Detalhe da sinalização que será aplicada na ciclovia da Av. Paulista, nos pontos com travessia de pedestres. Imagem: CET/Reprodução

Conheça em detalhes a futura ciclovia da Av. Paulista, em São Paulo

Veja como ficará a ciclovia que será construída na avenida símbolo da cidade, a Paulista. Saiba como serão pavimento, sinalização e travessias de pedestres.

Canteiro central da Av. Paulista será alargado para 4 metros. Imagem: CET/Reprodução
Canteiro central será alargado para 4 metros, acomodando tanto pedestres quanto ciclistas. Imagem: CET/Reprodução
Detalhe da sinalização que será aplicada junto aos cruzamentos. Imagem: CET/Reprodução
Detalhe da sinalização que será aplicada junto aos cruzamentos. Imagem: CET/Reprodução

A Secretaria de Transportes da cidade de São Paulo (SMT) divulgou nesta terça-feira, 9 de setembro, detalhes do projeto da ciclovia na avenida símbolo da cidade, a Avenida Paulista. Segundo o secretário Jilmar Tatto, a previsão é de que as obras, que iniciam em janeiro, estejam concluídas até junho. “A expectativa é manter as condições de segurança e fluidez do trânsito com a transferência das bicicletas para uma pista definitiva, garantindo um conforto maior aos usuários da Avenida Paulista, principalmente aos ciclistas e pedestres”, afirmou o secretário.

O projeto também engloba a construção de dutos para fibra óptica e cabeamento sob o canteiro central. Não haverá interferência nos equipamentos do Metrô, que passa sob a avenida. As oito faixas de rolamento da via serão mantidas, com alguns ajustes. Alguns trechos próximos aos semáforos ganharão grades para a proteção dos ciclistas. A sinalização semafórica existente será sincronizada com o fluxo de bicicletas.

A faixa exclusiva de ônibus da Av. Paulista será estendida até a Av. Angélica, cruzando a Rua da Consolação, o que traz como bônus uma melhora na fluidez do transporte coletivo. Essa medida beneficiará 170 mil usuários de linhas do transporte coletivo do eixo Rebouças e Dr. Arnaldo, que hoje fazem o retorno pelas ruas da Consolação e Bela Cintra. A expectativa da SMT é de que a obra diminua em quinze minutos o tempo de viagem nessas linhas.

E a avenida Bernardino de Campos, continuação da Av. Paulista no lado Paraíso, passará por uma requalificação urbanística no “padrão Paulista”, com enterramento da fiação, iluminação reforçada no canteiro central e reforma das calçadas. Nenhuma árvore será retirada. Será feita ligação com a ciclovia já existente na R. Vergueiro.

Durante as obras no canteiro central, as faixas esquerdas de ambos os lados da avenida serão interditadas. A Ciclofaixa de Lazer será desativada durante esse período, que deve durar seis meses.

Concreto pigmentado foi utilizado na Ciclovia Pirajussara, na Av. Eliseu de Almeida. Foto: Willian Cruz
Concreto pigmentado foi utilizado na Ciclovia Pirajussara, na Av. Eliseu de Almeida. Foto: Willian Cruz

Canteiro central e pavimento

Para a construção da ciclovia, haverá alargamento do canteiro central, que ficará com 4 metros, com as faixas de rolamento sendo “rebalizadas”, para que não precisem ser eliminadas: as faixas dos automóveis passarão de 3,0 m para 2,8 m; a dos ônibus, de 3,5 para 3,3 m. O canteiro central ficará a uma altura de 18 cm em relação às faixas de rolamento ao seu lado.

O pavimento não será pintado, mas construído em concreto pigmentado. Por esse método, um pigmento em pó é acrescentado ao concreto, sendo misturado ainda dentro do caminhão, de forma que seja aplicado já na coloração desejada. Isso é positivo em dois aspectos: manutenção, já que não há tinta a se desgastar, e aderência, que será a do concreto e não a da tinta. Solução semelhante foi adotada nas ciclovias das avenidas Faria Lima e Eliseu de Almeida.

