Shopping Metrô Tucuruvi foi inaugurado com mais de 1900 vagas de estacionamento para automóveis e motocicletas, mas nenhuma para bicicletas, desrespeitando três Leis municipais. No destaque, as bicicletas dentro do elevador de carga. Foto: Anna Augusto

Mais um shopping inaugurado sem apoio a ciclistas em SP

Shopping Metrô Tucuruvi abre as portas sem bicicletário, contrariando Leis municipais. Veja como ciclistas foram recebidos e a resposta do shopping.

Shopping Metrô Tucuruvi foi inaugurado com mais de 1900 vagas de estacionamento para automóveis e motocicletas, mas nenhuma para bicicletas, desrespeitando três Leis municipais. No destaque, as bicicletas dentro do elevador de carga. Foto: Anna Augusto
Shopping Metrô Tucuruvi foi inaugurado com mais de 1900 vagas de estacionamento para automóveis e motocicletas, mas nenhuma para bicicletas, desrespeitando três Leis municipais. No destaque, as bicicletas dentro do elevador de carga. Foto: Anna Augusto

ATENÇÃO: Poucos dias depois dessa denúncia, o shopping implantou um bicicletário. Veja aqui as fotos e a nossa avaliação.

Veja também
Veja exemplos de preconceito contra ciclistas

Shoppings falham ao disponibilizar bicicletários

Inaugurado em 18 de março, o Shopping Metrô Tucuruvi, na Zona Norte de São Paulo, abriu suas portas ao público sem disponibilizar espaço adequado para os clientes que chegam de bicicleta. Apesar de não barrarem ciclistas e de recomendarem estacionar as bicicletas junto às motos, a estrutura oferecida e a recepção aos ciclistas deixou muito a desejar, conforme o relato de Pedro Cruz de Souza e Anna Augusto, que visitaram o local no dia da inauguração.

“Quando nós ciclistas vamos em alguns lugares nos sentimos extremamente desprezados”, desabafa Anna no Facebook. “Perdemos cerca de uma hora para adentrarmos o shopping e, mesmo assim, ninguém sabia como nos tratar”.

Segundo Pedro, depois de alguma dificuldade para descobrir por onde entrar, foi necessário subir pelo elevador de serviço, que demorou bastante. Na hora de estacionar, tiveram de prender a bicicleta em uma grade, pois não há bicicletário.

Na hora da saída, o acesso ao elevador de serviço estava trancado. Apesar de proibidos de descer pela rampa para sair do estabelecimento, um segurança os conduziu por outra rampa, de subida, para conseguir entrar no elevador de carga no andar de cima, já que não conseguiram destrancar a porta daquele andar.

“O que me incomoda é a questão espaço. Tudo muito amplo pra carros e motos. Será que é dificil reservar um quadrado de 2 x 2 pra bicicletas?”, questiona Anna. Segundo o site do shopping, há 5 pisos de estacionamento, com mais de 1.900 vagas para veículos motorizados.

Veja abaixo o vídeo gravado por Pedro Cruz de Souza, mostrando o despreparo na recepção dos ciclistas e a dificuldade para entrar e sair do estabelecimento com as bicicletas.

Posicionamento do shopping

No dia seguinte ao ocorrido, o Vá de Bike entrou em contato com o Shopping Metrô Tucuruvi, que nos enviou um posicionamento oficial em poucas horas. O shopping afirma ter instalado “imediatamente” um espaço para estacionar bicicletas e que em 15 dias terá uma área definitiva, com 14 vagas no piso P1.

Íntegra da nota enviada pelo Shopping

“Em atenção ao público ciclista, o Shopping Metrô Tucuruvi instalou imediatamente um espaço para acomodar as bicicletas neste período de inauguração. Informa que, em 15 dias, contará com uma nova área para gerar mais conveniência. Serão 14 vagas, localizadas no piso P1, entrada doca, que poderão ser ampliadas de acordo com a demanda.”

