Atropelamento ocorreu no cruzamento com a Av. Brigadeiro Luis Antônio. Foto: Talita Rodrigues

Ciclista morre atropelado na Av. Paulista, em São Paulo

Marlon Moreira de Castro, 35, foi atropelado por um ônibus. Ciclovia começará a ser construída em janeiro de 2015, mas ainda há quem conteste a obra.

Bicicleta foi arrastada pela roda do ônibus. Perceba que o pedal "cavou" o asfalto ao ser arrastado. Foto: Rene Fernandes
Bicicleta foi arrastada pela roda do ônibus. Perceba que o pedal “cavou” o asfalto ao ser arrastado. Foto: Rene Fernandes
Atropelamento ocorreu no cruzamento com a Av. Brigadeiro Luis Antônio. Foto: Talita Rodrigues
Atropelamento ocorreu no cruzamento com a Av. Brigadeiro Luis Antônio. Foto: Talita Rodrigues

A avenida símbolo da cidade de São Paulo, a Paulista, foi cenário de mais uma morte de ciclista nessa segunda-feira, 27 de outubro. O atropelamento ocorreu por volta das 12h30 no cruzamento com a Av. Brigadeiro Luis Antônio – que já foi chamado de esquina da morte, devido ao alto índice de atropelamentos no local. A Brigadeiro é, inclusive, a avenida campeã em atropelamentos.

A vítima foi Marlon Moreira de Castro, de 35 anos, que trabalhava como bike courier na empresa Ecolivery Courrieros. O ciclista trabalhava com entregas há cerca de três anos e morava em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo.

Os relatos de testemunhas divergem: chegou-se a comentar que ele estaria subindo a Brigadeiro, quando fez a conversão proibida para entrar na Paulista, cruzando a frente do ônibus; outros afirmam que ele estaria trafegando na Paulista, sentido Consolação, quando furou o sinal vermelho. Como Marlon não pode mais contar sua versão, teremos que ficar com essas, ainda que conflitantes, a não ser que alguma imagem de câmera surja nos próximos dias.

O motorista prestou depoimento após o incidente. De acordo com matéria da Jovem Pan, que fala apenas sobre o impacto no trânsito e as consequências para o ônibus, o coletivo seria da linha 5154, com itinerário entre a Estação da Luz e o Terminal Santo Amaro.

O ciclista, em foto de seu perfil no Facebook.
O ciclista, em foto de seu perfil no Facebook.

Marlon foi socorrido por uma equipe médica que passava pelo local e chegou a ser levado ao Hospital das Clínicas, onde faleceu em decorrência dos ferimentos. O ciclista teria sofrido duas paradas cardíacas após o atropelamento. Segundo matéria no site da Veja São Paulo, uma testemunha afirmou ter visto o ciclista se levantar, mas não consegui manter-se de pé. Já o Corpo de Bombeiros teria informado que ele teve traumatismo craniano encefálico e foi atendido inconsciente. A bicicleta ficou embaixo da roda do ônibus, que teve seu vidro dianteiro trincado, o que sugere que o ciclista teria sido colhido de frente pelo veículo motorizado.

Em entrevista ao blog “Pé de Vela”, em junho desse ano, o bike courier contou que começou a pedalar para se livrar de uma depressão. Segundo ele, a sensação de liberdade o ajudou. “A inclusão da bicicletas nas grandes metrópoles é inevitável”, afirmou.

Manifestação

Ciclistas pretendem realizar uma manifestação na noite de hoje (segunda, 27), para “prestar uma homenagem a todas as vítimas do trânsito e pedir por ruas mais humanas, em que o mais forte proteja o mais fraco e que a preservação da vida seja a prioridade máxima”.

O encontro será às 20h, na Praça do Ciclista (Paulista x Consolação), de onde devem seguir até o local do atropelamento. Provavelmente haverá a instalação de uma ghost bike – uma bicicleta branca, em homenagem ao ciclista falecido. Mais informações na página do evento.