Imagem: CET/Reprodução
Imagem: CET/Reprodução

Pedestres

A prioridade dos pedestres será respeitada pelo projeto. De acordo com a apresentação disponibilizada pela CET, o ciclo semafórico permitirá a travessia das duas pistas, mas ainda assim haverá uma área para acomodação de pedestres que não consigam atravessar no ciclo. A ciclovia passa aos lados dessa área, com sinalização de solo que aumenta a atenção dos ciclistas para a área de pedestres e um estreitamento do espaço de circulação que estimula uma redução na velocidade. Será mantida a acessibilidade universal da travessia. Veja fotos abaixo.

Praça do Ciclista

Na esquina com a Haddock Lobo, onde o canteiro central termina para dar lugar à entrada do Túnel José Roberto Fanganiello Melhem, a ciclovia se torna bidirecional na faixa esquerda da avenida, na pista Consolação-Paraíso. Dali, o traçado contorna a Praça do Ciclista e cruza a Consolação, seguindo em direção ao Pacaembu.

Imagem: CET/Reprodução
Imagem: CET/Reprodução

Ciclovias adicionais

Sete novas ciclovias serão implantadas no entorno da Av. Paulista, ligando-a ao Centro, Pacaembu, Itaim Bibi e região do Ibirapuera. Alguns trechos já estão avançados, como na R. Honduras, no Jardim Paulista. Veja no mapa quais são essas novas ciclovias.

Muitos ciclistas usam a calçada, por serem ameaçados pelos motoristas quando tentam usar a via. Foto: Willian Cruz
Muitos ciclistas usam as calçadas da Paulista, por serem ameaçados pelos motoristas quando tentam usar a via. A proteção de uma ciclovia é a medida mais eficaz para que deixem de utilizar a área dos pedestres. Foto: Willian Cruz

Ciclovia é necessária na avenida

A Paulista é um dos melhores caminhos quando se está de bicicleta por ser o mais curto e mais plano, dando acesso a várias regiões da cidade. O eixo do “espigão”, que vai do Jabaquara a Perdizes, é relativamente plano, com desnível irrisório e bem distribuído ao longo de seus mais de 13km de extensão. Qualquer rota alternativa implica em muitas subidas e, geralmente, aumento da distância percorrida – o que todo ciclista que está realizando um deslocamento sem intenção de treino costuma evitar.

Devido a essas características, muitos cidadãos utilizam a avenida diariamente em seus deslocamentos de bicicleta.  É o que mostra, por exemplo, a contagem fotográfica realizada pela Ciclocidade em 2010. Naquela ocasião foram fotografados 733 ciclistas em um espaço de 16 horas, com uma média de 52 ciclistas por hora – equivalente a cerca de uma bicicleta por minuto. Entre as 17 e 18 horas a frequência atingiu seu pico, com 86 ciclistas em uma hora. E isso sem estrutura específica para sua circulação, com boa parte dessas pessoas utilizando o mesmo espaço onde circulam os ônibus – ou até mesmo as calçadas.

Ao avaliar esses números, deve-se considerar também o aumento inegável no uso da bicicleta nos últimos cinco anos. Certamente uma ciclovia na avenida terá alta utilização, como vem acontecendo com a ciclovia da Av. Faria Lima, um local onde quase não passavam ciclistas e hoje circulam cerca de dois mil por dia (ou mais).

Hoje, muitas pessoas que teriam a Paulista como parte do trajeto ou mesmo como destino deixam de utilizar a avenida ou mesmo de circular em bicicleta, por receio da baixa aceitação de ciclistas na via por parte dos motoristas que ali trafegam. Essa situação fez a Paulista se tornar a via com mais acidentes com ciclistas por quilômetro, segundo dados divulgados pela CET em 2012. Não é um título do qual a avenida símbolo da cidade deva se orgulhar.

Saiba aqui por que os ciclistas continuam (e continuarão) utilizando a Av. Paulista, por mais que se incentive sua circulação nas vias paralelas. E entenda neste artigo por que as ciclovias são tão importantes para a cidade, seja na Paulista ou na Belmira Marin.

