Aplicativo ajuda ciclistas com rotas, bicicletários, oficinas e até locais para banho
App para Android e iOS traz informações úteis para quem opta pela bike em seus deslocamentos, abrangendo várias cidades através de mapeamento colaborativo
Que caminho fazer? Onde parar a bicicleta? Tem onde tomar banho ali por perto? Se você já se fez alguma dessas perguntas, provavelmente vai querer dar uma olhada nesse app. Dentre os diversos disponíveis para os ciclistas, o UseBike atende a essas questões e ainda mostra ciclovias, estações de compartilhamento e os estabelecimentos que recebem bem o ciclista. O aplicativo já tem diversas cidades brasileiras mapeadas e os próprios utilizadores podem acrescentar informações ao mapa, tornando-o útil em suas localidades.
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Quando testamos o UseBike, ficamos surpresos com as funcionalidades disponíveis, apresentadas de forma simples e com layout bastante agradável. Por isso conversamos com Guilherme Rovai e Marcelo Canovas, dois dos responsáveis pelo app, para entender de onde veio essa ideia e o que exatamente ele oferece. Além de Guilherme e Marcelo, a equipe que desenvolveu o aplicativo é formada também por Fernando Manaia e Rafael Canovas.
Facilitando deslocamentos
Nem sempre a vontade de usar a bicicleta é suficiente para adotá-la como veículo principal. O receio de pedalar na rua, a dificuldade em escolher um bom caminho e outras dúvidas e empecilhos muitas vezes evitam que as pessoas experimentem a bicicleta, ou que a adotem com frequência. E isso também aconteceu com os criadores desse app, que acabaram criando a ferramenta como uma resposta para suas necessidades.
“O aplicativo surgiu de um desejo muito legítimo nosso”, conta Guilherme. “A gente se questionava por que não íamos de bike. não andávamos de bike, se usamos tanto na infância. Começamos a ir num dia, ir no outro, fomos identificando as dificuldades e necessidades desse uso e aprimorando a ferramenta”. Mas além da experiência prática, Marcelo aponta que a pesquisa também foi importante: “levantamos muita informação na internet e fizemos uma pesquisa informal pra saber essas dificuldades das pessoas, além da experiência pessoal que fomos obtendo”.
“Todo dia a gente se força a fazer algo a mais. É uma reunião a 10 km? Como fazer? Qual o caminho? Todo dia a gente experimenta e toca em barreiras, que são as barreiras que as pessoas ainda têm”, explica Marcelo. E Guilherme completa: “queremos mudar o mundo, identificar essas barreiras e ajudar a diminuir ou quebrá-las”.
Um dos principais objetivos do aplicativo é ajudar quem está começando, ou tem vontade de usar a bicicleta mas não sabe bem como. Mas as funcionalidades acabam sendo úteis também para os mais experientes, principalmente na hora de encontrar um local para estacionar nas imediações de um estabelecimento que ainda não recebe adequadamente o ciclista.
Funcionalidades
Rotas, ciclovias, ciclofaixas
Em tempos de Google Maps (onde nem mesmo ele indica sempre o melhor trajeto), faz sentido usar outro aplicativo para isso? Se você quiser saber o que mais há no entorno, sim. Mas só isso não é suficiente para os criadores do app.
Marcelo conta que a prioridade deles é poder indicar o caminho mais seguro, não o mais rápido. Para isso, estão melhorando a ferramenta. “Estamos preparando o aplicativo para identificar a segurança do trajeto, levando em consideração cerca de 12 fatores diferentes, como a porcentagem do caminho composta por ciclorrotas, ciclovias e ciclofaixas.”
E as ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas aparecem no mapa também. As ciclovias e ciclofaixas aparecem como uma linha contínua, enquanto as ciclorrotas aparecem tracejadas.
Bicicletários e paraciclos
“Mapeamos os paraciclos e bicicletários de são paulo, como os do Metrô e os que foram instalados nas calçadas da cidade pela prefeitura, e estamos aos poucos subindo para o aplicativo”, explica Canovas. “E o usuário pode colaborar, informando locais onde o ciclista tenha uma estrutura para estacionar.”
O aplicativo diferencia paraciclo (nome dado ao suporte onde se prende a bicicleta) e bicicletário, indicando se o local é aberto na rua ou se há alguma segurança adicional, como controle de acesso.
