Sinalização de solo da Ciclovia Rio Pinheiros

O Vá de Bike é contra ciclovias?

É o que pensam alguns leitores. E cabe aqui um esclarecimento, pois essa não é uma pergunta que tenha como resposta um simples “sim” ou “não”.

É o que chegam a pensar alguns leitores, como manifesta Henrique Barcelos em seu comentário, reproduzido abaixo ipsis litteris:

“Eu acho engraçado voces nõa terem uma campanha pró-ciclovias – não vejo nada – no entanto, nas imagens do blog, certas fotos só são possíveis em cidades com ciclovias – levar bebês em bikes? só em cidades com ciclovias – qual é o problema de vocês? Por que não param de ver que só camapanha por educação não basta? acham que vão educar a população brasileira? digamos que seja até possível – mas me diga: acidentes em vias rápidas existem mais em pistas compartilhadas ou segregadas? acho q nem preciso dizer nada né? há algo de errado com a postura de vocês, e as pessoas q clamam pos ciclovias já estão percebendo isso.”

A opinião do leitor claramente se baseia na leitura de um único texto, ou de alguns poucos que se referem apenas à lei do 1,5m.

Não há como negar a importância de ciclovias. Mas a solução para a bicimobilidade não pode se basear exclusivamente nelas. Muito menos em promessas de um futuro cheio de faixas vermelhas. Os ciclistas já usam as ruas agora e precisam ser protegidos. Para ontem.

Se fôssemos contra ciclovias, não publicaríamos textos como este, convocando a participar de uma Audiência Pública para cobrar a promessa de construção de uma ciclovia. Não faríamos uma cobertura tão grande da expansão da Ciclovia Rio Pinheiros, ressaltando sua importância para a cidade e reforçando sempre que ela deve ter mais acessos, para que possa ser cada vez mais utilizada. Não publicaríamos um artigo elogiando o fato de Aracaju ser recheada de ciclovias, uma denúncia sobre o atraso de 16 anos na construção da Ciclovia da Faria Lima, ou uma matéria destacando que a morte do ciclista Lauro Neri poderia ter sido evitada se a ciclovia da Eliseu de Almeida tivesse sido construída. Não faríamos matérias explicando como funcionam as ciclorrotas, nem apoiaríamos a Ciclofaixa de Lazer. Há tantos exemplos que este texto se tornaria maçante.

Ciclovias como solução única

A questão é que ciclovias, por si sónão resolverão magicamente o problema da mobilidade, a não ser que façam parte de um plano cicloviário completo e integrado, que permita o deslocamento do ciclista de forma segura por toda a cidade.

E aí entramos em um ponto crucial e tantas vezes citado pelos cicloativistas. É fisicamente impossível ter ciclovias em todos os 17 mil km de vias da cidade de São Paulo, ou em todas as vielas de qualquer que seja a cidade, aqui ou na Europa. Nunca haverá uma ciclovia levando você da porta de casa até a porta do trabalho. E, quando você sair da ciclovia, precisará ser respeitado e reconhecido como veículo, com direito de utilizar as vias, não como um intruso que saiu do cercadinho e merece ser escorraçado para que aprenda a se comportar.

Ciclovias são importantes sim, justamente em vias rápidas, como bem lembra o leitor. Mas cada via, de acordo com suas condições e utilização, demanda um tipo de infraestrutura. Além disso, para implementar uma ciclovia é preciso estudo, projeto, aprovação, licitação, obra, readequação do viário… às vezes até desapropriação. Ou seja, cada ciclovia demora bastante para sair. Veja o exemplo da ciclovia da Av. Faria Lima, em São Paulo, que ficou na promessa por dezesseis anos até ser finalmente construída.

Não podemos esperar que a cidade esteja cheia de ciclovias para só então colocarmos nossas bicicletas nas ruas – e, ainda assim, apenas onde as ciclovias existirem. Os ciclistas pedalam nas cidades, hoje, agora. E precisam ser protegidos.

Se permitirmos que se propague a cultura de que o lugar de bicicleta é só na ciclovia, estaremos fazendo com que o ciclista esteja em situação de risco toda vez que precisar sair dela. É o que já acontece em algumas cidades brasileiras, que apostaram no modelo único da segregação do modal.

