Foto: Willian Cruz/Vá de Bike

Conheça em detalhes as novas bicicletas compartilhadas do Itaú

Veja em texto, vídeo e muitas fotos como serão as novas bicicletas e como funcionará o novo sistema, a ser implantado em 5 localidades

Sistema receberá um grande upgrade, com novas bicicletas, estações e aplicativo. Foto: Willian Cruz/Vá de Bike
Compartilhamento terá novas bicicletas, estações e aplicativo, em cinco praças de operação. Foto: Willian Cruz/Vá de Bike

Na última quinta-feira (9) foi apresentada a nova bicicleta e o novo sistema de compartilhamento das laranjinhas. O Vá de Bike estava lá pra conferir e transmitiu ao vivo a novidade. Veja nessa matéria os detalhes da bike e do funcionamento do novo sistema. O vídeo com a demonstração de uso está no final da página.

Mudanças

O sistema de bicicletas compartilhadas patrocinado pelo Itaú completa seis anos e a marca de 20 milhões de viagens. E agora recebe um belo upgrade, que promete tornar melhor a experiência de quem utiliza o bike sharing.

Localidades onde o sistema da PBCS está em operação. Imagem: PBCS/Divulgação
Localidades onde o sistema está em operação. Imagem: PBCS/Divulgação

As mudanças serão implantadas pela tembici., que em maio adquiriu a Samba Transportes sustentáveis e passou a operar os sistemas Bike Sampa, Bike Rio, Bike PE, Bike POA e Bike Salvador. Essas serão, portanto, as praças que receberão as novidades.

O fornecedor das bicicletas será a empresa canadense PBSC Urban Solutions, líder mundial em sistemas de bike sharing. A empresa já atua há nove anos em mais de 20 cidades em três continentes, com mais de 50 mil bicicletas representando um número de viagens que supera os 160 milhões – um belo know-how acumulado. Sua tecnologia e equipamentos estão sendo usados em cidades como Chicago, Guadalajara, Londres, Montreal e Toronto.

As bicicletas

Imagem: Divulgação
Imagem: Divulgação

As laranjinhas serão mais leves, ergonômicas e resistentes. Em vez de um modelo adaptado para compartilhamento, essas bicicletas foram projetadas para esse uso, explicou Luc Sabbatini, presidente e CEO da PSBC, durante o evento de lançamento.

O cesto dianteiro, que apresentava um tamanho limitado e impedia seu uso com mochilas e bolsas maiores, agora é aberto e possui um elástico grosso em toda sua volta, permitindo volumes maiores. À primeira vista nos pareceu não ser possível carregar uma garrafinha de água, mas vimos que ela pode ser presa pelo elástico à frente da cesta.

Os pneus têm uma faixa refletiva na lateral. Os aros são tamanho 24, apesar da bicicleta manter a mesma distância entre eixos das bicicletas com aro 26, o que permite a mesma agilidade de manobra em meio ao trânsito de uma dobrável, sem afetar a dirigibilidade.

Protetor de corrente e paralamas continuam sendo itens da bicicleta. A corrente tem um tensionador, o que vai evitar que escape com facilidade. O formato envolvente do paralama traseiro ainda traz a vantagem de atuar como guarda-saias, o que aliado ao cobre-corrente impede que elas se sujem ou enrosquem nos raios da roda traseira.

Além de mais confortável, o selim agora mais é vazado, oferecendo proteção ergonômica aos homens. O canote permite subir bastante o banco, um ponto fraco do modelo anterior, e possui marcas para ajudar o usuário a memorizar e repetir posteriormente a regulagem de altura que mais lhe agrada.

Os freios são roller brake (também conhecidos como rolete ou tambor), que necessitam de menos manutenção e regulagem. As marchas continuam sendo três pelo sistema Nexus de marchas internas (dentro do cubo traseiro).

Além dos refletores frontal, traseiro e nas rodas, a bicicleta possui um dínamo no eixo dianteiro, com luzes que se acendem assim que a bicicleta entra em movimento. Item que fazia falta na versão anterior, a iluminação consiste de luz dianteira branca e traseira vermelha, que funcionam em modo piscante. As luzes continuam acesas por até 90 segundos depois que a bicicleta para, dando segurança em semáforos.

Estações

Imagem: Divulgação
Imagem: Divulgação

As novas estações foram foram concebidas para operar de forma ágil, inteligente e simples, sem muita poluição visual. O abastecimento é feito por painéis solares que garantem autossuficiência energética, facilitando e agilizando a instalação, além de fazer uso de energia limpa.

