Foto: Willian Cruz
Programa de Governo de João Doria previa expansão das ciclovias de São Paulo
Contrastando com declarações, plano previa mais ciclovias, bicicletas compartilhadas, bicicletários e até treinamento para motoristas de ônibus e táxi
Se as recentes declarações do prefeito eleito de São Paulo indicam que mais de metade das ciclovias da cidade pode vir a desaparecer em sua gestão, uma situação diametralmente oposta deveria acontecer de acordo com seu Plano de Governo.
Em documento publicado em seu site de campanha, João Doria se comprometeu a melhorar e interligar a malha existente, sem nenhuma referência retirar trechos – exatamente o contrário do que tem dito à imprensa. Listamos abaixo os pontos onde é feita referência direta à bicicleta, acompanhe.
Melhoria e expansão
“Adequar (…) com melhorias de sinalização e iluminação”
Com a ressalva de que pode haver mais de uma interpretação para essa adequação, intui-se que signifique a melhoria da malha implantada, resolvendo as questões de pavimentação e utilização de calçadas, com menção direta à melhoria de sinalização e iluminação.
“existente e a ser implantada”
Trecho que torna claro que a expansão das ciclovias não seria interrompida, pois os planos de expansão da malha seriam contemplados nessa melhoria.
“promover a conexão dos pontos de ciclovias ou ciclofaixas já existentes”
Outra menção à expansão da malha cicloviária, conectando as ciclovias que ainda não estejam ligadas à rede.
Mais bike sharing e bicicletários
“levando em conta a padronização”
Além da referência direta à ampliação do sistema de empréstimo de bicicletas, entende-se que ele seja unificado. Hoje o bike sharing paulistano é formado por duas iniciativas distintas.
“incentivar a criação de bicicletários nos terminais”
Os tais terminais são especificados em outro trecho, reproduzido logo abaixo: “terminais de ônibus e estações de trens e metrô”.
“e polos geradores de tráfego”
A citação a polos geradores de tráfego é importante. Segundo a legislação municipal, entram nessa categoria edificações comerciais e não comerciais, “serviços socioculturais, de lazer e de educação”, locais destinados à prática esportiva, serviços de saúde, locais de reunião ou eventos e atividades e “serviços públicos de caráter especial”, a partir de certa capacidade, número de vagas ou área ocupada. Se todos os locais contemplados nessa definição passarem a ter bicicletário, o uso da bicicleta torna-se mais atraente, confortável e mais seguro quanto a furtos.
Treinamento de motoristas de táxi, ônibus e outros
Esse é um ponto importantíssimo e uma demanda antiga de quem pedala na cidade: o treinamento de motoristas profissionais para uma convivência pacífica com ciclistas. Ações como essa costumam colocar o motorista na posição do ciclista para que ele entenda como pequenas ações, que por vezes não são nem percebidas por quem está ao volante, podem ameaçar a integridade e a vida de quem está numa bicicleta.
Treinamentos nesse sentido já aconteceram em várias cidades brasileiras, como Rio de Janeiro/RJ, Vitória/ES, Manaus/AM, Salvador/BA, Recife/PE (com vídeo), Porto Alegre/RS e Florianópolis/SC, porém sempre envolvendo apenas motoristas de ônibus. Em São Paulo, houve mobilização popular para pressionar a Prefeitura a realizar nova ação com motoristas de ônibus (a última ocorreu em 2009), e até uma promessa da secretaria de transportes em 2014 mas o projeto não evoluiu a ponto de ser implantado.
Se o Plano de Governo for levado em consideração em vez das declarações recentes, o prefeito eleito melhorará bastante a segurança e o deslocamento de quem utiliza a bicicleta na cidade.
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Educação: a ÚNICA maneira de acabar com os acidentes.
Diminuir de forma consideravel sim, mas condicionar e achar que a educação vai fazer milagres e acabar com todos os acidentes é ser ingênuo demais. Acidentes sempre ocorreram e sempre ocorrerão.
Não se engane, educação é essencial e indiscutivel, mas a solução vai muito além disso.
