O engenheiro de software Leandro Melo, que trocou o carro pela bike em julho desse ano. Foto: Leandro Melo

Com ciclovias, cada vez mais pessoas trocam carro e transporte público pela bicicleta em São Paulo

Com a expansão das ciclovias em São Paulo, é cada vez maior o número de pessoas que trocam o transporte motorizado pela bicicleta. Conheça alguns exemplos.

O engenheiro de software Leandro Melo, que trocou o carro pela bike em julho desse ano. Foto: Leandro Melo
O engenheiro de software Leandro Melo, que trocou o carro pela bike em julho desse ano. Foto: arquivo pessoal

Quem mora em São Paulo e gosta de bicicleta teve um 2014 diferente. A prefeitura deu início à implantação de 400 kms de infraestrutura cicloviária, sendo a primeira metade prometida para o fim de 2014.

As vantagens do investimento na infraestrutura são muitas, como o potencial de diminuir congestionamentos, diminuição da lotação dos transportes coletivos, redução na poluição atmosférica e sonora, melhoria na saúde, entre outras.

É óbvio que essas mudanças terão um impacto mais significativo na cidade conforme o aumento da malha cicloviária e, principalmente, maior uso pela população. Quem já pedalava está aproveitando ao máximo os investimentos em ciclovias mas, além deste grupo, há aqueles que não pedalavam por medo e hoje usam a bicicleta como principal meio de deslocamento entre a casa e o trabalho.

Ciclovia na porta de casa

O engenheiro de software Leandro Melo passou a utilizar a bicicleta para ir ao trabalho em julho deste ano. “Eu revezava entre metrô e carro. Entre caminhada até a estação, espera por mais de um trem e caminhada até o trabalho levava 40 minutos da Vila Mariana (zona sul) até o centro. Já de carro eu levava uns 30 minutos usando o aplicativo Waze. Sem ele era 1 hora.”

A opção pela bike aconteceu após uma viagem a Londres (Inglaterra), onde comprou uma bicicleta dobrável. “Eu já vinha pensando nisso há um tempo. O metrô estava sempre lotado e com carro havia o trânsito. Tentei usar a bike aos sábados, antes das ciclovias, mas abortei, porque o trânsito era muito violento.”

A sorte bateu na porta de Melo quase que literalmente, pois algumas semanas após comprar a bicicleta começaram a fazer ciclovias da sua casa até o seu trabalho. “Agora levo 25 minutos para ir e 40 minutos para voltar, por causa das subidas da rua Vergueiro.”

A experiência de pedalar até o trabalho despertou um novo olhar de Melo, que é de Recife (PE), sobre a cidade de São Paulo. “Eu tô apaixonado por São Paulo com a ciclovia, você olha a cidade com outra perspectiva, descobre coisas que não conhecia e tem tempo de observar. De carro você está sempre apressado e não vê nada.”

Melo faz parte de um grupo que vai crescendo aos poucos: os que abandonam o carro em troca de outro meio de transporte. Uma pesquisa do Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe) mostra que 6% dos motoristas de São Paulo abandonaram o carro por outro meio de transporte nos últimos dois anos.

A maioria migrou para os ônibus (67%) e metrô (65%). Cerca de 5% migraram para a bicicleta, um número que tende a aumentar conforme a malha se expande. A pesquisa aponta ainda que, para 45% dos entrevistados, o trânsito é a principal razão de estresse em São Paulo.

Criança na ciclovia da rua Artur de Azevedo, no bairro de Pinheiros, zona oeste de São Paulo. Foto: Rachel Schein
Criança na ciclovia da rua Artur de Azevedo, no bairro de Pinheiros, zona oeste de São Paulo. Foto: Rachel Schein

Menos stress, mais pontualidade

O analista de sistemas Claudio Dias usava metrô ou ônibus para se deslocar da Saúde, na zona sul, para a região do Largo São Bento, no centro de São Paulo. De metrô, o tempo médio de deslocamento era de 30 minutos de porta a porta. “Eu sempre pegava no horário cheio, a ponto de você não conseguir abrir um livro e ler. Na volta, muitas vezes eu ficava até mais tarde para pegar um metrô mais humano”, lembra. A implantação de ciclovias lhe deu a oportunidade de se deslocar com segurança e tranquilidade.