Ciclistas já foram barrados em shopping da capital

Ciclistas já foram barrados no Mooca Plaza Shopping, segundo depoimento enviado ao portal Mobilize. Um casal que tentou visitar o shopping em dezembro de 2011, um mês após a inauguração, foi abordado por todos os seguranças que os avistavam, que gritavam frases como “bicicleta não pode” e “vocês não podem ficar aqui”. Quando perceberam, estavam cercados por sete seguranças, que praticamente os escoltavam até a saída, como visitantes indesejados.

O Vá de Bike questionou o shopping pelo Facebook e, no mês seguinte, foi disponibilizada uma estrutura temporária. O curioso é que o constrangimento relatado acima ocorreu durante o período em que o shopping afirmava estar “correndo para providenciar o quanto antes” um local para estacionar bicicletas.

Se você tem informações atualizadas sobre o tratamento do Mooca Plaza Shopping para com os ciclistas, por favor informe aqui nos comentários.

Preconceito contra ciclistas

Esse tipo de constrangimento é mais comum do que se pode imaginar. Veja neste artigo outros exemplos de preconceito com quem usa a bicicleta e entenda o quanto ele é prejudicial e como deve ser combatido.

Já foi maltratado por chegar de bicicleta a um estabelecimento?
Conte pra nós aqui nos comentários.

O que diz a Lei

Há três leis no município de São Paulo obrigando shopping centers a oferecerem espaço adequado para estacionamento de bicicletas. Veja no quadro abaixo:

Lei nº 13.995, de 10 de junho de 2005

Art. 1º Fica estabelecida a obrigatoriedade de criação de estacionamentos para bicicletas em locais de grande afluxo de público, em todo Município de São Paulo.

Art. 2º Para fins desta lei entende-se como locais públicos de grande afluxo os seguinte estabelecimentos:

a) órgãos públicos municipais;
b) parques;
c) shopping centers;
d) supermercados;
e) instituições de ensinos públicos e privados;
f) agências bancárias;
g) igrejas e locais de cultos religiosos;
h) hospitais;
i) instalações desportivas;
j) museus e outros equipamentos de natureza culturais (teatro, cinemas, casas de cultura, etc.); e
k) indústrias.

Leia a íntegra da Lei

 

Lei nº 14.266, de 6 de fevereiro de 2007

Art. 8º Os terminais e estações de transferência do SITP, os edifícios públicos, as indústrias, escolas, centros de compras, condomínios, parques e outros locais de grande afluxo de pessoas deverão possuir locais para estacionamento de bicicletas, bicicletários e paraciclos como parte da infra-estrutura de apoio a esse modal de transporte.

Leia a íntegra da Lei

 

Lei nº 15.649, de 5 de dezembro de 2012

Art. 1º O item 13.3.4 do Anexo I da Lei nº 11.228, de 25 de junho de 1992, passa a exibir a seguinte redação:

“13.3.4 Deverão ser previstas vagas para veículos de pessoas com deficiência e/ou mobilidade reduzida, motocicletas e bicicletas, calculadas sobre o mínimo de vagas exigido pela LPUOS, observando a proporcionalidade fixada na tabela 13.3.4.

Tabela 13.3.4 – Porcentagem de vagas destinadas a pessoas com deficiência e/ou mobilidade reduzida, motocicletas e bicicletas

EstacionamentoDeficienteMotocicletaBicicleta
Privativo até 100 vagas10%5%
Privativo mais de 100 vagas1%10%5%
Coletivo até 10 vagas20%10%
Coletivo mais de 10 vagas3%20%10%

(NR)”

Leia a íntegra da Lei

O que diz a prática

Na prática, estacionamentos para ciclistas precisam atender a quatro pontos principais:

  1. Estrutura: o paraciclo (suporte para prender a bicicleta) deve ter formato que permita apoiar a bicicleta encostada lateralmente, prendendo-a pelo quadro e não pela roda. Os modelos adequados mais comuns são os formatos de U invertido e de R, sendo possível inovar desde que se respeite esses dois quesitos.
  2. Acesso: o ideal é que o acesso ao bicicletário e a saída dele não impliquem em subidas compartilhadas com os automóveis, protegendo os ciclistas do tráfego motorizado.
  3. Cobertura: a área onde as bicicletas ficam acondicionadas deve ser coberto, para evitar que o ciclista tome chuva enquanto tranca/destranca a bicicleta e que esses veículos não fiquem expostos às intempéries.
  4. Segurança: como a maior parte das trancas utilizadas para prender bicicletas são facilmente abertas por ladrões que se especializam nesse tipo de furto, um controle de acesso se torna necessário, para que apenas o dono da bicicleta possa sair com ela.

