São Paulo ganha dois totens que contam ciclistas em tempo real

Equipamentos mostram quantas bicicletas passam pelo local, totalizando por dia, mês e ano. Saiba onde estão, como funcionam e onde a solução já foi adotada

Totem que mostrará contagem de ciclistas em tempo real está sendo instalado na Av. Bernardino de Campos. Foto: Alexandre Liodoro da Silva
Totem que mostrará contagem de ciclistas em tempo real está sendo instalado na Av. Bernardino de Campos. Foto: Alexandre Liodoro da Silva

A capital paulista acaba de ganhar equipamentos que tornarão bem clara a alta utilização de duas das ciclovias mais conhecidas da cidade. São dois totens que informarão, em tempo real e de forma bem visível, quantas pessoas estão passando de bicicleta pelas ciclovias das avenidas Paulista e Faria Lima. A foto do totem que foi instalado na Av. Vergueiro – bem próximo à Avenida Paulista – foi divulgada na manhã da segunda-feira 18, na fan page Bike Zona Sul.

Totem semelhante ao de São Paulo, instalado em Estrasburgo (leste da França). Foto: Eco-Counter/Divulgação
Totem semelhante instalado em Estrasburgo (leste da França). Foto: Eco-Counter/Divulgação

Os contadores de ciclistas foram doações do Itaú Unibanco à Prefeitura de São Paulo. Os equipamentos estão sendo instalados pela empresa SACIS, que oferece soluções para monitoramento de fluxo de pedestres e bicicletas e representa no Brasil a Eco-Counter, líder mundial no segmento.

Segundo o site do fabricante, contadores semelhantes são utilizados nas cidades de “Nantes, Dunquerque, Estrasburgo, Lille, Paris, Lion, Nova Iorque, Sidney, Seattle, Portland, San Diego, Ottawa, Vancouver, Montreal, San Francisco, Oslo, Budapeste, Dublin” e outras.

A data de início da operação ainda não está definida, mas tudo indica que os totens começarão a mostrar seus números na próxima semana, quando a cidade faz aniversário (25 de janeiro).

Totem exibirá contagem diária, mensal e anual. Foto: Alexandre Liodoro da Silva
Totem exibirá contagem diária, mensal e anual. Foto: Alexandre Liodoro da Silva

Como funciona

No painel do totem, a quantidade de ciclistas que passaram pelo local é exibida em três contagens distintas: diária, mensal e anual.  A contagem é feita em tempo real, ou seja, os números são atualizados conforme as bicicletas circulam.

O contador pode detectar bicicletas de tamanhos e formatos os mais variados e funciona até mesmo em áreas compartilhadas com pedestres ou com automóveis. As bicicletas são contadas em ambas as direções e também quando estiverem trafegando lado a lado ou bem próximas umas das outras.

As espiras indutivas ficam abaixo do piso. Na foto, uma instalação feita no exterior, em piso similar ao da ciclovia paulistana. Foto: Eco-Counter/Divulgação
As espiras indutivas ficam abaixo do piso. Na foto, uma instalação feita no exterior, em piso similar ao da ciclovia paulistana. Foto: Eco-Counter/Divulgação

A detecção é feita por “espiras indutivas”, um sistema que foi instalado em frente ao Museu do Louvre, em Paris, por exemplo. O cabo trançado da espira é protegido por uma canaleta em forma de losango, posicionada embaixo dos blocos do piso intertravado da ciclovia. De acordo com o fabricante, as espiras “analisam com precisão a assinatura eletromagnética de cada roda da bicicleta, com 13 critérios diferentes”.

O sistema é resistente à chuva, não necessita de manutenção, tem bateria para dois anos de operação e transmite os dados por tecnologia sem fio (3G/GSM).

A ONG Transporte Ativo possui uma versão portátil desse contador, também recebida como doação do Itaú Unibanco. O contador carioca já foi utilizado em situações práticas, como a contagem realizada em Copacabana.

 

28 comentários em “São Paulo ganha dois totens que contam ciclistas em tempo real

  1. “Muito legal!”. “Para uma metrópole ainda é muito pouco”. Concordo com as opiniões que ouvi hoje ao conhecer o totem da Vergueiro. Virei número. E virou pauta no meu blog. papelreporter.blogspot.com

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    1. “Desperdício” como? Segundo a reportagem foi doação.

      A contagem é um ótimo instrumento para análise de demanda.

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          1. Desculpe o atraso, recebi só hoje os valores.
            O valor do equipamento varia entre R$140.000,00 e R$200.000,00, + R$2900,00 por ano para envio de dados.
            Creio que com esse valor dá pra fazer coisas mais importantes, não?

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          1. Não é questão de colocar defeito, o equipamento é muito bom, apenas não tem utilidade prática, a não ser matar a curiosidade.
            Que tal se o Itau doasse bicicletas para pessoas carentes ao invés de colocar esses totens? Daqui a algumas semanas ninguém vai nem olhar mais para eles.

