Como surgiram as ghost bikes
Conheça a origem das bicicletas brancas instaladas como homenagem, mas também como alerta, em locais onde ocorreram mortes de ciclistas
Ghost Bikes são bicicletas brancas instaladas em locais de acidentes fatais com ciclistas. Além de prestar uma homenagem ao ciclista que faleceu naquele local e evitar que seu atropelamento caia no esquecimento, a ghost bike serve como um alerta ostensivo aos condutores de automóveis, para que tomem mais cuidado com as vidas que pedalam pelas ruas.
Aqui no Vá de Bike temos uma matéria explicando o que são as ghost bikes e os cuidados para preparar uma delas, de forma que não seja roubada ou removida com facilidade.
A origem das ghost bikes
A primeira ghost bike surgiu em 2003, na cidade cidade de St. Louis, Missouri, nos Estados Unidos. A ideia partiu de Patrick Van Der Tuin, um ciclista cansado de ver seus amigos e outros ciclistas sendo atropelados na cidade.
Ele mesmo já havia sido hospitalizado duas vezes após atropelamentos e queria que essa situação mudasse. Quando em outubro daquele ano viu mais uma ciclista ser atropelada (e em uma ciclofaixa!), decidiu pôr em prática uma ideia que estava em sua mente há algum tempo.
Durante a noite, colocou no local uma bicicleta pintada de branco, com os dizeres “ciclista atropelada aqui”. Era a primeira ghost bike do mundo. Mas Van Der Tuin ainda não tinha ideia de que sua ação inspiraria ciclistas em todo o planeta pelas próximas décadas.
Repercussão
Depois de poucos dias, a bicicleta branca foi retirada. Apesar disso, Patrick percebeu que os motoristas começaram a reduzir ao passar no local, um resultado que considerou positivo.
No entanto o maior efeito foi a repercussão na internet e o engajamento da comunidade ciclística. A foto da ghost bike em seu site teve rapidamente mais de mil visualizações, um fenômeno de audiência para a época.
Nos dias que se seguiram, Patrick se uniu a outros ciclistas para instalar pelo menos 15 outras ghost bikes na cidade. Todas em pontos onde houve um ciclista atropelado. “Eu poderia colocar 100 bicicletas na cidade, não faltam lugares”, relatou o ativista ao St. Louis Post-Dispatch.
Por todo o mundo
A ideia rapidamente começou a se espalhar pela internet. A iniciativa foi replicada em várias cidades americanas e logo chegou a outros países. Hoje temos ghost bikes não só no hemisfério norte, mas também no Brasil e em outros países da América Latina.
Veja as primeiras ghost bikes de São Paulo.
Queremos o fim das Ghost Bikes, mas elas continuarão sendo instaladas enquanto forem necessárias.
Só pra lembrar: o impulso inicial que faz o Yehuda Moon girar é o atropelamento do dono da loja de bicicletas (Fred) e o sumiço da ghostbike. Reli todos os 6 livros seguidos recentemente.
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Yehuda Moon é ótimo
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Boa matéria. Tem um site internacional, onde inclusive está SP: http://ghostbikes.org/s%C3%A3o-paulo
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Obrigado, André! Já conhecia o site, mas tinha esquecido de colocar link pra ele na matéria. Agora foi. 👍
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