Ghost Bike de Fernando Couto
Ghost Bike de Fernando Martins Couto |
Dia 26 de outubro, um motorista de ônibus matou o ciclista Fernando Martins Couto e o gari Antônio Ribeiro, que estavam na calçada da Av. Robert Kennedy, próximo ao Largo do Socorro.
No dia 14 de novembro, mais de 100 pessoas se reuniram no local para instalar uma bicicleta branca – uma “ghost bike” – em memória de Fernando. Junto com a bicicleta, foi pendurada uma vassoura de varrição de ruas, em homenagem ao gari Antônio.
A bicicleta foi trazida pela família do ciclista, já pintada de branco. A vassoura foi providenciada no local e pintada numa funilaria no Largo do Socorro, que se ofereceu a fazer a pintura sem nenhum custo.
Após a instalação, um círculo em torno da Ghost Bike para uma oração |
Dentre as pessoas presentes, muitos ciclistas, garis, familiares e amigos do ciclista Fernando e do gari Antônio e gente que trabalha por ali ou passava pelo local. Segundo os garis presentes, alguns familiares de Antônio não puderam comparecer porque houve outro acidente na família e eles precisaram viajar para o Rio de Janeiro. Triste…
Garis também participaram da manifestação. As vítimas foram atingidas pelo ônibus no ponto bem ao centro da foto, o trecho de calçada que possui guia rebaixada. |
Os garis também colaboraram na ação, ajudando a isolar o tráfego e a realizar a pintura de solo.
Gari e ciclista realizando juntos a pintura do asfalto |
Além da instalação, foi feita pintura no asfalto próxima ao local do acidente, onde se lia: “DEVAGAR – VIDAS”.
Fotos: Willian Cruz/+Vá de Bike!+
Passo por esta ghost bike todos os dias, trabalho bem pertinho. Ela tá bem abandonada, mas tá lá, firme e forte, já não tão branquinha … qto aos dizeres na via, praticamente apagado. Que tal dar uma geral nela também hein ??
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Que forma legal de protestar !!!! Nao sou ciclista mas apoio qualquer manifestacao de cidadania. Vou fazer o possivel para ir. Ando de carro ao longo da marginal pinheiros e vejo pouca gente usando a nova ciclovia paralela a linha da CPTM. Fiquei ate com vontade de comprar uma bike.
Abraco a todos
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Deixem a CET remover a pintura, ingnorancia sem limites.
Construam uma lombada no lugar, acho que tem mais eficacia que algumas palavras que nenhum motorista le no final das contas.
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Estive em São Paulo em Outubro, e de carro passei em frente à Ghost Bike da Márcia Prado. Assim como o amigo ali em cima, senti um calafrio. É muito triste ver a vida de alguém resumida à mera estatistica de acidentes, sem maior conscientização das pessoas.
Fica aqui o meu apoio ao ciclistas paulistas pela iniciativa de manter à mostra a figura de pessoas que realmente existem, não são apenas números.
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Toda vez que vejo uma “Ghost Bike”, sinto calafrios. Nem sabia o que era, quando me deparei com uma num poste da movimentadíssima Berrini, região onde moro atualmente e perto de onde sempre sai o Desafio Intermodal.
Depois foi o caso da Marcia Regina, ciclista experiente que pedalava pela Paulista, onde morei por quase 30 anos e, claro, pedalava também (http://www.flickr.com/search/?q=ghost&w=98652059@N00).
A última que vi foi numa rodovia do Distrito Federal. Apareceu no meu caminho e redobrei meu cuidado com os ciclistas, já que, por motivos estritamente profissionais, estava ocupando outra posição no trânsito, mas sempre com responsabilidade.
É lamentável mesmo esta carnificina do trânsito.
Ainda ontem parece que aconteceu mais um acidente. E desta vez, não por uma suposta “distração” de um motorista de ônibus, mas sim por um dos piores motivos possíveis: um racha. http://www.dgabc.com.br/default.asp?pt=secao&pg=detalhe&c=1&id=5778317&titulo=Ciclista+e+atropelado+durante+racha+em+Sao+Bernardo
Que se instalem tantas ghost bikes, advertências de solo etc. quanto necessário. E que se faça ouvir a voz de quem luta por um trânsito civilizado.
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Triste e bonito!
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nesse dia vimos o quanto é importante a amizade, humanidade e respeito
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Muito, bom muito valido á ação, esperamos não ter que colocar mais ghost bike por aí.
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Willian, o relato ficou muito bom. Usei uma de suas fotos em: http://brunatri.blogspot.com/2009/11/quanto-custa-pressa.html
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Bruna, obrigado por dar o crédito das fotos, com link para o site. Todo o conteúdo desse site pode ser utilizado, desde que se faça como você fez: citar o autor e dar link para o site, de preferência para o post original.
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E segundo li pelo @ciclobr a CET já vai providenciar a retirada da palavra “Vidas” no solo, alegando que causaria problema no tráfego. Piada né?
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Sim, Ricardo, um dos agentes da CET que estava no local já “abriu um protocolo” para apagar a pintura do asfalto. Creio que até o devagar vão apagar. É mais importante mostrar que a pintura é função exclusiva da CET do que ter no asfalto uma mensagem que faz os motoristas refletirem e que pode, indiretamente, salvar vidas por aí. A regra, a “ordem” e a autoridade são mais importantes que a vida.
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Willian, várias pessoas da família do Antônio Ribeiro puderam comparecer.
Um de seus familiares me mostrou a foto do rapaz.
Apesar da tragédia, com outra morte na família, puderam comparecer e fazer a homenagem.
[]s!
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Valeu Wadilson, corrigi o texto.
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