CET manda conta de congestionamento a um ciclista

Parem o mundo que eu quero descer.

No ano passado, André Pasqualini participou da World Naked Bike Ride, a Pedalada Pelada, manifestação que acontece com data definida em várias cidades do mundo. Naquela ocasião, em 2008, a Polícia Militar o elegeu como “organizador do evento” e deteve apenas a ele, em meio a dezenas de pelados, além de disparar, sem motivo, spray de pimenta nos ciclistas e nos jornalistas que acompanhavam a manifestação – com a mesma displicência que se aplica “Bom Ar” em um ambiente.

Como se não bastasse, André recebeu da CET recentemente um boleto no valor de R$ 1.289,25 e descobriu que era dele a culpa do congestionamento causado durante a ação da PM.

A CET alega que a manifestação era um “evento” e que, como tal, há uma lei que a autoriza a cobrar do organizador seus custos operacionais. Essa mesma lei exclui da cobrança “manifestações públicas, por meio de passeatas, desfiles ou concentrações públicas, que tragam uma expressão pública de opinião sobre determinado fato”, o que é claramente o objetivo da Pedalada Pelada.

O mais irônico é que essa mesma lei (14.072) obriga a CET a cobrar o “show” que a Renault fez no ano passado, com um carro de Fórmula 1 em via pública. Mas dessa parte a CET se esquece. Afinal, é muito mais justo cobrar um ciclista que participou de uma manifestação do que uma multinacional que fecha nossas ruas para divulgar sua marca…

Saiba mais no UOL Notícias e no site CicloBR, onde André conta em detalhes o que aconteceu.

 

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