A base precisa ser construída sobre respeito. E se esse respeito, previsto em lei, não for garantido, fiscalizado e punido, sempre que um ciclista estiver circulando em local onde não exista ciclovia, continuará sendo visto como um transgressor que merece ser punido. E isso não podemos permitir.

Saiba mais
Entenda a importância de ultrapassar a 1,5m 

Veja, em vídeo, com ultrapassar um ciclista de forma segura

Saiba por que há ciclistas que pedalam no meio da rua

40 comentários em “O Vá de Bike é contra ciclovias?

  1. Passei de carro pela marginal Pinheiros hoje 27/10/12 11 h, observei alguns trechos da ciclovia e realmente dá vontade de ir de bike por lá. Pista novinha, bonita, porém acredito que até dê para acostumar com o mau cheiro do rio, o que não parece fácil, pois dá a sensação de ser muito insalubre. Acho que deveria ser aconselhável o uso de máscara de proteção contra gazes. Estou exagerando?

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    1. Oi, Eduardo. A máscara dificultaria a respiração e não creio que sejam gases assim tão tóxicos. Os emitidos pelos escapamentos dos carros, para quem usa a via principal, também é nocivo mesmo para quem está dentro dos automóveis, mas não é por isso que vamos dirigir com máscaras, né? 😉

      O cheiro é apenas em alguns pontos do rio, principalmente na região da Vila Olímpia e Pinheiros, melhorando mais ao sul. E depende muito do dia. Claro que seria MUITO melhor se não houvesse esse odor, mas não é nada impeditivo. Ainda acho melhor do que ficar parado no trânsito. 🙂

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  2. gostei da materia e assino em baixo. é o mesmo pensamento que eu tenho.
    e minha atitude é pedalar nas ruas com meu veiculo, ocupando meu espaço.
    e ouvindo reclamaçoes dos motoristas que nao conhecem( ou nao respeitam) o CTB.

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  3. Na cidade temos ciclovias, muitas delas retalhos apenas. Então faço a regra do respeito evitando por alguém em risco. Felizmente quase todos respeitam aqui. Abraços.

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  4. Diego

    Concordo com tudo que você disse, sobre mobilidade urbano e educação. Porém, na minha opinião, precisa as vezes criar um ambiente propício para que isso se torne realidade. É um circulo, as pessoas não se sentem seguras em andar de bike e por isso optam pelo carro. Optando pelo carro, o transito fica mais caótico e menos seguro para as bike. O poder maior da ciclovia, de novo na minha opinião, é gerar a idéia coletiva que bike não é apenas para diversão.

    As ciclovias vão permitir mais gente optando pela bike, da mesma maneira quando o poder publico sai aumentando as pistas da marginal para incentivar o carro. Quanto mais gente de bike, mais normal ela se tornará e mais gente vai exigir os direitos da bicicletas e transporte público. Catalisando assim uma transformação gradual para uma cidade mais humana, se afastando da ditadura do carro.

    Como disse, as pessoas só iram perceber a magia que andar de bicicleta pela cidade. Quando elas mesmas sentirem esse prazer, para isso acontecer as vias devem permitir os iniciantes se sentirem seguros e assim por diante. Capiche ?

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  5. Conforme a Luciana expôs muito bem, o maior problema é a População, é o brasileiro. Exemplo: a prefeitura (São Paulo) lançou a campanha sobre respeito a faixa de pedestre, pronto, o super ego do pedestre agora o faz ter super poderes e o mesmo invade a faixa, mesmo quando o semáforo está verde para os carros. Todos se acham com prioridades sobre todos. Como dizem os provérbios chineses, para ter uma vila limpa é preciso que cada um começe varrendo a sua própria calçada, então proponho que deixemos de lado o ego e próxima vez que formos ao Banco, Supermercado, Cinema, etc, que deixemos alguem passar a frente na fila; se for no Banco, deixe o cidadão mais humilde passar a sua frente, ele tem que bater cartão; Pessoas com poucos itens na fila do mercado, deixe-o passar a frente pois você ira demora mais que ele ocupando o caixa. Essas são atitudes que demonstram respeito ao próximo e quando estivermos preparados para fazê-lo não por misericórdia mas simplesmente pelo fator humano que o próximo está precisando daquela gentileza, aí sim, poderemos exigir, afinal também estamos doando gentilezas. Todos nós, pelos menos alguns de nós, somos pedestres, motoristas, ciclistas e quando estivermos em cada uma destas condições, devemos primeiro fazer nossa parte e depois exigir que o outro também o faça. Não sou a favor de segregação, e sim de facilitar a integração, ou seja, se naquele local uma ciclovia irá facilitar a movimentação de bicicleta para interligar com alguma outra região, ótimo, caso contrário continuarei as usas as ruas sem ciclovias mesmo.

