Ciclistas cobriram a ciclofaixa com bicicletas, para evitar sua retirada. Foto: Francisco Cunha, via Twitter

Cidadãos ocupam ciclofaixa em Recife para impedir sua retirada

Cidadãos realizaram ação e impediram retirada de parte da ciclofaixa da Zona Norte do Recife, pois isso colocaria vidas em risco.

Ciclistas cobriram a ciclofaixa com bicicletas, para evitar sua retirada. Foto: Francisco Cunha, via Twitter
Tintas prontas para repintar a sinalização. Foto: Francisco Cunha, via Twitter

Na noite de 4 de setembro, adentrando a madrugada, cidadãos que utilizam bicicletas fizeram uma ação para tentar impedir a retirada de parte da ciclofaixa da Zona Norte do Recife. As bicicletas foram colocadas sobre a extensão de sinalização que seria apagada e havia tinta preparada, caso fosse necessário repintar a faixa após sua retirada.

Segundo o Jornal do Commercio, a CTTU passou pelo local algumas vezes, mas não parou nem fez abordagens. A PM também esteve no local, mas não chegou a intervir.

Além de não diminuir, a ciclofaixa cresceu. Veja o vídeo da pintura da ciclofaixa cidadã de Recife:

Atualizado em 7/9: A presidente da Companhia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU), Maria de Pompéia, afirmou que a faixa será mesmo retirada, mas não avisarão quando. Leia aqui.

Atualizado em 8/9: Segundo comentário do leitor Marcos Albuquerque no Facebook, a ciclofaixa já teria sido retirada pela CTTU. Lastimável.

Justificativa

A presidente da Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU), Maria de Pompeia, afirmou que retiraria a ciclofaixa para facilitar o acesso das pessoas que vêm [de carro] da Rosa e Silva”. Ou seja, é preferível colocar a vida de quem circula em bicicleta em risco para que “as pessoas” (as que dirigem, que são as que importam) não percam alguns segundos ou minutos (que fossem horas) a mais.

Segundo o De Olho no Trânsito, a justificativa é de que “a ciclofaixa estreitou demais o espaço dos automóveis a partir da Cônego Barata, repercurtindo na Avenida Rosa e Silva”. A ciclofaixa também estaria fazendo com que ciclistas trafeguem na contramão pela Estrada do Arraial e pela Avenida Rosa e Silva.

Foto: Francisco Cunha, via Twitter

Absurdos

Em primeiro lugar, quem causa trânsito não é a ciclofaixa, é o excesso de carros. Retirá-la não vai acabar com o congestionamento. É tentar vencer a obesidade afrouxando o cinto.

Em segundo lugar, é muito fácil entender por que alguns ciclistas usam a contramão. Nos deslocamentos movidos a energia humana, como o ciclismo e o pedestrianismo, as pessoas tendem SEMPRE a fazer o trajeto mais curto. Se pegar a mão correta implica em realizar uma volta grande, não adianta insistir, nem todos os ciclistas aceitarão fazê-lo. Se nem os motoristas, que precisam apenas pisar no acelerador, gostam de ter que desviar por outra rua, fica fácil compreender que quem depende de esforço físico para isso evitará fazê-lo.

Esse problema seria facilmente resolvido se a ciclofaixa fosse mais larga e bidirecional. Se a avenida é de mão única, é unicamente para atender à quantidade excessiva de automóveis, que não conseguem mais dividir as ruas nem com eles mesmos.

Por último, retirar a ciclofaixa não fará com que os ciclistas desapareçam. Alguns desistirão de usar a bicicleta, mas a maioria continuará trafegando ali e essas pessoas serão tratadas como clandestinos e infratores pelos motoristas. Afinal, se a sinalização foi retirada, entenderão que as bicicletas não devem circular lá. É esse o recado que o poder público dá, é o conceito (equivocadíssimo) passado ao cidadão que dirige.

Com ciclofaixa ou sem, os ciclistas têm o direito legal, garantido pelo Código de Trânsito, de circular na via. Com ciclofaixa ou sem, continuarão circulando. Mas serão ainda mais agredidos pelos motoristas. E a CTTU será diretamente responsável por acidentes, mortes, amputações e sequelas que venham a ocorrer nesse trecho, pois deliberadamente aumentará o risco de acidentes.

