Ciclistas decidiram realizar descida independente. Foto: Willian Cruz

Tire suas dúvidas sobre a Rota Márcia Prado

Fizemos uma lista com as dúvidas mais comuns sobre a cicloviagem pela Rota Cicloturística Márcia Prado. Veja as respostas no nosso FAQ.

O cenário é muito bonito. E o melhor: de bicicleta, você pode parar em qualquer lugar para tirar fotos. Leve sua câmera!

Fizemos uma lista com as dúvidas mais comuns sobre a cicloviagem pela Rota Márcia Prado, promovida pelo Instituto CicloBR (veja a página oficial).

Sim, há subidas pelo caminho! Na dúvida, desça e empurre para economizar forças para o resto da viagem.

Será que eu aguento? A rota é indicada para pessoas que já pedalam com certa regularidade e que não tenham nenhum problema físico. Uma boa maneira de saber se você conseguirá fazer o trajeto com tranquilidade é realizar um pedal na cidade de cerca de 40 quilômetros, em um tempo de 3 horas. Se conseguir fazer sem grandes dificuldades, é bem provável que esteja apto a percorrer o trajeto. Se estiver com receio, comece a rota pela estação Grajaú, indo de trem até lá.

É só descida? Não, tem algumas subidas no caminho. Mas não desanime, dá pra encarar! Minha sugestão é descer e empurrar nas subidas mais fortes, para economizar energia para o resto do caminho. Você não vai querer que sua pilha acabe na metade da estrada, né?

ROTA MÁRCIA PRADO
Use nossa lista do que levar e não esqueça nada em casa!
Dúvidas? Veja as respostas para as perguntas mais frequentes
Mapa da Rota Márcia Prado no Google Maps
(com pontos de água, alimentação e de relatos de assaltos)
Leia também
Saiba quem foi Márcia Prado
Em 2012, houve mais de 9 mil participantes
Galeria de fotos comentada da edição 2012
As balsas da Rota Márcia Prado
Solidariedade e superação na Rota Márcia Prado
Veja como foi a descida em 2011
Galeria de fotos do evento de 2011

E se furar um pneu? Não sei trocar! Calma, não se desespere. Compre uma câmara reserva e um kit de remendo em uma loja especializada e leve com você. Se for preciso, algum ciclista mais experiente pode lhe ajudar, ou ainda os voluntários do CicloBR. Recomendo fortemente a instalação de fitas antifuro nos pneus! Você gastará cerca de R$50, mas evitará o transtorno de ter que esperar a ajuda de alguém. Veja aqui.

Qual a distância? Partindo da estação Vila Olímpia, a rota tem cerca de 100km. Alternativamente, você pode fazê-la a partir da estação Grajaú, diminuindo o percurso para 80km, bastando embarcar com a bicicleta no trem até lá (Linha 9 – Esmeralda). Se você pegar os caminhos alternativos para fugir das balsas, o percurso aumenta um pouco.

Qual o ponto de encontro? A Ciclovia Rio Pinheiros está em reforma? Essas questões são abordadas neste texto.

Perdi meu número de inscrição / não consegui me inscrever. E agora? Se perdeu o número, entre em contato com o pessoal do Instituto. Se não se inscreveu, inscreva-se, ainda dá tempo. Em último caso, você vai precisar preencher o termo de responsabilidade no comecinho da Estrada de Manutenção, para poder entrar na área do parque.

Posso ir direto pela Imigrantes? Por absurdo que seja, há relatos de que em 2011 a Polícia Rodoviária não estava deixando os ciclistas fazerem o caminho direto pela Imigrantes e as pessoas tinham que voltar – apesar do direito previsto em lei de trafegar pelo acostamento. Chegaram até a dizer a algumas delas que a descida havia sido cancelada. Para não arriscar perder a viagem, é melhor fazer o caminho oficial, já negociado pelo Instituto CicloBR com as autoridades.

Que horas vou chegar em Santos? Depende que horas começar a viagem. O percurso costuma levar entre 6 e 10h, dependendo de quanto você para pra tirar fotos, conversar, admirar a paisagem e as cachoeiras do caminho. Recomendamos começar o passeio bem cedo, para fazer o trajeto com tranquilidade e tempo suficiente para chegar à entrada do parque até às 16h, quando ninguém mais poderá entrar na Manutenção, para não correr o risco de ficar por ali no escuro. Começando cedo, você pode aproveitar bastante a cicloviagem, sem se preocupar muito com horário.

O que devo levar?