A implantação é modular, sendo possível adicionar ou remover docks conforme a necessidade, sem precisar fixá-los ao solo. Isso permite configurações com bicicletas de ambos os lados e formatos em L, por exemplo, permitindo ainda agilidade em possíveis readequações de layout. A média será de 20 vagas por estação.

Retirada

Além do aplicativo, a retirada poderá ser feita diretamente com um cartão de crédito no quiosque (totem), facilitando o uso para quem está de passagem pela cidade ou não possui cadastro. O quiosque tem interface de pagamento digital de fácil utilização, com comunicação sem fio que agiliza o processamento de pagamentos e a transmissão de dados.

O uso de cartão de transporte público para liberação (como o Bilhete Único paulistano, por exemplo), continuará sendo possível nas praças onde essa opção já existe.

Também haverá a possibilidade de adquirir previamente um cartão próprio do sistema, que inclusive torna a retirada mais ágil do que pelo aplicativo: ao inserir e retirar o cartão do leitor que fica no suporte ao lado da bicicleta desejada, ela será liberada instantaneamente – sem precisar ficar ostentando o celular na rua, uma preocupação dos usuários em alguns locais. Esse cartão também democratiza o acesso, pois deixa de ser necessário ter um cartão de crédito ou mesmo conta bancária para poder usar o sistema.

O aplicativo

Ainda não foi apresentada a nova versão do aplicativo, que em nossa opinião deverá será um sotfware totalmente novo. Mas de acordo com o material de divulgação, o app permitirá:

  • Planejar o passeio, pagar e desbloquear a bicicleta com o código gerado pelo aplicativo
  • Encontrar estações próximas manualmente ou usando GPS do dispositivo
  • Encontrar bicicletas disponíveis por pontos de devolução livres
  • Marcar as estações favoritas
  • Encontrar rota para um destino com informações de distância e elevação
  • Registrar as viagens com o GPS

Quando vou conseguir pedalar uma dessas?

As primeiras praças a receber o novo sistema devem ser Pernambuco (formada por Recife, Olinda e Jaboatão dos Guararapes) e Porto Alegre. A previsão é para o segundo semestre desse ano.

Nas demais, também há intenção de iniciar ainda em 2017, embora o processo de negociação ainda esteja em andamento em algumas das localidades.

Veja como funciona


10 comentários em “Conheça em detalhes as novas bicicletas compartilhadas do Itaú

  1. Desculpa,mas para estrangeiros o sistema é uma grande porcaria,impossível de fazer o cadastro. Ninguém informa que é preciso um número de telefone do brasil,nem tão pouco CTF ???? desculpa, traduz isso, pode se ter isso para uma semana… pergunta: um estrangeiro que estará no Rio apenas uma semana consegue-se cadastrar sem ter que pedir cidadania brasileira 🙁
    estou tentando fazer o cadastro há tres dias…comprei 3 cartões de telefone, ninguém informa que para fazer o cadastro do telefone é preciso novamente o CTF , o pessoal quer é vender e que se lixe o resto…

    pobreza de sistema, vai a uma cidade europeia e ve se te pedem tanta m* para alugar uma simples bicicleta…

    bahhhh

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  2. Já estamos em setembro, e em São Paulo por enquanto a única mudança é que o sistema está cada vez pior, vive deixando de registrar devoluções, o que obriga o usuário a telefonar para impedir cobranças indevidas.
    Espero que a renovação e ampliação se torne realidade logo.

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  3. Bah, muito mais interessante essas bikes novas e esse novo sistema (gostei da parte do alertar sobre manuntenção)
    Acredito que a ergonomia também será bem melhor nessas bikes. Quando chegar aqui por Porto Alegre com certeza irei testar.

    Comentário bem votado! Thumb up 4 Thumb down 0

  4. Torcendo para que seja sucesso nas cidades que se libertarão do martírio que a Serttel opera.
    E sem esperança que os incompetentes e coniventes da BHTrans cancelem o contrato licitado com a empresa, para abrir novo licitação por aqui. Em três anos, a BHTrans não aplicou NENHUMA sanção, sequer advertência à serttel por descumprir todo o edital de operação: menos de 50 % das bicicletas disponíveis, estações e sistema inoperante na maior parte do tempo.

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