Fingir que os ciclistas não existem não fará com que desapareçam. Mas parece que Maria de Pompeia se preocupa mais com os resmungos de alguns (que não percebem que são parte do problema) do que com a vida de outros. Acho que suas prioridades estão equivocadas. São vidas em jogo e não se brinca com isso.

Contrariando o governo do estado

O ponto talvez mais anacrônico dessa situação é que o governo do estado de Pernambuco acaba de anunciar um grande pacote de medidas para incentivar e tornar mais segura a mobilidade em bicicletas, inclusive na cidade de Recife. Saiba mais.

“Nós temos 11% da população no Nordeste que usa a bicicleta para trabalhar, para ir à escola e se locomover. Mas há pesquisas, inclusive do IBOPE, que apontam que 85% dos nordestinos gostariam de usar mais a bicicleta. Ou seja, a gente tem aí um modal que precisa se integrar com o ônibus, a navegabilidade, o transporte individual e o metrô”, disse o governador Eduardo Campos, no lançamento do programa Pedala PE.

Parece que município e governo do estado precisam conversar mais. Retirar uma ciclofaixa sem oferecer alternativa segura e viável é desincentivar o uso da bicicleta, jogar o ciclista de volta à clandestinidade, promover o automóvel como melhor alternativa e ignorar a prioridade da circulação de bicicletas prevista no Código de Trânsito. Em suma, é retroceder ao século XX.

Leia sobre o curioso Movimento da Mobilidade da Hilux e sua preconceituosa e mal informada frase “o pessoal que anda de bicicleta está nos morros, aqui, não”.

São essas as vidas em risco

Veja no vídeo abaixo alguns dos cidadãos que utilizam a ciclofaixa. Destaque para o senhor de camisa cinza, que vê as coisas de forma muito mais clara do que as pessoas que são favoráveis à sua retirada. Às vezes é preciso ouvir a voz das ruas.

29 comentários em “Cidadãos ocupam ciclofaixa em Recife para impedir sua retirada

  1. Olá pessoal. Segue comentário que vi no blog citado e minha resposta.

    Discussão de idéias sobre ciclismo urbano num blog (http://acertodecontas.blog.br/atualidades/pompeia-o-pessoal-de-bicicleta-esta-nos-morros-aqui-nao/)

    Marcelo 02/09/2012 às 2:07
    “Esses defensores que falam que na Europa, EUA se anda de bicicleta pra todo canto, esquece que Recife é quente que nem o inferno, o cara pedala 20 min pra chegar no trabalho, chega fedendo mais que cueca de mendigo.
    Essas ciclovias são só para inglês ver, quem anda de bicicleta é quem não tem dinheiro para carro, eles continuariam andando com ou sem ciclovia… já quem vai de carro não vai troca-lo pela bicicleta, por causa do calor, a pessoa chega toda suada no trabalho. Essa ciclovia atrapalha mais do que ajuda !”

    Minha resposta:
    Oi Marcelo, tudo bem? Moro em Salvador, sou médico e desde janeiro/2012 tenho deixado o carro em casa e ido trabalhar de bicicleta. Não foi por falta de dinheiro que tomei esta decisão. O carro continua na garagem. Mas está impossível rodar por Salvador de carro. Para você ter uma ideia, normalmente encerro meus atendimentos no consultório às 18hs e tinha de aguardar cerca de uma hora e meia para sair de carro sem pegar engarrafamentos. Outra preocupação que me levou a preferir a bicicleta é a poluição. Tudo bem, concordo que uma pessoa apenas que deixa o carro em casa não vai resolver o problema da emissão de poluentes mas mais que isso é a mensagem que consigo passar com esta atitude. Tanto quanto a bela Recife, Salvador também é muito quente. Suo literalmente para chegar ao trabalho mas nada que não possa ser contornado com um bom desodorante anti-transpirante, toalha, roupas secas e limpas e a própria temperatura do ar condicionado da clínica. Minha convivência com outros motoristas? No geral excelente até o momento. O que pude observar é que a grande maioria dos motoristas, seja de carros particulares, táxis ou ônibus, passam a respeitar muito o ciclista urbano quando percebem que este está seguindo as regras para o trânsito de bicicletas: não invadir os sinais, respeitar as faixas de pedestres, não pedalar sobre as calçadas, sinalizar com as mãos as mudanças de direção, usar equipamentos de segurança principalmente luzes/refletores de sinalização na bicicleta, e por aí vai. Hoje chego ao trabalho e em casa sem estresse, bem humorado, sabendo que pude colaborar um pouco com o meio-ambiente, o trânsito da minha cidade e com minha saúde. Grande abraço,
    Jomar Souza – CRM 11.443/BA
    Médico Especialista em Medicina do Exercício e do Esporte
    Salvador-BA