  • Alguma coisa para comer no caminho. Leve frutas secas, barras de cereais ou mesmo um lanche, se for possível. Você vai sentir fome no caminho e não haverá onde comprar comida por um longo trecho. Tente levar algo salgado, nem que seja biscoito de polvilho. Se sentir fome, pare e se alimente. Jamais pedale com sede ou com fome: são indicadores de que você passou da hora de se hidratar ou de se alimentar. Coma antes de sentir fome, beba antes de sentir sede. Veja no mapa algumas sugestões de pontos onde você pode comer antes de pegar o trecho longo sem comida.
  • Se você não tiver uma mochila de hidratação, leve uma garrafa grande de água. Se sentir sede e a água tiver acabado, peça um pouco para alguém. Não pedale com fome ou sede em hipótese alguma, o percurso é longo.
  • Leve uma bomba, ferramentas e uma câmara reserva, mesmo que não saiba trocá-la (você pode pedir ajuda a alguém).
  • Protetor solar, pois você pedalará por horas.
  • Capa de chuva, pois é comum haver tempo úmido no topo da serra.
  • Tudo que você levar na mochila deve ser embalado em sacolas plásticas para não molhar em caso de chuva.
  • Mais itens no nosso checklist!
As empresas de ônibus na rodoviária de Santos estão habituadas a transportar bicicletas e não criam caso com isso. Mas leve elásticos com ganchos (conhecidos como “aranhas”) para que a bike não fique pulando dentro do bagageiro ao longo do caminho.

E pra voltar? Ônibus na rodoviária de Santos. Sim, eles deixam colocar bicicletas no bagageiro. E sim, elas cabem lá. Leve elásticos do tipo “aranha” (usados por motociclistas) para prender a bicicleta no bagageiro.

Vai ter ônibus para todo mundo? Para garantir sua volta, é altamente recomendável comprar a passagem com antecedência. Por via das dúvidas, há grupos fretando ônibus ou vans para a volta. Dê uma espiada na página do evento.

Se eu comprar a passagem com antecedência, para que horas marco a volta? Depende como você pretende fazer a descida. Para fazer com bastante tranquilidade, apreciando a viagem, conversando, tirando fotos e ainda poder aproveitar o final de tarde na praia, tomando uma cervejinha e batendo papo com novos e velhos amigos, recomendo marcar a volta para a partir das 20h.

A estrada de manutenção não é perigosa? Mais ou menos. É só tomar alguns cuidados simples:

  • Há bastante limo, principalmente no alto da serra, pois o clima ali é bastante úmido, mas ele costuma ficar nas laterais da pista. Fuja dele.
  • Não deixe a bike pegar muita velocidade nas descidas, pois elas sempre terminam em curva e, muitas vezes, com limo. E se você estiver muito rápido, não vai conseguir frear.
  • Não esqueça que a estrada é de MÃO DUPLA e eventualmente passam carros ou motos subindo. Mantenha-se na mão correta para não ser pego de surpresa.

Minha bike aguenta? Não sei. Ela aguenta trilhas? Leve numa boa loja e peça para fazerem uma revisão completa, explicando que você vai fazer a Rota Márcia Prado e veja o que te dizem. Aproveite para colocar uma fita antifuro nos pneus da sua bike. Recomendo fortemente usar sapatas de freio NOVAS, porque se estiver chovendo elas vão desgastar muito rápido. Evite ficar o tempo todo freando, para não comer todo o freio de uma vez. Na entrada do Parque da Serra do Mar, voluntários do Instituto CicloBR farão uma avaliação em cada bicicleta, verificando principalmente o sistema de freios; se não estiverem em boas condições, não será permitido que o ciclista acesse o parque, para evitar acidentes.

Só desce quem fizer inscrição? Não. Será possível participar sem ter feito a inscrição prévia, mas será necessário preencher o termo de responsabilidade na entrada do Parque. Para não perder tempo ali na entrada, recomendamos a todos que se antecipem fazendo a inscrição online.

Dá pra fazer de speed? Tem alguns fortes que vão de speed sim. Desconfio que alguns irão até de fixa. A maior parte do trajeto é de asfalto, mas como há cerca de 20 quilômetros em estrada de terra, não recomendo: as rodas podem entortar, já que não foram projetadas para aguentar impactos. Se for sua única bike, sugiro usar um pneu 1.5.

Dá pra usar um pneu 1.5 slick? Sim, dá, eu mesmo vou fazer isso. É só tomar cuidado nas descidas de terra, principalmente se o chão estiver molhado. Mas pneus 1.0 não são recomendados. O ideal é que a bicicleta tenha pneus híbridos, já que o trecho de terra, se não estiver chovendo, pode ser percorrido com pneus de asfalto sem grandes problemas. Pneus totalmente cravados aumentam o arrasto e, consequentemente, o esforço.

A mochila vai ficar muito pesada, não vou me cansar por isso? Instale um bagageiro na bicicleta e coloque sua bagagem nele. Nas costas, leve no máximo uma mochila de hidratação. Levar muito peso na mochila pode deixar suas costas e ombros doendo – a não ser que você já esteja acostumado.

Qual o melhor ponto de saída para quem vem de outras cidades, em ônibus fretado? Sugiro acessar a Ciclovia Rio Pinheiros a partir do Parque do Povo, da Ponte da Cidade Universitária ou preferencialmente da Estação Santo Amaro, locais onde o acesso é por rampa e não deve haver fila para entrar na ciclovia. E não é necessário parar o ônibus perto do acesso: parem mais longe um pouco, onde houver espaço, e pedalem em grupo pelas ruas até o acesso. Nos finais de semana, de manhã bem cedo, as ruas de São Paulo são muito tranquilas.

