Começam as obras da ciclovia da Avenida Paulista
Antiga reivindicação de ciclistas, ciclovia começou a ser construída no canteiro central. Saiba mais sobre a obra e a importância de ter a estrutura no local.
As obras da tão esperada ciclovia na avenida símbolo da cidade de São Paulo, a Paulista, já começaram. Na noite desse domingo, 4 de janeiro, foram colocados os tapumes que isolam a área da obra, como mostra a foto acima, registrada em frente ao Conjunto Nacional.
A ciclovia recebeu recentemente o parecer favorável do Condephaat, conselho estadual que tem como função identificar, proteger e preservar os bens móveis e imóveis do patrimônio histórico do estado de São Paulo. Havia-se a preocupação (ou esperança, para alguns) de que o órgão vetasse a implantação da ciclovia, porque a avenida é considerada área envoltória de prédios tombados, como o Masp e o Conjunto Nacional.
A obra
Para a construção da ciclovia, haverá alargamento do canteiro central, que ficará com 4 metros, com as faixas de rolamento sendo “rebalizadas”, para que não precisem ser eliminadas. O projeto também engloba a construção de dutos para fibra óptica e cabeamento sob o canteiro central. Alguns trechos próximos aos semáforos ganharão grades para a proteção dos ciclistas e a sinalização semafórica existente será sincronizada com o fluxo de bicicletas.
Na verdade, parte dessas obras já havia começado em dezembro, com o início da reforma das calçadas da Av. Bernardino de Campos, continuação da Av. Paulista no lado Paraíso. Além da reforma para adaptar as calçadas ao “padrão Paulista”, será feito enterramento da fiação e iluminação reforçada no canteiro central. Nenhuma árvore será retirada. Outra intervenção que faz parte do pacote e já foi realizada é a extensão da faixa exclusiva de ônibus da Av. Paulista até a Av. Angélica, cruzando a Rua da Consolação, trazendo como bônus uma melhora na fluidez do transporte coletivo.
A previsão é que as obras estejam terminadas até junho. Veja detalhes do projeto.
Ciclovias adicionais
Algumas ciclovias adicionais serão construídas no entorno da Av. Paulista, conectando-a bairros adjacentes e até ao Parque do Ibirapuera. Veja aqui os traçados.
Ciclovia é necessária na avenida
A Paulista é um dos melhores caminhos quando se está de bicicleta por ser o mais curto e mais plano, dando acesso a várias regiões da cidade. O eixo do “espigão”, que vai do Jabaquara a Perdizes, é relativamente plano, com desnível irrisório e bem distribuído ao longo de seus mais de 13km de extensão. Qualquer rota alternativa implica em muitas subidas e, geralmente, aumento da distância percorrida – o que todo ciclista que está realizando um deslocamento sem intenção de treino costuma evitar.
Devido a essas características, muitos cidadãos utilizam a avenida diariamente em seus deslocamentos de bicicleta. É o que mostra, por exemplo, a contagem fotográfica realizada pela Ciclocidade em 2010. Naquela ocasião foram fotografados 733 ciclistas em um espaço de 16 horas, com uma média de 52 ciclistas por hora – equivalente a cerca de uma bicicleta por minuto. Entre as 17 e 18 horas a frequência atingiu seu pico, com 86 ciclistas em uma hora. E isso sem estrutura específica para sua circulação, com boa parte dessas pessoas utilizando o mesmo espaço onde circulam os ônibus – ou até mesmo as calçadas.
Ao avaliar esses números, deve-se considerar também o aumento inegável no uso da bicicleta nos últimos quatro anos. Certamente uma ciclovia na avenida terá alta utilização, como vem acontecendo com a ciclovia da Av. Faria Lima, um local onde quase não passavam ciclistas e hoje circulam cerca de dois mil por dia (ou mais).
Hoje, muitas pessoas que teriam a Paulista como parte do trajeto ou mesmo como destino deixam de utilizar a avenida ou mesmo de circular em bicicleta, por receio da baixa aceitação de ciclistas na via por parte dos motoristas que ali trafegam. Essa situação fez a Paulista se tornar a via com mais acidentes com ciclistas por quilômetro, segundo dados divulgados pela CET em 2012. Não é um título do qual a avenida símbolo da cidade deva se orgulhar.
Saiba aqui por que os ciclistas continuam (e continuarão) utilizando a Av. Paulista, por mais que se incentive sua circulação nas vias paralelas. E entenda neste artigo por que as ciclovias são tão importantes para a cidade, seja na Paulista ou na Belmira Marin.
Veja 18 razões para apoiar a implantação de ciclovias
Vocês tem que diferenciar reivindicação de pelego de necessidade de ciclista. Não terão respeito nunca se continuarem plantando falácias.
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É uma pena que um projeto como este não seja implantado no RJ, construirão a Trans oeste que tem 63 km de extensão e 57 estações de BRT, mais se eu precisar ir de irajá Para Madureira, que tem 4,3 Km tenho que ir de ônibus, pois não construirão nem uma ciclovia, será que os interesses dos empresários por ganância não deixaram.
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O Rio ainda não está suficientemente detonado? Você quer um Haddad pra dar cabo de tudo com rapidez?