Como andam os estacionamentos para bicicletas que você conhece, em relação a esses quatro pontos? Comente!

 

ATENÇÃO: Poucos dias depois dessa denúncia, o shopping implantou um bicicletário. Veja aqui as fotos e a nossa avaliação.

78 comentários em “Mais um shopping inaugurado sem apoio a ciclistas em SP

  1. Putz, Shoppings, né? Shoppings me dão nos nervos. Sei lá, passo mal neles, acho que não nasci pra freqüentar esses templos de consumo, minha psique tem vertigens e… sei lá. Mas, por conta de um tópico do pedal.com.br, no qual os usuários descrevem e avaliam os bicicletários ou os arremedos de bicicletários nesses estabelecimentos, semana retrasada estendi meu reconhecimento da ciclofaixa Faria Lima ao bicicletário do Shopping Eldorado (tive que me dar um pretexto pra não amarelar, e como precisava comprar uma jaqueta de chuva amarelona, tomei coragem). Enfim. Chegando lá… Nossa, tem até faixinha pintada em vermelho já nas cancelas! E após descer no estacionamento subterrâneo… Nossa, que aquário exuberante!

    Só que vou poupá-los de demais descrições, tá? E não só porque minha precária experiência ainda não me permite ter “olhos” para uma avaliação técnico-prática criteriosa. E não só porque, pesquisando, vejo agora que a (re)inauguração desse bicicletário meio que bombou no, hum, métier. Também porque o Willian já postou sobre isso aqui: http://vadebike.org/2012/12/bicicletario-shopping-eldorado-e-outros/

    Hum… Mas deixa eu aproveitar, Willian, me permita fazer duas sugestões off-topic, que acho que aperfeiçoariam o Vá de Bike, em duas semanas correndo os olhos aqui (e talvez nem uns dias desde o meu primeiro comentário) e duas coisas já me incomodam um pouco. “Sugestionando” então:

    – Tags mais precisas, que remetam imediatamente a assuntos relacionados, naquele espaço do “Você também pode gostar”, por exemplo.

    – E, quando for preciso atualizar um post, que tal separar o update ao final do corpo do texto, pra dar aquele visú de linha tempo do informado?

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  2. Bom dia a todos,
    Recentemente fui no Supermercado Extra localizado na Av. Tiquatira na ZL de SP.
    Desde 1º de Abril o mercado passou a contar com estacionamento pago, assim que cheguei perguntei sobre onde poderia parar a minha bike e fui orientado que o local de parar a bike seria junto com as motos.
    Chegando lá o que não seria surpresa rsss, não tinha nenhum local para parar a bike, sem segurança e etc.
    Voltei ao caixa e perguntei, tem certeza? Onde estão os paraciclos? Pelo jeito não existe nenhuma estrutura para atender quem vem de bike.
    Fiquei falando sozinho.
    O mais interessante é que bem em frente ao Supermercado passa a ciclofaixa de lazer, e muitos frequentadores deixam de ir no mercado justamente pq pensam, onde vou deixar a bike???
    Acorda ai pessoal do comércio, do mesmo modo que muita gente vai fazer compra onde tem vaga para estacionar carros, quem pedala também vai…

    Grande abraço !!!

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  3. Concordo em não frequentar estabelecimentos que não acolham quem chega de bicicleta, como estou fazendo com a Livraria Cultura no prédio do conjunto Nacional, devido ao desrespeito que houve com colegas já citados aqui (aliás, se alguém tiver novidades avise).
    Seria interessante para todos nós colaborarmos mais efetivamente com uma ferramenta bem útil que é o bikeit (www.bikeit.com.br), que é um site colaborativo destinado a estimular a boa relação entre o ciclista e a sua cidade. Através de posts, o usuário poderá divulgar estabelecimentos de produtos e serviços que são acolhedores e simpáticos aos usuários de bike no espaço urbano. Ou que não são, não oferecem estrutura, mas poderão ser incentivados a oferecer e, assim, ganhar o selo BikeIT! de estabelecimento amigo da bike e do ciclista.

