Como alternativa para interdição, Ciclovia Rio Pinheiros terá acessos na Ponte Cidade Jardim
Uma novidade boa e uma ruim em relação à interdição da ciclovia do Rio Pinheiros, em São Paulo. Veja aqui.
Em reunião realizada na quarta-feira 30 de outubro, surgiram duas novidades em relação à interdição da Ciclovia do Rio Pinheiros, em São Paulo, para construção de trecho da Linha 17-Ouro do Metrô (o popular Monotrilho). Mas há uma boa e uma ruim: a notícia ruim é que não haverá mais acesso externo na Ponte João Dias; a boa é que será criado um acesso na Ponte Cidade Jardim.
Ponte João Dias sem acesso externo
Quem acompanha o Vá de Bike já havia lido sobre a adaptação da Ponte João Dias para que os ciclistas possam passar ao outro lado do rio (veja aqui). Propunha-se inclusive criar um acesso externo, o que a princípio seria feito por baixo da ponte que segue no sentido bairro.
Durante a última reunião, realizada em 30 de outubro, fomos informados de que a passarela será toda cercada com grades, pois a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) teria a preocupação de que alguns ciclistas passassem a “cruzar as sete faixas de rolamento” das duas pontes sentido centro para conseguir chegar na entrada desse acesso pelo meio da via. Também não há intenção de preparar um acesso por debaixo da ponte ou qualquer outra solução que permita aos ciclistas ingressarem na Ciclovia por ali.
Como já dissemos aqui, um acesso na Ponte João Dias seria importantíssimo. Há uma quantidade grande de ciclistas passando ali diariamente, que acabam tendo que se arriscar na Marginal Pinheiros. A preocupação com um risco local, que poderia ser mitigado construindo uma passarela, por exemplo, acaba fazendo com que os ciclistas da região continuem correndo um risco mais amplo e indireto, ao trafegar pelas vias rápidas da região. Muitos desses ciclistas acabam seguindo pela própria Marginal, por ser o trajeto mais curto e plano.
Veja aqui onde estão os acessos da Ciclovia Rio Pinheiros
Escada com canaletas
Apesar dos pedidos dos cicloativistas para que o acesso à ponte fosse em forma de rampa (e, de preferência, pedalável), quem estiver na ciclovia e precisar subir para a passarela da ponte terá que empurrar a bicicleta em uma escada com canaletas nas laterais. A solução é semelhante à existente na Vila Olímpia, mas os ciclistas presentes pediram que ao menos os degraus sejam mais baixos ou mais largos. A equipe responsável pelo monotrilho prometeu consultá-los novamente sobre esse detalhe antes da implantação.
Travessia e acesso na Ponte Cidade Jardim
A notícia boa é que será construído um novo acesso na Ponte Cidade Jardim, em ambos os lados da ponte. Em vez da ponte flutuante proposta anteriormente nas imediações da Usina de Traição, o ciclista agora seguirá pela pista que passa ao lado da área da Usina, na margem oeste, até chegar na Ponte Cidade Jardim – solução que, por sinal, já havia sido sugerida por alguns de nossos leitores.
A adaptação nessa ponte será semelhante à da João Dias, com acesso em forma de escada e utilização da passarela de pedestres. Clique na imagem para ver detalhes (as legendas já estavam em baixa qualidade no original, pedimos desculpas).
Entretanto, o acesso nessa ponte está sendo considerado temporário e não definitivo. O motivo é que outro acesso logo ao lado, saindo de dentro do Parque do Povo, já está sendo construído.
Resumo da solução adotada
A alternativa que será implantada para garantir o fluxo de ciclistas durante as obras consiste em:
Obras começam segunda, 11/11
As obras iniciam na segunda-feira, 11 de novembro. Enquanto se preparam as travessias e a nova pista, os ciclistas serão transportados pelo trecho de obra em uma van, com uma carretinha atrás transportando as bicicletas. ”É uma condição de norma de segurança da obra”, justifica Eduardo Curiati, Gerente de Empreendimento da Linha 17-Ouro. O transporte será realizado por todo o trecho, da Granja Julieta à Vila Olímpia.
Quer saber mais?
Baixe o documento apresentado pelo Metrô aos cicloativistas na reunião de 30 de outubro, veja nossa galeria de fotos e siga os links do quadro abaixo.
E kd as alternativas? A ciclovia está interditada há quase um mês e não vi nada sendo feito até agora.
