BH BiciFest celebrou a cultura da bicicleta na capital mineira

Foram três dias de evento, com debates, exibição de filmes e oficinas. Veja aqui como foi.

A artista Bruna Caldeira. Foto: Saulo Pico/Reprodução
A artista Bruna Caldeira. Foto: Saulo Pico/Reprodução

Em seis anos, o número de ciclistas em Belo Horizonte aumentou 380%, segundo levantamento da Associação dos Ciclistas Urbanos de Belo Horizonte (BH em Ciclo). Com esse aumento, não faltou motivo para que a BH em Ciclo, em parceria com o Seat Post e a Benfeitoria, realizassem o BH BiciFest 2016, o primeiro grande festival mineiro sobre bicicleta, que teve o objetivo de celebrar o cenário da magrela no estado.

O evento ocorreu entre os dias 1, 2 e 3 de dezembro e teve na programação, entre outras atividades, debates, exibições de filmes e oficinas, sempre terminando com um happy hour no bar Benfeitoria.

Mesas, oficinas e pedalada

No primeiro dia a programação começou cedo, às 9h, no Centro Universitário UNA, com a leitura de uma espécie de carta de princípios do BH BiciFest. Em seguida, a primeira mesa do festival: “Desafios na implementação de políticas públicas relacionadas à bicicleta – articulação sociedade civil e Poder Executivo Municipal”, composta por Juliana Afonso, representando a campanha #D1Passo; o vice-prefeito eleito (a ser empossado em 2017), Paulo Lamac (REDE); Eveline Trevisan, da Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans); e Carlos Edward da BH em Ciclo. Destaque para a fala de Eveline, esclarecendo que há espaço para incluir uma ciclovia em cada sentido nos corredores do BRT belo-horizontino, o MOVE, além da criação das chamadas “zonas 30”, onde a velocidade máxima permitida aos carros é de 30 km/h.

Depois, às 11h30, foi a hora da mesa “Poder Legislativo e as políticas públicas relacionadas à bicicleta”, com Débora Vieira do Movimento Nossa BH, Gabriel Azevedo (PHS) e Cida Falabella (PSOL), vereadores eleitos neste ano, e Adriano Ventura, vereador em exercício.

Oficinas como “Mulheres e bicicleta”, com Marina Rolim, e “Conheça sua bike”, com Fred Fita, ambos do Seat Post, foram ministradas enquanto a mesa “Descobrindo como BH Pedala”, composta por Ludmila, representando as bicicletas do Parque Ecológico da Pampulha, Guilherme Francisco, da BH em Ciclo, Moacyr Anício, do Bike Anjo BH e Priscila, que pedala na Pampulha.

Às 16h, os ciclistas se reuniram para a pedalada “Jaca Verde Panc – Plantas Não Convencionais Comestíveis”, enquanto aqueles que ficaram na UNA participaram da oficina “Desvelocidades – Cidades Invisíveis + Perca Tempo”, ministrada por Marcelo Cintra e Guilherme Tampieri. À noite, a próxima parada foi o happy hour.

Mesa “Bicicleta, inovação e dinamismo econômico”. Foto: Jéssica de Almeida
Mesa “Bicicleta, inovação e dinamismo econômico”. Foto: Jessica de Almeida

Pensamento subversivo

No segundo dia de festival, no dia 2 de dezembro, no mesmo horário e local do primeiro, a programação foi aberta com a mesa redonda “Bicicleta, inovação e dinamismo econômico”, com a presença de Elisa Nunes, da plataforma Hotmart; Marina Rolim, do Seat Post; Julia Nascimento, do Bicideia; e Lourdes Aguiar, representante da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) de BH.

A segunda mesa, “Bicicleta e a Diversidade político-cultural”, foi composta por Amanda Corradi, da BH em Ciclo; Guto Borges, historiador e músico; Claudia Vilela, arquiteta e ativista; e Louise Ganz, também arquiteta. Ela relatou, entre outras coisas, o uso da bicicleta para viajar na companhia do filho pequeno, e destacou a importância dos pensamentos subversivos como cruciais na vivência política da cidade.

A conversa “Pluralidades da bici” foi elaborada por Vinicius Tulio, do Bicicine, Julia Carvalho, do Bicideia, Nivea Machado, do Tweed Ride e André Schetino, do site Até Onde Deu pra Ir de Bicicleta. “Foi legal compartilhar o espaço com outras iniciativas, umas que estão crescendo e outras nascendo”, contou Vinícius.

Mulheres, arte e pesquisa

Antes do encerramento, a mesa “Mulheres e a Cidade” discutiu as diferentes formas de experimentar os espaços públicos enquanto mulheres e diversas, com discussões de Sonia Dias, da Wiego, da defensora pública Júnia Carvalho, as pesquisadoras de arte Elisa Campos e Thálita Motta e Dandara Elias, do movimento Todo Black é Power.

O terceiro dia foi para relaxar e se divertir. No sábado, 3, a rua Sapucaí, onde está o bar Benfeitoria, foi parcialmente fechada para dar lugar a atividades variadas, como o bike polo, alleycat race e feirinha de exposições.

A artista Bruna Caldeira foi uma das expositoras. Além de lançar o calendário 2017 do seu projeto Pés & Pedais, Bruna aproveitou para aproveitar as amizades e vender artes feitas por ela. “Encontrei diversos amigos que não via há tempos, juntou uma galera legal, o clima estava muito bom. No fim, deu para aproveitar para me divertir lá no bike polo”, comemora.

Bike polo na Rua Sapucaí. Foto: Jessica de Almeida
Bike polo na Rua Sapucaí. Foto: Jessica de Almeida

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