    O selo BikeIT! é a certificação que o estabelecimento receberá do site, após a votação realizada pelos usuários, por ser um amigo do ciclista, por lhe tratar bem e por lhe oferecer estrutura.

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    1. Boa idéia ! Acho que vale usar o ReclamenAqui também, acho que vai ter mais peso por lá por já ser mais público, e o pessoal vai tomando mais conhecimento destes problemas …

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  4. Temos que elogiar quando somos bem tratados também. O Shopping mooca tem várias vagas para bicicleta. O modelo não é o mais adequado, mas sempre que fui lá os funcionários foram super educados e simpáticos. Acho que mais importante do que ter uma estrutura adequada, é ter funcionários orientados a como tratar os ciclistas. No Shopping Boulevard Tatuape, que é o Shopping que eu mais frequento, não tem nenhuma estrutura, mas em compensação os funcionários sempre me receberam muito bem, o que foi suficiente para eu continuar voltando lá.

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  5. Poxa eu fico pensando aqui… um shopping com quase 2 mil vagas e nenhum espaço pra prender uma bike! Será que é algo que vai desonerar tanto assim o shopping? Só 2 ou 3 vagas seriam suficientes pra parar quase 30 bicicletas. Acho que se não fosse obrigatório, estes lugares não teriam acesso a cadeirantes, fraldários, extintores de incêndio… absurdo isso. É pensar pequeno. Aqui em Ribeirão os 3 shoppings contam com espaço para ciclistas (apesar de não ter nenhuma placa avisando onde ficam os paraciclos. Aqui nunca chegaram a me barrar ao chegar de bike (tb se acontecer, nunca mais piso neste comércio) mas tb são poucos os que possuem alguma estrutura.

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  6. Recentemente, tive uma experiência bastante interessante nesse sentido. Estive na cidade de Praia Grande e fiquei encantado com a cultura que existe em torno do uso da bike na cidade. Até grandes farmácias possuem bicicletários. Supermercados, áreas de interesse da cidade… As avenidas mais importantes (Pres. Kenneddy e Humberto Castelo Branco) são cortadas por ciclovias bem estruturadas, sinalizadas e separadas fisicamente dos carros. É possível atravessar toda a cidade de bike, através das duas avenidas. Os acessos principais à ciclovia são bem sinalizados. Apenas não observei paraciclos no entorno da orla… Mas é possível servir-se dos existentes no comércio nos arredores ou improvisar nos postes, como a maioria faz. É possível que tenha um bocado ainda a melhorar, mas tenho certeza de que está anos-luz à frente de todas as nossas capitais.

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    1. Não diria que está à frente, mas antenado com os desejos e necessidades da população. Imagine com todo este povo andando de bicicleta, e o estabelecimento não oferecer esta facilidade. O estabelecimento vai à falência ! Porque o estabelecimento vizinho tem e que faz a mesma coisa que ele. Simples assim. :-).
      Portanto, a idéia de Massa Crítica serve para isto.

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      1. Portanto, o negócio não é evitar o uso de shoppings, mas fazer requisições em massa, e talvez fazer campanha na porta destes reclamando disto. E enaltecer aqueles que tem estacionamento para bicicleta. É certo que tem muito ciclista que vai aos shoppings, principalmente quando tem alguma loja com equipamento ciclístico, como a Centauro, Decathlon ( ops, esse não tem em shopping ), por falar nisto ela tem estacionamento para bicicletas ?
        Não foi assim que o partidos principalmente dos trabalhadores chegou aonde está ? Massa Crítica. Idéia é boa, mas vamos indo com calma.

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        1. É nesse ponto que questiono a omissão e falta de participação da turma. Sejam pro-ativos, sejam ousados, peçam. Com certeza sabem o que querem.

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    2. É com prazer que estudo nessa cidade e sei da preocupação das autoridades e empresarios com os ciclistas, a cidade tem mais de 75 km de ciclivia e mais 20 km a inaugurar.

