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As provas de quinta (23) e sexta-feira (24) aconteceram em velódromo. Foto: Saulo Cruz/CPB

Brasileiros batem 2 recordes e garantem mais 4 medalhas no Parapan

Com predomínio feminino nos resultados, equipe brasileira de paraciclismo já soma sete medalhas e duas quebras de recorde. Até agora.

A equipe brasileira de Paraciclismo está escrevendo uma história brilhante nos Jogos Parapan-Americanos de 2023, acumulando sete medalhas e duas quebras de recorde até o momento. As disputas intensas no Paraciclismo de Pista, realizadas nas últimas quinta e sexta-feira, elevaram ainda mais o desempenho da delegação brasileira.

Recorde parapan-americano de Sabrina Custódia

Na quinta-feira, o excelente desempenho de Sabrina Custódia lhe rendeu a medalha de ouro na categoria WC1-5. E não só isso: a brasileira também marcou um novo recorde parapan-americano na prova de 500m contrarrelógio, com o tempo de 36 segundos e 864 milésimos. Mostrando toda sua força e determinação, ela superou a canadense Georges Higgins, e a colombiana Paula Ossa, que levou o bronze.

Emocionada, Sabrina expressou: “Estou muito feliz com essa conquista, é até difícil de acreditar. É o resultado de meses de treinamento árduo e dedicação. Quero dedicar essa medalha à minha família e a todos da equipe do Paraciclismo do Brasil que está aqui em Santiago tornando possível esses resultados”.

ciclista Sabrina Custódia pódio medalha de ouro
Sabrina Custódia no degrau mais alto do pódio: recorde parapan-americano. Foto: CBC/Divulgação

Lauro Chaman superou recorde continental

Se a quinta foi o dia de Sabrina Custódia, a sexta foi de Lauro Chaman. O paraciclista brasileiro estabeleceu um novo recorde continental, garantindo a medalha de ouro na prova de perseguição individual da categoria MC4-5. O recorde continental anterior havia sido registrado pelo próprio Lauro, em Lima 2019, com 4:35.358.

Desta vez, o atleta atingiu um extraordinário desempenho de 4 minutos, 30 segundos e 048 milésimos, baixando o recorde em mais de 5 segundos. Com isso, Chaman solidifica sua posição no panteão dos grandes ciclistas dos Jogos Parapan-Americanos. Os colombianos Carlos Vargas e Edwin Matiz terminaram em segundo e terceiro, respectivamente.

“Estou extremamente orgulhoso dessa conquista. É uma honra representar o Brasil e conquistar minha primeira medalha de ouro nesta edição dos Jogos Parapan-Americanos. Além disso, renovar o recorde continental é muito especial para mim”, expressou Lauro após a vitória. O paraciclista já havia conseguido uma medalha de prata no contrarrelógio de estrada, no final de semana.

Lauro Chaman ciclista velodromo medalha de ouro
Lauro Chaman, durante a prova que lhe rendeu medalha de ouro e um novo recorde continental. Foto: Miriam Jeske/CPB

Bianca e Nicolle já somam 3 medalhas na Tandem

O sucesso da equipe brasileira não parou por aí. Na categoria Tandem, a dupla formada por Bianca Garcia e Nicolle Borges (pilota) adicionou mais um feito ao Brasil, conquistando nessa sexta sua terceira medalha nos Jogos Pan-Americanos de 2023. A sincronia e trabalho em equipe exemplares lhes renderam o bronze na prova de 1km contrarrelógio em pista. As brasileiras enfrentaram uma forte concorrência, com os Estados Unidos levando o ouro e a Argentina ficando com a prata.

No dia anterior, Bianca e Nicolle já haviam garantido outra medalha de bronze no velódromo, na prova de Perseguição Individual. Por sinal, o pódio da quinta-feira teve as mesmas atletas, com a mesma classificação da sexta-feira: ouro para os Estados Unidos e prata para a Argentina. Mas foi domingo passado (19) que as brasileiras tiveram sua maior conquista até agora, sendo condecoradas com a medalha de ouro por sua participação impecável.

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Três dias de prova, três medalhas: Bianca e Nicolle não estão pra brincadeira. Foto: CBC/Divulgação

Se você está fazendo as contas enquanto lê essa matéria, já registrou seis medalhas: duas de Lauro, uma de Sabrina e três da dupla Bianca e Nicolle. A sétima da lista é o bronze conquistado por Jady Malavazzi, representando o Brasil no Handbike feminino, no domingo 19.

Brasil fazendo história no Parapan

O Parapan, que reúne os melhores paratletas das Américas, tem testemunhado uma participação brasileira marcada por grandes conquistas e superações. Nosso país lidera o quadro geral de medalhas com 132 medalhas de ouro. Esse número representa o triplo do segundo colocado, os Estados Unidos, com 45. Esse saldo é maior até do que a soma dos 2º, 3º e 4º colocados (EUA com 45, Colômbia com 44 e México com 26)! Não é para sentir orgulho?

A seleção brasileira de paraciclismo, composta por 14 atletas competindo nas provas de Estrada e Pista, destaca-se como uma força respeitável no cenário parapan-americano.  E as mulheres, que representam metade da delegação, lideram a campanha do paraciclismo brasileiro em Santiago, sendo responsáveis por 71% das nossas medalhas até agora.

O Brasil encara o último desafio do Parapan nesse domingo 26, com a expectativa de consolidar ainda mais seu desempenho excepcional. É quando acontecem as provas de resistência do paraciclismo de estrada, no último dia dos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023.

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Sabrina Custódia, concentrada antes da prova de contrarrelógio no velódromo. Foto: CBC/Divulgação

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