Veja 18 razões para apoiar a implantação de ciclovias

116 comentários em “Conheça em detalhes a futura ciclovia da Av. Paulista, em São Paulo

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    1. mimimi

      E os outros politicos são todos santos?

      Absurdo e não ter ciclovias numa cidade com 11 milhões de habitantes e 17.200km de vias pavimentadas para carros (que mata, que polui, que detona com o meio ambiente)

      Aceita que dói menos.

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        1. ERRADO. Os carros já foram priorizados por mais de 3 decadas em detrimento as ciclovias e ao transporte público. Agora tem que ser ao contrário e graças a deus isso vem ocorrendo.

          Qto temos de metrô mesmo? Ciclovias? Mesmo a demanda do transporte público sendo maior do que dos automoveis?

          Os carros já tem seus 17 mil km de vias e já está de muito bom tamanho.

          Aceita que dói menos Newton ao invés de tentar defender mais investimentos para carros. Investimentos agora é só para transporte publico, calçadas e ciclovias. E PONTO.

          Ainda bem que o GESP e a prefeitura não pensam como você e o cidadão acima.

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          1. Meu caro, cite onde defendi mais investimentos para carros.

            Não se esqueça que as ruas nas quais circulam os carros que o Sr. parece tanto odiar são as mesmas utilizadas pelos ônibus, motos e bicicletas. Deixar de investir nas ruas, fazendo manutenção, conservando pintura, etc., é prejudicar a todos.

            E sim, todas as alternativas de transporte são importantes. O ônibus e o metrô são por excelência o transporte das massas, a bicicleta também é uma boa alternativa. O uso exagerado e irracional dos carros é que é o ponto chave dos problemas de mobilidade. Criem-se melhorias no transporte público, bem como campanhas educativas visando mudar a mentalidade individualista, e o uso do carro diminuirá naturalmente. Sei que isso é possível, pois eu mesmo faço uso do transporte público, e uso os carro somente quando realmente necessário: ir às compras, transportar pessoas idosas, e eventualmente, viajar.

            Não existe solução total e definitiva para o transporte, o que existe são facilidades e alternativas que se completam. Na maioria dos países, o investimento maior é invariavelmente nos transportes públicos. Em países mais atrasados, onde há enorme quantidade de bicicletas, as mesmas não são configuradas como solução universal, mas sim, como falta de opção.

            Não seja como a maioria dos ativistas de qualquer coisa, que limitam-se a enxergar somente um lado das coisas. Qualquer tipo de radicalismo obscurece a visão e senso crítico. Tenha em mente que nem todos os motoristas são assassinos em potencial (na verdade, todo ser humano o é, e não precisa estar necessariamente sentado em um carro ou moto para isso), existe por trás de tudo isso uma questão cultural que pode e deve ser mudada. Progressivamente, a cultura do individualismo deverá ser substituída por atitudes que visem o bem estar da maioria, só que para tal, implicará em que todos abram mão de algumas coisas em prol do bem comum.

            O que vejo atualmente é uma guerra de ideologias, e a julgar pela história de nosso mundo, tal tipo de conflito jamais levou a lugar algum.

            Um abraço
            Newton

            Polêmico. O que acha? Thumb up 5 Thumb down 6

            1. Não há radicalismo algum, apenas visões diferentes.

              Os carros e ônibus tem segurança. Os ciclistas não, o que torna necessário a criação de um espaço exclusivo para os usuários desse modal que é fragil perante a máquina carro. Qtos já pagaram com a vida por falta de ciclovias? Centenas. Se fosse seguro, nenhuma cidade do mundo teria construido ciclovias. Já foi provado que bicicleta e carro disputando espaço não deu certo em nenhum lugar.

              Tem que se investir no transporte publico de massa e nos demais meios, o que o Estado e prefeitura vem fazendo.