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  7. Ano passado fomos a uma exposição na FiESP e tivemos que deixar as bikes na rua! Conversando com seguranças descobrimos que nao há bicicletarios nem para os funcionários que vão trabalhar de bike….

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  8. É apenas mais um descaso, tivemos um Presidente da República que plantou essa árvore; “NÃO SEI DE NADA” e pegou o não sei de nada de Lula inconsequente, aí temos que fazer valer a Lei, foi constrangedor demais, nossos CICLISTAS, SEM acolhimento, sendo levado pra cima e pra baixo; isso é pra REPUDIAR!!!!!!!!!!!!!!,como que o ciclista fosse um intruso, um indesejável naquele local, é assim que vamos pra frente, é assim com falta de respeito, aonde vamos e como vamos.
    Fica aí meu R E P Ú D I O …………..aos I N C O N S E Q U E N T E S.
    Aldemar(ciclista)Rio-RJ.

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  9. Se o lugar das bicicletas deve ser um local coberto, o Shopping Morumbi (em SP) não cumpre o regulamento. Existe um estacionamento para bicicleta, sem nenhum segurança nem nada e fica em local descoberto.

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    1. Fernanda há segurança sim. Quando você chega lá um funcionário do shopping abre o portão (que é trancado com cadeado), anota seus dados (Nome, RG, etc.) e dados de identificação da bicicleta (marca, cor, etc.). Um segurança uma vez me disse que funciona 24 horas inclusive o local. O incoveniente é que é descoberto realmente e o acesso fica longe da porta mais próxima. O acesso mais perto é atravessando o vallet, que não é permitido tráfego de pedestres.

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  10. A cultura empresarial é também reativa quando se trata destas coisas, se pensar bem até mesmo a nível de negócios é reativo. Pró-atividade é algo raro, talvez empresas como Natura, que demonstra prontamente essa proatividade, e, possivelmente, em seus estacionamentos tenham lugares para estacionar bicicletas.
    Mudar a cultura é difícil, mas se ninguém se manifestar e ir atrás, a cultura não vai mudar. As nossas ações são determinantes para essa mudança.
    No setor público, depende de grande parte da população para ocorrer a mudança, por mais que tenha um simpatizante no cargo de prefeito, as mudança não vão ocorrer só porque ele diz que deve fazer, embora seja ele o chefe, há mecanismo de proteção da máquina administrativa que impede ou anula as mudanças. É um sistema, com várias partes dependentes e interdependentes.
    E essas mudanças devem ser incentivadas por várias partes deste sistema. No caso, é atuar sobre o trânsito, sobre as vias, sobre os elementos decisórios no setor público e privado.
    O que precisa inicialmente é sair da omissão e participar da gestão pública e privada, sem forçar a barra, porque vão entender como ameaça e vão minar toda tentativa de mudança ou aceitação desta mudança. E tem que ser consistente, frequente, e sempre, como dizem, um trabalho de formiguinha, que devemos valorizar, pois com ela aprendemos muito sobre a realidade, por isto digo que devemos olhar para os 70% dos ciclistas que usam para o trabalho, e ver os problemas e procurar soluções, e é aí que vem a parte de ser pro-ativo, como indagar, sugerir, acompanhar, cobrar as empresas privadas e setor público. Durante o processo criamos relacionamentos, e, com isto vai poder manter a cultura, e a infraestrutura.
    Cabe a cada um de nós fazer isto ao que está ao nosso redor no dia-a-dia, dentro das nossas possibilidades. Quanto mais gente fizer isto, mais rápida será a mudança, e melhor será as nossas vidas.

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    1. Só como complemento. Aproveitando a idéia da Massa Crítica, também vale para essa mudança de cultura. Então quanto mais pessoas exigirem estacionamentos nos seus estabelecimentos favoritos ou desejáveis, melhor.

