Foto: Willian Cruz

Ciclovia gera reclamações em frente a escola particular de São Paulo

Acompanhamos a saída dos alunos num colégio com ciclovia na porta e ouvimos as reclamações da coordenadora, na V. Mariana, em São Paulo.

Sinalização de solo, faixa informativa, placa de área compartilhada, faixa de pedestres e até um cavalete para impedir que os motoristas entrem na área dos pedestrs (esse sim o verdadeiro risco). Falta mesmo planejamento? Foto: Willian Cruz
Sinalização de solo com diferenciação de cores, cones, tachões, faixa informativa, placa de área compartilhada, placa de pare para os ciclistas, faixa de pedestres em toda a extensão e até e um cavalete para impedir que os motoristas entrem na área dos pedestres. Posteriormente a essa foto, ainda foram instalados cerca de 15 balizadores, separando pedestres e ciclistas. Será que falta mesmo planejamento? Foto: Willian Cruz
Pais recebem as crianças, que são levadas  pelos funcionários do colégio, uma a uma e em segurança, até a área azul para embarque. Foto: Willian Cruz
Pais recebem as crianças, que são levadas pelos funcionários do colégio uma a uma, em segurança, até a área azul para embarque. Foto: Willian Cruz

Passei na frente do colégio da R. Madre Cabrini, na V. Mariana, em um dos primeiros dias de implantação da ciclovia naquele trecho da rua (18 de novembro, uma terça-feira). Por coincidência, era horário de saída da escola.

Uma equipe da CET estava por lá. Agentes organizavam o trânsito. Tudo funcionava direitinho e ninguém parava em fila dupla. Mas os olhares dos funcionários da escola e das mães nos carros era de reprovação por eu estar passando ali de bicicleta.

Uma pessoa da CET pediu que eu desmontasse da bike pra passar pela frente da escola, Achei estranho, já que o chão sinalizado em vermelho indicava que eu poderia passar pedalando, mas ela me explicou que estavam pedindo para os ciclistas fazerem isso enquanto as crianças estavam saindo, apesar da sinalização de compartilhamento. Achei justo.

Além de evidenciar que a área adiante é compartilhada, sinalização pede que o ciclista pare, dando preferência aos pedestres. Foto: Willian Cruz
Além de evidenciar que a área adiante é compartilhada, sinalização pede que o ciclista pare, dando preferência aos pedestres. Foto: Willian Cruz

“Faltou planejamento”

Passei empurrando a bicicleta e parei após a área da entrada da escola, para fazer algumas fotos e conversar com o pessoal da CET. A coordenadora do colégio veio conversar comigo, já chegando com o discurso pronto de que “não teve planejamento”. Caramba, pensei comigo, como é que não teve planejamento com toda essa sinalização bem estudada? Sinalização de solo com diferenciação de cores, cones, tachões, faixa informativa, placa de área compartilhada, placa de pare para os ciclistas, faixa de pedestres em toda a extensão e até e um cavalete para impedir que os motoristas entrem na área dos pedestres, esse sim o verdadeiro risco… Mas decidi perguntar por que ela achava que não havia planejamento, para entender seu argumento.

Ela afirmou que era porque naquela rua há “três escolas e um hospital”. Expliquei que não é possível implantar ciclovias só onde não houver hospitais e escolas, senão fica impossível interligar a rede cicloviária. Afinal, todo lugar tem hospital e escola.

A coordenadora então disse que deveriam ter feito pela rua de trás, que é residencial e “já sai lá na frente”. “Mas tem subida?”, perguntei. Dois segundos de silêncio. “Tem.” Expliquei que nos deslocamentos humanos as pessoas sempre buscam os caminhos mais planos e curtos e que até de carro temos tendência a fazer isso. Os ciclistas não usariam a ciclovia se ela desse uma volta ainda maior e incluísse subidas. Aproveitei e expliquei por que não fizeram seguir direto pela Vergueiro (por causa do retorno na altura da Sena Madureira e das obras no Metrô Santa Cruz). Ela ouviu tudo sem contestar.

Eis que somos interrompidos por uma mãe raivosa, que havia acabado de pegar seu filho e parou o carro emparelhado conosco (estávamos sobre a ciclovia). “Aí é feito pra andar de bicicleta, né? Então anda!!”, gritou – e saiu rápido com o automóvel.