Detalhe da sinalização que será aplicada na ciclovia da Av. Paulista, nos cruzamentos. Imagem: CET/Reprodução
Detalhe da sinalização que será aplicada na ciclovia da Av. Paulista, nos cruzamentos. Imagem: CET/Reprodução

Ciclovia é necessária

Segundo dados da CET, a Av. Paulista é a via com mais acidentes com ciclistas por quilômetro em São Paulo (foram 15 – registrados – entre 2009 e 2011). Nela ocorreram atropelamentos emblemáticos, como as mortes de Márcia Prado (2009) e Julie Dias (2012) e o caso de David Santos Souza (2013), que teve seu braço arrancado ao ser atropelado em área segregada com cones por um motorista embriagado.

A Secretaria de Transportes da cidade (SMT) divulgou em setembro detalhes do projeto da ciclovia da Avenida Paulista (veja aqui). A previsão é de que as obras, que iniciam em janeiro, estejam concluídas até junho.

Alguns cidadãos se posicionaram contrários a essa ciclovia, como o vereador Andrea Matarazzo, que chegou a afirmar que “se faz de tudo para os ciclistas e se esquece dos carros” e que o canteiro central, onde ela será construída, é “essencial para a segurança de pedestres e motoristas“. Devido à repercussão negativa de suas declarações, Matarazzo posteriormente mudou de opinião, passando a ser favorável à estrutura.

A Associação Paulista Viva também contesta a construção da ciclovia, alegando serem necessários “estudos mais aprofundados”, para que possa a intervenção possa “atender a todos os cidadãos de forma justa”. Entre outros questionamentos, apontam uma suposta “descaracterização” da “ideia de boulevard” da avenida. O posicionamento da entidade continua.

Enquanto uma pequena parte dos paulistanos ignora a importância de uma ciclovia na avenida, ou discute se o projeto apresentado é perfeito, se agrada a todos ou se vai tornar a avenida “feia”, nós, ciclistas, continuaremos pagando com nossas vidas.

Mas por que os ciclistas usam a Paulista?

A Paulista é um dos melhores caminhos quando se está de bicicleta por ser o mais curto e mais plano, dando acesso a várias regiões da cidade. O eixo do “espigão”, que vai do Jabaquara a Perdizes, é relativamente plano, com desnível irrisório e bem distribuído ao longo de seus mais de 13km de extensão. Qualquer rota alternativa implica em muitas subidas e, geralmente, aumento da distância percorrida – o que todo ciclista que está realizando um deslocamento sem intenção de treino costuma evitar.

Uma Ghost Bike marca o local onde Márcia Prado sucumbiu sob as rodas de um ônibus. Foto: Willian Cruz
Uma Ghost Bike marca o local onde Márcia Prado sucumbiu sob as rodas de um ônibus. Foto: Willian Cruz

Devido a essas características, muitos cidadãos utilizam a avenida diariamente em seus deslocamentos de bicicleta.  É o que mostra, por exemplo, a contagem fotográfica realizada pela Ciclocidade em 2010. Naquela ocasião foram fotografados 733 ciclistas em um espaço de 16 horas, com uma média de 52 ciclistas por hora – equivalente a cerca de uma bicicleta por minuto. Entre as 17 e 18 horas a frequência atingiu seu pico, com 86 ciclistas em uma hora. E isso sem estrutura específica para sua circulação, com boa parte dessas pessoas utilizando o mesmo espaço onde circulam os ônibus – ou até mesmo as calçadas. A medição foi realizada justamente no cruzamento onde ocorreu a morte de Marlon.

Ao avaliar esses números, deve-se considerar também o aumento inegável no uso da bicicleta desde então, passados quatro anos. Uma ciclovia na avenida terá alta utilização, como vem acontecendo com a ciclovia da Av. Faria Lima, um local onde quase não passavam ciclistas e hoje circulam cerca de dois mil por dia (ou mais).

