Universidades brasileiras apostam na bicicleta compartilhada dentro do Campus
Veja alguns bons exemplos práticos, em três cidades brasileiras, de como a bicicleta pode ser usada em complemento ao transporte dentro das Universidades.
Algumas universidades brasileiras vêm investindo nas bicicletas compartilhadas para facilitar e otimizar deslocamentos dentro do Campus. É o caso da UnB em Brasília/DF, da USP em São Paulo/SP e, mais recentemente, da UNIT em Aracaju/SE.
Estudantes e funcionários dessas instituições têm à sua disposição uma nova maneira de explorar, viver e interagir com a universidade através da bicicleta, instrumento fundamental para abrir novas portas de convivência social, de desenvolvimento humano e intelectual.
Conheça alguns exemplos e inspire-se. Sua instituição possui este serviço? Comente neste post e ajude-nos a ampliar nossas fronteiras!
Bike UNIT
Essa novidade é quentinha e acabou de sair do forno. Foi lançado dia 24 de abril o Projeto Bike Unit de bicicletas compartilhadas, no Campus Aracaju Farolândia, em Sergipe. Nesse primeiro momento foram disponibilizadas 100 bicicletas, espalhadas em 10 bicicletários.
O trabalho é uma parceria da sociedade acadêmica com a ONG Ciclo Urbano, que está auxiliando na implantação do sistema. “Em Paris, as pessoas se cadastram, recebem bicicletas e se deslocam para qualquer parte da cidade”, conta o reitor da UNIT, professor Jouberto Uchôa de Mendonça, em matéria publicada no site da instituição. “Vi aquilo e voltei para Aracaju empolgado, querendo fazer a mesma coisa. Realizamos a primeira experiência e, se obtivermos sucesso, vamos investir mais nessa área”.
Pedalusp
O Pedalusp, apesar de estar em funcionamento há 1 ano, também ainda é uma novidade para os alunos e professores da Universidade de São Paulo.
O projeto passou a operar em definitivo no início deste ano dentro da Cidade Universitária, interligando o campus ao Metrô Butantã. A frota atual é de 16 bicicletas, distribuídas em duas estações de empréstimo. A previsão é que o sistema seja ampliado durante ano de 2012.
“Em sua segunda fase de implantação, o Pedalusp já triplicou o total de usuários cadastrados e vem se mostrando um modal de transporte eficiente com cada vez mais adeptos”, segundo o site do sistema.
Bicicleta Livre
Com um pouco mais de tempo de vida, o Projeto Bicicleta Livre acontece na Universidade de Brasília desde 2009 (veja matéria do Vá de Bike), com uma diferença sutil, mas bastante emblemática das demais: para utilizar as magrelas não é preciso cadastro, pagamento, nem deixar documento ou pedir autorização. É só achar uma “amarelinha”, sentar no selim e sair pedalando. O único compromisso é devolvê-la.
A iniciativa é parte de um projeto de extensão iniciado em 2007, com participação de alunos de diferentes cursos. As últimas informações que obtivemos dão conta de que estão à disposição 18 bicicletas em três pontos da universidade.
As bicicletas são doadas, reformadas, ganham uma pintura amarela e levam uma placa de identificação. Todo o trabalho é feito por alunos voluntários, que colaboram para a mobilidade interna da universidade.
Complemento ao Sistema de Transportes
Iniciativas como essas – e todas as outras executadas em universidades – podem e devem ser encaradas como um recorte do aplicável à cidade. Bicicletas compartilhadas já são tendência em diversos países do mundo, principalmente na Europa, e devem chegar em breve a São Paulo.
A experiência entre os universitários é um termômetro de como seria o serviço em larga escala, ligando bairros, estações de metrô, comércios, outras universidades e, principalmente, conectando cidadãos com a natureza de suas cidades. Uma chance ímpar de pensar e estudar maneiras complementares de melhorar o Sistema de Transportes de acordo com as distintas realidades de cada lugar, usando o potencial inovador e ousado dos jovens acadêmicos como motor de energia limpa para as grandes (e esperadas) revoluções sociais.
