Foto: Aline Cavalcante

Praça do Ciclista de cara nova

Em São Paulo, a Praça batizada “do Ciclista” fica entre as avenidas Paulista e Consolação, local de grande movimento na cidade. Semana passada a Praça acordou, novamente, mais alegre.

Mensagens de apelo. Foto: Aline Cavalcante
Praça lotada. Foto: Gonzalo Cuellar

Em São Paulo, a Praça batizada “do Ciclista” fica entre as avenidas Paulista e Consolação, local de grande movimento na cidade. Pela praça já passaram milhares de pessoas para se encontrar, pedalar, conversar, manifestar, protestar. E não são só os ciclistas que ocupam aquele espaço, como já mostramos aqui no Vá de Bike: essa é a Praça da Cidadania.

Amoreira na Praça do Ciclista. Foto: Willian Cruz

A dinâmica dessa praça é muito interessante e peculiar, é um organismo vivo, cheio de nuances e mistérios, rostos, gostos e diversidades. Todos os dias algo novo acontece por lá, da tímida amoreira que nos presenteia com amoras e sombras deliciosas até os adesivos, cartazes e pinturas registrando opiniões. A praça é para ver, ler, sentir e escutar nos detalhes. Um pouco do desejo de que houvesse mais dessas espalhadas por todas as esquinas, locais públicos de encontros e articulações.

Daí que semana passada nosso organismo vivo amanheceu novamente diferente. Outras pinturas decoram o chão da Praça. Flores e corações brotaram do cinza e a vida de quem passa por ali ficou um pouco mais colorida. Frases como “Pratique a Tolerância”, “Não atropele” e desenhos super simpáticos, que podem ser vistos de longe!

Frases de apelo pela tolerância no trânsito. Foto: Aline Cavalcante

Que tal passar por lá para conhecê-la e ver essa arte de perto? Vamos cuidar das poucas praças que ainda restam em São Paulo!

Apropriem-se delas. Assim como a rua é pública, a praça também é de tod@s!

Mais Amor. Foto: Aline Cavalcante

28 comentários em “Praça do Ciclista de cara nova

  1. Bom, minha opinião é a seguinte. Fico triste quando vejo opiniões negativas de atos que na verdade são positivos. Ninguem cria nada ou comenta sobre, quando por exemplo um monumento histórico é verdadeiramente pixado. Poxa pessoal, aos que não gostaram vai minha mensagem. Parem de ser pessimistas e vamos dar mais valor no que nos faz bem. Ainda não conheço pessoalmente a praça mas vou fazer questão de pegar minha bike amanhã e conhecer e até tirar umas fotos. Um forte abraço à todos e positivismo e humildade sempre.

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  2. A intenção foi boa, mas na prática, o resultado foi negativo. É minha opinião. A praça é pública, de todos, por isso mesmo deveríamos respeitá-la das pichações. Desculpem-me os experts, os artistas, os alternativos,etc, mas a praça ficou mais feia. Não vou querer ir lá mudá-la, nem tentar fazer algo melhor, mas antes de ser ciclista, penso e olho a cidade como cidadão. Ninguém gosta de ver seu muro pichado, mesmo que a intenção da pichação seja boa, como um protesto contra o governo, etc. Da mesma forma vejo isso nos parques. Há quem não entenda, há quem não aprecie, há quem se sinta prejudicado, então, devemos respeitar o espaço dos demais cidadãos. Se queremos respeito, a primeira coisa a se fazer é respeitar os demais.

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  3. Não entendi quem está falando sobre “depredação”. Essas pinturas são depredações? A praça ficou inutilizada? Alguma coisa foi quebrada? Arrebentaram alguma mureta, alguma grade?
    Também não entendi porque chamaram de “pichação”. O que é pichar? É simplesmente pintar sem autorização pública? É isso?

    Desculpe, mas se fizéssemos tudo sempre com autorização pública, nenhuma lei teria sido mudada, nenhum avanço constitucional teria sido alcançado, nenhuma melhoria social teria sido atingida…

    Triste ver tanto pudor com algo que é tão simples: a reapropriação do espaço público pelo próprio povo. A praça é de todos. Enquanto a gente precisar pedir autorização pra qualquer tentativa de se ligar mais com a nossa cidade, nosso espírito de cidadania vai continuar indo pelo ralo.

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    1. Fala Thiado, tudo bem rapaz?