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Veja bem Antonio, a implantação da ciclovia já é um investimento indireto na área da saúde, acho que o seu EMPENHO em denunciar “alto custo” e “prioridades” seria ótimo na câmara municipal……
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Parabéns por suas preocupações cívicas.
Ciclovia é via pública. Acho que as suas prioridades 1 e 2 estão sendo respeitadas. Qual era mesmo a reclamação?
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Só porque você não usa, não quer dizer que não serve, que é mal uso do dinheiro publico. Saiba que, mais de 500 mil ciclistas utilizam a bike como meio de transporte e não tem nem 300km de ciclovias….enquanto que os carros dispõe de 17.200km de vias pavimentadas.
Vamos colocar esses 500 mil ciclistas em 500 mil novos carros ou jogar esses 500 mil no saturado metrô para ver o que é bom.
1 ciclista = 1 carro a menos
1000 ciclistas = 1000 carros a menos. A natureza agradece.
Então, menos, sim. Obrigado!
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Muito bom ! Finalmente ! O que irá provar que ciclovia em vias arteriais como a Paulista, é melhor meio de promover a mobilidade e o uso da bicicleta. Espero que isto se repita em outros pontos da cidade, e, principalmente nos bairros periféricos, como há na Eliseu de Almeida na Zona Oeste.
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A ciclovia vai continuar na faria lima? Depois da cidade jardim sentido vila nova/itaim? E vice versa?
Mtos ciclistas vão pelo corredor de ônibus por não ter continuação.
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Vai sim, Carla. Informações aqui: http://vadebike.org/2014/04/obras-expansao-ciclovia-faria-lima/
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Saiu no SPTV sobre a obra da ciclovia….
Reparem no mimimi de velho carrocrata com mentalidade anos 60…
http://g1.globo.com/sao-paulo/sptv-1edicao/videos/t/edicoes/v/prefeitura-comeca-a-obra-de-ciclovia-na-avenida-paulista/3874813/
“… Bicicleta foi feito para passear, não tem bicicleta na ciclovia…”
Ah, deu uma vontade de socar um cretino desses…
Dai um merda desses vai para a europa e fica maravilhado como tudo funciona….
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Valeu pela risada do Tramontina em seguida, tornando evidente a falta de embasamento da frase daquele senhor. 🙂
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E no entanto rolou uma desinformaçaozinha na “manchete”, em que se disse que os carros vao ter menos espaço – sendo que na verdade, nao sera eliminada nenhuma das faixas de rolamento atuais e, mesmo encurtadas, continuarão com medida acima do mínimo obrigatório pelo CTB e acima da media das avenidas de SP.
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Bocas irão se calar qdo a obra terminar e todos verem que as mesmas 3 faixas de rolamento + a do ônibus continuarão ali, apenas um pouco menores…..
Curiosamente, qdo reduziram a largura das faixas para criar uma nova faixa de rolamento na 23 de maio, não vi ninguém reclamar….
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Exatamente. Essa ciclovia vai ser muito utilizada, além de ser muito útil e necessária, vai ter um efeito simbólico muito grande. O início das obras é uma excelente notícia.
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O que ferra a Paulista são os carros e não a ciclovia.
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Na verdade, quem ferra qualquer via são as pessoas, pela falta de empatia e respeito.
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mimimi.
Carrocrata chorão detected.
Como disseram ai em cima, o que ferra a Paulista são os malditos carros, não a ciclovia.
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O excesso de veículos é o que ferra de verdade a Paulista e na Cidade, as ciclovias não fazem nem cócegas no transito, não espere perder 5 horas por dia para perceber isso.
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Fico me perguntando qual o raciocínio que leva uma pessoa a imaginar que uma ciclovia que não retira faixa de circulação de automóveis pode complicar o trânsito.
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Chama-se ignorancia e desinformação . . .
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Isso. Olha só que legal: no futuro breve, você vai poder fantasiar sobre como o trânsito de carros era perfeito, todo mundo chegava onde queria em tempo mínimo, era uma beleza naquela época de ouro do automobilismo até que esses comunistas do talibã de duas rodas aparecessem no cenário. E, como sonhar não custa nada, você pode seguir o exemplo das pessoas que lutaram e negociaram para que essa ciclovia se tornasse uma realidade. Você pode se manifestar para melhorar as ruas para andar de carro, já pensou? Carrovias!
Sugiro uma carreata.
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Mudar é possível, São Paulo é o exemplo pulsante disto! Somos privilegiados de poder acompanhar esse magnífico processo de transformação humanizada de uma grande cidade!
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Parabéns ao Haddad pela bravura em democratizar o espaço público das ruas!!! São Paulo vivvencia a revolução tão esperada da mobilidade urbana sustentável, democratizada e humana. CICLOVIAS/CICLOFAIXAS: é o futuro das cidades inteligentes!
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Agora, é esperar o alvoroço passar, ocorrer o equilíbrio da boa convivência, colher os frutos de uma cidade para as pessoas e sua qualidade de vida e assim, ser modelo para as tantas cidades caóticas do país!
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Agora sim hein!
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Vão ter que nos engolir agora.
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