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Cristine,
Eu estou usando constantemente somente do lado entre Villa Lobos, Vila Olimpia e a unica coi sa que vi são as vans para carregar as bikes, que por sinal, nem me arrisco a usa-las. Todos estão reclamando como as bikes são transportadas. São apoiadas na prancha e são apoiadas pelas rodas. Conforme o movimento da van, as rodas são entortadas com o peso e balanço da própria bicicleta. Tô fora !
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Eu deixei de utilizar a ciclovia por causa exatamente do formato como foi proposta a solução. Tive dois pneus estragados no transporte e estou negociando o reembolso dos reparos com o consórcio responsável por essa solução esdrúxula.
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Caros,
ALguém pode acionar os responsáveis pela manutenção da ciclovia referente as obras próximo a estação vila olimpia.
No domingo pela manhã (17/11) era impossivel passar na chegada a usina da traição, pois algum caminhão carregado (com terra retirada do rio provavelmente) deixou intransitavel o trecho “final” entre Villa Lobos e Vila Olimpia. Pura sujeira de esgoto e com risco de queda de muitos ciclistas, se é que não caiu ninguém ali. Infelizmente estava sem meu celular para registrar com imagens…alguém presenciou isso tb ?
Pô, já bloquearam um bom trecho e agora vai avacalhar com o que restou ? Custa jogar uma agua com caminhã pipa ?
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Como usuário da ciclovia, gostaria que os acessos fossem com rampas para podermos passar pedalando, mas com nem tudo e perfeito, que pelo menos as escadas não tenham tanta inclinação como na Vila Olímpia onde em vez de usar as canaletas temos que carregar a bike porque fica mais fácil.
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Como usuário da ciclovia no âmbito de treino , a solução de desvio com os acessos por meio de escadas ou qualquer outro meio que obrigue a interrupção do ritmo do trajeto e extremamente inconveniente . Os engenheiros do metro de renomeada competência devem achar um meio de executar estes acessos por meio de rampas e trajetórias que possibilitem o ciclista permanecer pedalando sem interrupção nas travessias das pontes Cidade Jardim e Joao Dias.
Será que é exigir muito?
Porque estas soluções não foram consideradas antes da interrupção , sabendo-se que serão 2 longos anos sem a opção deste lazer e serviço ?
Infelizmente o cidadão está em 2o plano …
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Este folheto está sendo distribuído para os ciclistas que entram na ciclovia pela estação Santo Amaro: http://i.imgur.com/457ZF5B.jpg
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É lamentável a decisão de ignorar os ciclistas que vêm do Capão Redondo e Campo Limpo.
Existe um fluxo intenso de bicicletas pela av. Carlos Caldeira Filho e também pela estr. de Itapecerica, que chega na av. João Dias. A partir dali, não há ciclovia, há várias saídas à direita antes da ponte (sempre um risco de não ser visto), não há acostamento nem caminho seguro. Sobre a ponte, a faixa da direita é exclusiva para a alça de acesso à marginal, então para seguir na direção da entrada da ciclovia da marginal, é necessário mudar de faixa à esquerda, numa via onde passam carros, muitas motos, lotações e ônibus articulados.
Há rumor sobre a existência de um projeto de construção de ciclovia na Carlos Caldeira, segundo comentário num outro post aqui desse mesmo blog:
Bom dia Sr. Marcelo,
Temos no momento projeto e orçamento para implantação de duas ciclovias, uma ligando o Parque Santo Dias ao Terminal João Dias, através da Av. Carlos Caldeira Filho e outra ligando o Terminal João Dias à ponte do Morumbi, pela marginal Pinheiros, com extensão total de 11660 m.
Gildete Machado
Assessoria de Imprensa
Subprefeitura de Campo Limpo
A pergunta é: e do Terminal João Dias para frente (sentido ponte)? Isso sem mencionar a frustração diária de passar sobre a ciclovia e voltar 2km para poder acessar a entrada.
Vamos acompanhar o que a prefeitura e a CET planejam para essa travessia. A situação, hoje, é de um trecho de alto risco e sem alternativa.
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Bom dia.
A boa noticia é que a ciclovia continua liberada em todo o trecho. Não fechou dia 04/11.
Seria importante uma comunicação com 1 semana de antecedencia. Informar no fim de semana que será fechada na próxima 2ª feira criará problemas para quem utiliza a trabalho como eu…Que não utilizo aos finais de semana e receberei a noticia com o acesso fechado se não houver comunicação.
