Conheça as propostas iniciais dos candidatos à prefeitura de SP para as bicicletas

Veja o que pensam os principais candidatos à prefeitura de São Paulo sobre as bicicletas na cidade e suas propostas iniciais para promover a bicimobilidade.

Recentemente o Jornal da Tarde publicou uma matéria em seu site com as principais propostas, dos candidatos à prefeitura de São Paulo em 2012, para o incentivo ao uso da bicicleta como meio de transporte. “Certamente, esse tema estará presente no debate político, assim como a segurança dos usuários – e as mortes recentes de ciclistas –, a ampliação de ciclovias e o aluguel de bikes públicas”, diz a matéria.

Os candidatos foram ouvidos pela reportagem do JT em março deste ano. O Vá de Bike fez um resumo com as propostas dos principais nomes ao cargo (para ler a íntegra no site do Jornal da Tarde, clique aqui).

Fernando Haddad (PT) – Bicicletário e aluguel

“Será necessário repensar a logística do que está aí. Hoje, os bicicletários estão concentrados nas estações de metrô – pressupondo que as pessoas já têm uma bicicleta e que, com elas, chegariam até as estações. Penso que nós devemos ter bicicletários por toda a cidade, não só nas estações, mas, assim como acontece na França, espalhá-las por toda a parte. As pessoas que não têm bicicleta própria também precisam estar inseridas”. Haddad diz que passou sua infância, na região do Planalto Paulista, em cima de uma bicicleta.

José Serra (PSDB) – Intermodalidade e aluguel

“As ciclovias irão se expandir junto com as novas linhas de metrô. Precisamos ampliar a integração da bicicleta com sistemas de transporte como trens e metrô. Destaco a necessidade de investir fortemente na educação, no respeito mútuo entre motoristas e ciclistas. A bicicleta é muito importante como alternativa de mobilidade urbana e para dar fluidez ao transporte”. Serra conta que ganhou sua primeira bicicleta aos 12 anos e, com ela, conheceu cada canto da Mooca, Vila Prudente, Água Rasa, Belém, Oratório.

Gabriel Chalita (PMDB) – Cautela e educação

“Segundo pesquisa divulgada pela Rede Nossa São Paulo, 48,8% dos paulistanos querem mais investimento em ciclovias. Mas, para ser uma alternativa real, seria necessário construir muitos quilômetros de ciclovias, melhorar os acessos e a comunicação entre elas e conscientizar as pessoas da importância de respeitar os ciclistas. Não podemos colocar em risco a vida das pessoas. É preciso construir essa alternativa de transporte de forma cuidadosa, mas consistente”. Chalita pretende inspirar-se no exemplo de cidades européias como Bruxelas, Paris, Amsterdã e Berlim.

Soninha (PPS) – Ciclorrotas e bicicletas públicas

“A sinalização é importante em vias com muito trânsito. Penso também numa espécie de ‘Bike Box’ – onde o ciclista poderia se posicionar na frente dos carros quando o farol estiver fechado. Isso vai dar mais segurança e diminuir acidentes. Também sou a favor das bicicletas públicas e compartilhadas. Porque, às vezes, sair de casa de bike é como sair com um guarda-chuva. Ou seja, pode ser incômodo ao longo do dia. O melhor é que você possa usá-la até um ponto e deixá-la para que outro ciclista use depois”. Para ela, a Prefeitura precisa oferecer um serviço para divulgar vias alternativas para os ciclistas.

>> Veja a articulação dos ciclistas de São Paulo para as Eleições 2012 <<

Os candidatos em sua cidade já fizeram alguma proposta, ou ao menos sinalizaram que darão atenção ao tema da bicimobilidade? Conte aqui nos comentários!

9 comentários em “Conheça as propostas iniciais dos candidatos à prefeitura de SP para as bicicletas

  1. Todos com seu discurso artificial e pasteurizado sobre a bicicleta. Construiremos mais ciclovias, bicicletários, promoveremos a bicicleta, daremos mais segurança ao ciclista, seguiremos o modelo europeu… Essas são promessas genéricas e que já foram feitas N vezes nas últimas décadas. Acho que será um avanço pedirmos propostas mais concretas, como por exemplo:

    -Dos projetos de ciclovia não implementados pela prefeitura, qual o Sr. acha que é mais urgente e pretende construir primeiro?
    -Pretende seguir o modelo de Paris, de Bruxelas (ou qq outra cidade europeia citada)? Estas cidades possuem diversas políticas para incentivar ao uso das bicicletas, a quais especificamente o Sr. se refere? (a resposta padrão será o aluguel de bicileta, mas qual outra?)
    -O Sr. pensa da possível proibição da circulação de bicicletas em algumas vias, como na Av. Paulista?
    -Existem Shopping Centers, agências bancárias, supermercados e outros locais de interesse (inclusive órgãos públicos) que possuem estacionamento de carros protegido mas não possuem bicicletário e ainda dificultam o acesso de ciclistas às suas instalações. O que o Sr. pretende fazer a esse respeito.
    -Qual sua opinião sobre a implementação do modelo “bike-box” nos cruzamentos?