Hoje, muitas pessoas que teriam a Paulista como parte do trajeto ou mesmo como destino deixam de utilizar a avenida ou mesmo de circular em bicicleta, por receio da baixa aceitação de ciclistas na via por parte dos motoristas que ali trafegam. Essa situação fez a Paulista se tornar a via com mais acidentes com ciclistas por quilômetro, segundo dados divulgados pela CET em 2012. Não é um título do qual a avenida símbolo da cidade deva se orgulhar.

Saiba aqui por que os ciclistas continuam (e continuarão) utilizando a Av. Paulista, por mais que se incentive sua circulação nas vias paralelas. E entenda neste artigo por que as ciclovias são tão importantes para a cidade, seja na Paulista ou na Belmira Marin.

Veja aqui porque a implantação de ciclovias é tão importante para a cidade

27 comentários em “Ciclista morre atropelado na Av. Paulista, em São Paulo

  1. Essa foi a gota da água ( desculpe o trocadilho ! ) ! A prefeitura tem que parar de ficar criando ciclovias onde não precisa. Que faças as que precisam, como a da Av. Paulista. Em 2015 ? Que comece antes ! Planeja e prepare o canteiro central para a ciclovia da Av. Paulista !

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    1. E ficar de olho como vai ser essa licitação para fazer a ciclovia da Av. Paulista, pois acredito que nestas “ciclovias” menores houve supermetragem, ou seja, em uma das ciclovias da região onde moro foi considerado como 1,8 km, quando na realidade froam 0,5 km, houve um erro crasso de 1,3 km !

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    2. mimimi…

      Só porque não servirá para você, não quer dizer que não servirá para outros. A ciclovia de Jardim Helena não serve para mim, mas serve para a população local….

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      1. Principalmente quando não foi feito estudo, aliás a confusão toda aconteceu porque não foi feito estudo. A grande maioria das ciclofaixas aonde moro, não serve, e é um deserto, poderia servir, mas apresenta perigo, justamente porque há caminhões pipa que abastecem na via, ou seja, na ciclovia. Ora, se a prefeitura sabia disso, porque não foi feito a adaptação, ter intimado a empresa para se adequar ? Então portanto a prefeitura foi leviana ao implantar a ciclofaixa ali, fora os problemas da via, buracos, etc … não são todas, inclusive, uma ciclovia tinha um buraco que não resolviam, e, agora só por causa da ciclovia, arrumaram o buraco. Então, há sim ciclofaixas que não servem para nada, pode servir para um ou dois, o resto da semana é um vazio. A grande maioria não tem serventia para quem vai a trabalho, há duas que desembocam na estação de Presidente Altino, mas lá não tem bicicletário. Por falar nisto, a estação Villa-Lobos tem bicicletário, mas não hávia ciclofaixa por perto, isto já faz uns 2 anos. Ocupação do bicicletário, 1/3 ou menos, e, se comparar com as ciclofaixas, é mais usado que as mesmas … Então foi um desperdício de dinheiro público, e, além disto atrapalha o comércio local, e, sem fazer compensações. É um desserviço para os ciclistas pois aparentemente tem uma demanda, mas não há. Então pode se dizer que o prefeito está fazendo uma improbidade administrativa.

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      2. A população da periferia não liga para ciclovia, principalmente aquelas que não servem e apresentam perigo. O que deve ser implantado são as ciclovias em avenidas de grande movimento. Não as ciclofaixas em vias de pouco movimento, estas podem ser consideradas como ciclorrotas, assim não irritam o comércio local, e convivemos tranquilamente. Com a ciclofaixa, ciclistas entram em conflito com os moradores, comércio local, … e acaba chamando retaliação como as tachinhas, assim como ciclistas ficam retaliando com motoristas. Portanto, muitas ciclofaixas são equivocadas.

