Conheça em detalhes a futura ciclovia da Av. Paulista, em São Paulo
Veja como ficará a ciclovia que será construída na avenida símbolo da cidade, a Paulista. Saiba como serão pavimento, sinalização e travessias de pedestres.
A Secretaria de Transportes da cidade de São Paulo (SMT) divulgou nesta terça-feira, 9 de setembro, detalhes do projeto da ciclovia na avenida símbolo da cidade, a Avenida Paulista. Segundo o secretário Jilmar Tatto, a previsão é de que as obras, que iniciam em janeiro, estejam concluídas até junho. “A expectativa é manter as condições de segurança e fluidez do trânsito com a transferência das bicicletas para uma pista definitiva, garantindo um conforto maior aos usuários da Avenida Paulista, principalmente aos ciclistas e pedestres”, afirmou o secretário.
O projeto também engloba a construção de dutos para fibra óptica e cabeamento sob o canteiro central. Não haverá interferência nos equipamentos do Metrô, que passa sob a avenida. As oito faixas de rolamento da via serão mantidas, com alguns ajustes. Alguns trechos próximos aos semáforos ganharão grades para a proteção dos ciclistas. A sinalização semafórica existente será sincronizada com o fluxo de bicicletas.
A faixa exclusiva de ônibus da Av. Paulista será estendida até a Av. Angélica, cruzando a Rua da Consolação, o que traz como bônus uma melhora na fluidez do transporte coletivo. Essa medida beneficiará 170 mil usuários de linhas do transporte coletivo do eixo Rebouças e Dr. Arnaldo, que hoje fazem o retorno pelas ruas da Consolação e Bela Cintra. A expectativa da SMT é de que a obra diminua em quinze minutos o tempo de viagem nessas linhas.
E a avenida Bernardino de Campos, continuação da Av. Paulista no lado Paraíso, passará por uma requalificação urbanística no “padrão Paulista”, com enterramento da fiação, iluminação reforçada no canteiro central e reforma das calçadas. Nenhuma árvore será retirada. Será feita ligação com a ciclovia já existente na R. Vergueiro.
Durante as obras no canteiro central, as faixas esquerdas de ambos os lados da avenida serão interditadas. A Ciclofaixa de Lazer será desativada durante esse período, que deve durar seis meses.
Canteiro central e pavimento
Para a construção da ciclovia, haverá alargamento do canteiro central, que ficará com 4 metros, com as faixas de rolamento sendo “rebalizadas”, para que não precisem ser eliminadas: as faixas dos automóveis passarão de 3,0 m para 2,8 m; a dos ônibus, de 3,5 para 3,3 m. O canteiro central ficará a uma altura de 18 cm em relação às faixas de rolamento ao seu lado.
O pavimento não será pintado, mas construído em concreto pigmentado. Por esse método, um pigmento em pó é acrescentado ao concreto, sendo misturado ainda dentro do caminhão, de forma que seja aplicado já na coloração desejada. Isso é positivo em dois aspectos: manutenção, já que não há tinta a se desgastar, e aderência, que será a do concreto e não a da tinta. Solução semelhante foi adotada nas ciclovias das avenidas Faria Lima e Eliseu de Almeida.
Pedestres
A prioridade dos pedestres será respeitada pelo projeto. De acordo com a apresentação disponibilizada pela CET, o ciclo semafórico permitirá a travessia das duas pistas, mas ainda assim haverá uma área para acomodação de pedestres que não consigam atravessar no ciclo. A ciclovia passa aos lados dessa área, com sinalização de solo que aumenta a atenção dos ciclistas para a área de pedestres e um estreitamento do espaço de circulação que estimula uma redução na velocidade. Será mantida a acessibilidade universal da travessia. Veja fotos abaixo.
Praça do Ciclista
Na esquina com a Haddock Lobo, onde o canteiro central termina para dar lugar à entrada do Túnel José Roberto Fanganiello Melhem, a ciclovia se torna bidirecional na faixa esquerda da avenida, na pista Consolação-Paraíso. Dali, o traçado contorna a Praça do Ciclista e cruza a Consolação, seguindo em direção ao Pacaembu.
Ciclovias adicionais
Sete novas ciclovias serão implantadas no entorno da Av. Paulista, ligando-a ao Centro, Pacaembu, Itaim Bibi e região do Ibirapuera. Alguns trechos já estão avançados, como na R. Honduras, no Jardim Paulista. Veja no mapa quais são essas novas ciclovias.
Ciclovia é necessária na avenida
A Paulista é um dos melhores caminhos quando se está de bicicleta por ser o mais curto e mais plano, dando acesso a várias regiões da cidade. O eixo do “espigão”, que vai do Jabaquara a Perdizes, é relativamente plano, com desnível irrisório e bem distribuído ao longo de seus mais de 13km de extensão. Qualquer rota alternativa implica em muitas subidas e, geralmente, aumento da distância percorrida – o que todo ciclista que está realizando um deslocamento sem intenção de treino costuma evitar.