Holanda, considerada um dos paises com povos mais educados do mundo:
Acidente com 150 carros deixa dois mortos na Holanda
http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2014/09/1516778-acidente-com-150-carros-deixa-dois-mortos-na-holanda.shtml
Carro despenca do terceiro andar após atravessar parede de garagem na Holanda
http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/noticia/2011/10/carro-despenca-do-terceiro-andar-apos-atravessar-parede-de-garagem-na-holanda-3517525.html
Quanto maior o nível de educação de um povo, menor a necessidade de medidas coercitivas. Obviamente, eliminar 100% dos acidentes é impossível, o que se pode fazer é diminuir as ocorrências e as consequências. As pessoas devem ter plena consciência de suas ações e entender que não estão sozinhas no mundo, nossos atos muitas vezes causam consequências inimagináveis.
A palavra EDUCAÇÃO é usada de forma errada, na minha opinião, pelo seu significado original. Educação no caso o pessoal parece usar no sentido de conduzir, ou seja, punir, coagir e manipular seguindo interesses próprios. O sentido de ensinar e aprender parece estar perdido no significado que formam pessoas mais educadas. Uma outra coisa que falta na formação de condutores de qualquer veículo, inclusive bicicletas, é a falta de respeito pelos outros, seja colegas condutores ou de outra categoria. Então, a ação que devemos tomar é fazer com que os condutores tenham respeito pelos que usam a mesma via. É para isto que há regras. E as vias são de todos, e as regras existem para que hajam menos conflitos entre os usuários das vias. Isto extende até mesmo para os moradores, comerciantes, condomínios, quaisquer construções que usem as vias como saída. Sem falar também de locais para estacionar os veículos, incluindo aí até mesmo bicicletas, cadeiranttes, … É a falta de empatia pelos outros que causam esses conflitos. Se todos seguissem as regras, como todo cidadão, os conflitos diminuiriam consideravelmente. Contudo, como a nossa educação é falha em incutir o respeito ao outro, promovendo o individualismo ( que é o foto de toda nossa cultura, “um minuto de fama”, “quer ter vantagem em tudo”, ostentação, … ), os conflitos irão continuar, e, talvez até aumentar.
Pelo menos em meu conceito, educação vem a ser uma série de medidas que promovam o respeito, a boa convivência entre todos os meios de locomoção, respeito às normas de trânsito, não apenas para evitar multas, mas pensando na lógica do deslocamento e nas necessidades alheias. E isto provém de valores como respeito ao próximo, tolerância e clareza de pensamento. Punir, coagir e manipular não ataca a causa dos problemas, apenas as consequências.
Isso tem que, alem de outras coisas, ser usado como munição contra ele próprio, considerando que ele vai seguir com seu plano “Mais rápido, mais morte, mais dor” levando até justiça se necessário.
O que fica evidente é que Dória terceirizou a feitura do seu próprio programa de governo, e nem sabe o que consta no tal programa.
Bom, como eu dependo de bike para o trabalho do Ipiranga para Moema, e evidente que não temos espaço para mais carros, eu deixei o meu na garagem a dois anos, eu vejo muita bike se comovendo e a cada da mais tem gente adquirindo este tipo de transporte, agora é lamentável um governo cabeça pequena querer tirar ou estabilizar a ciclovia. Em um mundo cada vez mais explorado por poluentes.
Não podemos retroceder, as ciclovias são importante para um crescimento de igualdades em uma metrópole.
Tem que expandir a ciclovia entre bairros para melhorar a locomoção
ainda dizem que o povo é que vota errado; a gente acredita, vota, e ai eles ganham, e depois retiram as máscaras…
O que custa ele seguir seu proprio programa de governo? ele não se diz gestor e não politico? politico costuma mentir e fazer promessas eleitoreiras só para ganhar votos. Um gestor de verdade vai lá e faz, enquanto politico só promete.
Nessa premissa, o Dória só prova ser apenas um politico mais do mesmo….
Usem sua proprio programa de governo contra ele e o argumento de politico fazendo politicagem e não cumprindo promessa de campanha.
Detalhe: Como não são metas, ele não pode alegar que iria fazer só para cumprir metas.
Comentário bem votado!
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** Correção: seu próprio programa de governo