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Cobrando dos carros para beneficiar as bicicletas

O Conselho Estadual do Meio Ambiente de São Paulo aprovou uma taxa a ser cobrada dos proprietários de carros a gasolina para financiar infraestrutura cicloviária no estado. Mas o governador Geraldo Alckmin já avisou: não a implementará. E você, qual sua opinião?

O secretário estadual do Meio Ambiente, Bruno Covas, e outros 18 representantes do governo propuseram a implantação de uma “ciclotaxa” no Estado de São Paulo. Segundo a Folha, seria um tributo a ser pago por quem tem veículo a gasolina (os que usam etanol não seriam cobrados), para financiar o estímulo ao uso de bicicletas.

O Consema (Conselho Estadual do Meio Ambiente) aprovou por unanimidade essa e outras propostas para reduzir a poluição do ar. Doze representantes da sociedade civil também foram favoráveis à taxa, entre elas OAB e Fiesp. O valor ficaria entre R$ 15 e R$ 25 por ano, sendo cobrada junto com o IPVA. A receita poderia chegar aos R$ 105 milhões anuais e seria utilizada para financiar o Probici (Programa de Incentivo à Bicicleta), apoiando campanhas e a construção de ciclovias e bicicletários, entre outras iniciativas.

Mas, para que essa proposta fosse enviada à Assembleia Legislativa em forma de projeto de lei, era necessária a aprovação do governador, Geraldo Alckmin. Gilberto Dimenstein chegou a perguntar em sua coluna: “Alckmin vai ter coragem?

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Alckmin não implementará a cobrança

No mesmo dia, Dimenstein teve que atualizar sua coluna, com um novo texto: “não tem coragem“. O governador foi rápido em divulgar nota oficial esclarecendo que não criaria a taxa, apesar de aprovada por unanimidade pelo Consema, afirmando que o assunto “não foi discutido pelo governo”. A proposta vinha sendo debatida pelo conselho desde setembro de 2011.

A nota diz que “o esforço da gestão tem sido para reduzir a carga tributária e melhorar o gasto público” e que “já investe em ciclovias e no incentivo à bicicleta como meio de transporte”. Investir, até investe. Mas será que o investimento tem sido suficiente?

O prefeito, Gilberto Kassab, gostou da ideia e disse que seria um dinheiro bem empregado, aproveitando para criticar o pré-candidato do PT à prefeitura, Fernando Haddad, que recentemente prometeu o fim da taxa de inspeção veicular – o que, na prática, faria com que toda a população, inclusive quem não tem carro, arcasse com o custo da fiscalização.

Haddad, por outro lado, afirmou que a “ciclotaxa” não é necessária, pois a arrecadação triplicou nos últimos sete anos e seria possível construir infraestrutura cicloviária sem essa cobrança.

E você, é a favor da cobrança? Acredita que seja necessária?

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35 comentários em “Cobrando dos carros para beneficiar as bicicletas

  1. Caros amigos,

    Mais uma taxa não acredito que resolveria e mais, criaria uma animosidade maior ainda, entre proprietários de carros e ciclistas. O que precisa e o melhor uso do dinheiro dos impostos. Coragem para implementar uma politica que privilegie outros meios de locomoção, inclusive a bicicleta. Uma coisa é certa, daqui a 5 anos a cidade não andara mais. É só observar, a quantidade de carros novos, que todos os dias entram em circulação.