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  11. O “bicicletário” do Centro Cultural São Paulo (R. Vergueiro, 1000), não atende os requisitos:
    1- (as bicicletas são penduradas pelas rodas)
    3- não tem cobertura
    4- nao tem controle de acesso
    Já soube de furtos de bicicleta na local. Também ja conversei com o diretor há vários anos atrás sobre a possibilidade de instalar paraciclos em frente a ultima portaria sentido bairro (que é coberta) e ao lado do jardim numa parte também coberta.Como sempre dizem, ficaram de analisar o caso. E nunca resolvem nada….
    Agora que a ciclofaixa passa bem em frente ter paraciclos por lá seria muito interessante para as pessoas frequentarem esse espaço cultural utilizando a bike como meio de transporte.
    Eu sei que o assunto aqui é Shopping, mas gostaria de lembrar que em alguns parques públicos desta cidade é proibido circular de bicicleta. Os seguranças correm atrás de voce com apitos e fazem voce desmontar mesmo que vc esteja em velocidade de passo compatível com os demais cidadãos à pé.Ex. Pq da Luz e Pq da Aclimação.
    Gente, onde as crianças vão aprender a andar de bicicleta? No meio da rua?

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      1. Com todo respeito, em minha opinião é necessária a cobertura, porque o ciclista pode passar algumas horas dentro do estabelecimento, chegar com sol e o tempo virar para chuva, como acontece frequentemente. E também o sol excessivo danifica a bicicleta, os componente de plástico, de couro, que ficariam protegidos na sombra.

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  12. Bom, não é shopping, mas é uma loja badalada, na Paulista: a Fnac. Há um estacionamento Estapar gigante na Alameda Santos que atende os clientes desta loja e pensei que seriam então bem recebidos aqueles que não se utilizam de carros e teriam a possibilidade de estacionar ali também, mas os funcionários do estacionamento nem permitiram passar um metro da entrada. Conversei com o SAC da empresa por telefone e foram indiferentes. Não compro mais na Fnac até que haja um respeito por parte desta loja para com seus clientes ciclistas porque entendo que a empresa, ao não se manifestar, se torna cúmplice da política do estacionamento. E acho engraçado o discurso de empresas preocupadas com as questões de sustentabilidade que não pensam nos seus clientes ciclistas…

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      1. (Voltando de mais uma tour pela madruga e… Ai, tudo dói. Pescoço dói, as coxas doem, as plantas dos pés doem e… É, os pulmões também.) Mas ao babado, que os dedos parecem ser as únicas ferramentas corporais incansáveis…rs.

        Então, Carlos, até googlei em francês (que chic, não?) pra obter informações sobre a senhora matriz Fnac, se eles tem uma política empresarial amiga do pedal lá, etc. E falo “política” também porque Fnac na França tem a rodo, é uma centena de magasins! Mas não, Carlos, não encontrei nadiquinha de nada. Estacionamentos conveniados que oferecem bicicletário, sim, mais aí acredito que seja iniciativa da empresa (uma grande, aliás) de estacionamentos, não da Fnac, nem por causa dela.

        Então tenho lá minhas dúvidas se a filial Fnac de Pinheiros disponibilizaria aquele (arremedo de) paraciclo que o aquipode.com chama de estacionamento não fosse o Frans Café. Ah, confere uma fotinho aqui: http://minhavidaeco-chic.blogspot.com.br/2010/10/consulta-fnac-frans-cafe-confissao.html

        A não ser que, de lá pra cá, eles tenham criado um espaço decente no próprio estacionamento de motorizados, mas aí não passa de mera suposição minha. Bom, da última vez que estive lá na qualidade de consumidor foi no final do ano passado, e como ainda me faltava “olhos” para as coisas do pedal, não posso afirmar com certeza se alguma coisa mudou.

        Hum… Meu, tô pensando um negócio aqui desde a primeira vez que li este post. Hum… Tá, assim: por que não bolar um site (algo como esse aquipode.com) em que o ciclista internauta consumidor de bens e serviços informaria… Tipo assim: “Hoje deu vontade de [compras, serviços, entretenimento] mas deixei pra lá, deixei de ir a [estabelecimento] para satisfazer essa vontade por que lá não tem nem bicicletário nem paraciclo.” Seria então como uma lista negra!

        E aí, quando a lista estiver bem generosa, com dezenas, centenas de consumidores frustados, você esfrega essa estatística na cara dos donos dos estabelecimentos: “Vê só, seu bobo, quantos clientes você perdeu, quanto você deixou de faturar por causa do seu desprezo pelos ciclistas.”

