Protestos e Pedalada Pelada lembrarão quatro anos do atropelamento coletivo em Porto Alegre
Quatro anos depois de atropelar um grupo de centenas de pessoas em bicicletas, Ricardo José Neis ainda aguarda julgamento e continua trabalhando normalmente.
Com pelo menos três manifestações marcadas para esta semana, moradores da capital gaúcha pretendem chamar atenção para o caso do atropelamento de participantes da Massa Crítica, cometido dia 25 de fevereiro de 2011, que segue sem conclusão na justiça. Quatro anos depois, o atropelador Ricardo José Neis ainda aguarda julgamento e continua trabalhando normalmente no Banco Central, na capital gaúcha, no setor análise de documentações, mesmo tendo atropelado intencionalmente centenas de pessoas.
Na quarta-feira, 25/02, será realizado um ato em frente ao Tribunal de Justiça, na esquina das avenidas Borges de Medeiros e Av. Aureliano Figueiredo Pinto, a partir das 17h, partindo em marcha às 19h para o local do atropelamento. O chamado pede que os participantes levem material para confeccionar faixas e cartazes, e algo para fazer barulho, como tambores, panelas ou apitos.
No dia 26, quinta-feira, acontece uma pedalada pelada, com o mote “Obscena é a demora da Justiça!”. A concentração ocorre no Largo Zumbi dos Palmares, partindo de lá por volta das 19h. A nudez representa a fragilidade de quem está de bicicleta em meio à agressividade do trânsito. Também é uma forma de chamar atenção para a invisibilidade dos ciclistas nas ruas, que só passam a ser notados por muitos motoristas, por parte da imprensa e especialmente pelo poder público ao pedalar sem roupa.
Na sexta-feira, 27, a proposta é convidar todas e todos a participarem da Massa Crítica, pedalada que acontece toda última sexta-feira do mês, que foi o alvo do atentado de Ricardo Neis. A Massa Crítica sai do Largo Zumbi dos Palmares às 19h30.
Com informações dos colegas
do Vá de Bici, de Porto Alegre
Relembre o caso
O episódio aconteceu em 25 de fevereiro de 2011, quando o bancário acelerou sobre a Massa Crítica de Porto Alegre propositalmente, atingindo de forma covarde e sem chance de defesa centenas de pessoas que, ironicamente, pediam por mais respeito no trânsito. O caso ganhou grande repercussão nacional e internacional, se tornando um marco na luta em prol desse meio de transporte em todo o mundo. Saiba mais.
Na época do crime, Neis havia sido indiciado por 17 tentativas de homicídio qualificado contra os participantes da manifestação. Mas em 2013 a decisão da Justiça mudou e o réu passou a responder pelo crime de apenas 11 tentativas de homicídio simples e cinco lesões corporais. Em nosso entendimento (e colocando os conceitos jurídicos à parte), a tentativa de homicídio foi contra todos que estavam ali, embora, por pura sorte, apenas dezessete tenham sido atingidos. A Justiça determinou que Neis deveria ir a júri popular, mas passados dois anos isso ainda não aconteceu.
A figura do automóvel em forma de arma é muito infeliz. É mais um passo em direção ao radicalismo, que é algo extremamente nocivo a todos. Desta maneira tenta-se colocar no memso balaio TODOS os motoristas, o que não é verdade. A luta deve ser pela convivência pacífica entre todos, e não pela discriminação.
Quanto a manifestação contra a demora da justiça em punir o responsável, concordo plenamente.
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Newton, neste caso, as manifestações são lembrando o caso do Atropelamento da Massa Crítica à 4 anos pelo Ricardo José Neis. Foi um atropelamento proposital. Sendo assim, ele usou o automóvel como “uma arma” contra os ciclistas. A imagem é forte, contudo é a ilustração perfeita, pois foi a opção que o condutor ESCOLHEU. Resumindo: Ele trocou o “meio de transporte” por um “equipamento com grande potencial para Matar”! Tenha um pouco de paciência e leia os posts com mais “carinho”. Estas informações podem lhe ser muito úteis.
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Newton, no caso em questão o motorista usou sim o carro como arma, portanto a comparação cabe.
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Bem, se a imagem refere-se somente ao evento, então tá valendo. Espero que aqueles que não estejam bem informados sobre o caso (como eu) não interpretem equivocadamente.
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Desculpe se essa foi uma resposta sarcástica eu não entendi. Agora se for sério é absolutamente ridículo.
Imaginei que fosse para aparecer, para chamar a atenção da mídia etc…
Se for assim pq não pedalar pelado todo o tempo?
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Gostaria que alguém me explicasse a relação entre pedalar pelado e aumentar a segurança no trânsito…
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A questão é como o ciclista se sente todos os dias no trânsito. Pessoas no seus carros que tiram finas, não guardam distancia traseira, xingam e etc, estão protegidos por carcaças de 1 tonelada, estão protegidos.
Enquanto nós MEROS ciclistas estamos em nossas bicicletas de 10kg, 20kg, 30kg, estamos fora de uma carcaça que nos proteja, logo no trânsito estamos pelados, e a insegurança no trânsito por culpas dos “vestidos” causa protestos por mais segurança por parte dos “pelados”. Fora que quando ficamos pelados as pessoas tendem as nos notar e a entender o nosso lado. 🙂
Devidamente respondido Jorge?
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