Ontem, 31 de março, foi realizado na Associação Paulista do Ministério Público o evento “Circulação e Trânsito“. Entre os debatedores, o secretário municipal de transportes Alexandre de Moraes, que acumula também os cargos de presidente da CET e da SPTrans.
Vendo como pensa o secretário, entende-se facilmente por que é que a CET se importa apenas com o fluxo de automóveis, deixando a mobilidade e a segurança dos 70% restantes da população paulistana em segundo plano, e por que o transporte público não recebe a atenção e o investimento que merece para se tornar uma alternativa melhor que o carro.
No site EcoUrbana há um relato sobre o evento, que mostra o posicionamento do secretário frente à questão dos congestionamentos e seu entendimento de prioridades. O secretário acredita que a fluidez é mais improtante que a vida das pessoas, considera os donos de automóveis como a única parcela da sociedade que importa atender e diz que quem causa trânsito em São Paulo são os caminhões (veja aqui por que o rodízio de caminhões não resolve nada).
Abaixo, algumas frases do secretário, para que o leitor deste blog tire suas próprias conclusões.
Há medidas para ampliar a segurança, mas não implantamos pois prejudicam o trânsito.
“Os motoristas de carro se negaram a aceitar isso [faixa de motos na 23 de maio] e não tem legitimidade o poder público impor algo que a sociedade não quer”
Acidentes com vítima causam muita lentidão. Quando a pessoa morre, demora para a pista ser liberada. Tem de esperar a perícia chegar, e às vezes isso para todo o trânsito. O impacto de um acidente com morte é o mesmo de um veículo quebrado.
É UMA BESTA QUADRADA!
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