Uma das principais motivações para a opção pela bike é saber que não importa o dia, Dias levará sempre 25 a 30 minutos de bicicleta. “De bike eu chego no horário certo, você não pega trânsito.” Além disso, o analista de sistemas destaca o fato de viver mais a cidade. “No metrô é tudo enlatado e de bike você chega mais relaxado e curte o caminho. Quis sair do tumulto.”

No começo, Dias chegava suado e aproveitava a infraestrutura de vestiário e estacionamento de bicicleta que a empresa onde trabalha oferece. “Hoje já aprendi a dosar meu ritmo e não chego mais suado.”

Para Dias, mais pessoas vão aderir à bicicleta com o aumento da infraestrutura. Ele diz que alguns colegas moram na zona leste, próximo ao centro, e não têm estrutura para ir ao trabalho de bicicleta. “É difícil convencer quem não tem experiência de andar na rua que é viável pedalar sem ciclovias. Temos que superar a barreira de que as ruas são para andar de carro”, completa.

Foto: Rachel Schein
Ciclovias de São Paulo têm sido bastante utilizadas também por bike entregadores. Foto: Rachel Schein

A ciclovia inacessível

Com apenas seis quilômetros separando sua casa, na Chácara Santo Antônio, de Pinheiros, ambos os bairros na zona oeste, o engenheiro Patrick Estrabom quer tentar usar a bicicleta como modal de transporte. Ele conta com ciclovia praticamente de ponta a ponta, mas por um detalhe ainda não usa a bike: próximo à sua residência não há acesso à Ciclovia Rio Pinheiros. “A estrutura está toda pronta. Se eu já tivesse esse acesso na estação Granja Julieta eu poderia ir de bike, mas hoje vou de carro sozinho.”

“Minha vida inteira eu só andei de carro, sou o típico paulistano. Fiquei empolgado com a ideia de pedalar em São Paulo e gostaria de tentar. Hoje gasto 25 minutos para ir e entre 40 e 50 minutos para retornar. Poderia fazer exercício nesse período”, afirma.

A Ciclovia Rio Pinheiros possui 21,5 km e vai do Parque Villa-Lobos, em Pinheiros, até a avenida Miguel Yunes, na região de Interlagos. Em toda a extensão há apenas oito acessos. No site da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) a página da ciclovia está incompleta e conta seis. “Eu não quero andar pela Marginal na calçada. Tentei mandar e-mail pra CPTM, mas o site apresentou problemas e não consegui retorno”, diz Estrabom. O engenheiro também diz que não conseguiu informações sobre os acessos com facilidade na internet, pois elas estão escondidas. “Recorri a um amigo para descobrir.”

Havia a previsão de construção de um acesso em uma dessas estações da CPTM, por meio de rampa. A previsão era de que a obra estaria pronta em 2013, mas o assunto caiu no esquecimento e a CPTM parou de anunciar essa pretensão, aparentemente abandonando a ideia.

Com os outros 200 km de ciclovias prometidos para 2015, a tendência é que mais e mais pessoas tenham na bicicleta uma grande parceira de deslocamentos.

Saiba mais

Acompanhe a ampliação da infraestrutura cicloviária de São Paulo

24 comentários em “Com ciclovias, cada vez mais pessoas trocam carro e transporte público pela bicicleta em São Paulo

  1. Cara, levar 25 minutos pra chegar no trabalho de bike é coisa linda! Pessoal do vá de bike podiam fazer uma matéria sobre as bikes elétricas, falar sobre prós e contras. Sou um adepto desse tipo de bike, pois meu caminho envolve muito subida.

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  2. Desculpe, mas a manchete da Folha de São Paulo de hj, dia 09/02/2015 diz exatamente o contrário da reportagem. O número de ciclistas que utilizam as faixas diminuiu muito e o que se vê são as faixa para todos os lados sem nenhum ciclista.

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    1. Bem, folha não é lá uma fonte confiável…já que muitos de seus reporteres são usuários de carro…que provavelmente são contra as ciclovias. Logo, nada mais natural a “rebelia” em escrever reportagens tendenciosas….

      Avisa a folha que as ciclovias da Eliseu de almeida, Atlantica, Av. Escola Politécnica e Sumaré, só para citar algumas, mandam lembranças….