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  2. Normalmente uso bike ou carro para ir ao trabalho, mas outro dia fui pegar metro as 18h na Barra Funda. Tive que esperar 1h30m para entrar, e ainda fui nele lotado.
    E sabe por que esperei 1h30m? Porque é simplesmente indigno se submeter àquele empurra-empurra. As pessoas se lançam para dentro, com força, para entrar na marra.
    Falta de educação? Talvez um pouco, mas sinceramente, educação alí é o menor dos problemas. O problema mesmo é que não há espaço para todos.
    Naquele momento entendi uma coisa que mudou minha forma de pensar: as pessoas não estão migrando para o carro apenas porque querem, como muitos pensam. O problema é que o completo descaso do governo por todos estes anos fez o cidadão preferir gastar 3 horas em um trajeto dentro do carro, mas pelo menos de forma digna, pois seu espaço pessoal está definido.
    Sou adepto de todas as formas de locomoção: a pé, bicicleta, transporte publico e carros, com a prioridade inclusive seguindo esta ordem que eu coloquei.
    Interesse economico? Hoje o tranporte publico teria que pelo menos dobrar sua capacidade para atender decentemente o contingente atual, o que representaria diminuir seu lucro em 50%. Lembrando que o transporte publico (ao menos os onibus de sao paulo) na verdade é privado. Me parece que há interesse em deixar como está, pois quando você armazena as pessoas em um onibus ou metro iguail sardinhas, você está no ponto ideal de maximização dos seus lucros.

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    1. Fala David.

      Tenho que discordar de alguns pontos que você citou.
      Nem que dobrasse em 5 anos o número de km de Metro e ônibus, uma cidade como São Paulo que tem 11 milhoês de habitantes + os demais usuários de municipios vizinhos resolveria o problema de superlotação. Concordo com a situação de que não é digno enfrentar esse empurra-empurra, mas na imensa maioria dos metros/ônibus do mundo (salvo países pequenos), em horário de pico tem muitas pessoas. Acredito que um transporte que flua (sem ficar parando toda hora por defeito) e educação de nós, usuários, melhoraria e muito nosso dia-a-dia. Não resolveria. Numa cidade como São Paulo, acho quase impossível, mesmo daqui 100 anos. Eu, sempre que posso, evito o transporte público usando a bike (o carro algumas vezes, principalmente de FDS). Mas muitos vivem em locais MUITO longe de onde trabalham. Mas não concordo em culpar 100% os imbécis que colocamos(como sociedade e não como individuo) para “nos administrar”. Temos culpa sim! Sobre o tópico, uma melhora na gestão pública de recursos resolveria muitos problemas.

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    2. Pensei exatamente a mais coisa que você, as vezes esquecemos de nós colocarmos no lugar das pessoas. Hoje em dia os indivíduos só usam transporte público porque não tem outra alternativa, geralmente porque não tem dinheiro para comprar um carro.

      Nos últimos anos uma “nova” classe média vem ganhando capacidade. Soma-se isto a facilidade de compra, redução de impostos e um transporte coletivo precário e em pouco tempo a cidade vai estar com mais latas de quatro rodas por toda cidade. Tudo isso porque o governo é míope e não consegue planejar nada para longo prazo, se importando mais com os imposto e lucros da venda de carros no presente. Se ao menos investisse 1% desse lucro para melhorar a vida dos ciclistas e pedestres já seria um grande avanço.

      Na minha opinião idealizadora, deveríamos tornar através de educação e publicidade o carro uma coisa ultrapassada. Não sei vocês, mas eu não aguento mais as toneladas de propagandas de carros supervelozes e avançados. Deveríamos ter uma boa estrutura de transporte coletivo e uma certa proteção da lavagem cerebral que os marqueteiros fazem todos os dias. Só assim poderíamos construir uma consciência coletiva para exigir dos políticos uma mudança de paradigma

      Ps: Bicicleta também foi uma das melhores coisas que inventaram para esse movimento

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  3. O que precisa é de real vontade política, porque dinheiro São Paulo tem muito.

    A taxa seria só mais uma pra ser desviada do propósito. Veja por exemplo o IPVA, muito caro e desviado pra cacete. E mesmo com a proposta de criar uma taxa, ele (o governador) se esquivou. Ou seja, é total falta de vontade política.