        Que tal, hein, hein? rs.

        Ah, a propósito, Carlos: aquele link do vídeo do sistema de estacionamento automatizado japonês que coloquei no outro comentário… não coloquei por sugestão não, viu? Coloquei só porque achei o maior barato…rs. Eu sei que aqui não cola, e está longe de colar, e sei também que no Japão é “natural” automatizar quase tudo, devido também ao fato que lá, historicamente, não se formou aqueeeeele contingente migratório de mão de obra barata que bem ou mal seria absorvido pelo Setor de Serviços, né?

        Ah, a propósito (2), agora que me toquei da conexão de assunto: o teu link do vídeo do bicicletário de Mauá foi super a propósito ao conectar com o comentário que você fez sobre a falta de tino empresarial daqueles que não compram a idéia “de que vale a pena investir nas bikes” e mais, de que valeria muito mais se se formatasse num mesmo espaço estacionamento, bike shop/repair, etc. E não foi esse tino que deu origem à ASCOBIKE? Tá, aqui tem um caráter associativo, que não visa lucro, com um público-alvo diferente, etc. e tal. Mas… Meu, mas o princípio é o mesmo!

        http://ascobike.org.br/home.asp Que deu até no Vimeo! https://vimeo.com/12472256

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  13. Podem se preparar: Outubro tem outro shopping em São Paulo/SP que vai desrespeitar os ciclistas, ao menos é o que pareceu sobre o Tietê Plaza Shopping. Entrei em contato com o shopping para saber sobre vagas para bicicletas e me deram uma resposta bem vaga do tipo “anotamos a sua sugestão”.

    http://www.tieteplazashopping.com.br/

    Por ser próximo da minha casa, pretendo visitar o shopping em outubro e espero até lá que realmente pensem em nós ciclistas com paraciclos no estacionamento, principalmente porque é lei.

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    1. Ótima notícia! O Tietê Plaza Shopping me respondeu via Facebook confirmando que o shopping terá no terceiro subsolo um bicicletário com uma área de aproximadamente 555m², com capacidade de 202 vagas de bicicletas.

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  14. Por isto que sugeri que os próprios órgão públicos devam ter paraciclos. Numa demonstração de boa vontade política e social. Cultura ciclística.
    Moro na zona oeste e o Shopping Continental, um dos mais antigos da cidade, tem seu espaço para estacionar a bike. Shopping Continental não é um shopping badalado como o Shopping Villa-Lobos e Shopping União ( em Osasco, mas muito perto da divisa com São Paulo ) e Shopping Pátio ( perto da Estação Vila-Yara ), que até onde vi, não tem espaço para bike, vou ter que verificar novamente. Estes três últimos shoppings tem potencial para atrair ciclistas, pois o trânsito na região é péssimo, e há muitos que andam de bicicleta.
    Em particular o Shopping Villa-Lobos, parece contar com o bicicletário da Estação Villa-Lobos, que está a mais de 1 km do Shopping, para todos os efeitos não é de utilidade para ir para o shopping. E o mais curioso é de estar ao lado do Parque Villa-Lobos e de faixas exclusivas de bicicletas no final de semana.
    Da minha parte já sugeri para um supermercado local Supermercado Jaguaré, que é do bairro, colocar paraciclos, e o Hipermercado Extra, que está no cruzamento entre a Av. Jaguaré, Av. Politécnica e Corifeu de Azevedo para cria um lugar estacionar as bicicletas. Até mesmo no Supermercado %Dia ( que deve ter problemas de alvará ), que mal tem espaço para 2 carros, que todo final de semana e até mesmo durante a semana atrapalha o transito local por exceder a capacidade de estacionamento, com carro parando em área de circulação de pedestres e parada de ônibus, a 5 metros.

    O irônico, é que tem paraciclos na saída da favela do trilho aqui no Jaguaré, tem no Céu aqui. Quanto a acesso, cobertura, e segurança é uma incógnita, prossivelmente inexistente.