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  2. Vou pro trabalho todo dia de bike, e por mais que procure uma alternativa sempre tem um pedaço que é contra-mão, ou uma calçada mais larga que eu prefiro subir ao me arriscar na avenida. Farol vermelho procuro evitar furar ao máximo. Simplesmente de bike não dá pra fazer um caminho igual ao de carro ou moto, pq fica mais longo e cansa mais.
    No CTB está claro que bike não pode andar na calçada, mas já passei várias vezes na frente de PM’s e nunca fui repreendido.
    Procuro respeitar os pedestres, passando longe deles e reduzindo, as vezes até parando e esperando eles passar.
    Esses são os cuidados que tomo pra não correr risco e fazer o meu trajeto rapidamente.

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    1. faço igual, já pedalei na frança e alemanha. lá não tem essa regra “radical” que bicicleta não pode ir na calçada. A regra é simples: na calçada pedestre é “REI”. Faça errado na calçada, perde a bike e paga multa na hora ou vai em cana. Funciona.

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    2. Faço igual também! E os responsáveis por fiscalizar o trânsito aqui em Porto Alegre/RS, a EPTC, também pedalam na calçada. Quem exemplo, hein?

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  3. O que está matando as pessoas nas grandes cidades é a cultura da sociedade de consumo, que investe milhões em propaganda para que se coloquem nas ruas mais de 1000 carros por dia. A única coisa que importa é consumo e lucro, até mesmo no que diz respeito à integridade física das pessoas. Independentemente de quem foi a culpa do acidente, todos aqui concordamos que tal situação requer cuidados médicos imediatos. Pois bem, o local do acidente é bem próximo a um enorme hospital, o Santa Catarina, mas o infeliz teve que ser levado ao HC, 3 OU 4KM adiante, distância essa que, dada a condição caótica de deslocamento desta cidade, poderia ser a diferença entre viver e morrer. O que quero dizer é que já ultrpassamos a discussão de quem tem direito a quê, ou de quem é culpa por isso ou aquilo. Devemos entender que a cidade, o país, o mundo são de todos; precisamos começar imediatamente a cuidar uns dos outros. Vivemos uma crise de inversão de valores, parece que esquecemos quem somos ou para que viemos a este mundo. Cuidemos de não apontar mais os erros alheios, mas sim ajudar-nos mutuamente a não cometermos mais erros; vamos dividir os espaços. Abandonemos já a mentalidade do consumo como um fim em si mesmo. Hoje mesmo, vindo pro trabalho (venho pedalando da zona norte à av. paulista) vi um rapaz puxando uma carroça cheia de materiais a serem reciclados (papel, papelão, plástico, etc), isso foi na rua Xavier de Toledo, em frente ao metrô Anhangabaú. Um carro de luxo veio e ficou atrás desse tal rapaz, e a motorista começou a buzinar alucinadamente. Pensei comigo mesmo: “cara, tem algo errado com as pessoas nos dias de hoje.” É claro que essa motorista é o ápice da imbecilidade, mas será que o que acontece com ela em níveis extremos, não está ocorrendo em doses um pouco mais amenas nos demais seres humanos de São Paulo? Deixemos de ser tão imbecis a ponto de não precisarmos mais levar um acidentado a um hospital a quilômetros do acidente quando se há um hospital na frente do local. Muita paz a todos.

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    1. Você esta se precipitando em um ponto, será que havia condições de atende-lo no Santa Catarina, havia leito disponível? Havia setor de trauma com equipe especializada e preparada? Havia condições de trafego para lá na hora? O para médicos fizeram o melhor e acharam que indo para lá teria melhores chances de sobrevida.

      A decisão nunca é simples.

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      1. Sim. O Santa Catarina é um dos melhores hospitais de São Paulo, com um ótimo setor de trauma e equipamentos de primeira. Mas é privado, e o SAMU não pode levar pacientes, mesmo morrendo, a hospitais privados. O governo não quer pagar essa conta.