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    1. Diego, é isso mesmo. Sou mais pedestre do que ciclista, e muito me irrita ver as pessoas desrespeitando o semáforo de pedestres. Gentileza é tudo. Trabalho na Paulista onde passam pessoas pra lá e pra cá o dia todo. Carros não conseguem entrar nem sair de estacionamentos pois pedestres não dão passagem, bikeboys que andam na maior velocidade em cima das calçadas, carros que não respeitam semáforos, ônibus que não respeitam passageiros…e por aí vai. O desrespeito está em toda parte, e não apenas em quem está dentro de um carro. Tá na hora sim de cada um fazer a sua parte e também pensar no próximo, se colocar no lugar dos outros.
      Quanto à ciclovia, vejo como uma forma mais segura de locomoção (fatalidades acontecem, por que nâo evitá-las?), mas apoio sim a gentileza em todas as vias, para que todos os tipos de veículos possam conviver harmoniosamente. estou aprendendo a andar de bike agora, não tenho um bom equilíbrio. Mas se a cidade tivesse bastantes ciclovias, com certeza estaria me locomovendo com mais frequência e segurança.

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  6. Fernando Norte

    Obrigado pelas informações sobre a composição das bikes no Brasil, não tinha a compreensão de que a maioria das peças eram importadas. Achava por exemplo que a caloi fabricava boa parte de todas as bikes vendidas atualmente, agora estou vendo que é o inverso.

    Compreendo que o Brasil não consegue produzir chips de alta tecnologia, mas não entendo qual a dificuldade de fabricar cambios. Será que outra industria metalurgica de São Paulo não tem essa capacidade ou apenas não vale a pena devido a competição chinesa ?

    Concordo com você sobre a baixíssima qualidade dessas bicicletas vendidas no atacado por uma pechincha. O governo deveria proibir a comercialização desse lixos, parece que tem mais plástico mole do que metal nelas. Não sei como pode ser seguro andar com uma bicicleta vendida com manetes de plástico e freio sem pino se segurança (pior modelo que existe)

    Luciana

    Presumo que você é contra as ciclovias porque não tem a experiência verdadeira de dividir espaço com os carros em cidades como São Paulo. A questão é muito mais profunda que somente a separação física, quero dizer que ciclovia é necessário mas nunca suficiente para transito melhor

    A base do seu raciocínio é falha quando não considera que começou a ocupar os espaços e que ocupa mais espaços. Bicicletas e outros meios de transporte são mais antigos que o meios movidos a energia acombustão. Se fosse assim deveria se criar carrovias, pois estes sim seriam opção a locomoção mais antiga
    O pedestre não está segregado ao calçada da mesma forma que jet-skis não estão segregados a “navegar longe da costa”. É apenas uma questão de segurança e não apenas uma separatismo de meio de locomoção.
    Além disso a grandeeeee maioria dos espaços públicos em São Paulo são exclusivos para carros. Se 10 % disso fosse reservado para bicicleta eu já estaria muito feliz e mais seguro. Além disso a ciclovia ajuda criar a cultura da bike e por conseguinte todos os benefícios de se pedalar. Te pergunto se voce ja andou pelas calçadas de São Paulo ( e ABC)

    Olhe se video da Renata Falzoni:

    http://www.youtube.com/watch?v=HyaAB2R5un8

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    1. Oi Rafael, possivelmente você não deve ter entendido o que eu quis dizer. Eu de fato sou a favor de pedestres e bicicletas, acho o cúmulo do subdesenvolvimento essa sociedade rodoviarista e escrava de automóveis em que vivemos.

      Só queria dizer que estou ao lado dos ciclistas e pedestres, com ciclovia ou sem ciclovia, com ou sem calçada…

      Abraço!

