Como foi a reunião sobre a ciclovia da Marginal Pinheiros
A Aline Cavalcante disponibilizou um vídeo da reunião realizada ontem no Palácio dos Bandeirantes, onde se discutiu o projeto da ciclovia da Marginal Pinheiros.
Não foi exatamente uma convocação para ouvir, como anunciado. Foi praticamente uma exposição, com poucas intervenções por parte da audiência. As explicações eram que haverá uma nova reunião para discutir sugestões.
Pelo projeto apresentado, insistem na opção de construir passarelas por cima da Marginal, o que é mais oneroso e demorado do que fazer simples acessos a partir de cada ponte já existente. Mas ok, vamos dar um voto de confiança, afinal isso ainda está em discussão.
Lazer ou transporte?
Estão prevendo um estacionamento na ponta da ciclovia próxima à represa. Mas como assim, estacionamento? A ciclovia não era para transporte? Da maneira que está sendo feita, parece que não. Estão prevendo apenas um acesso em cada ponta (um quase na Billings e outro na Vila Olímpia) e futuros acessos a parques. Isso não resolve problema de mobilidade, a não ser para quem mora na Billings e trabalha no Parque Villa Lobos…
Tudo bem, pode até haver estacionamento, isso não seria um problema. Tem até seu lado bom, afinal não é nada ruim incentivar também o uso para lazer e esporte da ciclovia. Mas sem acessos em cada ponte, não adianta florear: ela não será útil para transporte.
O ciclista, ao se deslocar pela cidade, não se comporta como um trenzinho e não vai seguir um caminho de ciclovia que lhe for imposto. Ele precisa ir para Santo Amaro, para a Berrini, para a Lapa. E não vai pedalar 5km a mais para encontrar a ponta da ciclovia e entrar nela, isso tem que estar claro para os representantes do poder público. Sem acessos, não funciona para o transporte, só para passear. E por mais que sejamos simpáticos ao projeto, isso é fato.
Ausências
Foi sentida a falta da Secretaria de Transportes e da CET. Os responsáveis pela mobilidade na cidade não participaram da discussão sobre o uso da bicicleta como meio de transporte.
Nova Marginal
Ao serem questionados se na obra de ampliação da Marginal Tietê haveria uma ciclovia, como manda a lei, o secretário do Verde e do Meio Ambiente do município, Eduardo Jorge, respondeu que haverá ciclovia no parque linear, que vai apenas até a “fronteira” da cidade. Confrontado com a exigência legal e a demanda por ciclovia também na Marginal Tietê, o secretário alegou que essa é “outra discussão” e mudou de assunto.
Sim, é outra discussão. Uma discussão que não houve. E a assessoria de imprensa (ou de imagem, sabe-se lá) justifica a ausência de ciclovia dizendo via Twitter que “por segurança” ela será láááá no parque linear. Claro, assim quando eu precisar ir pro trabalho eu vou até o Parque Linear e de lá eu tomo um táxi.
Ora, se não há segurança para uma via SEGREGADA é porque o projeto está errado, muito errado! Como pode não haver segurança nem para uma via separada do fluxo de veículos? Não faz o menor sentido! Segurança é item básico. Ciclovia, a lei municipal 14.266, em seu art. 11, manda ter. Não há justificativa.
Os erros da Nova Marginal continuam injustificáveis e, pelo que parece, inquestionáveis.
Galera vou levar as sugestões lá amanhã
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Essa proposta de construir estacionamentos (Billigs / V Olímpia) está “cheirando” que o destino da
ciclovia será p/ o lazer. O usuário leva sua bike de carro até o estacionamento e sai para pedalar.
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Cruz, faltou o detalhe: acessos para além destes dois pífios e inúteis (Billings e Vila Olímpia), não há nem previsão, mesmo após pressionarmos bastante…
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