      Então cara, o que eu quis dizer com depredação no caso, seria a malversação de quem pintou a praça sem pensar nas más consequencias. Digo isto simplesmente pelo fato de que a “sociedade” pode não ver com bons olhos o que foi feito. E pichar por simplicidade, significa desenhar o escrever frases de protesto ou insulto, depende do ponto de vista de quem vê. E no meu caso o que me desagradou foi a poluição visual.

      Agora imagine cara, se qualquer um na tentativa de se ligar à cidade fosse desenhar na praça da independência… Mas isso foi só um exemplo. Não importa o tamanho da praça ou patrimonio público, o que importa é a atitude perante a sociedade. Será que quem frequenta o local vai gostar? Alguns sim, outros não… mas apenas para desencargo de consciência, fazer isso com uma autorização nas mãos seria muito mais seguro para quem faz e os ciclistas não seriam mais criticados ainda (por atrapalhar o trânsito da cidade – como dizem – e ainda sermos vistos como pichadores ou qualquer coisa que o valha).

      E pra ver como o governo, estado e empresas privadas estão dispostos a ouvir manifestantes é só olhar para os últimos acontecimentos na cena da bike em SP. Novas ciclovias, bikes circulando em escadas rolantes do metrô da forma correta, e tudo isso acontecendo de forma pacífica e graças ao povo que está à frente disso, obviamente!

      Enfim, é isso….

      Forte abraço, meu velho!
      Giba

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  4. felipe, o siqueira deixou suas marcas “profissionais” por la sim.
    varias bicicletinhas dele foram prestigiadas, vai ver =)
    sobre apagar ou repitar, gente, fiquem a vontade!
    como ja disse, a praça é publica e um organismo vivo, em constante mutação
    quando novos grupos pintarem novas coisas, tirarei fotos e publicarei minhas impressões aqui.
    A menos que (assim como estava antes) sejam frases preconceituosas e que incitam a intolerância e desrespeito.
    Essa história de guerra, grupinhos e elite é só uma das justificativas mais simples de reclamar sobre coisas que nao sabe. Mas não vou alimentar o mimimi desses argumentos vazios.
    só me proponho a apreciar e divulgar coisas que são feitas pensando num bem coletivo, independente do autor.

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    1. Que bom que o Siqueira pintou, pena que não apareceu muito, ficou mais destacado outros desenhos que na minha opinião não foram bem feitos.
      Mas parabéns para quem teve tempo e paciência de ir lá, mas eu prefiro focar em outras ações.

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  6. Conheço os dois “grupos” que desenharam na Praça do Ciclista e isso está parecendo guerrinha de criança. Tanto os primeiros desenhos, quanto os outros ficaram horríveis, até uma pixação ficaria melhor. Sei lá parece uma zona. Se quer deixar a Praça realmente bonita chame pessoas que saibam fazer coisas legais, como os grafiteiros Marcelo Siqueira ou Mudano que sempre escreve por aí “Você é escravo do trânsito”. A mensagem ia ser passada de maneira mais bonita e elegante. Nada contra em pintar a praça, mas sim do jeito que ela ficou. Saudades daquele desenho da Mona Caron que a Prefeitura apagou por causa da São Silvestre.

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    1. Concordo! Saudades dos desenhos que realmente eram bonitos e conseguiam carregar uma mensagem do que a MASSA CRÍTICA quer passar…

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    2. O painel da Mona era realmente lindo. Foi apagado em pouquíssimo tempo, pela prefeitura. Tem uma foto dele neste post: http://vadebike.org/2007/12/pedalando-no-horario-de-pico/

      Seria bacana ter pinturas desse nível espalhadas pela praça. Mas quem espera fica com a praça “limpa”. Como a praça não tem dono, quem vai convidar o artista, pagar a tinta e, talvez, seu trabalho? Quem organiza a vaquinha? Quem é o líder da bicicletada?

      O post relata a última pintura feita na Praça do Ciclista. Ficou bonito? Talvez. Dá pra fazer melhor? Dá. Como disse a Patricia, “fica então a proposta de ir lá e mudar a praça”. 😉

      Vale lembrar que na época de copa do mundo pinta-se a cidade toda, com desenhos que variam da arte ao rascunho e até ao mau gosto. Não se espera que um artista resolva pintar a cidade inteira. Cada um é seu artista e faz sua arte. Mas a discussão é bastante complexa e admito que não me sinto qualificado para conduzi-la.