Alguns dias depois foram incluídos balizadores, separando fisicamente as áreas das bicicletas e dos pedestres. Foto: Willian Cruz
Alguns dias depois foram incluídos balizadores, que agora separam fisicamente os ciclistas dos pedestres. Foto: Willian Cruz

Constrangida, a coordenadora da escola comentou: “é, o pessoal aqui anda assim”. Para tentar justificar, ela contou que “outro dia a ambulância tava buzinando ali desesperada, porque não conseguia passar”. São duas faixas para os carros e, se ela não conseguia passar, era por causa de alguém parado em fila dupla com o carro. “Tenho certeza que ela não estava buzinando para nenhuma bicicleta”, respondi sorrindo. “Então, mas é que entupiu tudo aqui!” Mantendo a paciência, o sorriso e a fala mansa, expliquei que se tem carro demais na rua, a culpa não é da ciclovia.

Nisso ela foi chamada por alguém no portão (ou fez que) e saiu. Não me ouviu terminar a frase, dizendo para a moça da CET que apesar da escola ficar na mesma quadra de uma estação de metrô, a maioria dos pais vem trazer as crianças de carro e que aí não tem jeito, entope mesmo. Em resposta, ela me contou que teve um pai que já veio de bicicleta. “Foi ótimo”, completou, com um sorriso. Há esperança.

113 comentários em “Ciclovia gera reclamações em frente a escola particular de São Paulo

  1. Olá,!
    Essas três linhas brancas indicam uma faixa de pedestre entre a calçada e a área azul. Por tanto, deve-se desmontar da bicicleta.

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    1. Elizângela, em primeiro lugar essa situação já mudou, tiraram a ciclovia dali e agora o ciclista tem que desviar pela rua, muitas vezes de frente para os carros que descem em alta velocidade, o que é um completo absurdo:
      http://vadebike.org/2016/05/ciclovia-madre-cabrini-retirada-mudanca-liminar-determinacao-justica/

      Em segundo lugar não existe e nem nunca existiu isso de desmontar da bicicleta para passar por uma faixa de pedestres que cruza a via, seria o mesmo que pedir aos motoristas que descessem dos carros e empurrassem a cada esquina. Se fosse uma faixa de pedestre onde o ciclista precisa cruzar no mesmo sentido que os próprios pedestres, faria sentido.

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  2. Nossa!! que pena que existem pessoas que ainda não assimilou que quanto mais ciclovias e faixas exclusivas para ônibus, TEREMOS MUITO MENOS CARROS NAS RUA,consequentemente trânsito menos caótico.

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    1. Sinto lhe dizer quo as pessoas NÃO VÃO deixar de andar de carro e diminuir o número de carros por causa destes LIXOS de faixas. Pessoas como vc que não assimilaram que isso NÃO VAI ACONTECER. São Paulo não é Europa e aqui isto NÃO FUNCIONA. A população está envelhecendo e isto é fato. Vc acha MESMO que indivíduos de mais de 90 anos vão andar de bicicleta??? Não possíveis atletas, falo de pessoas normais. Não viaja, meu filho. Tudo em SP é longe. O transporte público é outro LIXO. Esta cidade é um LIXO e tem mais gente do que espaço. ENTENDAM que este LIXO LIXO LIXO de cidade, NUNCA será Amsterdã, Paris, Suécia, etc… Não queiram achar que implantar estas porcarias, vão se aproximar de lugares excelentes como esses. Tería que jogar uma bomba atômica aqui é construir outra para chegar perto. Além das pessoas tb terem de nascer de novo para chegar perto de povos tão civilizados. Pena que eu não posso, se não, já teria evaporado não desta cidade, mas deste país que não passa de um verdadeiro lixo querendo imitar de forma INCOMPETENTE países infinitamente melhores,

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      1. As “faixas” que você despreza, preservam a minha vida e a de milhares diariamente.

        São Paulo e o Brasil nunca serão europa enquanto sua população continuar com mentalidade de país subdesenvolvido.

        Nos anos 70, muita gente dizia que ninguém iria deixar os carros para andar de metrô.

        Porém, o metrô hoje (mesmo com uma rede pequena) carrega mais de 4,5 milhões de pessoas por dia util, sozinha. Juntando com a rede de onibus municipais, representa a maioria dos deslocamentos feitos DIARIAMENTE na cidade, segundo pesquisas de mobilidade do Datafolha, Metrô, CPTM e Rede Nossa São Paulo.