É obrigatório o uso de capacete? Apesar de não ser item obrigatório pelo Código de Trânsito, segundo o pessoal do Instituto CicloBR será item obrigatório para entrar no Parque – além de recomendável devido às características do trajeto.

Vai ter fila na balsa? Em 2012, ciclistas perderam horas na fila das duas balsas (veja aqui). Por isso, na edição 2014 o Instituto oferece uma alternativa de rota para quem não quiser esperar na fila da balsa. Se você aceita aumentar o trajeto a ser pedalado, é uma boa opção. Veja no mapa.

E os assaltos? Muitos ciclistas reclamam da segurança da Rota, principalmente no trecho da Baixada Santista. O CicloBR enviou ofícios para os órgãos competentes, incluindo a Polícia Militar Rodoviária e vem solicitando o apoio da Policia Militar em pontos mais inseguros do trajeto, visando não ocorrer nenhum roubo durante o passeio. Em todo caso vale a dica: o trecho mais perigoso é na Rodovia Anchieta, já na Baixada Santista, onde já tivemos relatos de roubos (veja no mapa). Por isso é importante nesse trecho andar em um grupo grande e unido.

Vai dar praia? Se você descer cedo, consegue ainda curtir a praia. As cidades do litoral tem muitas ciclovias e você pode aproveitar para passear por elas, conhecer um restaurante bacana, tomar uma água de coco, colocar os pezinhos na areia. Só é importante comprar com antecedência a passagem da volta e ficar atento para não perder o horário do ônibus, pois muita gente estará voltando na mesma noite e os ônibus costumam lotar!

Ainda tem dúvidas?

Mande um e-mail para rotamarciaprado@ciclobr.org.br e os voluntários do Instituto irão ajudar a esclarecê-las.

Outra opção é lançar a dúvida na página do evento, onde outros ciclistas experientes poderão contribuir com sua opinião.

Pôr do sol na praia: prêmio para quem passou o dia todo pedalando

O Vá de Bike te ajuda no planejamento


mapa rota marcia pradoVá de Bike disponibiliza um mapa do trajeto, com a indicação de locais de parada para abastecimento de água e comida, além dos pontos com relatos de assaltos - veja nosso mapa aqui.

E temos ainda outras informações que vão te ajudar no planejamento da viagem:

65 comentários em “Tire suas dúvidas sobre a Rota Márcia Prado

  1. Meu nome é Adilson tenho uma bike aro 26 Boa com catraca mega ranger pneus híbrido banco confort rodas aero, será que dá para fazer o trajeto numa boa, geralmente faço percurso de 3 /4 /5 / horas na cidade,vários tipos de trajeto com rua bem pavimentada, subidas e decidas também para quem já foi no evento qual é a opinião. Obrigado pela ajuda.

    Thumb up 0 Thumb down 0

  2. Olá meu nome é Marcio Lopes moro região do Grajaú (Eliana) Tive a oportunidade de participar das edições Rota Márcia Prado 2009,2011,2014.
    O que eu quero registrar aqui é o seguinte,de todas as vezes que participei sempre teve o fato de não ter apoio de alguns órgãos públicos,inclusive até mesmo a proibição do evento.
    O que será de fato impeça a legalização para esse evento?
    Mesmo sabendo que oficializando e criando estrutura dando segurança para quem participa (mesmo que precise de pagar uma taxa para manutenção justa) todos sem ganhando.
    Não basta só mente mostrar o caminho e incentivar as pessoas a irem mas também buscar parcerias estruturas para que possa garantir o acesso e o minimo de segurança na baixada.Vejo dois problemas cruciais que faz com que este evento não se torne realmente “oficial”:
    1-ciclovia para o trecho imigrantes(garantir segurança para quem pedala e quem dirige).Alegam o risco de acidente “que claro é eminente”.
    2-Sinalizar ou até mesmo colocar grades,alambrado,tela de segurança,placas informativas nas dependências do parque estadual serra do mar, para que não haja acidentes nos trechos de perigo.Por se tratar de um área de serra onde há penhascos).
    Explorar o comercio de forma organizada como é feito no zoológico por exemplo
    criar guaritas ou postos policiais no trecho de saída do parque, até a rodoviária por exemplo para inibir riscos de assalto.
    No dia 04/11/2016 tive a oportunidade de ter uma conversa rápida por telefone com o assessor de comunicação do parque e foi exatamente esses problemas que sitei que faz com que a Rota Márcia Prado não seja viabilizada.
    Acredito que seja simples assim, todos os órgãos públicos sentarem na mesa com disposição, para RESOLVEREM esta questão da viabilização e adaptação da RMP que não é algo difícil de solucionar que é do interesse de todos os ciclistas.Até quando ficaremos neste impasse?

    OBRIGADO PELA ATENÇÃO.

    Thumb up 0 Thumb down 0

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *