Alemanha inaugura ciclovia que ligará dez cidades até 2020, com 100 km previstos
Trecho inaugurado já conecta duas cidades. A RS1 passará também por 4 universidades, com a expectativa de que 50 mil carros deixem de circular diariamente.
Para não ficar para trás frente aos avanços na mobilidade urbana dos países europeus, a Alemanha deu um grande passo no sentido de oferecer à população um caminho (literalmente) mais saudável e sustentável. Foram inaugurados, no final de 2015, os primeiros dez quilômetros – dos 100 previstos – de uma pista para bicicletas. A ciclovia, conhecida como Radschnellweg 1 ou RS1, é a primeira no país com essa extensão e o trecho inaugurado já conecta as cidades de Essen e Mülheim an der Ruhr.
Quando concluída, a RS1 ligará as cidades de Duisburg e Hamm, conectando no total dez localidades e quatro universidades alemãs (veja mapas abaixo). Com a rodovia exclusiva para duas rodas, a expectativa do governo alemão é de que 50 mil carros deixem de circular diariamente nas ruas do país. A previsão do governo é de entregar os 100 km até 2020.
“Muitas grandes cidades europeias, como Paris e Londres, estão muito interessadas em construir rodovias exclusivas para bicicletas. Na Alemanha, por exemplo, cerca de 1,8 milhão de trabalhadores e estudantes poderão utilizar a bicicleta como transporte para chegar em seus trabalhos e universidades, e não precisarão mais de carro”, afirma a cidadã alemã Pat Ty. Para ela, esse é um importante passo que o país está dando em relação à mobilidade e ao meio ambiente.
Segundo Ty, muitas pessoas já estão usufruindo dos primeiros 10 km da RS1 para realizar suas atividades. Apesar do avanço com a implantação dos primeiros quilômetros do projeto, orçado em cerca de 196 milhões de dólares, a maior preocupação dos alemães é sobre quem custeará os 90 km de obras de construção da rodovia: se será a iniciativa privada ou o próprio governo. A RS1 está sendo aberta na região industrial de Ruhr, margeando trilhos de trens abandonados.
Como disse o Paulo e como demonstra a matéria, isto é uma iniciativa que vem dos cidadãos e veio de baixo para cima, num trabalho de conscientização e convencimento que vem ocorrendo desde que a Alemanha perdeu a guerra. Aprenderam muito com a derrota. Nós podemos aprender também, sem passar pelo que a Alemanha passou. E esse aprendizado começa com cada um fazendo esforços e aprendendo com as nossas falhas. Não adianta “cuspir” nas autoridades, afinal, quem foi que elegemos um governo, fomos nós, foram seus vizinhos e seus colegas que os elegemos, levianamente. Então vamos começar por baixo. Cabe a pergunta: o que tenho feito para melhorar a partir da porta da minha casa/apartamento ? A partir da próxima ciclofaixa/ciclovia ? A calçada da sua casa ou a calçada da frente de seu condomínio. É necessário que as pessoas participem do lugar ao redor delas. Como diz um velho preceito da ecologia “Pense globalmente, AJA localmente.”
3 0
Gente, tem coisa que deve ser dita mesmo. Um outro planeta como esse habitado por nós, se existe, deve estar longe, mas muito longe mesmo. Então, porque não fazer uma forcinha e conservar o lugar onde estamos? O ar, a água e o meio ambiente agradecem muito ações como essa do povo alemão. Parabéns, Alemanha, mais um motivo para vocês terem o nosso respeito e admiração.
2 0
Boa Paulo,
É como disse: “(…) porque não fazer uma forcinha e conservar o lugar onde estamos?” É esta forcinha que precisamos, uma base consistente para melhorar as coisas por aqui, não somente no uso de bicicletas, mas para qualquer atividade. Esta forcinha se traduz em atividades como usar e manter o que temos, como usar nas atividades de lazer e de transporte, como contatar a prefeitura para sua manutenção, sugerir novas rotas, melhorar as calçadas ( porque eventualmente ciclistas o usam , não somente os pedestres ), as ruas, … são pequenas ações que qualquer um pode fazer. Estas coisas não vem “de graça”. É preciso esforço, cooperação, colaboração. E antes de mais nada, as pessoas passarem a participar da vida em comum, pública. E comentando o feito doa alemães, é uma colaboração de pessoas de várias cidades. Nós aqui estamos muito tímidos neste aspecto. Só para dar um exemplo, que próximo a mim, é a ciclofaixa que quase liga São Paulo e Osasco, na Av. Presidente Altino, chega até o viaduto Único Gallafrio, e a estação Presidente Altino da CPTM. E está com falhas. No entanto, é com esforço meu ( como este comentário, solicitando melhorias na ciclofaixa e na avenida e calçadas, reclamando até para o Google Maps da falta da indicação de passarelas em Osasco ) que vamos melhorando o que temos. A história da Alemanha foi marcada por muita luta, nem sempre vitoriosa, mas demonstraram que aprenderam as lições da história. Nós também podemos aprender, sem as duras penas que a Alemanha passou. Nosso pequeno esforço pode evitar que passemos por grandes dificuldades.
0 0
Esta é uma ação que o Governo do Estado poderia promover em São Paulo, poderia ter interligação das ciclovias de São Paulo para o ABCDM e também com a baixada.
3 0