        A pesquisa de mobilidade de 2012, feita pelo metrô, apontam que mais de 60% dos usuários do metrô possuem carro. Eu por exemplo, estou nessa lista. Tenho carro e moto. Porém, vou e volto do trampo diariamente utilizando o metrô. E utilizo a bicicleta como um modal complementar ao metrô, indo até a estação mais próxima e seguindo o resto de metrô.

        Utilizo a bicicleta para deslocamentos curtos a médios. Ou seja, aproveito o melhor que cada modal tem a me oferecer, igual fazem os europeus e asiaticos.

        Carro ocupa mais de 80% do espaço publico e transporta uma minoria. A demanda de carros representa apenas 30% do total de todos os deslocamentos feitos diariamente na cidade.

        Então, antes de vir vomitar asneiras aqui, pesquise e estude mobilidade antes.

        FALE APENAS POR VOCÊ.

        As ciclovias vieram para ficar, quer goste você ou não. ACEITE QUE DÓI MENOS….

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      2. Pra andar de bike em são paulo é só fazer igual na bahia, não precisa ser atleta, basta nascer com vergonha na cara, comer feijão e andar sem arrumar problemas para reclamar Livia…

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  3. Sou morador do bairro e uso esta ciclofaixa diariamente. Posso garantir que o que trava ambulância e que coloca em risco as crianças são os carros em fila dupla. Sempre eles. Desde a implantação da ciclovia, meu tempo de ida pro trabalho reduziu de meia hora (metrô) para 15 minutoi (bike nesta ciclofaixa que faz um interligação importante com a vergueiro).

    Sugiro todos entrarem no site do colégio: http://www.madrecabrini.com.br/ e deixar sua reclamação por lá. Além disso, a partir de hoje estarei tirando foto todos os dias dos carros em fila dupla e ligando na CET para denunciar.

    Uma vergonha esta atitude do colégio, uma vergonha.

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    1. Cirilo! Muito bom seu depoimento, além de morador é usuário, assim como eu, e não viu nada de irregular, a não ser os carros em fila dupla. Sorte a minha que passo ali de bicicleta sempre após as 9h e não vejo essa situação. 😀

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    2. Imagino que as filas duplas são porque eles perderam espaço por causa destas B… destas faixas. VOCÊ que mora perto do trabalho e consegue ir de bicicleta. Para a maioria das pessoas, isto é praticamente impossível e pelo menos eu, não conheço um ser se quer, que faça isso. Nem todos são atletas ou moram perto do trabalho. Eu por exemplo, demoraria umas duas horas de bicicleta para chegar no trabalho. E ciclo faixa não se faz na rua. Se querem imitar a Europa, que imitem direito. Ciclovia de verdade é uma extensão da calçada, em cidades pequenas, com poucas pessoas e totalmente plana. Não é o caso de SP.

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      1. Antes de tudo, muito prazer Lívia, me chamo aleksandro, moro a 24km do meu trabalho, não sou atleta e necessidades como (economia, niveis de colesterol alto e sedentarismo) me motivaram a deixar meu carro com banco de couro e R$1500,00 de som na garagem a 14 meses atras. Ah…. e fila dupla é safadeza de quem tem preguiça de dar a volta no quarteirão…vc manja né…

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  4. Pior de tudo… olhando para a escola via Google Maps, é possível ver uma área na parte interna da escola.

    Pensei aqui, por que a prefeitura, CET e a escola não se juntam e fazem uma obra para que os carros dos pais de alunos entrem por um recuo dentro do espaço da escola para embarque e desembarque?

    Não seria mais seguro?!

    Assim ciclovia não seria retirada, aumentaria uma via de tráfego e aumentaria a segurança de pais e alunos.

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    Esse comentário não tem feito muito sucesso. Thumb up 8 Thumb down 44

    1. Tchau amigão! boa sorte em outra cidade! E cuidado com a concorrência da sua empresa, muitos estão ganhando clientes fazendo entregas de bike, melhor abrir o olho pro século XXI, caso contrário sua empresa ficará pra trás aqui, no interior, no exterior, e até em Marte.
      Boa sorte!

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    2. A carta do IPVA chegou ontem em casa WILSON, o valor dela não diminuiu por eu ir trabalhar terças, quartas e quintas feiras de bike….