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    1. Olá, Carlos SA e todos,

      Só como informação, já há algum tempo o Villa Lobos tem um bicicletário até bastante razoável – fica no 1o piso do estacionamento, não há dificuldades para entrar pela entrada dos carros (normalmente uso uma entrada “secundária” da estacionamento que é menos movimentada e já sai de cara para o bicicletário – nunca tive problemas com seguranças nem nada. O bicicletário em si só peca por não ter os paraciclos em U – o modelo que eles usam é o “entorta-roda” – mas ele fica separado com uma grade, é espaçoso, tem um bom número de vagas e também fica perto da entrada para as lojas – tem até duas tomadas para bicicletas elétricas. Já há alguns meses só vou ao Villa Lobos de bicicleta, e o único problema que tive foi, pro incrível que pareça, no dia em que fui com a minha dobrável – como já é clássico, quando cheguei à porta do shopping, a primeira reação do segurança foi “não pode entrar com a bike etc”, mas fingi que não ouvi e, quando comecei a dobrar, ele se ligou e relaxou, agradeci e entrei. No fundo, acho que ele não esperava que uma bicicleta pudesse ficar daquele tamanho. Na saída, mais um obrigado, boa noite, desdobrei a bike e no final ele acabou achando o maior barato. Ou seja: o sujeito teve a reação inicial condicionada padrão dos paulistanos, mas um pouco de educação, diplomacia e bom-humor resolveram a situação e nunca mais tive problemas. Pelo que tenho visto, um bom número de ciclistas tem usado o bicicletário, está sempre cheio, mas o número de vagas é bom, sempre sobra espaço, e a única falha que vejo realmente é o “entorta-roda”. Enfim, só um relato para contribuir com a discussão.
      Abs,

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      1. Obrigado Alonso ! Seu input foi esclarecedor.
        Precisava verificar como está o Villa-Lobos, desde ano passado não vou lá … peraí acho que tinha algum artigo sobre isto. Esqueci quando escrevi o de cima. Engano meu. Se alguém saiu injustiçado. Mil perdões !
        Estas informações são confusas, acho que tem um mapa com isto, e fiz uma pesquisa sobre o do Villa-Lobos:
        http://www.falandodevarejo.com/2012/04/shopping-villalobos-inaugura-vagas-para.html
        Neste diz bicicletas elétricas ! Em 2012 ! Bem na época que estava pesquisando sobre as elétricas.
        Em 2007 não tinha, reportado pelo VdB:
        http://vadebike.org/2007/12/onde-estacionar-a-bicicleta/
        A conclusão disto é que é preciso reunir estas informações num canto, e, gente para atualizar. Neste caso, vou verificar estes outros Shoppings que citei. Num deles, o Patio, um colega meu algumas vezes foi de bike, vou perguntar a ele. Vou verificar a do Hipermercado Extra, e da região. Vou contribuir com informações locais. Algumas informações podem demorar, porque necessitam de averiguação local, e, praticamente só tenho o final de semana, isto se tiver tempo.
        Outro Shopping de Osasco com amplo estacionamento, é o Supershopping, e ao lado Cobasi, WalMart, Sams Club, … bem tenho algumas lições de casa para fazer não ? :-). Tenho muito a investigar.
        Aliás aproveitando daquele plano de vias cicláveis da subprefeitura da Lapa, os da minha região não existe nenhuma indicação, mas são vias realmente cicláveis. Quando tiver oportunidade vou ver se faço este levantamento.
        Essa seria uma boa idéia de algum negócio voltado para os ciclistas. Na Hélio Pellegrino tem uma lanchonete onde virou um point entre ciclistas por causa da ciclofaixa de domingo, quem sabe pode ser desenvolvido outros points em outras regiões. Que eu saiba pelo menos tem uma bicicletada que passa pelo meu bairro. 3a. ou 4a. se não me engano pelo pessoal do Pedal da Vila.
        Bem, é isto, obrigado novamente André.

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        1. O canto bom para reunir as informações é o site BikeIt, em que os dados enviados vão alimentando um mapa da cidade com locais “bike friendly” ou não. E os usuários vão atualizando conforme observam melhoras ou pioras.

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      2. O Shopping Plaza Paulista também só tem o entorta roda que foi instalado recentemete. Antes disso o ciclista tinha que prender a bike na “cerquinha” das motos.

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