Bicicletas compartilhadas
As estações de bike sharing também são exibidas, mostrando inclusive se estão ativas e se há bicicletas disponíveis – independentemente de quem as opera. Ou seja: em São Paulo, por exemplo, são exibidas as bicicletas dos sistemas Bike Sampa e Ciclosampa, centralizadas em um único aplicativo. E são exibidas estações de aluguel de bicicleta no mundo inteiro. “Temos mais de 12 mil pontos atualizados automaticamente, com status de funcionamento e quantidade de bicicletas”, garante Guilherme.
Oficinas e serviços
O mapa do UseBike mostra também as oficinas e serviços, que são lugares onde você pode consertar ou comprar uma bike. Isso pode vir a ser útil caso você tenha um problema mecânico e não saiba ou não consiga consertar. “Temos o caso de um usuário que contou que o aplicativo ‘salvou a vida dele’, porque quebrou a corrente num lugar que ele não conhecia e, pelo aplicativo, ele descobriu uma oficina a duas quadras – que consertou a bicicleta e permitiu que ele continuasse o caminho”, diz Rovai.
Locais para banho
“Tenho um hostel e percebemos essa barreira do banho, principalmente pra quem trabalha em banco ou outra instituição mais formal”, conta Guilherme. “No meu hostel, nos Jardins [em São Paulo], algum tempo atrás chegou um rapaz perguntando quanto a gente cobraria para que ele pudesse tomar banho, porque ele iria de bicicleta para o trabalho ali perto. Aí comecei a pensar: e se os hostels da cidade abrissem a porta para o ciclista? Então coloquei um pin no mapa do UseBike e um adesivo ‘sou um estabelecimento amigo do ciclista’. Procurei outros hostels, que toparam a ideia e já estão no aplicativo e com o adesivo.”
“Qualquer outro hostel ou estabelecimento com vestiário, como academias, park’n’showers, e outros. podem entrar no aplicativo também”, esclarece Marcelo. “A gente não entra na negociação de preço, cada um cobra seu preço, mas sugerimos os valores porque se o lugar cobrar caro demais aí também já é tão amigo do ciclista assim”, brinca Guillherme.
Estabelecimentos amigos do ciclista
Cafés, restaurantes, bares, lojas, shoppings, centros de cultura e lazer e outros estabelecimentos que recebam bem quem chega de bicicleta também entram no mapa. “Tem que no mínimo ter um lugar para estacionar a bike. Mas se a empresa oferece algo a mais, como um desconto, a gente pode dar essa informação no aplicativo também”, detalha Rovai.
Mapeamento colaborativo
Como mapear todas essas informações? Grande parte delas são levantadas pelos responsáveis pelo app, mas é impossível abranger tudo, principalmente quando se trata de outras cidades. Por isso a colaboração de quem o utiliza é possível e incentivada. “A gente depende muito da colaboração, inclusive dos próprios dono dos estabelecimentos”, lembra Marcelo. É possível apontar oficinas, serviços, paraciclos, bicicletários e locais de banho.
Próximos passos
Achou pouco? Vem mais por aí. “O nome já foi pensado pra ser global, mas um passo de cada vez”, diz Guilherme. Mas uma segunda versão já está no forno. “Já temos o novo design pronto. Mudaremos a cara, funcionalidades e vamos melhorar a arquitetura da informação”, promete. “E estamos criando um algoritmo para dar uma nota referente à segurança para cada rota.”
“Queremos colocar no mapa também os estacionamentos que aceitam bicicletas, pois sabemos que são poucos. Quem conhecer um estacionamento assim ou for dono de um e quiser divulgar essa informação, pode entrar em contato conosco através do próprio aplicativo, informando como um novo local no mapa, esclareve Rovai.
Quem quiser entrar em contato com a equipe responsável pode fazê-lo através do e-mail contact@usebikeapp.com
Podiam usar o app pra conectar os Bikers é formar grupos de pedal.