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    3. Oi Wilson, infelizmente você está muito desinformado, SP já é uma cidade tartaruga à muitos anos, enquanto meu carro percorria 14km em 1h, minha bike percorria 25km, isso antes da gestão do atual prefeito, agora consigo fazer médias ainda maiores com minha bike. Sugiro ao senhor cobrar do prefeito uma lei que obrigue os carro a criarem assas e saírem voando, assim voltaremos a ter uma cidade lebre como você tanto quer.

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    4. Wilson, que pena que o senhor pensa assim… seu comércio não deve ser muito legal e atrair gente, porque senão já estaria pensando em colocar paraciclos na frente ou deixando um lugar seguro para as bicicletas, como alguns bons comércios já o fazem. Um abraço!

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  6. Sou pedestre, ciclista, motociclista e motorista. Moro próximo a uma estação de metrô e quando o percurso permite, uso este meio de transporte. Meu filho de 5 anos estuda no Madre Cabrini e não é possível, em pleno horário de pico, buscá-lo de metrô, pois quem é pai de um menino desta idade, deve saber que são crianças altamente ativas, que não tem noção do perigo e que, por já estarem “grandinhas” aos olhos do povo que não tem educação, certamente não teria o lugar cedido para que pudesse me acomodar e levá-lo com segurança e sem risco de, entre outras coisas, perder sua muchila.
    Pois bem, vou buscá-lo de carro. É mais seguro, mais rápido e desafio um pai aqui (tem que ser pai) a dizer que não faria a mesma coisa (lembro que também sou ciclista).
    Antes da ciclovia, os carros paravam junto a calçada e não em fila dupla (durante um ano levei e busquei meu filho e nunca ví algúem parando em fila dupla ai.
    Das quatro categorias que mencionei logo no início, a mais frágil e que precisa da maior proteção possível são os pedestres. Neste caso, estamos falando de uma categoria de pedestre que tem um agravante: São incapazes perante a lei por razões óbvias. Crianças não tem noção exata de espaço, de risco e são naturalmente ingênuas. Se olharem na reportagem do SPTV verão que nenhuma olha e há até mesmo um que sai chutando uma bola no percurso.
    Creio que todos devam ter seu espaço, seus direitos reservados e que devemos buscar um mundo mais sustentável e as bikes são importante meio para alcançarmos isto.
    Ocorre que, antes das ciclovias, das “motovias” das pistas de cooper, das “skatevias” e das vias inteligentes para carros, o que precisamos é de educação. Ninguém respeita ninguém:
    Vejamos: Semana passada estava indo buscar meu filho quando me deparei com um cliclista descendo em alta velocidade entre os carros pela Rua Dionísio da Costa que possui uma bela ciclovia e não tinha uma alma trafegando por ela.
    Pedalando pela pista do Ibirapuera, adolescentes sentaram sobre seus skates na faixa e faziam com que os cilcistas tivessem que sair de seus percursos, colocando pedestres em risco. Com minha moto na antiga faixa exclusiva da vergueiro, cansei de ter que desviar de pessoas que utilizavam o espaço para fazer coopera. Conclusão: Sem educação, sempre teremos imperando a falta de respeito pelo próximo:
    Em tempo e respondendo a pergunta do autor da matéria sobre que falta de planejamento: Simplesmente fizeram a faixa lá sem chamar todas as partes interessadas para debater (inclusive ciclistas). Com a decisão tomada, não chamaram os pais de alunos e comunidade que reside na região para informar previamente os impactos e quais as ações cada um deveria tomar. Simplesmente pintaram a rua, colocaram placas e, nos primeiros dias, um exército de agentes da CET para impor o medo na população. Isto é falta de planejamento mas, sobre tudo, falta de respeito e claramente a intenção de incrementar dados estatísticos inúteis, como “em minha gestão fizemos 400km de faixas exclusivas de ônibus (contando aquelas que começam e terminam sobre viadutos). Fizemos xxx km de ciclovias (contando aquelas que ligam uma casa em uma esquina a outra na mesma quadra). Como aqui bolsa família já não compra mais votos, quem sabe ações deste tipo terão o efeito desejado? Sem contar que a população começa a ter a antipatia por ciclistas, assim como outrora aconteceu com os motociclistas. Espero que pensem, e tentem sempre ver o lado do outro.
    Obrigado pelo espaço.
    Mauricio Fernandes

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    1. Mauricio, obrigado por trazer outra visão à questão e pela sua educação e clareza ao expressar opinião contrária à do texto. Seja bem vindo ao site e saiba que participações como a sua engrandecem o debate. Grande abraço.