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Um acesso a ponte João Dias é fundamental. Passo por ali todo dia e é impressionante a quantidade de ciclistas cruzando a ponte. A bicicleta nos bairros após a ponte tem uma importância absurda.
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Isso é importante e costuma passar despercebido. Outro dia tinha alguém esbravejando por aqui que “os ciclistas peguem seus vinténs e vão andar de bicicleta na Europa”, ironizando que seria coisa de classe média ficar reivindicando direito de andar de bike na cidade.
A bicicleta está em todas as classes, inclusive (e com mais força do que se pensa) nas classes baixas.
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Uma dúvida: com essas alterações, o cesso da Vila Olímpia será fechado? Ou a ponte Cidade Jardim será usada somente como ponto de travessia?
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O acesso da Vila Olímpia continua aberto. E a ponte Cidade Jardim servirá tanto como travessia quanto como acesso.
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Só queria saber o porquê de não instalar o acesso na ponte João Dias ?
Penso que o que pesou na decisão da CET é a proximidade com o outro acesso estação Santo Amaro e por causa da segurança, naquele local ser muito vulnerável.
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Tambem fiquei decepcionado pela falta de acesso externo na ponte João Dias. Eu preciso fazer o mesmo desvio que o Bruno para acessar a ciclovia, e vejo todos os dias a quantidade de ciclistas que tem que fazer o mesmo, ou se arriscam na marginal.
A ciclovia vai continuar tão perto e tão longe…
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Caros,
Hoje foi a prova do que nos espera…Fiquei mais de 50 minutos na ponte cidade universitária esperando o responsável para abrir o acesso a Ciclovia. O que deveria acontecer às 5 horas da manhã, o cidadão apareceu 5:55 hs. Coitado de um ciclista que, já estava dentro da ciclovia, pois deve ter entrado por outro acesso, mas não tinha como sair na cidade universitária e seguir para o seu trabalho! Ficou desesperado no portão esperando…
Se já não conseguem cumprir o que é de rotina, abrir e fechar a ciclovia nos horarios corretos, imaginem os horarios das suspostas vans !!! Lamentavel !!! Estou reclamando na CPTM, se alguém tiver acesso direto e puder ajudar.
Conversando com outro ciclista que também aguardava, ele me disse que não é a primeira vez que acontece !
Vamos acompanhar as obras do remendo, pois se bobear, cai no esquecimento e cria-se uma nova linha de vans: GRANJA JULIETA X VILA OLIMPIA !
Infelizmente estou bem pessimista diante desse descaso e do remendo tapa buraco. GESTORES DE MEIA TIGELA !
Abs,
Ricardo
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Boa tarde.
Sinceramente fiquei bastante decepcionado pela falta do acesso na ponte joão dias.
Mas tenho certeza que vocês conseguiram o máximo que era possível nesta “negociação”.
Abraços!!
Anderson
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Esse comentário não tem feito muito sucesso. 3 16
E voce poderia dizer por que voce não fala sobre sua região ? Eu moro na periferia de Taboão da Serra, mas tenho interesse sobre o que tá rolando sobre a ciclovia da marginal. Pois ela certamente é a espinha dorsal de todas as futuras ciclovias que surgirão na cidade. Concorda ?
Exponha fatos, fotos, projetos, o que poderia ser feito. Acho que criticando dessa maneira, voce não chega a lugar nenhum…
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Como se nunca falássemos de ciclovias em regiões periféricas. Quando cobramos o acesso na Ponte João Dias é justamente para beneficiar o ciclista que vem do Capão Redondo e Parque Arariba. Aliás com a Ciclovia na margem oeste, os ciclistas que vem da região do Socorro também serão beneficiados. Outra coisa, quando começamos a brigar contra a interdição total da Ciclovia foi justamente em defesa do ciclista da periferia da Zona Sul (o trabalhador) que seria prejudicado, pois quem usa por lazer em nada iria mudar.
Além do mais, essa discussão vai ajudar indiretamente você da Zona Leste, pois todas as obras de monotrilhos em São Paulo prevem a construção de ciclovias, ou seja, aí na Anhaia Melo, Sapopemba e o fundão podem ter ciclovias, desde que a gente pressione a prefeitura e estamos usando essas discussões sobre essa Ciclovia para debatermos o tema (bastaria acompanhar as nossas reuniões).
Portanto antes de sair batendo nos outros achando que só olhamos o nosso umbigo, se informe para não cometer injustiças.
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