              Parece que a dor de cotovelo de muitos carrocratas que vem aqui atacar as ciclovias é justamente porque a prefeitura e o estado finalmente se deram conta do problema e deixaram de investir em mais vias para mais carros e agora passaram a investir pesado no transporte de massa, corredores de ônibus e ciclovias.

              Só metrô ou só ciclovia sozinhos não resolve nada. O que resolve é a INTERMODALIDADE. E isso está sendo feito, vide as 6 linhas de obras metroferroviárias em obras ao mesmo tempo, os corredores de ônibus e a malha cicloviaria sendo feito.

              Todas as modalidades do transporte PUBLICO são importantes. E isso não inclue o carro pois isso se provou ser um modelo fracassado em todo mundo.

              E volto a dizer: Carro já teve seus investimentos. Mas pelo seu post, da para perceber que defende investimentos em mais vias para mais carros. Já eu não. Temos uma das maiores malhas viarias do mundo e se isso não é suficiente, então paciencia.

              O dinheiro jogado no lixo em novas vias e pontes daria para construir mais quilometros de corredores de ônibus (que carregam muito mais pessoas por hora/sentido).

              Se você defende investimentos em todos os modais de transporte publico, eu concordo com você. Se defende continuar investindo no modal carro ou moto, ai eu discordo de você.

              A cidade está saturada e não aguenta mais tanto carro e poluição.

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    2. Antes de ter responder, Márcio, eu também, eu também gostaria de saber umas coisinhas:

      1) Qual o seu bairro?
      2) Qual ou quais ciclovias especificamente, e em que trechos, estão com asfalto esburacado?
      3) Você ou alguém já fez reclamação à prefeitura e/ou CET e solicitou o reparo desse asfalto?
      4) “Vários” acidentes, tem certeza? E “apenas” com crianças e idosos?
      5) E esses supostos acidentes costumam ocorrer onde, na calçada ou na via?
      6) E antes da implantação d(a) ciclovia(s) no seu bairro, esses supostos acidentes também eram assim tão freqüentes?

      Polêmico. O que acha? Thumb up 6 Thumb down 4

    3. É isso aí: no Brasil morre o equivalente a um desastre aéreo por dia, de pessoas atropeladas por veículos motorizados, mas tem gente muito preocupada com as perigosas bicicletas…

      Na verdade não seria preciso inventar nada nesse sentido. Em alguns outros países onde o trânsito é mais organizado, é comum ciclistas tomarem multa por avançar sinal vermelho ou pedalar onde não deveriam. E a multa é para a pessoa, não para o veículo!

      Mas se você tentar multar alguém por isso no Brasil eu vou rir da sua cara. Verdade. E em seguida, vou convidá-lo a se informar melhor sobre as causas dos tais acidentes de trânsito, sobre o quanto ainda falta no Brasil para responsabilizar as pessoas que matam outras por descuido. Nenhum desses matadores usa bicicleta, e normalmente continuam dirigindo por aí depois, sabia? Você está tranquilo com isso? E quando anda a pé na rua e tem MEDO DE SER ATROPELADO por bicicleta? Ora, faça-me o favor.

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    4. Punir ciclistas se uma boa e ampla campanha educativa daria muito mais efeito (vide cinto de segurança).

      Parece que para muitos a unica solução é sempre punir, não educar.

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    1. Antes, deixa eu te perguntar: O que as gestões anteriores fizeram pelo transporte público? Quase nada…

      Implantaram uma malha cicloviária?? Não…

      Reformaram e apliaram as calçadas? Só de bairro de rico como a Av.Paulista e Faria Lima…

      O que fizeram pelos carros? Muito, nova Marginal Tietê, R$ 2 bilhões jogados no lixo para a marginal continuar travada da mesma forma, Pontes e avenidas novas.

      O que a gestão atual tem feito pelo transporte público de sua competência? Bastante até. Lembrando que Metrô e trem é de responsalidade do GOVERNO DO ESTADO.