      Outras ciclovias que estejam vazias, é porque ainda não estão conectadas com a malha, tal como a Sumaré que está conectada com a Faria Lima e o Eixo central…

      Folha não sabe de nada, só quem é usuário diario dessas ciclovias é que sabe….eles tem que ficar lá um dia inteiro contabilizando pelo menos uns 10 trechos de ciclovias durante 2 semanas ou mais, para se ter uma ideia…

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      1. Além disso, eles citam que a cidade tem 204 km de ciclovias, qdo na verdade já temos mais de 230. Faz mais de 1 mês que ultrapassamos a marca dos 200km, o que mostram o nível de desinformação de quem escreveu a matéria…

        Qualquer leitor com uma rapida pesquisa, cai no site da CET que tem os números atuais….

        Para uma matéria que foi publicada dia 09/02, estão bem atrasados mesmo….Por essas e outras que parei de ler matérias da folha a um bom tempo.

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  3. Mandei hoje esse e-mail para a prefeitura. Ansiosa por melhoras… Super disposta a mudar!

    Bom dia,

    Esta mensagem é para pedir ajuda.

    Moro em sp, no Morumbi e trabalhamos na Chácara Sto Antonio …. Eu e minha família optamos por ficar com apenas 1 carro e usar transporte público ou bike…. O que estamos vivendo:

    Opções para chegar no trabalho diariamente – atravessar a ponte João Dias:
    1. Andar 1km + 2 ou 3 ônibus (40 a 50mon)
    2. Bike: passar por lugares perigosos, onde sou constantemente assediada… Não conto com ciclovia (30min)
    3. De carro, no ar condicionado, vidros fechados e “segura” (8min sem transito – 25min no PIOR dos trânsitos)

    Daí fica difícil!!!

    Outro exemplo:

    Esses dias precisava ir até a Vila Madalena.

    Deixei o carro perto da estação Granja Julieta, fui de trem + metrô, caminhei 2km para chegar onde eu queria (1h).
    No dia seguinte fui de carro (20min)

    COMPLEXO!!!!

    Eu fiz minha parte… Vendi um carro, comprei uma bike, mas tenho uma cidade que não me dá suporte.

    Poucos ônibus… LOTADOS… Malha ferroviária pobre…. Poucas estações….

    Morrendo de vontade de comprar outro carro.

    Vi que estão fazendo ciclovias na Av. Hebe Camargo e na rua Itapaiúna… Essa ciclovia me ajudará a atravessar a ponte?

    Gostaria de saber quando a ponte laguna ficará pronta?

    Quando teremos o Monotrilho?

    Obrigada desse já.

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  4. Por mais que os motoristas reclamem, vão ter que concordar que a bicicleta é mais viável de se usar em SP do que o carro. Em um dos exemplos citados na matéria, a pessoa demorava 1 hora para chegar ao trabalho de carro, 30 minutos se usasse o Waze e 25 minutos estando de bike! Cara, de 1 hora pra 25 minutos é muita coisa!

    Concordo que algumas ciclofaixas disfarçadas de ciclovia são ruins, mas é o começo! Isso tudo é novo para SP. Quem sabe um futuro prefeito as melhore, dando mais segurança pro ciclista e fazendo a bike ser uma opção bastante viável para o transito da capital. A turma do mimimi sempre vai existir: “pintar rua não adianta”, “bicicleta em SP é suicídio”, “prefeito quer resolver tudo com ciclovia” e por ai vai.

    Agora se o motorista otário prefere continuar no seu carro levando 1 hora pra chegar ao trabalho… só lamento.

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  5. Como não sou de São Paulo fica difícil emitir uma opinião… mas acho que o Haddad, a despeito de toda a controvérsia, está aos poucos mostrando que, sim, dá pra adotar a bicicleta como um meio de transporte altamente viável na capital.

    Arrisco prever que daqui a mais alguns anos ele seja lembrado e reverenciado por isso.

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    1. Pronto, ai entra um ainda pior e você vai voltar aqui para ficar de mimimi….Kassab foi pior que o Haddad, pois NADA FEZ pelas ciclovias…nem metrô….nem os corredores de ônibus, enfim….o que ele fez?

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  7. Eu já pedalava para o trabalho desde 2009, mas sempre correndo riscos desnecessários no meio do trânsito, esse ano tudo mudou, pedalo cerca de 80% do trajeto em ciclovia, só tenho que encarar um trecho tenso ao atravessar uma ponte, de resto só uso ciclovias ou ruas sem trânsito! Antes me estressava demais no trânsito, demorava 30 minutos para ir e 45 para voltar, agora gasto 15-20 minutos na ida e 30 na volta, sem stress, sem ter que me meter no meio dos carros o tempo todo, etc… um pouco mais de 3 mil km pedalados em 2014, indo todo santo dia de bike! Nessa brincadeira já paguei minha bike, os acessórios, a manutenção do equipamento e ainda deixei de gastar uns 600 reais com transporte, já o tempo desperdiçado no trajeto dá o equivalente a 5 dias!!! Seriam 5 dias jogados no lixo!!!!