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Genial a inciativa, quando vocês pretendem expandir isso para a cidade do Recife-PE? Aqui temos um grande potencial para esse tipo de serviço, porque a cidade é plana, estreita e muitas pessoas pedalam. Como a cidade é quente, sempre falta um ponto de apoio para tomar banho e trocar de roupa. Com isso, muitos ciclistas optam por ir de carro para seus trabalhos. O pior é que a distância não justifica. Moro a 26km do meu trabalho. Isso de bicicleta dá algo em torno de 1h20min pedalando. Para a realidade da nossa região metropolitana pode-se dizer que moro longe. Exitem milhares de pessoas que, assim como eu, vão de carro ou de ônibus para o trabalho, mas que iriam de bike se existissem pontos de apoio no centro do Recife ou em locais estratégicos. Vale apena vocês sondarem a dinâmica da cidade e verificar as possibilidades. Se precisarem de ajuda é só entrar em contato que posso me prontificar em ajudar a equipe do “Vá de Bike”. Estou disposto a largar o carro!Sinceramente…não aguento mais!
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26 km tu é corajoso! Eu já cheguei a trampar a 27 km de casa atravessando uma cidade inteira. Raramente eu conseguia fazer o trajeto todo a semana inteira pois sempre acontecia imprevistos! Entao eu parava em pontos de apoio no caminho, mas foi uma epoca boa
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Já usei algumas vezes e aprovo. Inclusive, teve uma vez que eu estava com a câmara rasgada, longe de casa e descobri uma bicicletaria do lado de onde eu estava. OBRIGADO USEBIKE!
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Uma pergunta! Por que todos desenvolvedores de apps, nunca lembram que além de Android e ios, tb existe outros sistemas operacionais, eu uso apenas blackberry, a muito tempo sendo abandonado pelo mercado, mas ainda sendo o único sistema seguro! Usava a muito tempo Adidas micoach, que abandonou Blackberry, atualmente uso Endomondo, o único que ainda tem suporte pra Os10, não vou abandonar a segurança que Os10 me proporciona, p/ usar um App. Pelo menos em quanto tiver alguma alternativa.
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Oi, Roberto. Essa eu posso te responder porque já fui desenvolvedor (embora não de apps). Desenvolver para mais de uma plataforma aumenta muito o volume de trabalho, sendo necessário em alguns casos ter versões totalmente diferentes, potencializando o esforço, tempo, dinheiro e estudo investidos. Então os desenvolvedores, equipes e empresas preferem focar em uma ou duas plataformas principais, que tenham maior base de usuários dentro do público que se pretende atingir, entregando um produto com mais funcionalidades, melhor interface e menos bugs do que se esse esforço de desenvolvimento fosse diluído em diversas plataformas. Entendo perfeitamente sua preferência por determinada plataforma, seja pela segurança, interface ou até mesmo por hábito, mas é inevitável que a base instalada faça prosperarem os aplicativos em iOS e principalmente Android. Foi assim com o Windows para os computadores pessoais, por exemplo, que sempre teve concorrentes melhores que ele principalmente no aspecto de segurança, mas consegue ter um sem número de aplicativos desenvolvidos para ele em razão de base instalada, entre outros fatores. :/
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Olá. será que colocar essa pergunta nesse tópico aqui?
Sou ciclista e motorista e gostaria de mencionar ( sobre a ciclovia na paulista) que o retorno em nível que temos próximo à consolação continua perigoso, pois não há semáforo para o motorista e quem não conhece tão bem a avenida (com sua merecida ciclovia) tende a não olhar para o lado em que o ciclista vem na “contra-mão”.
Acredito ser muito arriscado confiar a vida de ciclista apenas na hipótese de que todos os motoristas irão parar e identificar no chão que naquele trecho a ciclovia tem mão dupla. Bastaria colocar um semáforo ali tbm no retorno, sincronizado com o de pedestre.
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Indica rotas interessantes, mas não orienta o ciclista durante o trajeto como faz o Maps.
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Conheci um sistema de higienização a base de sabão desidratado que é igual um banho, faço todos os dias quando chego no trabalho.
Comprei da impostadora NX 11 – nx11import@hotmail.com – O nome é Prestobanho Sport
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Gostei muito, layout muito limpo. Tem muito potencial! Concordo com os comentários, se pudesse integrar com o strava acho que não teria muito erro. Pra mim por exemplo, ele dá rotas que cruzam da avenida santa Marina pra guaicurus (lapa) e esse trajeto parece normal mas olhando bem cruza duas linhas do trem – um desses cruzamentos é feito por um escadão bem perigoso e deserto. Poderiam haver dicas como há no waze, com observações de outros usuários.