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    1. Covarde, vergonhoso, ridículo, imoral. Tem que pintar de novo, cada ciclista que passar por lá leva uma latinha de tinta vermelha e pinta um pedaço! Se a preocupação é com quem pedala na contramão, que se coloquem placas informativas e ciclofaixa na outra direção também!

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  2. Outro problema em Recife não é só com as ciclofaixas ou as ciclovias, mas onde deixar as bicicletas. Os estabelecimentos não estão preparados para receber os ciclistas, chegando a proibir o acesso deles como ocorreu com a agência do santander em boa viagem.

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  3. A mentalidade é “a cada direito corresponde um dever”, portanto só posso ter deveres relativos a um direito que tenha. Mas o direito tem que ser materialmente exercitável, não somente ter existência formal, do tipo ” a bicicleta é veículo e tem direito de circular na via, etc” e se vire para ter esse acesso, e cumpra à risca os deveres que advém desse direito. A lei é um sistema, e não artigos isolados, se um artigo te dá um direito mas o sistema não apoia entra a dinâmica da vida, que não pára esperando decisão do poder público. Por isso alguns ciclistas andam cuidadosamente nas calçadas, assim como os motoristas passam sinal fechado de madrugada com cuidado. Para garantir a VIDA que é direito fundamental de todos. A pessoa que anda ameaçando todo mundo o faz seja de carro, bicicleta, skate, patinete ou a pé.

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  4. Sergio Melega,
    Sou brasileiro mas morei na Inglaterra entre meus 12 e meus 25 anos(tenho 32), hoje moro em São Paulo.

    Minha esposa é inglesa e tenho dois filhos um de 3 e outro de 5 anos, sem discutir melhor ou pior, subdesenvolvimento etc. Desde que comecei a sair sem meus pais pelas ruas, por questões culturais, aprendi a respeitas as leis de trânsito e tento educar meus filhos da mesma maneira. Na UK quem atravessa fora da faixa é multado!

    Entendo que as pessoas no trânsito do Brasil não são educadas, motoristas, ciclistas e pedestres. Contudo percebo nos ciclistas um grupo mais disposto a melhorar, por quê? Procure blogs sobre mobilidade em prol de motoristas, ou pedestres… Não tem!
    Os ciclistas estão se unindo para fazer algo melhor, mas se quiser fazer isso com essa mentalidade de “todo mundo faz errado então eu também faço”, vai ficar tudo do jeito que está, vai ser só mais do mesmo.

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    1. Bom, eu acho que o ambiente trânsito deveria estar em constante melhoria, partindo de guardas da CET que deveriam orientar a todos, inclusive pedestres e ciclistas, até os multando. Isso sem autoritarismo mas sim pensando no que atende melhor as pessoas. Se as pessoas não atravessam na faixa pode ser porque ela está colocada no lugar errado. Se os ciclistas andam um trecho na contramão, tente ver se é possível uma outra alternativa. Resumindo, enquanto o trânsito for pensado para o fluxo de carrros, pedestres e ciclistas sempre encontrarão o seu jeito de seguir.