            Polêmico. O que acha? Thumb up 2 Thumb down 6

            1. Viu a foto do totem contador de ciclistas instalado no Leste da França?

              Lá também foi dinheiro jogado fora?

              Faz o favor….

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              1. [Comentário oculto devido a baixa votação. Clique para ler.]

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            2. Tem utilidade prática sim, a medição, sem precisar de meia duzia de pessoas debaixo de sol, chuva e vento por várias horas, sem cansaço, estresse, etc.

              Quando se tem um a medição, que pode ser 24h/dia, 7 dias p/semana, 365 dias p/ano, fica muito difícil, argumentar para apagar uma ciclofaixa que tem demanda ou manter algo que não tenha, são dados e não achismos.

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              1. Não adianta dispor de dados se não existem bases para sua interpretação. Ainda mais numa cidade como São Paulo, onde o prefeito é arrogante e autoritário e faz obras sem consultar a população.

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              2. Você esta distorcendo as coisas Tarantino, que base é essa que você quer de interpretação dos dados? Não dá para saber nem ao menos o movimento diário, por hora e sentido? Esses dados são irrelevantes e não indicam nada para você? Precisa que os totens peguem o RG, CPF, questione o itinerário, motivo de vigem do ciclista, etc?

                E o que tem isso a ver com o o fato de vivermos em São Paulo e o prefeito segundo SUA OPINIÃO ser arrogante e autoritário? A prefeitura não precisa consultar a população para fazer mudanças viárias, que são a maiorias da ciclofaixas, ou deve fazer o que acredita ser o correto e não ficar a mercê de caprichos e vaidades de pessoas, entidades ou instituições.

                Porque essa birra com o partido dele, ficou claro isso na sua última frase, o que vai mudar a sua vida um totem contando ciclistas, nada não?

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              3. Minha vida não muda absolutamente por causa de um contador, tens razão. Mas como tenho consciência de que não estou sozinho no mundo, sei que com o valor de um equipamento desses daria para atender outras prioridades…por exemplo, comprar uniformes para os alunos da rede pública, que estão sem os mesmos desde fevereiro.

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            3. Claro que tem utilidade prática: propaganda e educação!
              A função desses contadores é que os motoristas (e jornalistas, e até pedestres) que passem nesses pontos vejam que existem sim um número significativo de pessoas usando as ciclovias, e com isso respeitem mais os ciclistas.
              Sobre o custo: quanto vc acha que custa uma propaganda de alguns segundos na TV? Ou espalhar faixas e placas pela cidade dizendo: “Respeite o ciclista.”. Isso também é dinheiro jogado fora?

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              1. Propaganda não é utilidade prática. E o que tem a ver as campanhas de respeito ao ciclista com um contador de bicicletas?

                Para ver se existe utilização das ciclovias é só olhar, ora! Você precisa de um contador de carros para saber se uma avenida é movimentada?

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              2. Hahaha, não dá para discutir com argumentos tão sólidos quanto os seus. Propaganda não é utilidade prática? Vamos avisar aos coitados dos alunos da ESPM…
                Mas vamos lá, claro que se a bicicleta no Brasil estivesse já no nível de Amsterdam, seria visível que as ciclovias são movimentadas, mas o problema é que o motorista passa, vê , digamos, duas bicicletas, e já conclui logo que a ciclovia é um desperdício, tudo isso feito pra 2 ou 3 gatos pingados, etc, etc. Uns até fazem um videozinho e postam indignados no Face… O objetivo dos contadores é que as pessoas (motoristas) quando passarem, visualizem que embora ele tenha a impressão que as ciclovias estão vazias, passam lá centenas, milhares de ciclistas diariamente. Que não são só aqueles 2 ou 3. Que não é porque ele naquele momento está vendo poucos, que sempre são poucos.
                Do mesmo jeito que quando o motorista vê uma faixa oficial, da prefeitura, dizendo “Respeite o ciclista”, ele está sendo informado que o ciclista tem direito de estar nas ruas.
                O nome disso é propaganda educativa. E não é inútil.
                Obviamente, propaganda educativa não é de nenhuma maneira a única solução para a violência no trânsito. Tem que ser dada educação, tem que ser aplicadas as leis (punição aos infratores)…
                E, por fim, a internet está aí para ser usada. Procure por propagandas educativas de trânsito. Procure também em outras linguas também. Vc vai ver que isso não é coisa “desse prefeito petista inútil”. Mesmo países ditos desenvolvidos, com cultura, educação e lei, gastam dinheiro com essa coisa inútil que são as propagandas educativas.

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              3. Pois é… marketing é a arte de vender gato por lebre, e é exatamente isso que o tal contador faz…um gadget caríssimo que só serve como curiosidade.

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    1. Meu medo é o vandalismo motor!! Aquele que acontece com as grades da ciclovia. Motorista “perde o controle” por dirigir de forma “responsável” e bate aí….

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