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      1. Eu é que agradeço e peço desculpas pelos erros de digitação e pontuação. Só depois de postar a mensagem e reler é que pude percebê-los!

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    2. Concordo com você sobre a questão do respeito Maurício! É muito chato ver essas situações de desrespeito não somente as leis mas sobretudo às pessoas. Ainda não sou pai mas realmente imagino como deve ser essa questão de controlar os pequenos sem sucesso rs. Sou de uma época em que as crianças podiam sair com calma, procurar pelas vãs (peruas na época), encontrar seus pais que haviam estacionados os carros nas redondezas e estavam por ali esperando na porta, ou mesmo sair pedalando ou apé pra voltar pra casa. Hoje em dia a porta da escola virou uma espécie de “Drive Thru”. O trajeto do portão da escola até o banco de trás do carro parece tão ameaçador que criaram até a profissão de guarda costas infantil pra garantir essa travessia de alguns metros mais segura.
      Talvez o que gente precise é buscar novamente esse cultura do respeito sem precisar de tanta regra, placa, farol, faixa etc.

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    3. Certamente, se houvesse respeito nem haveria necessidade de ciclofaixa!!! afinal 1,5 metros tá mais que bom… Mas infelizmente os motorizados matam todos os anos vários ciclistas e pedestres, o que impõe uma necessidade do estado de intervir nessa situação…

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  7. Eu tenho passado por lá há 2 semanas, pela manhã e à noite, todos os dias. Na última sexta feira, o funcionário do CET pediu para eu descer e caminhar empurrando minha bike. Para mim não muda em nada fazer isso, principalmente de manhã quando as crianças estão chegando. Volto à noite e não há nenhum problema. pois a escola já está fechada. Acho que precisamos entender também que todos precisamos nos adaptar.

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  8. Como era antes, alguém sabe? Se a faixa que agora é ciclovia era usada como estacionamento e os carros paravam em fila dupla para buscar as crianças. no final das contas sobrava mesmo só uma faixa de rolamento e o risco era ennorme para as crianças que tinham que passar no meio de caros chegando e saindo.
    Se a faixa não era usada como estacionamento,o risco de as crianças transitarem entre os carros permanecia.
    O tempo em que fica só uma faixa para transitar é o de entrada e sapida da escola, uns 40 minutos no máximo para cada evento. E a segurança dos pedestres aumentou muito.

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    1. https://www.google.com.br/maps/@-23.589775,-46.6352902,3a,75y,266.91h,77.99t/data=!3m4!1e1!3m2!1sDZ-OoLUedpdCJsec8_mhtA!2e0

      Era uma faixa transitável com proibição de estacionar. A faixa amarela indicava área de embarque e desembarque. O que acontecia era que tinha alguns metros a mais para os pais estacionarem indevidamente e mais uma faixa de rolamento que era usada para estacionar em fila dupla. A rua já era rota de bicicleta ou seja, as crianças já estavam acostumadas com ciclistas passando. Foi só colocar a ciclovia e compartilhar o espaço que começou o chororô.
      Sinceramente acho que ficou mais seguro para todos. Incluindo as crianças que agora podem desembarcar numa espaço seguro e não no meio dos carros.

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  9. Não entendi a reclamação dos pais e da escola.

    Afinal qual a diferença dessa ciclovia e uma “Ciclovia Compartilhada na Calçada”? Eu respondo: quase NENHUMA.

    Quando inauguram uma ciclovia compartilhada não dá tanta polêmica igual a essa ai. O que realmente revoltou os motoristas foi perder uma pista deles e ver todo aquele espaço “perdido”. Pq quem ganhou espaço a mais foram os ciclistas e os alunos com espaço exclusivo para eles.

    Ao invés de reclamar da ciclovia deviam pedir para pedir uma contra partida da prefeitura, que ao tirar uma faixa dos carros deveria também melhorar as calçadas e o transporte via ônibus e metro.

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      1. Sim verdade William. Acho que você já deve estar acostumado a ver seus depoimentos reduzidos nas entrevistas também né. No final ela sintetizou o que eu queria dizer. Pois quando perguntou se eu acharia seguro para meus filhos aquela situação. Eu disse que apesar de ainda não ter filhos, os meus já nasceram com muito kms de ciclovias disponíveis então já estará acostumado e preparado para essas situações.

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  10. Na lei: Nas travessias de pedestre, o ciclista deve descer da bicicleta e atravessar como pedestre…..