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Oi Mari, como vai? Que bom que gostou. Sabemos que temos muito que melhorar e estamos trabalhando pra isso! Acompanhe nassa fanpage e o app pra ver as novidades que estão por vir. Seu Feedback é muito importante pra nós 🙂
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Uma dica, UseBike: facilitar a “volta” à tela de rotas alternativas listadas, e não ter readicionar o segundo endereço ou inverter origem/destino pra ter elas novamente. Quer dizer, não sei se eu comi bola, se eu que estou fazendo errado, mas uma opção com um toque apenas, com essa lista em “buffer”, facilita, né?
Ah, e deixa eu ser chato (na verdade, adoro ser chato nessas questõeszinhas…rs.): até pode manter no algoritmo a otimização de rotas com as tais contravenções ao CTB, que cada ciclista sabe muito bem o que “pega” nos seus trajetos habituais, mas, por favor, encima de faixa de pedestre, desmonta, tá?
Precisar mesmo, não precisa, e pode parecer uma suprema bobagem, se se tiver o devido cuidado, mas parece que os novos ciclistas (e mesmos os das antigas) ainda não sacaram o quanto esse singelo ato de desmontar na faixa, enche os olhos do pedestre, ao ver uma atitude de 100% de respeito na travessia do “lugar” deles.
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Olá Cícero,
Na nova versão do UseBike (que já foi liberada na Play Store e está a caminho da App Store) você já pode pré-visualizar a rota, e se não gostar pode voltar para a seleção de rotas com apenas um toque. Dê uma olhada e nos diga o que acha!
Concordamos com o fato de que desmontar em cima da faixa de pedestres é muito importante, cabe a cada ciclista saber o seu papel e ter consciência para realizar tal. Infelizmente hoje o UseBike não exibe o alerta para que o ciclista desmonte, mas isso já está nos nossos planos com certeza.
Obrigado pelo seu feedback!
Abraços.
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Opa! Valeu, UseBike. Mas, no meu caso (App Store), aguardando. E quando da liberação, dou um novo feedback, ok? Até lá.
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Olá Marcelo. Isso é verdade, nós já tivemos experiências péssimas com o Google Maps em situações que ele mandava atravessar pontes em marginais ou mesmo dar uma volta imensa para fazer um retorno ignorando que a bicicleta pode usar a faixa de pedestre.
No entanto o UseBike é diferente! Nosso algoritmo de traçamento de rotas é inteligente o bastante para saber que o ciclista pode utilizar a faixa de pedestres ou mesmo ir na contramão em certos pontos onde há ciclofaixa dupla.
Dê uma experimentada e qualquer coisa nos avise OK?
Abraços.
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Não testei ainda. Mas quem já testou ele faz caminhos “reais”? Ou seja pula calçada, atravessa rua que não tem faixa de pedestres? Passa por praças e parques? O Google maps é dificil de fazer rotas verdadeiras pq ele sempre usa todas as “leis” de trânsito e esquece o bom senso, principalmente em bairros. Acho que se este ou outro aplicativo (tipo strava) pegasse os trackslogs dos usuarios iria “aprender” o melhor caminho. Pois com a repetição de linhas e linhas de ciclistas por um mesmo trecho em geral deve mostrar o melhor caminho a ser feito, mesmo que tenha que subir vez ou outra numa calçada ou atravesar alguma rua fora da faixa. Uma coisa é a utopia de cidades amigáveis a bicicleta, outra coisa é o duro dia a dia da realidade.
Comentário bem votado! 4 0
Olá Marcelo. Isso é verdade, nós já tivemos experiências péssimas com o Google Maps em situações que ele mandava atravessar pontes em marginais ou mesmo dar uma volta imensa para fazer um retorno ignorando que a bicicleta pode usar a faixa de pedestre.
No entanto o UseBike é diferente! Nosso algoritmo de traçamento de rotas é inteligente o bastante para saber que o ciclista pode utilizar a faixa de pedestres ou mesmo ir na contramão em certos pontos onde há ciclofaixa dupla.
Dê uma experimentada e qualquer coisa nos avise OK?
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