      460km de faixas exclusivas que fizeram a velocidade média dos ônibus saltar de 12 para mais de 20km/h nos horários de pico
      150km de novos corredores em obras, sendo que parte deles já está sendo entregue…

      O transporte publico vem melhorando aos poucos, mas já foi muito pior no passado. Talvez você seja nova e não tenha andado nos ônibus da antiga CMTC.

      262 km de ciclovias até agora e parte delas em concreto pigmentado, totalmente nova em canteiro central ,vide Dr.Gastão Vidigal e Eliseu de Almeida e logo mais a da Av.Paulista.

      Criaram o Bilhete único mensal, diário e semanal.

      Chuva é só desculpa. Nada que uma boa capa de chuva e um bagageiro não resolva. Os motociclistas circulam com ou sem chuva. Se chuva fosse problema, não veriamos nenhum motociclista nas ruas.

      Veja esse vídeo de Netherlands em um dia de muito frio e chuva: o povo usando aquelas jaquetas especiais para chuva, bem parecido com a que os motociclistas usam.

      https://youtu.be/i2hc1Ulwkew

      Quem tem interesse dá um jeito, quem não tem, arruma desculpas.

      E se você acha que não tem ciclistas utilizando, veja esse outro video:

      http://tv.estadao.com.br/videos,geral,longe-das-ciclofaixas-bicicleta-ja-e-transporte-na-periferia-de-sp,331408

      Existem várias maneiras de se locomover na cidade. Eu não tenho carro e me desloco combinando bike até uma estação de metrô ou terminal de ônibus mais próxima e o resto completo com o transporte publico.

      A bicicleta veio para SOMAR, não subtrair. Ela é um modal COMPLEMENTAR ao ônibus, metrô e trem. No Itaim Paulista, zona leste, muita gente vai de bike até a estação de trem e lá segue de trem até o centro. É simples facil e prático. E muita gente economiza o dinheiro da integração . . .

      Logo, não é só porque está fazendo ciclovias que não está fazendo corredores de onibus e melhorando a frequencia…Nada impede que se faça AMBOS ao mesmo tempo, o que vem ocorrendo.

      Não culpe as ciclovias pelo transporte publico estar ruim. Ela sempre foi ruim e continuará ruim com ou sem ciclovias. O transporte publico só vai melhorar de verdade o dia que o povo passar a cobrar, pressionar, fiscalizar e exigir dos governos, as melhorias que tanto desejam.

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    2. Na avenida Paulista, linhas de ônibus no canteiro central é contraproducente, Mariana, não comportaria o número de pessoas que utilizam esse meio de transporte na região. Então, colocando na balança o conforto do usuário de ônibus e o de motoristas (facilitar a conversão à direita), qual você escolheria?

      Calçadas: infelizmente, esse é um problema que decorre da antiga administração Jânio Quadro de 1986-87, quando a responsabilidade de manutenção das calçadas deixou de ser pública, com o fim da “taxa das calçadas”.

      Mas aí você puxaria os cabelos: “Puxa vida, mais uma taxa?!” Pois é, mas como está a fiscalização (e da gestão que for) não dá conta. E, quando dá, até o “cidadão” chegar às vias de fato de reformar o tanto de calçada que lhe cabe… E tudo acontecendo picadinho, sem a possiblidade de investimento em larga escala, no curto e no médio prazo.

      Transporte público: te garanto, Mariana, ciclistas são bem mais sensíveis à melhoria desse transporte do que motoristas habituais, somos naturalmente mais propensos a ele, né? Mas pensamos além, pensamos na “integração”. Reivindicamos, por exemplo, bicicletários adequados em estações de Metrô e terminais de ônibus, o que diminuiria as distâncias percorridas com bicicleta. Expandir o sistema de bicicletas públicas, com uma integração mais eficaz com esses meios de transporte, é outra reivindicação. E isso servindo como incentivo ao uso da bicicleta, ao lado da expansão da malha cicloviária.

      Agora, cuidado: se você pensa que implantar essas ciclovias é apenas “pintar o chão de vermelho às pressas”, pra nós ciclistas isso está longe de se reduzir à simplicidade desse pensamento. Pra nós, é NÃO mais pintar de vermelho o asfalto com o nosso próprio sangue, ok?