(Bump!) Ah, então foi isso: o Pedalusp colou grau e, com o canudo nas mãos, foi trampar em outras bandas: http://www.compartibike.com.br (Queria tanto saber das fofoquinhas de bastidores…)
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Curti a arquitetura desse bicicletário aqui, Cícero: http://www.compartibike.com.br/?page_id=336
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Olha só, e esse sistema de empréstimo de Indaiatuba usa bikes ecológicas, quadros feitos de PET: http://www.muzzicycles.com.br Legal, né? Quer dizer, seria legal saber se a população da cidade tá achando sistema e bikes legais mesmo.
Que beleza é fundamental, correção ecológica é fundamental, boas intenções políticas e da iniciativa privada são fundamentais, mas beleza, sustentabilidade e parceria público-privada que nascem só pra logo caducar em portfólio de cases e currículo de candidato acho que a população não deve achar nada legal (vide o que aconteceu com aquele projeto de bicicletas de bambu e o próprio Pedalusp).
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Na unicamp também existe um projeto semelhante. Mas me parece que ainda não “pegou” de verdade.
http://www.sae.unicamp.br/mobic/
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Gostaria que isso tudo chegasse aqui na Bahia, meu namorado está acidentado por que, saiu da pista e foi para onde achava mais seguro e não tem calçamento, a bicicletista derrapou e então tomou uma queda se arrebentou todo. Foi na Avenida paralela, se em dia normal o ciclista sofre imagina em tempo de chuva.
CICLISTA NA BAHIA E SUICIDA.
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O Pedalusp é um projeto bem interessante, mas ele comeu algumas dezenas de vagas no bicicletário (minúsculo e abafado) do metrô butanta!
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William…to ficando cansado desse blog…tudo bem que é preciso lutar por um transito”mais humano”,mas que tal mostrar também outras alternativas como carona solidaria?
Sei que esse não é o objetivo principal do blog, mas essa é uma forma de humanizar o transito também, pois você não fica sozinho com sua máquina e seus pensamentos egoístas.Você convive com outras pessoas, conversa, aprende, ensina, faz amigos, economiza dinheiro e com 1 carro tira outros 3 ou 4 da rua.Seria bom de ver um post sobre o assunto nesse blog…
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Oi Matheus, tudo bem?
A carona solidária tem seu valor, mas não é o foco do site. Como o próprio nome dá a entender, o objetivo é incentivar o uso da bicicleta e torná-lo mais seguro, além de trazer informações relacionadas. Raramente fugimos do assunto principal.
Agradeço a sugestão e lamento se a insistência no tema bicicleta lhe desagrada, mas esse é um site segmentado e é esse o assunto que você encontrará por aqui. Há outros sites que tratam a mobilidade sustentável de forma mais ampla, focando menos na bicicleta.
Abraço,
Willian Cruz
Comentário bem votado! 5 1
Desculpe se não me expressei bem, mas não estou dizendo para parar de falar sobre bike, o falar menos, só acho que poderia haver um ou outro post de vez em quando, mostrando alguma outra forma de humanização do transito, alternativa E JAMAIS CONTRÁRIA á bicicleta.
EU SEI da importância da bicicleta e que o foco do blog é esse,mas pense um pouco: seria muito mais seguro pro ciclista andar numa cidade com 3 ou 4 vezes menos carros.Num carro com 4 pessoas é bem mais provável que alguém diga “cuidado com aquele ciclista na nossa frente” do que em um carro com só uma pessoa dentro.E quando chove meus colegas caroneiros sempre me levam pra casa…
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a ideia eh boa matheus, mas o nome “VA DE BIKE!” ja da uma ideia de qual e foco neh? 🙂 como o proprio willian ja disse existem outros sites q fomentam outras soluçoes prum transito mais humano! #ficadica 😉
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