    Poderia também haver parcerias privadas para dar andamento de verdade um programa destes, de forma que o governo somente forneça autorização para quem quiser fazer e permita alguma espécie de exploração comercial, pois só assim funciona nesse país. Aqui ninguém investe somente porque tem sobrando e pode fazer algo melhor por sua cidade. Sem ganância não funciona. Nenhum político gosta dessa parte, pois sempre querem superfaturar com seus amigos empreiteiros. Bando de desgraçados e o mais triste é vão continuar sendo eleitos por esse povo que não sabe votar, mas é obrigado. Viva o Brasil, pqp!

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  4. Olha, todos nós adoramos quando algum tipo de penalidade é imposto ao motorista, mas sinceramente, eu sou contra essa taxa.

    O motivo é que nós, paulistanos e brasileiros, já pagamos impostos demais. Pelo dinheiro que nós pagamos, deveríamos ter cidades melhores, com mais segurança e mobilidade, transporte público, segurança pública, saúde, educação… nossos impostos cobrem tudo isso. A união arrecadou mais de um trilhão em impostos esse ano. E para onde vai o dinheiro?

    Não é arrecadando mais que as obras vão sair. É com menos vergonha na cara de nossos políticos e com um pouquinho mais de vontade. Só isso.

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  5. em tempo: a ideia de que carro a álcool é de alguma forma mais ‘limpo’ é uma mentira deslavada, uma falácia que interessa ao lobby dos pés de cana.

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  6. A cobrança é por uma causa nobre. Mas o cidadão brasileiro não aguenta mais taxas e impostos! Recursos com certeza temos. Sou a favor que a cidade invista fortemente em projetos que possibilitem a locomoção de ciclistas com eficiência e segurança. Mas por que inventar taxas, taxas e mais taxas? Estamos cansados disso. Dinheiro o governo tem! É só saber alocar de forma correta e justa. Não tenho carro, nem quero ter. Tenho bike e to aprendendo andar ainda…mas não acho nada justo que os motorizados paguem por uma obrigação do governo, que tem dinheiro sim! Já arrancam o suficiente de nós. Começando pelo próprio IPVA, que tal destinar uma parcela do IPVA para isso (e não adicionar). Que tal destinar parte dos 3 reais que pagamos para usar os ônibus e metrôs/trens lotados? Destinar uma parcela em cima do que já pagamos SIM, adicionar NÃO.

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  7. Fora que quem tem carro flex pode abastecer com gasolina, e é o que vem acontecendo ultimamente, em face da duradoura desvantagem economica do etanol.

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    1. Oque eu quis dizer é que usualmente a bicicleta é utilizada para curtas distancias, cerca de 5 quilômetros no máximo. Uma distancia maior que essa é feita mais efetivamente utilizando um transporte coletivo e em menor distancia a pé. Ou seja, a cidade caótica como São Paulo deveria tentar estimular primeiro o transporte coletivo antes de desestimular o carro. Outro ponto crucial e tentar aproximar trabalhador do trabalho, principalmente no centro da cidade.

      O ideal seria ter ciclovias por todas as cidades, não importa o tamanho da via. Na minha opinião, começar pelos bairros ajudaria as pessoas a se acostumarem com a bike. Se criaria então uma cultura maior desse modal na cidade, para depois aplicar em grande escala. Ou você acha que o paulistano médio vai de uma hora para outra trocar o carro para bike só porque tem uma ciclovia em via de grande fluxo ?

      Estamos no caminho certo e a ciclofaixa de lazer integrando alguns parques é um ótimo exemplo. Arborizar, criar ciclovias, diminuir as poluições(visuais,atmosférica e etc) são essências para o aumento na qualidade de vida.

      Respondendo sua pergunta: A energia mais “limpa” é a elétrica, trocar gasolina por etanol é trocar 6 por meia duzia. Sugiro que veja este documentário aqui sobre energia: http://www.youtube.com/watch?v=VOMWzjrRiBg

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  8. Acho que essa discussao desvia o foco. Alguem acredita que o problema da infraestrutura cicloviaria é a falta de dinheiro???

    Essa proposta só faria sentido para desestimular o uso de carros a gasolina. Mas o etanol é mesmo tão melhor, considerando os custos ambientais de sua produçao?

