Foto: Willian Cruz

Após adiamento da interdição da Ciclovia Rio Pinheiros, ciclistas alteram formato do protesto

Após adiamento da interdição, manifestação foi alterada para uma grande pedalada na Ciclovia, no domingo às 14h. Saiba mais.

Foto: Willian Cruz
Foto: Willian Cruz

Após o adiamento da interdição, comunicado nesta quarta, a manifestação programada para o final de semana foi alterada. Antes seria feita uma vigília, permanecendo na ciclovia por mais de 24h; agora, o formato será de uma grande pedalada na Ciclovia Rio Pinheiros no domingo, com concentração a partir das 14h e início às 15h. Saiba mais na página do evento.

A intenção é “lotar a ciclovia” e mostrar a força da união de dos ciclistas da cidade, sejam trabalhadores, esportistas, profissionais ou de passeio. A concentração será na entrada Vila Olímpia da Ciclovia.

Participe!

Esteja presente nessa manifestação pacífica. Leve sua família, chame seus amigos. Ajude a mostrar que existe demanda pela ciclovia e que exigimos uma alternativa aos frequentadores do espaço. Venha mostrar que somos muitos e não vamos nos calar frente a uma decisão que coloca vidas em risco e nega o direito de circular com segurança de bicicleta pela região.

Importante frisar que a ciclovia ainda será fechada em algum momento. Precisamos mostrar nossa força e união, exigindo alternativas para nosso deslocamento, treinamento ou mesmo passeios.

Veja o evento no Facebook e confirme sua presença!

Reunião com Metrô e CPTM

O adiamento, anunciado pela Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos, permitirá a realização de uma reunião com ciclistas, onde “serão apresentados os principais aspectos do projeto e debatidas as alternativas possíveis que atendam às necessidades dos ciclistas e a continuidade das obras” (saiba mais).

O Vá de Bike foi convidado a essa reunião e trará informações aos leitores, representando, junto a outras entidades, os interesses dos cidadãos que utilizam a ciclovia. Os comentários aqui da página estão abertos para as sugestões de vocês quanto a possíveis alternativas que permitam que os ciclistas continuem fluindo com segurança durante a duração das obras.

Continuaremos mantendo os leitores informados sobre a situação. Acompanhe aqui pelo site, pelo Twitter e pela nossa página no Facebook.

Ciclovia será interditada por dois anos

Apesar da suspensão do fechamento, que ocorreria na próxima segunda-feira 7, a ciclovia ainda será fechada em algum momento, para realização das obras da Linha 17-Ouro do Metrô, o Monotrilho.

A interdição se dará em um trecho de 4,6 km, entre as estações Granja Julieta e Vila Olímpia. Mesmo sendo chamada de “parcial” pelo comunicado oficial do Metrô, ela torna impossível utilizar a ciclovia em toda sua extensão.

É importante frisar que uma das pontas interrompidas, na altura da estação Granja Julieta, não tem acesso para que os ciclistas possam sair, sendo o ponto de entrada/saída mais próximo na estação Santo Amaro, a 3,8km de distância. Dessa forma, o trecho “morto” da ciclovia será de 8,4 km, mais de um terço da extensão total da via.

A interrupção na ciclovia afeta tanto os cidadãos que utilizam a bicicleta em seus deslocamentos diários quanto os que a utilizam para treinamento ou mesmo passeios com a família. A interdição ainda isola o trecho Guarapiranga da Ciclofaixa de Lazer. Saiba mais sobre os efeitos da interdição.

Alternativas

Que as obras do Monotrilho são importantes (embora se possa questionar o formato da solução), todos concordam. Mas deve ser oferecida uma alternativa aos cidadãos que dependem dessa via para se deslocar, treinar ou mesmo passear. As vias da região são reconhecidamente agressivas à circulação de bicicletas.

Várias ideias têm sido apresentadas pelos cidadãos. Uma delas seria a sinalização de um trajeto alternativo pelas vias da região, em forma de ciclofaixas. Para isso, seria necessária a participação da Prefeitura, através da Secretaria de Transportes e da CET.