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    2. “Compreendo que o Brasil não consegue produzir chips de alta tecnologia, mas não entendo qual a dificuldade de fabricar cambios. Será que outra industria metalurgica de São Paulo não tem essa capacidade ou apenas não vale a pena devido a competição chinesa ?”
      Rafael desculpe a demora na resposta, só vi a pouco.
      Há dificuldade de fabricar câmbios sim, pois não é apenas juntar peças metálicas. O câmbio demanda um ajuste sensível em um componente cheio de engranagens, exposto e por isso deve ser ao mesmo tempo delicado, sensível e resistente. As empresas não podem simplesmente ‘copiar’ um câmbio da Shimano por questão de patentes, mesmo que assim o façam. Demanda muito investimento em pesquisa, testes e desenvolvimento tanto para produzir um quanto para definir como será a serialização dessas peças em uma linha de produção. E no Brasil, gastar dinheiro com investimento científico não é muito da nossa cultura, principalmente em um mercado que está começando a florescer.

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  7. imbecilidade achar que só se anda de bike em ciclovia, eles querem isso pois acreditam que atrapalhamos o transito mas a realidade é justamente o inverso pois quanto mais bikes na rua menos carros e menos espaços nos trens lotados do metro. só não ve isso que é ignorante e só encherga o proprio umbigo.
    são paulo está pra travar no transito, ai eu quero ver o que irão fazer pra fazer as pessoas circularem.

    Polêmico. O que acha? Thumb up 7 Thumb down 7

  8. Possuo uma speed e a ciclovia é minha preferências a minha ida ao serviço pelo trajeto ser mais “adequado” do que as vias comuns, mas atualmente enquanto ela está fechada, vou por vias de alto movimento.
    Difícilmente ouço buzinas ou “reclamações” dos motorizados, raras são as vezes que passo perigo pelo apressados, acho que se deveria ocorrer uma divulgação sobre a “pressa” do motorista ao chegar em casa, pois é a mesma que faz os acidentes ocorrerem.
    E sou a favor de mais ciclovias e ciclofaixas mas gostaria de mais ciclistas em vias de alta intensidade, para obtermos mais “Respeito” ao invés de SAIA COM A PORRA DESSA BICICLETA DAE, LUGAR DE BIKE É NA CALÇADA ou gestos obscenos.

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  9. Sabe o que eu acho? que ciclovias se equiparam aos vagões de trens exclusivos para mulheres. Acompanhem meu paralelo: mulheres são frequentemente vítimas de assédio e violência sexual nos espaços públicos, não importando se ela está de saia, calça, uniforme, batina ou de calcinha e sutiã. Ela é uma vítima simplesmente por estar naquele espaço público ao mesmo tempo que o maníaco psicótico que odeia mulheres. Ela é uma vítima do sistema que idolatra o macho como ideal humano. Então, o que fazem as autoridades já que não conseguem controlar os machos maníacos-egoístas-psicóticos? Segregam as mulheres em espaços só para elas, fora do alcance desses maníacos. Se a mulher ousar sair do espaço que lhe foi destinado, terá merecido toda a desgraça a que se expôs.

    Ciclistas são frequentemente vítimas de ataques e violência nos espaços públicos, não importando se ele está de capacete, bicicleta nova, rápido, devagar, se adulto ou criança. Ele é uma vítima simplesmente por estar naquele espaço público ao mesmo tempo que o maníaco psicótico que odeia qualquer um que lhe ocupe o caminho. Ele é uma vítima do sistema que idolatra o carro como ideal social. Então, o que fazem as autoridades já que não conseguem educar os motoristas maníacos-egoístas-psicóticos? Segregam os ciclistas em espaços só para eles, fora do alcance desses maníacos. Se o ciclista ousar sair do espaço que lhe foi destinado, terá merecido toda a desgraça a que se expôs.