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      1. Para poder fazer o corredor de ônibus no canteiro central, precisaria eh claro fazer uma reforma, como foram feitas no final da avenida Santo Amaro, perto do túnel que liga c/ a Sao Gabriel, ou na Paes de Barros e outras avenidas.

        Muitas ruas estreitas, que mal comportam o ônibus e os carros, que estão cheia de buracos, foram pintadas de vermelho. Essas coisas que não poderiam acontecer, a crítica é sobre essas decisões que não levam em conta a infraestrutura do lugar.

        Não sou contra a ciclovia, sou contra a desorganização e as medidas a curto prazo que não atendam as coisas básicas e essenciais que faltam nessa cidade. A ciclovia é a maior vitrine que o prefeito tem, porque realmente é uma ideia boa e ecologica, mas ele a fez da forma mais rápida e barata que pôde, pois é o que vai dar tempo de ele apresentar no fim do mandato dele.

        Como vou usar a ciclovia, num dia de chuva, carregando um bebê no colo ou acompanhando um pai idoso ao médico? Aí que entra um transporte público estruturado, o que tem sido apenas promessa de campanha.

        Que as ciclovias possam ser melhor planejadas; algumas foram, mas muitas outras não foram: é isso que não concordo.

        Mas agradeço por vc mostrar outras ideias e tratar o assunto com muito respeito.

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        1. O corredor de ônibus dificilmente seria aprovado pelo Condephaat porque iria mexer muito mais na estrutura da Av.Paulista do que uma simples ciclovia. O trauma da avenida virar uma nova Santo Amaro poderia ser a justificativa para o orgão negar….Claro que isso é só um achismo meu.

          Voltando as ciclovias, pare com essa ideia de ciclovia é vitrine e etc. Cada prefeito tem seu plano de governo e o do Haddad, o plano cicloviario é uma de suas metas de campanha. Por ser mais simples e rapido de fazer do que um corredor de ônibus, é obvio que fica parecendo “vitrine”.

          Ele está fazendo o que NENHUM outro prefeito covarde teve coragem de fazer. Ciclovias NÃO dão votos, pelo contrário, tira votos. O que dá votos nessa cidade é novas avenidas e ruas para mais carros e metrô….

          Nova Iorque e Londres fez muitos quilometros de ciclofaixas apenas pintando as ruas. Dá uma pesquisada no google: Ciclovias em Londres, ciclovias em Bogotá, Paris, Nova Iorque, São Francisco….você vai se surpreender!

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        2. De nada, Mariana. Eu até teria algumas considerações (entre as quais discordâncias) a fazer, mas o final do teu comentário me ganhou…rs. Legal quando concordamos em discordar com respeito, né?

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        3. As ruas pintadas de vermelho que você menospreza salvam minha vida. Todos os dias, ao avançar pela faixa delimitada pelos tachões, sendo menos ameaçado pelos carros do que seria normalmente, eu exerço minha cidadania em SP.
          Gente como você vai resmungar, dizer que isso está sendo feito de qualquer jeito e que seria melhor não fazer nada a criar tais estruturas precárias.

          Para mim, a resposta está em um sábado à noite, chuvoso: incontáveis pessoas pedalando pela cidade.

          O mais importante, dada a sua colocação, é que nenhuma destas pessoas estava atrapalhando o proverbial pai idoso a caminho do médico em seu carro: as ciclofaixas foram cuidadosamente implementadas em faixas de estacionamento e canteiros centrais, evitando prejudicar o trânsito de carros. E se essas pessoas pedalando estivessem dirigindo, a situação certamente seria pior. Seria hipócrita não reparar nisso, e o argumento de que remover as faixas de estacionamento de carros na rua prejudicaria o trânsito é uma fraude grosseira.

          Para completar, a boa estruturação do transporte público em São Paulo é bastante simples: basta tirar os carros da frente dos ônibus.