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  9. Xará, entendo que dentro dos bairros não há necessidade de ciclovia, pois nas ruas mais calmas é possivel compartilhar a rua. Ciclovia faz sentido em grandes avenidas, de fluxo rapido, como a 23 de maio e as marginais, a bandeirantes, rubem berta, e, com menor importancia, nas congestionadas como a Paulista e domingos de morais.

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  10. tiago barufi

    Concordo com você, mas não é só a ideia de liberdade e consumo que leva o paulistano médio a usar o carro. São Paulo teve um crescimento desordenado e burro, baseado principalmente na ideia de modernidade. Aconselho que veja o documentário “entre rios” para que entenda como a urbanização promoveu o carro e o cimento.
    Dessa forma ao meu ver, os primeiros problemas a serem resolvidos devem ser os estruturais. Seria melhor não criminalizar o carro, mas sim promover a integração de modais. O maior problema é que tudo mundo precisa ir para o mesmo lugar ao mesmo tempo. Ou seja, precisamos promover a ocupação dos trabalhadores nas regiões perto do trabalho, um bom começo seria a ocupação dos prédios abandonados da Luz. Na minha opinião as ciclovias deveriam ser construídas principalmente dentro dos bairros e com integração com metro e trem.

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    1. eu vi esse filme, sim, e concordo que ‘resolver o transporte’ não faz sentido: rever a necessidade de tanta gente ser transportada de um extremo ao outro da região metropolitana é muito mais lógico.

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  11. Básico: qualquer país desenvolvido tem políticas para restringir o uso de carro particular em certas áreas das cidades. O secretário deve ser uma pessoa que faz viagens internacionais e repara em alguma coisa além dos preços nas lojas.
    Na verdade, a aplicação direta em cioclovia ou estrutura para bicicleta não seria a meu ver mandatória: a cobrança do eleitorado faria surgir naturalmente a tendência.
    Eu suponho que o governador baseie sua decisão em sondagens que detectam os anseios dos eleitores dele: hoje em dia, ainda se emula a ideia de liberdade promovida pelos vendedores de carro. O carro individual, muito mais do que o ônibus eficiente ou a moradia perto do trabalho, representa uma referência no ideário do sucesso pessoal. Os políticos não são déspotas loucos, eles agem para contentar a parcela da sociedade que os mantém no poder.
    Acredito em uma terapia de choque para reverter esse desejo arraigado que temos pelos carros: mais dez anos de congestionamento (e vai piorar, viu?) devem começar a formar uma geração que desenvolva apreço por outras formas de auto-afirmação (ops!)…

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  12. Sou ciclista e defendo o uso da bicicleta. No entanto ser cobrado algo a mais da população que nada tem haver com isso, não seria a forma mais inteligente de solucionar o problema, o que tem que haver é mobilização de nossos governantes para investimento em infra estrutura, pois Dinheiro já tem e muito. Vejo nesse projeto só mais um meio do governo arrecadar e assim trazer revolta ao cidadão, que já é um tanto lesado em questão de tributos. O objetivo de ciclistas e afins é de promover alternativas de locomoção e ter por meio dela qualidade de vida e satisfação e respeito, acho que não seria dessa forma que ganharíamos repeito dos cidadãos, temos sim que abrir os olhos das pessoas que estão chegas por um mundo capitalista e autoritário sempre manipulando e ditando suas regras financiadas e manipuladas por gigantes cheios de interesses em manter seus prazeres, queremos sim uma sociedade mais informada e educada onde podemos conquistar através de respeito e dignidade. Apoiar tal ideia seria só mais um tapinha nas costas das autoridades politicas dizendo: isso mesmo o povo que tem que pagar não importa como. Nosso governo não esqueçam tem uma das mais elevadas taxas de impostos do mundo, acho que não precisamos de mais uma.