    Perceberam o porquê eu sou contra ciclovias? Porque o problema não é de espaço, é de tolerância e respeito ao próximo, de respeito pela vida e integridade do outro. O problema é tão de tolerância e de respeito à vida que o eleitorado paulistano (por exemplo, pois sou dessa cidade) varre do mapa eleitoral qualquer governante que se atreva a dar prioridade para o transporte público em detrimento do individual (vide o acontecido com a Suplicy). Segregamos o pedestre em calçadas e o que acontece? Famílias inteiras são atropeladas nas portas de suas casas, sobre suas calçadas, por motoristas desequilibrados. Poderemos segregar ciclistas em ciclovias (caso haja governante com coragem suficiente para peitar o eleitorado e dar prioridade a elas), continuarão sendo atacados por motoristas desequilibrados! É só verem o respeito que os motoristas de Moema dispensam à ciclofaixa feita naquele bairro! O problema não é de espaço, este há aos montes, para todos e abrangem toda a cidade. O problema é de educação, respeito ao outro, respeito ao direito do outro, o problema é vencer esse egoísmo patético que domina a sociedade manipulada pela indústria automobélica.

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      1. Prezado Carlos,
        a colocação dela não é imbecil, cuidado com as palavras.
        se vc nunca viu “nego se aproveitar de mulher” vai ver é pq vc não é mulher.
        sobre o assédio pelo qual passamos diariamente nas ruas, me desculpe, mas só quem sente na pelo somos nós, mulheres

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        1. Prezado Carlos,
          a colocação dela não é imbecil, cuidado com as palavras.
          se vc nunca viu “nego se aproveitar de mulher” vai ver é pq vc não é uma mulher.
          sobre o assédio pelo qual passamos diariamente nas ruas, me desculpe, mas quem sente na pele somos nós

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      2. Olha cara, eu ando de metro todo dia, e não é muito, são poucas estações.
        Ainda assim percebo esse tipo de assédio TODO DIA.

        O que mais vejo é babacas se aproveitando do metrô sardinha pra roçar nas gurias.

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          1. Carlos, você foi o único que ficou revoltado com o comentário, e depois de tudo que você escreveu fica claro o porque.
            A CARAPUÇA TE SERVIU!
            Mulher paulistana tem mesmo fobia de macho, principalmente quando é um tipo de macho igual a você. Mulher paulistana gosta de HOMEM!
            E cara me desculpe mas você até pode ser macho mas não é HOMEM!

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          2. Você já parou para pensar no constrangimento da mulher em uma situação assim? Acha que qualquer pessoa armaria um barraco dentro de um transporte coletivo? Tem homens que adoram pegar um ônibus, trem ou metro lotadasso só para poder encoxar alguma mulher. Sua lógica é estupida, pois seria a mesma coisa que dizer que uma mulher que anda de mini saia ou com decote está pedindo para ser estuprada. Dá até medo de sujeitos como você, pois essa sua mentalidade é de quem sempre encontra bons motivos para abusar de mulheres.

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      3. Típico machista. O parâmetro que a Luciana expôs está correto. E o que você chama de “dominação de testosterona” na verdade foi uma segregação da qual as mulheres foram vitimizadas pela força bruta e que são ainda em vários países. Tirando a Europa, que mulher pode até andar pelada no meio de uma praça que ninguém mexe, no restante do mundo as mulheres são vítimas constante de assédios.

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    2. Gostei do seu paralelo e faz muito sentido.
      Muito sentido mesmo!
      A ideia é compartilhar o mesmo espaço, tendo respeito mútuo.
      Não que tudo deveria ser calçada, ou ciclovia, ou rua, e todos andariam no mesmo lugar.
      Para haver ordem, é preciso organizar os espaços.
      Carros e autos precisam de espaços maiores do que bikes ou pedestres, por isso ficam na rua.
      Pedestres precisam de menos espaços, por isso ficam nas calçadas, e bikes , o meio termo, ficam entre os dois.

      Todo o espaço poderia ser do “mesmo material”… apenas pintado no chão onde cada um deve andar.

      Mas claro….a educação do respeito, deveria ser predominante.

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    3. Vamos lá: fiz um paralelo que julguei apropriado para justificar o que penso. Acho que a segregação não ensina a tolerar, a segregação separa ainda mais o que já está separado.

      Quando à “overreaction” do Carlos: Meu caro, solidão excessiva, medo extremo e baixa auto-estima são problemas que tem cura. Procure um bom psicólogo. Compartilhe o mundo! 🙂

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  10. O que a população não entende, como esse leitor que provavelmente está revoltado por existir bicicletas na rua, é que a essência do CTB, como já dizia nosso amigo José Datrino: “GENTILEZA GERA GENTILEZA”! Está formado no asfalto de nossa cidade uma guerra de todos contra todos! É um absurdo ameaçar a vida de um semelhante, um compatriota, um chefe de família, crianças, adolescentes, idosos e muitos outros só pelo trágica noção de que todo segundo no trânsito é precioso! Como as pessoas estão perdendo cada vez mais tempo no trânsito elas estão surtando quando confrontam o tempo perdido dentro do carro com a preciosidade dos segundos!