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      1. Não vou mudar a praça, pois sou uma negação em pintura, mas posso tranquilamente agitar com o Mundano dele fazer umas intervenções por lá, posso agitar vaquinha e tudo, mas ultimamente perdi o tesão na Bicicletada, apareci por lá em setembro de 2011, então prefiro ficar na minha. Quem quiserm fale comigo que eu faço o meio de campo.

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    3. Faz tempo que não vou até a praça, vou até tentar passar lá hoje para ver como esta, mas pelas fotos confesso que nada do que eu vi me atraiu. Se os autores quiserem me sensibilizar de alguma maneira, o máximo que conseguiram vou me prender aos defeitos e as grosserias dos desenhos, acho que se levar meu bebe para fazer um grafite na praça posso ficar bem mais comovido. Agora “arte” é tudo muito subjetivo, falar do painel da Mona Caron, desenhado em menos de uma hora e que quase chorei ao ver o muro cinza poucos dias após.

      Lamentei mas aceitei, pois embora aquilo fosse arte para mim, para outros não passou de pixação e infelizmente tenho que concordar.

      Toda arte é uma forma de passar alguma mensagem, lembro de quando o Siqueira escreveu um “Não se esqueça da minha Caloi” do outro lado da praça. Achei divertidíssimo pois apesar de ser uma propaganda involuntária, quem da minha geração não deixou seus recadinhos pela casa inspirados naquela propaganda? Aquilo resgatou não apenas minha infância mas também meu sonho de criança de ter uma bicicleta. Tenho certeza que muitos motoristas ou mesmo trabalhadores da Paulista que viram a frase pensaram a mesma coisa. Também tenho certeza que era esse o objetivo do Siqueira ao escrever aquela frase (e jamais fazer uma propaganda para a Caloi).

      As pessoas são livres para se manifestarem como quiserem, mas se eu pudesse dar um conselho, diria para antes de fazer qualquer grafite que o autor tenha um objetivo em mente e planeje sua mensagem para que o máximo de pessoas assimilem a mensagem. Nem todo grafite é bonito, nem todo grafite é inteligente, nem todo grafite agrada e creio que a maioria das pessoas que fazem um grafite não desejam ouvir que sua “arte” é feia e desagrada.

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  7. Curioso esperar pelo Poder público pra fazer desenhos mais elaborados, quando o mesmo poder público ignora solenemente qualquer manifestação pública, aidna mais os seus espaços…

    Lamentável essa postura conformista e e reativa de se indignar com desenhos tortos e erros de português, quando erros de conduta violentos são ignorados por grande parte das pessoas, sendo esses atos contra ciclistas ou não.
    Mas, fica validado o direito de não gostar da praça como ficou, e fica então a proposta de ir lá e mudar a praça, para que fique ao gosto de quem acha que ficou mal feita a pintura. Eu DUVIDO que quem critica para lá e faz algo diferente.

    Estou começando a pedalar agora, e estive um dia quando estavam pintando (não sei se foram mais dias), e muita gente nos ônibus, nos carros parava pra perguntar o que tava rolando. E nessa, ouvia sobre a Praça, via o pessoal de bike, trocava uma idéia. Eu mesma que nunca tinha ido com a minha bike pra Praça fui muito bem recebida, e caso eu discordasse, teriam me dado um pincel para que eu fizesse diferente.

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    1. Oi Patricia, bacana o seu ponto de vista, falou perfeitamente sobre o poder público ignorar manifestações e-coisa-e-tal. Porém se manifestações não funcionassem, ciclista não estariam sendo ouvidos e pelo o que tenho lido e acompanhado, as coisas estão mudando para melhor, a passo de formiga, mas está… no caso vc não me entendeu falei apenas sobre a depredação causada na praça. Exatamente como vc notou, é direito de qualquer um gostar ou não.

      Eu entendo que uma manifestação deve ser organizada e não causar mais baderna ou caos (no caso da pichação), visto que isso causa a má impressão da sociedade para quem está desenvolvendo as pichações.

      Definitivamente eu não critiquei no comentário anterior, porém para mim é um erro de conduta pública vc pichar um muro, quem dirá uma praça inteira.

      E se o poder público tem esse tipo de conduta, será que devemos responder da mesma maneira? Cometendo erros tbm?