    São apenas exemplos, mas seriam perguntas que exigiriam que o candidato estudasse pelo menos por cima a questão da infra-estrutura ciclística (um resumo feito por algum assessor), e talvez quem for eleito faça alguma coisa. Além do que uma promessa específica é mais fácil de cobrar (embora neste país, promessa não vale quase nada).

    A única que citou algo concreto foi a Soninha (o bike-box), mas pena que eu tenho muitas ressalvas a respeito dela. (Não quero prolongar nisso pois seria muito off-topic escrever os motivos aqui)

    E, por último, conforme o Pedro citou antes, não adianta pedir o posicionamento sobre nenhuma política anti-carro (transporte motorizado individual) pois é tão inútil quanto perguntar se o candidato acredita em Deus. Nenhum candidato, durante a campanha, se posicionará de forma polêmica sobre esse tema.

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  2. Qualquer candidato à prefeitura se sentiria “acuado” ao ter que responder questões sobre mobilidade. Primeiro, porque por mais honestos que possam ser, eles sabem que um ataque direto à estrutura viária (isto é, automóveis) seria altamente impopular (como pedágio urbano, por exemplo). Segundo, porque eles também não querem ficar mal com a crescente tendência à valorização do transporte urbano em bicicletas. Seguramente, todos eles dirigem seus discursos pelo efeito direto que isso v´å ter nas urnas, sabemos que promessa de campanha é a coisa mais furada que já existiu. O que veremos em relação à bicicleta serão respostas genéricas, se não evasivas. Se algum deles apresentar um plano concreto durante a campanha, isso me surpreenderá muito. Acho que o debate pré-eleitoral deve ser o mais sóbrio e realista possível em termos de crítica, mas basear tudo em promessas é o que todo político sempre fez. seria mais produtivo da nossa parte incluir a bicicleta nos planos da cidade sem importar que prefeito ou partido teremos nos governando, e deixar claro que intensificaremos as exigências de quem quer que venha a sentar nessa cadeira. Cada um tem que ter a sensibilidade para enxergar que grupo “ideológico” tem mais a ver com o projeto de cidade que queremos, analisando QUEM já esteve aí e O QUE já foi feito.

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  3. Seria legal se estas perguntas fossem feitas em um debate aberto na TV ou rádio. Escrito dessa maneira não dá para saber se algum assessor do candidato fez o discurso para ficar rebuscado e sem conteúdo algum. Na minha opinião um verdadeiro candidato mostraria transparencia e objetividade se mostrasse todos os projetos em um site próprio independente. Será que isso é a realidade ?

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  4. é, acho q o que menos falou e falou alguma coisa ae decente foi o Chalita – “Não podemos colocar em risco a vida das pessoas.”, do resto só quer saber de jogar bike no meio da rua no meio dos carros..

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  5. Propostas, propostas e mais propostas. O Serra pra variar falou a palavra fluidez… Sei não, penso que bem mais do que propostas direcionadas as bicicletas devemos pensar no projeto para a cidade. É óbvio que a bicicleta está em pauta pra eles, além da evidência nítida na mídia, para esses caras “nós” somos formadores de opinião, e todos eles vão oferecer o que for necessário pra “comprar” nossos votos e de nossos amigos. Espero que todos tenham isso bem nítido na hora de escolherem que apoiar, em quem depositar a confiança, o estado e principalmente a cidade está demasiado tempo na mão das mesmas pessoas….

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    1. Desculpe, mas prefiro não responder. A princípio, não pretendo declarar abertamente apoio a qualquer dos candidatos. Além do mais, analisar apenas pelas propostas acima seria leviano, principalmente como administrador de um site formador de opinião.

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      1. Ok. É seu direito – o voto é secreto, afinal de contas. Mas gostaria que, no futuro, você reconsiderasse. Afinal de contas o ativismo é um ato político – tanto quanto apoiar um candidato. Acredito até que, ao declarar o seu apoio a um deles, será mais fácil para você – e para quem seguir seu voto – cobrar ações efetivas depois.

        Para mim, a questão da mobilidade será decisiva no momento da escolha – principalmente em um eventual segundo turno, onde teremos que eleger o candidato “menos pior”. No fundo, será o que me fará decidir por um ou por outro. Por isso quis saber sua opinião.

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