Mesmo com proibição, Estado permitiu que quase 300 ciclistas descessem Rota Márcia Prado
Uma semana antes do passeio proibido pelos órgãos estaduais, diversos grupos de ciclistas desceram coletivamente a Rota Márcia Prado sem serem barrados.
Como o Vá de Bike divulgou nessa semana, o Instituto CicloBR teve que cancelar a descida da Rota Márcia Prado 2014. O motivo foi que a Secretaria dos Transportes, a Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) e o Departamento de Estradas e Rodagens (DER), órgãos do Governo do Estado de São Paulo, não autorizaram a passagem dos ciclistas em um trecho de 5 km da rodovia dos Imigrantes. A proibição seguiu o histórico apelo da Ecovias, concessionária responsável pelo Sistema Anchieta/Imigrantes.
Diversos grupos
O proprietário da Justin Bikes, em São Bernardo do Campo, Edmario Vicentim Aljona, tentou organizar diversos grupos de bike de São Paulo e região metropolitana para descer a Serra do Mar rumo a Santos. Após fazer um ofício informando o evento, o mesmo foi negado. “Nos enfatizaram que é diferente estar com uma família ou com 200/300 pessoas.”
Aljona disse aos policiais que não iria mais organizar o evento e que o pessoal ia descer avulso. “Já tinha vários grupos combinados para ir. Ia todo mundo separado e a ideia era juntar no início da Estrada da Manutenção. Uma vez que a gente estivesse lá, ninguém iria nos impedir de descer.”
O grupo de Aljona tinha 20 ciclistas e partiu do km 23 da Imigrantes rumo à Manutenção. O dono da Justin Bikes organiza descidas todo mês, às vezes com mais pessoas, às vezes com menos. “Na começo do trecho de serra eu contei 268 pessoas. Teve gente que veio de São Paulo e pegou a Imigrantes desde o início.”
O grupo contou com carro de apoio e escolta de policiais civis e militares à paisana, que acompanharam a descida em motos. Segundo o empresário, a escolta é necessária, pois há muitos assaltos a ciclistas na rodovia Padre Manuel da Nóbrega. Veja no nosso mapa os pontos onde há relato de assaltos.
O trecho final de Cubatão a Santos foi feito em um grupo maior e com escolta da Polícia Militar. “Não tivemos nenhum problema com a polícia. Lá na baixada nos pararam e perguntaram quem era o responsável. Como não tinha ninguém, perguntaram o documento de alguém e liberaram.”
Consulene França Tartaglioni, do grupo UP Bikers, desceu o trecho de serra da Rota Márcia Prado pela primeira vez e elogiou o trajeto. “A descida é ótima, você consegue arriscar um pouco e se divertir.” Formado por cinco pessoas, seu grupo partiu do km 35 da Imigrantes pela contramão do acostamento, até a entrada da Estrada de Manutenção.
Proibição é absurda
Para Aljona, a proibição da Ecovias e da Polícia Militar à descida é um absurdo. “Eles privatizaram uma estrada pública. Se a Ecovias diz que não tem condições de fazer ciclovia, por que não respeita a lei e libera o acostamento? O direito de ir e vir deve ser respeitado.”
O empresário vai além e diz que para a Ecovias e PM, é mais fácil inibir do que cuidar. “Eles não querem cuidar das pessoas. É um meio de falar que não teve acidentes. Eu contrato escolta particular, carro de apoio, enfermeiros, porque o Estado não consegue garantir a segurança das pessoas.” Mesmo com o evento oficialmente cancelado, no próximo sábado, Aljona diz que, se a loja permitir, vai descer.
O empresário finaliza: “deveriam proibir a cobrança de pedágio para usar uma estrada pública que foi privatizada e limita o teu direito de ir e vir.”
A ditadura paulista mostra sua face da maneira mais cruel possível.
Pelo amor de DEUS, diga não a quem prejudica e ataca ciclistas.
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A/C
SRS. Ativistas
Baseado no material divulgado por voces e pelo fato de viver em um “ESTADO CAPITALISTA”, que torna uma empresa proprietaria de rodovias e nao tem interesse em permitir acesso ao litoral sem uma forma de taxacao, sugue abaixo algumas sugestoes para tornar possivel o passeio e garantia do deslocamento prevista na “Carta Magna do Pais”.
Propor a criacao de uma pessoa juridica em forma de ONG ou Associacao, Empresa, ou coisa que possibilite a contrucao de uma rota oficial, inclusive com a participacao da ECOVIAS e Fundacao parque Estadual da Sera do Mar e ate outras Fundacoes com a Fundacao Mata Atlantica por exemplo, outalves empresas de ciclo turismo.
Esta rota que vai ser denominada Marcia Prado, por imposicao moral, poderia ser elaborada por caminho alternativo que proporcione seguranca e melhore a locomocao do trajeto, inclusive por passagem em pontos turisticos; No trecho entre o anel viario da Rodovia dos Imigrantes e Anchieta, construir a passagem por cima o que determinaria o inicio da decida por trajeto alternativo, fora das rodovias,pois naquele treche existem algumas estradas secundarias, o que facilitaria a construcao neste trecho.
Esta rota seria vigiada e com pontos de apoio ao ciclista, com a formacao de guias para conduzir os grupos, inclusive partindo de outros trechos, para que quer ou nao pode pedalar tanto. A rota poderia levar a outros pontos da Serra do mar, para que nao quer ir ao litoral.