Outra opção seria a criação de uma estrutura leve, temporária e móvel que ficasse sobre a água nos trechos interditados, podendo ser reposicionada conforme as obras avançam. Dessa forma, não precisaria ser muito longa.

Também chegou a ser sugerida a utilização da margem oposta, onde há uma pista de terra, mas para isso teria de ser criada uma estrutura para transpor o rio sem que a passagem de balsas seja interrompida.

Se você tem mais alguma sugestão, escreva nos comentários da página. Vamos debater essa questão.

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8 comentários em “Após adiamento da interdição da Ciclovia Rio Pinheiros, ciclistas alteram formato do protesto

  1. Acho que a prioridade agora é que se façam acessos em todas as estações para que os ciclistas possam utilizar as virtuais vias alternativas . Sem esses acessos será impossível viabilizar o resto.
    Sinalização e fiscalização das vias alternativas escolhidas é o segundo ponto. Tem que haver segurança redobrada pois aquela região ( paralela ao trecho da ciclovia que ficará fechada) tem tráfego intenso devido ao grande número de empresas e prédios comerciais.
    Se houver (boa) vontade, dá pra resolver a questão.

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  2. Há uma ponte da Sabesp na estação Socorro da CPTM, será que suporta um fluxo controlado de bicicletas? Do outro lado da ponte, há até um portão, onde poderiam criar um acesso para os ciclistas. Esticar pela margem oposta até a Usina de Traição. Como sugestão, poderiam estender a ciclovia pelo canal Guarapiranga, saindo do entrocamento com o rio Pinheiros, passando pela ponte Bayer, criar acesso do canal para Av. Guarapiranga, continuar passando pela barragem da Sabesp e ligando ao parque da De Penedo que fica atrás da Sabesp e Eletropaulo, criar acesso Pela Av. Guarapiranga. Dar maior capilaridade a ciclovia.

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  3. Absurdo a falta de planejamento e visão sistêmica do Metrô, CPTM, Governo do Estado de São Paulo, EMAE, e construtoras. Há tecnologia suficiente no mundo para construírem rapidamente uma ponte metálica ou mesmo móvel. Veja aquela que foi anunciada pela Bayer. Aliás um projeto que não ajudará muito ao ciclista.
    Há necessidade de pontes pequenas e leves que atravessem o rio Pinheiros, não é um rio profundo e não há agitação da água. Técnica e tecnologia existe, basta apenas o fator humano e objetividade.

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  4. Utilizo a ciclovia diariamente para me locomover ate o trabalho. Entro pelo acesso Av.Miguel Yunes e saiu na Vl.olimpia.

    Precisamos de uma alternativa. Hoje existe alternativa para os veiculos motorizados, alternativas para quando ocorre problemas com os trens e metro, porque nao existe alternativa para as bicicletas? É um absurdo nossos governantes fecharem os olhos dessa forma e nao tomarem uma atitude.

    Nao sei se ja foi comentado aqui sobre possiveis alternativas em relacqo ao trecho que podera ficar interditado, vai ai a minha dica:
    Atualmente existe uma pequena ponte antiga e desativada junto a principal ponte do Morumbi. Ali seria possivel construir acessos dos dois lados do rio pinheiros, assim seria possivel cruzar o rio pinheiros. Em seguida poderiam asfaltar parte da pista de terra até chegar junto a usina, pois ali eu ja vi diversos carros da EMAE fazerem isso. Pronto, simples, estaria na Vl.olimpia. Usa solucao temporaria. Resumindo: Para quem segue sentido vl.olimpia poderia entrar nesse acesso da pequena ponte do morumbi, cruzar o rio pinheiro e seguir pelo outro lado da marginal até a usina/vl.olimpia. da mesma forma para quem vem do outro sentido. Espero ter ajudado. Boa sorte a todos nos ciclistas de São Paulo.

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    1. Marcelo, o uso da ponte velha do Morumbi por ciclistas é interessante, mas neste caso não resolve o problema. As obras seguirão até próximo da estação Granja Julieta; as obras de maior impacto serão depois da ponte, junto à estação Morumbi-CPTM, onde será construída uma estação, e logo após, com um aparelho de mudança de via; também a travessia do rio, próximo à Granja Julieta, deve trazer impacto maior.