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        1. A classe média motorizada que paga plano de saúde caga e cospe em Cuba. Mas em cuba, provavelmente, esse coitado seria atendido no hospital à frente do local, mesmo porquê seria um hospital público, e teria muito mais chances de sobreviver. Hospitais particulares e planos de saúde estão ligados aos bancos, que financiam quase todos os 1000 carros que entram em circulação diariamente aqui em São Paulo. Toda essa energia ruim tá conectada, e não é à toa que 70% dos nossos leitos hospitalares são ocupados por acidentados no trânsito. A partir do momento que aceitamos que os bancos especulassem acerca de nossa saúde e de nossa integridade física, nos tornamos secundários nesse sistema perverso de lucro e do consumo como um fim em si mesmo. Muita paz a todos.

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    2. Concordo com tudo. As pessoas andam mesmo sem noção, muito agressivas, e tendem a descontar no trânsito. Já tomei muitos buzinaços por pedalar em velocidade inferior a dos carros. E, depois que as ciclofaixas começaram a se multiplicar, parece que a intolerância de alguns motoristas conosco aumentou. Quanto ao hospital perto, é preciso lembrar que o serviço de resgate dos bombeiros (e mesmo o SAMU) só pode levar os socorridos a hospitais públicos. O HC era o mais perto do local.

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      1. A minha crítica é justamente essa de não poder levar a um hospital particular, eu sei desse detalhe. Abrangendo mais ainda, deveríamos questionar esse sistema que acolhemos de mercantilização da saúde e da integridade física. Todo gênero de primeira necessidade deveria estar livre de especulações. Muita paz.

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  4. Manifestação pedindo por mais segurança no trânsito?
    A manifestação deveria pedir mais educação e nesse caso para os ciclistas!

    Quando querem identificar bicicletas ou multar ciclistas esse mesmo site se posiciona contra, daí um ciclista faz uma conversão proibida, com o farol vermelho, na Avenida Paulista esquina com a Brigadeiro e vcs fazem uma bicicletada para maior segurança no transito?

    Bicicleta também é veículo e deve ser conduzido com responsabilidade.

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  5. Ontem eu passei pelo local do acidente e vi ciclistas reunidos tanto no cruzamento quanto na praça no final da avenida, na ida peguei um motorista de ônibus impaciente e gesticulando comigo por estar pedalando na faixa dos ônibus, todos os outros motoristas estavam tranquilos, só esse reclamando por talvez perder 30 segundos, 1 minuto do horário dele, preferi deixa-lo passar para evitar problemas.

    Com relação ao acidente, passando no local me pereceu que ele ia sentido Paraíso e o ônibus sentido Itaim Bibi (bairro), ônibus parece ter percorrido um bom pedaço do cruzamento quando bateu, ACHO difícil que o sinal estivesse fechado para o ônibus.

    Mas independente das causas que ainda serão avaliadas pela perícia acho que deveria haver uma massiva campanha de respeito as regras de transito para os ciclistas pois o que vejo de “bicicleteiro” furando sinal, andando na contramão, na calçada, parando na faixa de pedestre é um absurdo, proporcionalmente a frota de veículos motorizados, quantos vemos fazendo isso? Eles tem uma avalanche de normas e punições que impedem a violência de ser muito maior que hoje mas o que impede os ciclistas de serem irresponsáveis? Para mim, NADA…

    Desejo que Deus console a família do rapaz nesse momento de dor e esse episódio sirva de alerta pra a urgência de uma estrutura cicloviária na cidade, não só na Paulista, é péssimo termos que disputar espaço com ônibus.

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  6. Tem que insistir nessa ciclovia, não há desculpa para recusá-la. Até agora, todas foram blá-blá-blá, e olha que sou crítico, se tivessem 1% de razão eu reconheceria.

    Em tempo, eu não pedalo na Paulista, acho perigoso – com certeza mais “fácil” em termos de esforço, porém há muitas variáveis para prestar atenção, muitas imprevisíveis. Como posso viver sem ela, a evito e priorizo as ruas adjacentes mesmo com as subidas (acostuma!)…

    Meus sentimentos pela família do ciclista.