      Sinceramente eu acho que não.

      De qualquer forma, adorei ler seu comentário, para mim foi extremamente esclarecedor em algum pontos.

      Abs,
      Giba

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      1. Concordo com o Gilberto. Por mais que os desenhos tenham boa intenção o espaço público (praça) é de todos. E nem todos gostam da forma que foi pintada sem autorização. Causa para mim, e para muitos, uma má impressão. Se pinta uma praça, pode pintar um muro, uma casa, etc… Repito é a impressão que fica para muitos.

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          1. Concordamos! A praça é de todos! Mas nem todos gostam das pinturas. Por isso a praça será apenas dos que fazem as pinturas… entendeu meu ponto?

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  8. Não sei muito bem até aonde “cidadãos” tem o direito de alterar a imagem da praça desenhando nela. Sou ciclista tbm, desde que me entendo por gente e a bike é o meu principal meio de transporte. Acompanho bastante a cena da bike, vendo todos os absurdos nos quais somos expostos e obrigados a ouvir sobre utilizar a bike como meio de transporte… mas enfim…

    Todos temos direito de fazer protestos e nos fazer ouvir, porém não acho bacana a atitude de pintar a praça com algo que se assemelha muito a pichação e depredação de um local público. Seria bem melhor fazer algo com autorização do governo e com desenhos mais bem elaborados.

    Forte abraço,
    Giba

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  9. A praça ficou linda. Parabéns por deixar a cidade mais colorida. Vamos tomar a cidade, ela é nossa. Me senti estimulado a fazer o mesmo em minha cidade, vou conversar com aqueles que não ficam reclamando de tudo e estão disposto a fazer algo pela cidade.
    Abraços,
    Odair

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    1. Afonso

      Eu nem deveria me incomodar de responder a um comentário tão grosseiro e sem embasamento, mas como ainda te considero um amigo, vamos lá.

      Não li a palavra “elite” em nenhum lugar do texto. Também não li em nenhum lugar que estou querendo mudar o nome da praça.

      Chamar de Praça da Cidadania é apenas uma licença poética, uma brincadeira com palavras, como você poderá compreender se clicar no link em meio ao texto. Lendo sem preconceitos o texto referido, entenderá porque a chamei assim um ano atrás (e nem por isso ela mudou de nome).

      Vale ressaltar que, quando você diz “os que batalharam para ela receber esse nome”, está falando de mim também, pois atuei diretamente na oficialização do nome da Praça, levantando informações e fotos para comprovar que o local não tinha nome e, assim, justificar o pedido feito pela então vereadora Soninha Francine. O nome oficial foi uma justa homenagem à luta de muitos anos dos ciclistas da cidade, entre eles eu e você.

      Não sou um usurpador, não me considero elite em nada e não estou tentando mudar o nome da Praça. Sinceramente, não sei como você foi entender tudo isso. E não acredito que um ou outro grupo tenha mais ou menos direito sobre uma praça PÚBLICA – isso sim seria se considerar parte de uma elite.

      Por fim, o objetivo do post foi mostrar as pinturas feitas no chão da Praça, não uma declaração de posse ou uma tentativa de mudar o nome da praça (que absurdo). Quanto aos desenhos que foram feitos ali, é seu direito gostar ou não. Eu, pessoalmente, gostei, pois mesmo que não sejam nenhuma obra de arte passam mensagens que considero adequadas para o local e o que ele representa: um espaço de convivência, usado principalmente por ciclistas e skatistas, mas que pertence a todos os cidadãos.

      Mais tolerância, irmão. Estamos todos no mesmo pelotão e na mesma equipe, não tente derrubar os gregários.

      Um abraço,

      Willian Cruz

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      1. William,
        Também te considero um amigo, mas quem escreveu este texto foi a Aline (uma das que se acham elite sim), não voc~e.

        Admiro seu trabalho com o Vá de Bike, mas sou contra manifestações não relevantes a mobilidade urbana, sou contra pichação, e principalmente, sou contra deturpação do movimento!

        Eu tenho amigos estrangeiros que ficaram indignados com a Bicicletada pelo comportamento dos ditos “líderes”. Eu acho que essas panelinhas só prejudicam o coletivo!

        abraços e espero que você continue com seu excelente trabalho no “Vá de Bike”

        Polêmico. O que acha? Thumb up 5 Thumb down 9

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