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    2. Espero que você se lembre como a faixa de pedestre funciona em Londres. Em São Paulo, onde não existir semáforo a faixa serve como uma espécie de pista de boliche onde as pessoas são o pino. Atravessar na faixa é problemático em São Paulo porque um motorista com um compromisso urgentíssimo vai converter na rua em sua direção e te matar. Faixa de pedestre onde tem semáforo é fácil demais, não é mesmo? Normalmente vejo as pessoas atravessarem fora da faixa, longe da esquina onde um assassino pode aparecer de repente, para ter tempo pra fugir dos carros. É especialmente aviltante quando a pessoa em questão é idosa ou tem dificuldade de locomoção. Mas, fazer o que, né. Sempre vamos aturar os legalistas que vão bradar que ATRAVESSOU FORA DA FAIXA, é CULPADO… não se importando em como essa faixa é colocada de forma equivocada, não funcional, fraudulenta. É mais perigosa do que se não existisse. Vamos aturar os palhaços da CET que ridicularizam as pessoas, apressando-as na travessia, demonstrando como nosso poder público, como nossa cultura da subserviência, trata de forma diferente quem estiver fora de um carro.
      Em Londres (e em outras cidades do Reino Unido) é bem difícil alguém precisar atravessar a rua no lugar errado, simplesmente porque o projeto da rua leva em conta que alquém vai ter que atravessá-la. A faixa fica no lugar certo e se um guarda te flagrar sendo paulistano com o carro você toma uma multa.
      Em São Paulo, e em outras cidades por aí, o pedestre é essencialmente considerado um estorvo no projeto, sendo muito comuns as ruas onde não existe pavimento na calçada, ou ela é estreita e esburacada obrigando as pessoas a caminhar na via. E tome buzinada.
      Espero que você mostre essas coisas para seus filhos, compare com o que vêem em outros países, porque é preciso desacostumar o Brasil com esse desrespeito cotidiano. É preciso acabar com essa subserviência aos carros.

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  5. Se houvesse sinalização e disciplinamento do trânsito pensando no ciclista, certamente que não haveria necessidade de subir em calçadas e sair antes dos carros nos sinais.

    Quando eu escuto um carrocrata reclamar destas “grandiosas” infrações. Eu me pergunto: quantas pessoas já se feriram, porque um ciclista subiu em uma calçada ou saiu antes no sinal vermelho? Poucas. De forma grave, provavelmente ninguém.

    Eu vejo estas reclamações e escuto apenas o reacionarismo de quem quer arrumar um pretexto para manter seu espaço nas ruas, entupidas de carros. Quem PRECISA inventar uma justificativa pra desvalorizar e censurar as bicicletas. Eu vejo é muita inveja dos motoristas, pelos ciclistas conseguirem fazer trajetos de forma mais veloz, prática e inteligente. Os motoristas sonham em dar o troco, trancando e fechando o ciclista nas conversões e se irritam quando o ciclista sai antes e não pode dar aquela “ameaçada” básica na vida de ciclista, com o intuito de IMPOR a sua suposta superioridade. Ficam irritados porque o ciclista sobe em uma calçada vazia e avança, enquanto o carrocrata fica preso num trânsito tão entupido, que nem a magrela conseguiria passar.

    Ir pela contramão, muitas vezes é pela questão do menor esforço mesmo. É óbvio, nem vale a pena discutir. Entretanto, acho que essa infração é muito perigosa, principalmente para o ciclista.

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  6. Poxa se essa ciclofaixa ainda fosse raramente usada, sei la, até poderia se discutir sua retirada e adaptação, mas pô… ELA É USADA POR VÁRIOS CICLISTAS! Que sacanagem isso. E se a tal rua ficou apertada ainda mais por ser mão dupla, transforma ela em mão unica e aumenta a largura da ciclofaixa. Será q não tem um engenheiro de transito que veja isso?

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        1. Eu realmente pensei que a partir de minha pergunta você conseguisse tirar algumas conclusões. Engano meu. De qualquer maneira, você não deixa de estar certo em suas afirmações.

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    1. é a lei do menor esforço, Eduardo. não dá pra colocar todo mundo num mesmo saco de “mal-educados e infratores-desrespeitosos”.

      se vc prestar atenção, as sinalizações das ruas, as placas, os tempos dos faróis e até o direcionamento das vias têm foco EXCLUSIVO aos motoristas. tudo é minimamento pensado e planejado para melhorar a vida de quem dirige e manter em ordem o tal “fluxo”.

      por isso as leis de transito são lindas no papel, mas na prática são pouco aplicadas por quem não dirige.
      por isso, tambem, proporcionalmente ciclistas são os maiores infratores, simplesmente pq as regras da vida real, da rua, do transito (que mata), não contemplam nem incluem quem preferiu ir de bicicleta a qualquer lugar.

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    2. Você inventou essa informação proporcional aí. É irrelevante e mentiroso, porque está acusando sem averiguar nada.
      Aqui em SP é trivial notar a desfaçatez de quem dirige. É tão notável que foi tema de um interessante estudo:
      http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0,,MUL146825-5605,00-MOTORISTAS+PERDERIAM+CARTEIRA+EM+MINUTOS+DIZ+PESQUISA.html

      Observando os motoristas de SP, é muito difícil não topar com vários deles tagarelando aos celulares. Ignorando faixa de pedestres. Correndo mais do que o permitido – mas só onde não tem radar, porque a indústria das multas é tão cruel.

      É ridícula sua tentativa de igualar as infrações de quem está tentando sobreviver (como é o caso de quem pedala na calçada) com aquelas praticadas por futilidade e com consequências sérias para outros.

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        1. Sim, todo mundo viu essa, é aquela matéria da Folha que mostrava o ciclista sem capacete e caracterizava isso como infração. Típico de jornalistas bem-informados. Típica reação, na época, a um grande protesto pela morte de uma moça. Reação que se dedicou com afinco a culpabilizar a vítima.
          Eu apoio quem pedala na calçada, SEM MOTOR, porque algumas pessoas não têm condições de negociar seu devido espaço com os carros. Acredito em uso copmpartilhado do espaço, a exempĺo do que acontece nas calçadas do centro de São Paulo: um grande número de entregas de mercadorias é feito em bicicletas, aquelas cargueiras. Carregam até água mineral e materiais de construção. Você deve preferir que eles usem caminhões, talvez.
          Gente como você, legalistas, defensores do estado de direito de fachada, devem preferir tirar essas bicicletas (e aquelas das crianças, igualmente, e aquelas dos velhos) de TODAS as calçadas, porque ISSO É FORA-DA-LEI. Eles que usem carros, se não são bons atletas!!
          Deve insistir que o ciclista espere o semáforo abrir no tempo dos carros (JAMAIS SAIA ANTES, SEU FORA-DA-LEI!!), mesmo que para isso ele se sujeite à competição de arrancada que é um típico semáforo paulistano.
          Então, se você diz que louva as ações em prol da bicicleta, devo concluir que é só até certo ponto. Em nome da igualdade de direito de todos, prefere mandar pro parque.

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          2. Na minha opinião, o grande problema é que as leis de trânsito não contemplam os pedestres e os ciclistas. E quando digo contemplar, falo de direitos e deveres. Lá fora, onde pedestres e ciclistas são mais respeitados, eles são advertidos e multados quando desrespeitam a lei. Isso cria a ideia de total inserção deles no trânsito. Eduardo, me responda: vc, como pedestre, só atravessa na faixa? Espera sempre o bonequinho ficar verde para atravessar ou aproveita quando não tem carro vindo? Anda pela pista de rolamento quando a calçada é estreita ou irregular? Antes de responder, pense que o ciclista tem muito mais a ver com o pedestre do que contra.

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          3. Genial. O GRANDE PROBLEMA. Ha, ha, ha. Na opinião desse cara, o trânsito deve ser muito mais seguro quando o pedestre for obrigado a andar com uma placa na bunda, pra ser multado quando atrapalhar o caminho de seu precioso carro. Igualdade de deveres. É muito sofrimento do motorizado, coitadinho, tão injustiçado.

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  8. Fizeram a mesma coisa em Campinas e ninguém se mobilizou. A ciclofaixa de lazer tinha 16 km, foi reduzida para uma avenida apenas e o horário restringido das 7 as 12h. Um tremendo desrespeito por conta de uma briga de corruptos da prefeitura. Acho q merecia uma investigação de vcs. Abs

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