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    1. mimimi…Se fosse mais vias para mais carros, vc não iria reclamar. NÃO MESMO!

      A velha desculpa das escolas, hospitais e bla bla bla bla…então vamos tirar todo o dinheiro do transporte, do asfalto, de obras viarias, dos corredores de onibus, do pagamento de salarios dos motoristas e cobradores entre outros e colocar tudo na educação….desativa as linhas de onibus, pois necessita de recursos e subsídios da prefeitura para manter…e por ai vai….

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    2. Ciclovia é investimento indireto em hospital e escola. Sabe por que? Pq o ciclista adquire melhor condicionamento de sua saúde, diminuindo a sua necessidade de hospitais, pq o exercício físico do ciclista oxigena mais as células do cérebro e aumenta a oferta de nutrientes no organismo, melhorando o desempenho na própria educação. Vc não pode acreditar que sedentarismo seja o pai do desenvolvimento, e deveria ver de modo mais amplo tudo que a ciclovia influência para que seus comentários não fiquem com cara de reclamações infundadas…

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    3. Bom, espero sinceramente que você não esteja atrapalhando nenhuma ambulância hoje com seu carro no trânsito. Hipócrita.

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    4. Ah Silvio, daria risada se vc não fosse um sem noção tentando falar sério. A Av Paulista, tem um fluxo absurdo de ciclistas, passei por 8 a pouco nessa avenida (a qual nao demorei mais de 15min para atravessar, faz isso de carro na hora de pico). Ela vai ter mais. Na vergueiro presenciei ambulâncias usando a ciclovia para escapar mais facilmente do trânsito causado pelos automóveis. Você com seu trambolho atrapalhando uma ambulância já pode ter matado uma pessoa, pensa nisso.

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  5. estou acompanhando o projeto de ciclovia na paulista ,e de cara vejo uma imensa falha que se não for observada agora trara maleficio a eficiencia.voce para no farol porque esta fechado para veiculos e ciclistas,mais e ai nomeio da ciclovia tera um sinalizador em poste,veja teria que ser em trave pois assim o espaço do meio ficaria o ciclista aguardando sua conversão para direita ou esquerda prestem atenção neste caso a solução e unica,depois de tudo pronto vai ser um fiasco se as coisas não derem certo,estudei algumas possibilidades e so cheguei a uma unica conclusão de maneira insofismavel,vou lamentar muito se esta informação mão chegar a prefeitura,da maneira que esta projetado vai dar confusão e ai sim havera insatisfação e transtorno napaulista tem coisa errada no projeto .deixo meu endereço para contato tel.2292 45 85.

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  6. se olharem na reprodução irão perceber que a terceira faixa ja existe e por simples que pareça ela se encontra no meio,supomos que estejamos parados paratravessi de pedestre logo o s veiculos estarão tambem ,mais o ciclista em questão que queira seguir a qualquer lado trasversal estara na condição de pedestre por estar na terceira faixa no meio da ciclovia note que a ciclovia se estreita no farol ficando o espaço do meio livre,esta articulação ja e considerada em outros paises e funciona normalmente,a solução esta no estreitamento da ciclovia,proporcionando uma terceira via

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  7. o ciclo semaforico tem uma solução impar para que funcione bem,basta colocar um temporizador de maneira as pessoas no dia a dia quase que inconcientes possam atravessar atraves do instintocondicionado,pois lidamos desta forma quando estamos no celular nossa percepção torna se orquestrada por informaçoes visuais,a coisa funciona na platica no metro por vezes forão realizado teste de comportamento em massa ate uma avaliação mais concreta pois teremos algumas variaveis que nos darão parametros controlaveis essas são interpretaçoes de valores e não redundancias o equilibrio sempre trancendera e tudo sera muito simples sem ingenuidades.o mundo passou a girar depois da roda.