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    1. Engano seu, nos países desenvolvidos é muito comum que os impostos ultrapassem proporcionalmente os nossos. A diferença não está na quantidade de impostos arrecadada, e sim no retorno destes.
      Nossa cultura leva a procurar a ascenção social, a se diferenciar da grande maioria.
      Eu acredito que os serviços públicos, no Brasil, não são cobrados por aqueles que terim mais poder para isso. Nossa classe média está muito mais empenhada em garantir o sucesso pessoal, comprar um carro, do que em exigir que o transporte seja eficiente para todos. Pagar a escola particular numa tentativa de separar a formação dos filhos daqueles da classe baixa, e assim por diante.
      Se é para o público, para os tais inferiores, não pode ser bom – afinal, somos os tais bem-nascidos, praticamente uma nobreza europeia expatriada, como não?
      Reclamar dos impostos, nesse contexto, é muito mais imediatista, mais fácil do que reclamar que a escola não exista para todos, ou que os ônibus são indignos, ou que as cidades sejam tratadas como uma terra de ninguém à mercê da especulação. Isto tudo sob o disfarce de capitalismo liberal. Quem reclamar dessas coisas e se organizar para isso não está imune à acusação do maluco Tio Rei: é um “stalinista”, “fascista” ou o xingamento que mais aprouver aplicar a quem se rebele contra o edifício bizarro da nossa sociedade.
      Temos uma cultura de reclamar do governo misturada com a idolatria à esperteza: basta ver como as pessoas que reclamam da tal ‘corrupção’ são as mesmas que compram descaradamente o exame para habilitação.

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  13. 1 – Esse modelo pode funcionar em cidades em que já existe uma boa estrutura para o transporte coletivo. Não adianta inventar mais taxas e impostos, senão oferecermos uma boa alternativa para o carro.

    2 – No Brasil temos essa maldita cultura de inventar mais taxas, como se isso fosse uma solução mágica. Sabemos que os maiores problemas estão na gerencia e transparência da aplicação de impostos, e não na quantidade arrecadada. Veja o exemplo da ampliação das faixas da marginal Tietê que custou cerca de 2 bilhões, ou até mesmo o valor da ponte estaiada. Com essa quantidade de dinheiro daria para construir milhares de quilometro de ciclovia e melhor a calçada de muitas vias

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    1. Não tem ônibus, não tem trem, porque o eleitorado não os quer. Ainda falta muito para que o tal paulistano médio resolva deixar o carro em casa espontaneamente. Não existir metrô na portaria do condomínio fechado é a desculpa perfeita para isso.
      Implementar a taxa (eu também acho, como o colega Alface Holandês ali acima, que o pedágio urbano é mais eficaz), tem a virtude de desestimular a opção pelo transporte individual motorizado. Que também vai ser naturalmente desestimulado pelo gridlock da próxima década, repare.
      Quanto antes soar o alarme para esse problema, melhor.
      Hoje em dia já considero uma insanidade tentar me locomover de carro em São Paulo – dependendo do horário, é preciso muita meditação para isso… muito mais sensato andar de bicicleta.

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  14. Acho que a taxa não deveria ir exclusivamente para as bicicletas. Acredito que deva sim onerar mais ainda a locomoção via carros nos centros urbanos e que essa arrecadação deva ser investida em melhorias gerais para mobilidade de bicicletas e principalmente pedestres. A matemática é simples. Se não tem tanto carro nas ruas as bicicletas podem ocupar o espaço deixados por eles nas ruas logo não tem por que gastar tanto dinheiro com ciclovias e ciclofaixas nesses espaços e o dinheiro a mais seria usado nas melhorias das calçads, acessibilidade e intervenções estéticas.

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  15. Não faz mais sentido cobrar pedágio urbano ao invés da ciclotaxa? Faz sentido que os motoristas paguem por usar o carro, especialmente em áreas com problemas de trânsito, áreas bem atendidas pelo transporte público, ou nos horários de pico, mas não simplesmente por ter um carro. Eu, na época que morava em São Paulo, tinha um carro mas quase nunca o usava para ir ao trabalho.

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