    Mas essa regra é para atravessar a rua na transversal(ex. atravessar a faixa no farol) ou na longitudinal(sentido de direção da via) ???

    Depende de interpretação??? a lei não especifica qual o sentido da travessia….

    E se for levar ao pé da letra, toda vez que passar um farol e tiver faixa de pedestre teremos que descer da bike 🙁

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  11. Oi Willian, Pedalei nesse trecho na segunda-feira. De manhã, os seguranças do colégio não sabem orientar os motoristas a estacionar na faixa azul para deixar seus filhos, gerando um transito e fila dupla no entorno. Na volta, as 20hs, não fui muito bem recebida na redondeza, com algumas indiretas dos pedestres que eu deveria desmontar para subir o trecho da escola onde não tinha um aluno sequer por perto.

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    1. Olá MEI, também sou ciclista e estou utilizando este trecho.

      A faixa azul é uma faixa de pedestres de embarque e desembarque, os motoristas tem que parar ao lado dela e embarcar ou desembarcar e nessa parte foi criada uma faixa de pedestres sobre a ciclofaixa, onde de acordo com o código de transito o ciclista deve atravessar desembarcado, o que falta é um pouco de informação da legislação tanto de motoristas quanto de ciclistas.

      O que ocorre em todas as escolas é que o motorista estaciona o carro nos locais de embarque e desembarque até em fila dupla, se seu filho não estiver no local o correto é estacionar em outro local ou dar outra volta no quanteirão, e no caso de ciclistas a legislação estabelece a travessia de faixa de pedestre seja ela aonde for, com o ciclista desembarcado, tendo ou não pedestres atravessando.

      Algumas orientações retiradas do site do detran:

      Recomendações aos pedestres

      As ciclovias são para uso dos ciclistas, a não ser que haja sinalização específica que permita o acesso. Para os pedestres, existem calçadas. O GDF está investindo nas reformas e construção das calçadas, com a garantia de acessibilidade.

      Atenção com o trânsito de bicicletas. Como são silenciosas, são mais difíceis de serem notadas. Olhe sempre para os dois lados ao atravessar uma via ou ciclovia.

      Recomendações aos ciclistas

      A bicicleta faz parte do trânsito;

      Faça-se visível;

      Sinalize suas intenções;

      Agradeça e seja cordial;

      Nunca trafegue na direção contrária à via dos carros;

      Respeite as leis de trânsito e itens de segurança obrigatórios da bicicleta (retrovisor esquerdo, campainha, sinalização noturna traseira e dianteira, refletores laterais e nos pedais);

      Utilize refletores e iluminação à noite;

      Cuidado com os pedestres;

      Recomenda-se o uso do capacete;

      Ande no lado direito da pista, mas fique atento a portas de carros e outros obstáculos;

      Planeje seu caminho antes de iniciá-lo e dê preferência a vias de menor tráfego;

      O tráfego em calçadas só é permitido quando sinalizado;

      Nas travessias de pedestre, o ciclista deve descer da bicicleta e atravessar como pedestre;

      Nas travessias exclusivas de ciclovia, o ciclista deve parar a bicicleta e fazer o sinal de vida.

      Recomendações aos motoristas

      A bicicleta faz parte do trânsito. Cuidado com o ciclista;

      Ao ultrapassar um ciclista, dê a distância lateral mínima de um metro e meio (1,5 m) e diminua a velocidade;

      Para entrar à direita, sair da via, entrar em um retorno, em uma tesourinha ou parar em um acostamento, nunca acelere para ultrapassar o ciclista. Reduza a velocidade e aguarde a passagem do ciclista. A preferência é do ciclista;

      Respeite os limites da velocidade da via e sinalize com setas;

      Respeite as faixas de pedestre e as faixas de travessia de ciclistas.

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        1. Sim, o texto é do DF e lá é conhecido assim. Mas é um absurdo pedir que nos locais onde a ciclovia atravessa a via dos demais veículos o ciclista tenha que parar e pedir pelo amor de Deus pra lhe darem passagem, quando sua prioridade de circulação é garantida em lei.

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  12. Os cidadães desses bairros poderiam e deveriam agradecer por terem esse modelo internacional de sinalização…
    Estão sendo muito mal agradecidos pela visão e preocupação que a CET está tendo com eles….
    A região tem ônibus, metro, ciclovia, ruas bem sinalizadas….
    O que falta???…
    Resposta: Gratidão….

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