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    1. Creio que os riscos que passava não eram desnecessários, eram inevitáveis. E a infraestrutura, em qualquer área, torna o risco muito menor. Para os adeptos recentes a infraestrutura serve como estímulo, liberando a demanda. O grande risco que as pessoas passam é o acesso das ciclovias. Por exemplo, a ciclovia Pinheiros e na altura da Ponte João Dias, com certeza, a de menor risco, a dificuldade de acesso pode tornar o trajeto ainda de grande risco, como nas proximidades de pontes e locais, não há como atravessar a marginal, e, mesmo que o acesso seja fácil, a falta de passarelas ou ciclopassarelas, torna a travessia da marginal, um grande risco, pois tem que atravessar a pista que é muito movimentada. Uma solução paliativa é atravessar em ponto anterior ou posterior, geralmente um percurso a mais para fazer, para atravessar a marginal; no caso citado, há o acesso irregular da ponte antiga de João Dias ou ir mais à frente, passando a Ponte Transamérica, onde há trechos para travessia inclusive de pedestres. Contudo, para quem quer ir ao CENESP, a Av. Maria Coelho Aguiar, é uma volta complicada.

      Portanto, o uso das ciclovias e ciclofaixas ainda não é realidade para muitas pessoas, por dificuldades e riscos ainda altos devido a falta de acessos e nas travessias de grandes vias arteriais da cidade.

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  8. Eu já vinha utilizando a bicicleta pelo menos 2 vezes por semana desde 2013 mas esse ano eu tomei a decisão de abandonar o carro e o metro completamente para ir ao trabalho. Com 70% do caminho em ciclovias eu já até cancelei a vaga de estacionamento que eu tinha no prédio da empresa. Junto um amigo que também vai de bike trabalhar conseguimos junto `a administração do prédio que fosse instalado um bicicletário. Conseguimos um pequeno suporte para 5 bikes. Já temos 4 bikes que estacionam todos dias e da qui pouco já vamos ter que pedir mais. Também em breve teremos um vestiário com chuveiro.
    É uma questão de tempo até a demanda aumentar e mais infraestrutura ser criada na cidade.

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  9. Para mim a complicação é sair do meu bairro. Moro no Panamby, e sem o acesso da ponte João Dias fica super difícil. Sem contar que eu não entendi que parte da ciclovia do rio Pinheiros está interditada… enfim… comprei um suporte para colocar no carro e atravessar o rio… de lá sigo de bike, ma snão é nada prático. Contando os minutos pra ponte Laguna ficar pronta.

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    1. Já tive essa experiência vindo da ciclovia Pinheiros, com o objetivo de ir até o CENESP. Chegando perto da portaria do lado do Marginal, acabo tendo dificuldades de atravessar a marginal. Então tenho que recorrer a entrada irregular da antiga ponte João Dias … e dar um jeito de atravessar a outra avenida para pegar a passarela e pegar o acesso da marginal e seguir para a entrada do CENESP. Totalmente um estorvo. A grande dificuldade para mim são estes 100 metros finais.

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      1. Detalhe: Percorro mais 4 quilômetros usando a Ciclovia Pinheiros, que é muito mais seguro e plano que usar um caminho mais direto usando parcialmente as ciclofaixas, pois não há ciclovias neste percurso, além de enfrentar aclives e declives, adicionando muito o fator de risco e perigo.

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  10. Com menos de 2% (2,5% ao serem completados os 400 km) a Prefeitura de São Paulo está conseguindo mobilizar uma das maiores cidades do mundo em torno do assunto da mobilidade urbana.

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  11. 2014 foi decisivo para mim, após 20 anos sem pedalar resolvi no inicio da primavera/2014 trocar o carro pela bike. Atualmente uso a bike diarimente para ir ao ao trabalho. Ja percorri aprox. 1900km.

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  12. “Eu tô apaixonado por São Paulo com a ciclovia, você olha a cidade com outra perspectiva, descobre coisas que não conhecia e tem tempo de observar. De carro você está sempre apressado e não vê nada.”
    Exatamente o mesmo comigo. Inclusive utilizo frase semelhante hehe. Muito bacana 🙂

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