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  8. ciclovias vierão para acabar com o monopolio dos carros e assim sucessivamente,essa tendencia e mundial algumas pessoas não lhe atribuim credito o que temos de tecnologico e simple e economico vivemos em democlacia alguns reacionarios deturpam,mais que na verdade tem la sua bicicleta então tudo e faceta ou negativismo a coisa nem decolou e ja querem derrubar ja pensou ter que engolir algo que voce outrora criticou,ter que mudar de opinião,se o prefeito não for bem em sua ação podera voce descontrui_lo,o que acontece não e um apelo,o mundo todo quer ciclovia ,eu acho egoismo não ceder a outras vertentes,são paulo esta saturada nao anda ,o recurso que temos e esse, falam que aqui em são paulo somos diferentes que em outros paises,e so lembram de nos comparar com paises de primeiro mundo,ainda bem que não estamos vivendo na china pais super populoso que nos faz refletir,devemos nos preparar para o futuro e não cometer os erros que nos e ensinado.se fossemos tradicionalistas estariamos focados em uma so visão talvez fossemos parecidos a outras cultura do mundo,ciclovia ja

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  9. algumas pessoas reclamam de certos paradoxos ,falo de ciclovia,e estas estão sendo implementadas para os verdadeiros ciclistas,que carregam na alma espirito de aventura,ciclovia e para os fortes por natureza,se não tem diciplina,não sai de casa,o transito não perdoa,se trabalha duro todos os dias,não vai perceber que esteve suado,vai chegar em casa com cheiro de fuligem,tem que ser inteligente para entender que bicicleta tambem tem autonomia,exemplo 10 kl e basico pra ir de um ponto ao outro,mais sempre tem as mirabolantes opinioes,que fazem qualquer ciclista inesperiente desistir,meu voce tem um percuso a seguir sabe que não pode transpolo ai digo ,falta informação a maior parte da população:não ja se vem preconizando em tempos que devera o ciclista se adaptar a outros modais de trasporte ,exemplo tosco aos tosco voce sai de casa pra que serve os bicicletarios,então toda ação tem sua comtemplação,só falta agora um cetico dizer que teremos que usar um manual para transitar em ciclovia para se posicionar e criticar algo,tem que estar em sintonia,no mesmo contexto

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  10. olha muitas pessoas irão se surpreender,se a presidenta e falha esse mano haddad e ligeiro pois ele vai de encontro onde outros gestores da capital não fora,de certa forma ciclovias não demandam muito investimento,a jogada e de profissional no oficio,quando estas ciclovias estiverem prontas ai sim teremos o que as pessoas chamam de integração social,hávera mais pessoas nas ruas no lazer,indo para o trabalho,visitando locais diferentes nos quais anteriormente de carro nem sabia de sua existência são paulo vivera um novo tempo,pois toda sociedade ganhara,as pessoas estarão consumindo mais de forma inteligente ,estas terão melhor tempo disponivel alem de acrecentar outros valores em suas vidas,ja pedalo a muito tempo ,não precisei de nenhuma instrução para que em uma bicicleta trouxesse tantos beneficio,talvez possa ser coincidencia mais uma coisa eu admito,na minha idade nem lembro que tenho 50 anos,tenho uma saude de ferro,faço tudo que qualquer esportista em plena forma fariam por isso penso que tudo faz parte de habitos saudaveis,isto sem sacrificio ,sou amnte do progresso sem precedentes,sou do tempo quando criança em casa, naõ se falava em televisão ,tempos dificeis

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  12. Alguém sabe por que a ciclovia à direita foi descartada? Preço, prazo, segurança? A TCUrbes já até tinha um projeto pronto, com corredor de ônibus no canteiro central. Não achei informação mais aprofundada sobre essa mudança de projeto em nenhum lugar.
    De qualquer forma, se for entendido que no canteiro central é a melhor solução, bola pra frente.

    abs,

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    1. Acredito que a solução encontrada buscou evitar tirar espaço dos carros (nenhuma faixa foi eliminada) e dos pedestres. O canteiro central tinha uns ‘canteiros’, que de decorativos não tinham nada – serviam para evitar que as pessoas atravessassem fora das faixas.
      Eliminados os canteiros, foi preciso apenas adaptar as guias e colocar os gradis.

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