
Foto: Saperaud (cc)
Paris adota rodízio de placas pares e ímpares para conter poluição
Com restrição que corta pela metade a circulação de carros, capital francesa espera reduzir níveis de poluição, que começam a atingir índices preocupantes.

Para tentar conter o aumento da poluição de ar, a prefeitura de Paris (França) implantou um rodízio para diminuir pela metade a quantidade de carros nas ruas. A medida não será válida todos os dias, mas apenas quando houver aumento nos índices de poluição.
Veículos com placas pares só podem circular em dias pares e aqueles com placas ímpares, apenas em dias ímpares. Táxis, veículos híbridos e carros que carreguem mais de três pessoas estão isentos do cumprimento da medida. Condutores que não respeitarem a restrição receberão multa de €$ 22 na primeira vez, €$ 35 em caso de reincidência e poderão até ter o veículo apreendido.
A ação emergencial foi aplicada dia 23 de março e pode ser prolongada ou não a partir das recomendações do Airparif, orgão que monitora a qualidade do ar na região de Paris. No dia 18 de março, a velocidade máxima permitida nas ruas foi reduzida para 20 km/h.
No sábado, 21 de março, Paris registrou poluição de 80 microgramas por metros cúbico de poluentes, concentração acima do limite máximo recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) de 25 microgramas por metro cúbico.
Médio e longo prazo
A capital francesa tem enfrentado constantemente problemas com o aumento da poluição de ar e tem colocado em prática uma série de medidas para desencorajar o uso de veículos, além de incentivar o uso de bicicletas. Essas medidas já foram aplicadas em 2014 quando a cidade enfrentou o mesmo problema.
Entre as medidas de longo prazo, a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, estabeleceu que até 2020 o centro da cidade estará livre de carros. A proposta é transformar os quatro distritos centrais em uma grande área onde pedestres, ciclistas, táxis e ônibus terão liberdade de circulação.
Além disso, trabalhadores franceses de empresas e instituições participaram de um projeto que pagou €$ 0,25 por quilômetro percorrido para quem usou a bicicleta como meio de transporte para ir ao trabalho. O Vá de Bike trará o resultado dessa experiência em breve.
Pesquisa realizada em Londres (Inglaterra) já mostrou que quem usa carro está mais exposto à poluição do que aqueles que estão a pé ou de bicicleta.
Acho ótimo acabar com os carros.
O único porém é que se todos venderem seus automóveis, a prefeitura vai ter de se virar pra arrumar dinheiro para as obras viárias. Inclusive ciclovias.
Já pensou se o Haddad tentasse fazer isso em São Paulo.
Ia ser uma choradeira que ia dar gosto de ver! Hahah
Acredito que um dia, SP também chegará nesse nível de poluição, então as politicas publicas terão que funcionar não por alternativa, mas por necessidade. Alias, transporte publico gratuito é bem atrativo.