Se houver possibilidade, a mobilizacao organizada entre ONG, Iniciativas independentes e Estado e Empresa, seria capaz de captar recursos para preservacao ambiemtal e proporcionar ao “cidadao brasileiro” uma forma de lazer com poucos comparativos.
Grato pela atencao
Amarildo
Entusiasta da causa
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Em complementacao ao comentario anterior, gostaria a sugerir ainda que voces entrassem em contato com a Rede Record de Televisao que possue um equipe bem ativa e talves possa ajudar na divilgacao da midia de massa e divilgar a questao ao grande publico.
Grato pela atencao
AMARILDO
Um admirador do movimento
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Deve se concluir sim a rota Cicloturística onde vem se aumentando cada vez mais o numero de ciclistas para as atividades físicas, esportes junto ao turismo se formando o cicloturismo na modalidade bicicleta, cabe se o estado (ORGÃOS) responsáveis fazer um projeto de como funcionará o evento para segurança e incetivo a sustentabilidade.
Att: Sócrates Vilela, Técnico e Guia de Turismo/Cicloturismo
Parque Nacional da Serra d Canastra MG – Brasil
Circuito Turístico http://www.nascentesdasgerais.tur.br
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Acho que no dia 14 mesmo, pelo menos uns 250 ciclistas desceram para santos, uns 100 pelo menos saindo do Grajau.
Meu grupo (saindo do grajau) não teve problemas em nenhum ponto, tivemos apoio da ecovias dentro do parque, apoio da policia na parte critica na divida de santos, foi sussa.
É como disseram, usamos o evento pelo CicloBR quando rolar, mas quando não, simplesmente desça com algum outro grupo.
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Sem dúvida foi um pedal incrível, esperamos por ele mais de um mês e o dia chegou. Seria realmente muito bom se houvesse o apoio dos órgãos necessários para que esse pedal fosse realizado mais vezes e por mais pessoas. Para mim e para o meu grupo foi muito bem e queremos muito repetir!
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Srta Boa Tarde.
Eu não foz esse percurso ainda e estou ajuntando uma turma para poder fazer no mes que vem, você pode me ajudar com algumas orientações ?
1 por onde descer ? Pois ouvi falar que a estrada que tem a casa de pedra esta fechada ?
2 fiquei sabendo que existe um caminho alternativo pela imigrantes que é a antiga estrada de manutenção da ecovias, sabe me dizer se é real ?
obrigado
11.94100.1169
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Saímos de Guarulhos encontramos uma galera no Jabaquara e de lá fomos ate o inicio da estrada de manutenção, o passeio é muito bacana se tivesse apoio das autoridades seria melhor …. mas infelizmente aqui é o BRASIL … Sem mais
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Com essa proibição ridícula do Estado, o exercício do que é direito do cidadão ficou até parecendo ato de subversão. Se é assim, posso dizer com orgulho que no último domingo fiz parte do grupo formado por 260 subversivos que fizeram a RMP sem nenhum tipo de problema. Não desistamos porque a Estrada de Manutenção da Imigrantes é linda demais! 🙂
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Meu comentário sobre isso: fazer um piquenique no Parque do Ibirapuera você pode… agora fazer uma rave com 10 mil pessoas você não pode. Simples assim! Ciclistas fazem esse trajeto há anos!! Eu mesma já fiz. É pegar a bike, fechar um grupo de amigos bacanas, fazer uma boa revisão, torcer para não ser assaltada e ter bom tempo. Eu acho que quem errou foi quem fez a divulgação do evento, em várias mídias e redes sociais, sem nenhum controle sobre quem vai. Aí falam: “A empresa X faz o passeio por ali e a Ecovias só libera porque eles pagam”. Errado! Eles liberam porque se tem o controle, nome, RG, organização, segurança do evento, número de participantes fechado. Se quisessem fazer um evento bem bacana, organizado, gratuito, que se tivesse tornado essa data oficial muito tempo atrás, com autorização de TODAS as autoridades e concessionária da via, INSCRIÇÃO on line com nome e RG de quem quer ir… simples assim! Divulgar sua ONG, site, grupinho de ciclistas é fácil… organizar direito não é! DESABAFO!!!!!!!
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Se fosse ‘só isso’, tava ok. Procure por exemplo sobre o cancelamento do granfondo de Ubatuba no mês passado.
http://fpciclismo.org.br/2014/11/granfondo-do-brasil-cancelado/
incrição, ok, data ok, tudo oficializado do jeito que você mencionou. E mesmo assim, foi cancelado por proibições.
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Poxa, que chato Rodrigo. Uma pena o que aconteceu no Granfondo. Neste caso, com autorização prévia, a Polícia Rodoviária realmente apelou dizendo que não tinha contingente… Agora a RMP foi divulgada de forma errada, sem inscrição e sem controle, e desde o começo imaginei que teriam problemas… agora no caso deste evento em Ubatuba, a atitude da Polícia Rodoviária foi inesperada. Não sabia destes contratempos do último Granfondo, obrigada por compartilhar! Abraços e bons pedais!!! 😀
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Fizemos esse passeio tranquilamente eu puxei o bonde de santo andré até sao bernardo e la dividimos todos , foi bem tranquilo ,recomendo a todos ir fazer esse trajeto pois a estrada da manutençao é 10
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Fizemos esse passeio tranquilamente eu puxei o bonde de santo andré até sao bernardo e la dividimos todos , foi bem tranquilo
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O Estado não permitiu, fomos com o CTB “em baixo do braço”, e chegamos!
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“embaixo”, perdoem.
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