combat

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      1. Robson,
        Discordo de sua afirmação de que: “…pessoas que optam por e-bikes não costumam ter uma boa performance com bicicletas, o que denota claramente que são menos preparadas para lidar com emergências e situações de risco…” pois que usa uma bicicleta elétrica costuma usar todos os dias o que as deixa mil vezes mais preparadas para lidar com situações de risco doque quem anda só de vez em quando e não passa pela cabeça de ninguém proibir que o usuário ocasional seja proibido de usar a ciclovia não é mesmo?
        Eu por exemplo uso o motor durante a semana para chegar sem suar muito (agora no inverno está um pouco melhor) e para dar tempo de ir almoçar em casa, eu rodo cerca de 120km com motor durante a semana e cerca de 80km sem motor nos finais de semana e te garanto que estou mais preparado para lidar com emergências e situações de risco do que qualquer um que usa uma bike normal para passear em grupo toda semana.
        Agora, concordo totalmente com a proibição dos MOPEDS em ciclovias com uma única exceção de serem conduzidos a baixa velocidade por deficientes físicos.
        A regulamentação é absolutamente necessária pois coisas como esta (http://invertia.terra.com.br/carros-motos/noticias/0,,OI5785709-EI19500,00-Montadora+cria+bicicleta+eletrica+que+atinge+kmh.html) não podem ser consideradas bicicletas e serem liberadas nas ciclovias.

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        1. Ok Felipe,
          Fui mesmo mordido pelo vírus da generalização e neste ponto você está correto, não são todos. Mas me baseio no que temos visto aqui no RJ: o mercado das e-bikes é quase totalmente tomado pelos moradores da zona mais rica da cidade (Zona Sul) e os usuários tem mesmo este perfil que narrei.
          Na prática, o que vemos – em sua maioria, por observação aqui – é que as pessoas que vão atrás das e-bikes não são ciclistas, são pessoas que buscam um veículo motorizado “da moda”, “mais em conta”, “que não paga IPVA” etc. O que comprova isso é que aqui no Brasil ainda é raro ver as PEDELECS.
          Enfim, mais uma vez, para mim a melhor questão sobre isso foi mesmo levantada pelo Tiago Barufi.
          []s
          Robson Combat

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  11. Já tive uma elétrica e pude comparar com a bicicleta normal. Acredito que se a bicicleta tiver baixa potência e não exceder 20 Km/h (velocidade máxima permitida na ciclovia do parque do Ibirapuera, por exemplo) quando se utiliza apenas o motor ela pode ser tratada como bicicleta normal, mesmo que o usuário não utilize o pedal assistido.

    Digo isso porque a partir dos 20 ou 25 Km/h o motor passa a rodar em falso (o motor não possui câmbio) não importa o quanto se acelere.

    Ocorre que a partir dessa velocidade o ciclista precisa impulsionar, sem auxílio adicional do motor além da bicicleta, pelo menos 8 Kg de bateria mais o peso extra do motor, ou seja, é horrível.

    Minha velocidade máxima com a elétrica foi sempre inferior à minha velocidade máxima nos mesmos trajetos usando bicicleta normal, por isso não vejo o motor (de baixa potência) como algo que permita que as pessoas alcancem altas velocidades.

    Tudo bem se o pedal assistido for a condição para que ela seja tratada como bicicleta, contudo, o mais importante é regular a potência.

    Mais impressões sobre o uso da elétrica aqui: http://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&ved=0CLgBEBYwAA&url=http%3A%2F%2Fparaciclo.wordpress.com%2F2011%2F05%2F13%2Fbike-eletrica-entrevista-com-claudio-kerber%2F&ei=VVu1T9qVOMvrggfSu8n6Dw&usg=AFQjCNFLunPNL6Dt_9QyHuk6R4Mgv7yybQ

    Em suma, só volto a usar uma elétrica se meu corpo estiver muito, mas muito mal.

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  12. Bem esclarecedor. Só discordo dessa fala do pessoal do T.A.:

    “um ciclista para trafegar acima dos 20km/h [em uma bicicleta convencional] precisa gerar uma quantidade considerável de energia e, mais do que isso, precisa ter familiaridade com o veículo e forma física. A não ser que seja um atleta profissional, não mantém um ritmo constante”.

    Para se manter a uma velocidade de 20km/h basta o costume de pedalar. Não é necessário ser atleta profissional para isso.

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    1. Justamente o que disseram, acima dos 20km/h

      eu mesmo que desloco a pouco tempo diaramente de bike, consigo manter constante uma velocidade de 18km/h sem muito esforço na melhor relação da minha mtb, já acima disso, ou próximo dos 22km/h eu não consigo manter nem uma cadencia decente já ficando cansado em poucos metros

      Eu sei que tem gente que pode andar mais rápido inclusive muita gente me ultrapassa e vejo sumindo ao passar por mim, e que a minha mtb ainda está com pneus de dirt e a suspenção me fazem ter um esforço maior para manter uma velocidade mais alta

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  13. É, não tem mistério! Não tem que inventar, basta copiar os países onde a coisa já funciona…

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