      Fazer a ciclovia na margem oposta seria uma solução excelente, com acessos e travessias – se houvesse acessos em Traição e na ponte João Dias e a integração ao trecho em obras próximo à estação Santo Amaro, o problema estaria resolvido -, mas não atende o caráter emergencial que é necessário agora. Falhou o metrô, falharam os órgãos que deram a licença de instalação sem levar em conta o impacto na ciclovia; agora a solução terá que ter cara de remendo mesmo. Infelizmente…

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  5. Acredito que a interdição da ciclovia era devido ao tráfego de caminhões e guindastes que sempre estão presentes em obras desse porte, mas mesmo assim, isso não justifica fechar uma via sem dar alternativas aos cidadãos.

    Uma solução seria o Metrô implantar uma pista lateral isolada por tapumes, paralela à ciclovia, assim caminhões poderiam utilizar a pista mais próxima da linha da CPTM, onde serão implantados os pilares do monotrilho e os ciclistas poderão passar por uma pista segregada mais próxima do rio.

    Algo solução semelhante está sendo realizada com os carros na Av. Adolfo Pinheiro, em Santo Amaro, onde gradativamente o Metrô vai construindo ruas de desvio nos locais onde é necessário a escavação ou interdição da avenida.

    Vamos comemorar realmente quando tivermos uma solução que beneficie a todos: tanto os ciclistas que muito contribuem para melhorar a cidade e, a nova obra, que também deverá ajudar na mobilidade da nossa cidade.

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  6. Vejo que as alternativas para que atenda a todos, deve ser focada na manutenção do trajeto original da pista, com possiveis desvios. Pelo que conheço, acho pouco provavel que isso aconteça.

    Para os que treinam lá, o impacto é um pouco menor, já que é possivel continuar utilizando, porém mudando os trechos percorridos e as quantidades de ida e volta.

    Já para quem utiliza como via de transporte para o trabalho, o que percebo são muitos todas as manhãs, o impacto é imenso, inutilizando esse modo gratuito de transporte.

    Sendo assim, penso em algumas possibilidades:

    1) Adaptação da via para continuidade no trajeto origina, como já citado;
    2) Acesso a outra margem do rio via Usina ( Vila Olimpia ) e adaptação da pista, pois se torna inviavel circular por via de terra;
    3) Interdição da forma proposta, porém em cada bloqueio deve ser feito em estações da CPTM e oferecido o bicicletário para deixar a bicicleta. Para quem acessar essas estações via ciclovia, deve-se conceder a gratuidade ida e volta pela CPTM somente nessas estações. Nesse caso, minimizamos o impacto para os trabalhadores que utilizam a via e para os que treinam, como eu, nos adaptamos nos trechos liberados.

    Espero ter ajudado e domingo estaremos lá, realizando uma pedalada diferente !

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  7. Eu ‘as vezes me ulitizo da linha da CPTM entre a estação Pinheiros e a estação Berrini para ir ao trabalho, quando não vou de bicicleta. Quando estou ali na plataforma, diante da ciclovia, sempre fico pensando no absurdo que é toda aquela situação. Fizeram uma ótima ciclovia, cujo segundo trecho entregue foi feito com material especial, de boa qualidade. Vinte kilômetros que interligam 2 pontos da cidade em linha reta, onde no horário de pico se vê milhares de carros parados e uma linha de trem lotada com as plataformas cheias.

    Fico me perguntando: Por que não há acessos ‘a ciclovia a pelo menos cada duas estações? Por que não há iluminação noturna e uso 24 horas da via? Por que não instalam as estações das bicicletas públicas, as laranjinhas, a cada acesso da ciclovia para as pessoas aliviarem os trens e de quebra fazerem exercícios? Me dá muita pena de ver a ciclovia subutilizada por pura falta da expansão e possibilidades de que se possa frequentá-la.

    Então esse protesto além de ser contra uma absurda interdição de parte da ciclovia, tem que ser por todos os outros absurdos já listados e temos que exigir mudança.

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