Devido a essas características, muitos cidadãos utilizam a avenida diariamente em seus deslocamentos de bicicleta. É o que mostra, por exemplo, a contagem fotográfica realizada pela Ciclocidade em 2010. Naquela ocasião foram fotografados 733 ciclistas em um espaço de 16 horas, com uma média de 52 ciclistas por hora – equivalente a cerca de uma bicicleta por minuto. Entre as 17 e 18 horas a frequência atingiu seu pico, com 86 ciclistas em uma hora. E isso sem estrutura específica para sua circulação, com boa parte dessas pessoas utilizando o mesmo espaço onde circulam os ônibus – ou até mesmo as calçadas.
Ao avaliar esses números, deve-se considerar também o aumento inegável no uso da bicicleta nos últimos cinco anos. Certamente uma ciclovia na avenida terá alta utilização, como vem acontecendo com a ciclovia da Av. Faria Lima, um local onde quase não passavam ciclistas e hoje circulam cerca de dois mil por dia (ou mais).
Hoje, muitas pessoas que teriam a Paulista como parte do trajeto ou mesmo como destino deixam de utilizar a avenida ou mesmo de circular em bicicleta, por receio da baixa aceitação de ciclistas na via por parte dos motoristas que ali trafegam. Essa situação fez a Paulista se tornar a via com mais acidentes com ciclistas por quilômetro, segundo dados divulgados pela CET em 2012. Não é um título do qual a avenida símbolo da cidade deva se orgulhar.
Saiba aqui por que os ciclistas continuam (e continuarão) utilizando a Av. Paulista, por mais que se incentive sua circulação nas vias paralelas. E entenda neste artigo por que as ciclovias são tão importantes para a cidade, seja na Paulista ou na Belmira Marin.
Veja 18 razões para apoiar a implantação de ciclovias
Olá. será que alguém ainda responde nesse tópico aqui?
Sou ciclista e motorista e gostaria de mencionar que o retorno em nível que temos próximo à consolação continua perigoso, pois não há semáforo para o motorista e quem não conhece tão bem a avenida (com sua merecida ciclovia) tende a não olhar para o lado em que o ciclista vem na “contra-mão”.
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Sério, Mary? Sério que você não sabe que o plantio de árvores de grande porte no canteiro central da avenida Paulista não é aconselhável, essa informação ainda não chegou até você? Em que época você vive, nos tempos de dom João VI e bolinha? Nem Palmeira Imperial nem Republicana enraízam lá, viu?
Ah, só pra constar: e os Barões do Café também perderam residência lá já faz um tempão, tá?
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Perfeito, Cicero. Palmeiras imperiais – é cada uma….
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Carrocrata e não-ciclista detected.
Não conhece a realidade, por isso nem me darei mais ao trabalho.
O choro é livre.
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A última gestão petista plantou muitas palmeiras imperiais, melhorando o paisagismo da cidade, só que a oposição fez gente que agora quer palmeiras no lugar da ciclovia acreditarem que a prefeita só “plantava coqueiro em bairro rico”.
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Bem lembrado.
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Sério, Carlos? Bom, então parece que contamos com seu apoio incondicional e irrestrito para fazer dessa, hum, gambiarra a ciclovia dos seus sonhos. E é medida bem simples, você sabe: tomar as faixas de rolamento de cada lado da avenida contíguas à ciclovia para a ampliação da largura dela. Apoiado?
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E qual seria a sua solução para a ciclovia da Av.Paulista? Criticar é muito facil, apontar soluções que é bom….
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Calma, daqui a pouco ela vai precisar ser alargada. Enquanto isso você chora quietinho sentado no carro, OK?
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Falácias, cheio de mentiras que eu não vou nem me dar ao trabalho de responder a um carrocrata.
O Choro é livre.
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Pois é, eu também tinha um monte de coisa aqui engatilhado pra responder, mas… Que nada. Tô tão satisfeito de ficar desarmado, que quero é te convidar pra esse domingão a gente dividir uma porção de caviar lá na Paulista, Roberto. E é convite sem hipocrisia, tá?, você será muito bem vindo. Que tal, hein?
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Se não está beneficiando vc, deixa para beneficiar quem utiliza, quero ver vc falar a mesma coisa daqui uns 6 meses quando essa ciclovia da Paulista tiver engarrafada no horário de pico.
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Hoje eu passei por algumas delas, me pareceram bastante eficazes. Zero problemas. Em alguns trechos já começa a congestionar, mas não há muito problema nisso porque a gente aproveita pra conhecer pessoas.
A maior parte desses defensores de ciclovias certamente já avaliou a eficácia delas.
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Então vc anda de ônibus roberto, e eu de bike mano, vc vai apertado as 6:30hs do lado do motorista (já que os passageiros não passam pela catraca e não vão para o fundo) e eu de boa (já que graças a deus, muitos motoristas respeitam e desviam de mim 🙂 )
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