    TUDO ISSO É MUITO INSANO!

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  11. Ótimo texto sobre mobilidade urbana e humanização da cidade. O paulistano deve entender que a utilização da bicicleta só beneficia a cidade, cada quilometro andado por esse modal gera mais dividendos para a cidade. As ciclovias são como vias expressas, dão mais segurança e conforto ao usuário da bicicleta, patins, skate e etc

    Minha dúvida é porque a custo de uma bicicleta no Brasil ainda é tão alto, sendo que temos uma boa fábrica nacional. A qualidade muitas vezes também deixa a desejar. Isso desestimula novos usuários a ter uma bike passeio e em seguida uma bike transporte. Como podemos solucionar esse problema ?

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    1. Rafael, apesar de você ter saído do tema, acho relevante a discussão da bicicleta ser cara no Brasil.
      Quem eu sei que pode falar melhor sobre isso do que eu é o Arturo Alcorta do site http://www.escoladebicicleta.com.br/ que acompanha bem a produção ‘bicicleteira’ no Brasil.
      Mas me arrisco assim mesmo.

      O problema do preço das bicicletas no Brasil é devido boa parte a importação e sua tributação, a outra parte é ganância mesmo. As nossas fábricas de bicicletas não produzem boa parte dos equipamentos, e quando produzem são de péssima qualidade, que não deveriam nem serem vendidas por questões de segurança, que há um regulamentação bem exigente (e às vezes equivocada) dos padrões de segurança, que a maioria não cumpre, mas cobra por isso.

      A maior parte dos componentes das bicicletas são importadas, e em muitos casos quase tudo. A Caloi ainda fabrica boa parte dos seus quadros, mas são quadros de aço (que na minha opinião é o pior material que tem, pesado e de desgaste alto) mas a grande maioria das empresas no mundo os encomendam na China e quase todos da mesma fábrica (que é da Giant).
      Mas os componentes como freios, cambios, cassetes, pedivelas etc em boa parte são importados, e nem mesmo existe fabricantes no Brasil (eu desconheço marcas nacionais de cambios ou cassetes) e a tributação de importação é alta e complexa.
      E a Caloi ainda conseguiu um lobby no governo para aumentar a tarifa de importação de bicletas montadas para que seu produto tivesse competição com os importados. Ou seja, faça o produto estrangeiro de qualidade ficar mais caro que o meu de baixa qualidade, que eu consigo vender mais o meu.

      A Houston gastou tubos de dinheiro em uma fabulosa campanha de marketing que colocou a empresa e seus produtos como uma personagem de novela das oito na Globo, mas tudo para continuar vendendo bicicletas de baixa(issima) qualidade e segurança, mas acessíveis a população em supermercados por menos de R$300,00. Ao invés de gastar o mesmo dinheiro para desenvolver um produto melhor, e mais seguro, que poderia ser um pouco mais cara que R$ 300,00.

      A Monark, que já foi um grande rival da Caloi até os anos 80/90, fechou suas fábricas em Manaus e vive fazendo seus modelos básicos de cargueiras e barra-fortes em Indaiatuba-SP, e quando fechou disse que “preferia fechar a fábrica do que fazer produtos ruins como os chineses”.

      As outras fazem o mesmo produto que a Houston ou pior, que na minha opinião representam um perigo muito grande para alguém tentar se aventurar a enfrentar o trânsito com elas, e deveriam ser proibidas de serem vendidas.

      É caro como quase tudo no Brasil, para produtos que não sabemos fazer direito e trazemos de fora. Bicicleta, Carro, Moto, Eletrodomésticos, Eletrônicos, Informática e por aí vai.

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      1. Fernando, só queria salientar um ponto em relação a Houston… conheço alguns donos de bicicletas dessa marca que já estão com elas há anos e, fora uma ou outra manutenção, nunca tiveram problemas graves.

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