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  7. Reclamam da ciclovia no canteiro central, mas e se ela fosse construída tirando pistas de rolamento ia atrapalhar mais o tráfego de carros e onibus, não acham? Por isso será feita no canteiro central, para não tirar espaço dos pedestres, nem dos onibus, nem dos carros.

    Já morreram tres pessoas e a Prefeitura quer começar as obras só em 2015 para não atrapalhar o transito no final do ano, outra pessoa terá que morrer para as obras começarem logo??

    Ciclovia na Paulista JÁ!
    http://www.change.org/p/fa%C3%A7a-uma-ciclovia-na-avenida-paulista-ciclovianapaulista

    #CICLOVIASJÁ

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  8. O ciclista pode até estar errado, mas a velocidade máxima da paulista também é muito alta pra uma via cheia de cruzamentos, fica muito difícil ver um veiculo tão rápido, não a toa acontecem tantos acidentes com morte de pedestres e ciclistas. Deveriam rever isso e mudar a velocidade máxima dessa região para 40 km/h. Por essas e outras que não se deve furar um vermelho.

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    1. …não dá pra diminuir a velocidade máxima permitida da Paulista para 40 km/h para que os que estão nas vias transversais tenham o direito de passar no sinal vermelho.

      Polêmico. O que acha? Thumb up 4 Thumb down 7

  9. “se faz de tudo para os ciclistas e se esquece dos carros”?! Sim claro, como se quase não existisse lugar para dirigir né. Não adianta construir mais e mais viadutos, pontos, avenidas de 5, 6 faixas se o numero de carros cresce a cada dia? Sumir com todos é impossivel, mas é possivel diminui-los das ruas, investindo em transporte público (ônibus, BRT, trem, metro…) e incentivo à bicicleta!

    O que custa um motorista reduzir a velocidade ao ver uma bicicleta?! Cara comigo é automático, se vejo uma bike a frente, ligo a seta e passo pra faixa do lado. Não é dificil. Pra mim motorista que tira fina de ciclista não passa de uma criminoso!

    Neste caso, estão dizendo que o ciclista passou o sinal fechado, é isso mesmo? Infelizmente vejo muito ciclista fazendo coisas assim. Por mais que digam que deve ter atenção com o ciclista e tal, como vou prever que uma bike vai furar um sinal ou sair de trás de um carro sem avisar. Motoristas precisam estar atentos. Ciclistas também! Não é porque são o 2º elo mais fraco que podem fazer algo assim.

    ps: antem que alguém me xingue, pedalo e dirijo, então em parte acabo conhecendo os excessos das duas partes.

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    1. Pra mim motorista que tira fina de ciclista não passa de uma criminoso!

      Não só para você, como também para a lei 🙂

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    2. Excelente constatação. Existem desatentos e mal educados em todos os modais, desde pedestres, passando por ciclistas, motoristas de carros e ônibus. Infelizmente uma alegada imprudência custou a vida do ciclista, que tem seu corpo exposto a qualquer choque.
      Que nós ciclistas possamos ter essa consciência de que se queremos ter observado o nosso direito de andar na rua, também nós devemos observar nossos deveres.
      Meus pêsames aos familiares!

      Paz!

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    3. O que me deixou vermelho de raiva foi quando eu (de carro) levei uma fechada de um motorista que resolveu tirar uma fina de uma bicicleta. Quando reclamei, ele respondeu: “então vou fazer o quê? Vou atropelar a bicicleta”? Só tem duas alternativas, ambas envolvendo jogar o carro em cima de alguém, e olhe que ele estava muito calmo.

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      1. Estão todos muito apressados pra ganhar dinheiro pra comprar coisas de que não precisam; ninguém é mais capaz de esperar 4 segundos pela sua vez.

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