Obras da Ciclovia da Eliseu de Almeida reiniciaram no dia 3/11
Com previsão para o início de 2015, 2ª fase chegará próximo ao Metrô e irá até município de Taboão da Serra. Ligação com Morumbi já será entregue agora.
A Ciclovia Pirajussara, construída no canteiro central da Av. Eliseu de Almeida, zona sul de São Paulo, teve as esperadas obras de seu segundo trecho iniciadas na segunda-feira, dia 3 de novembro, seguindo em direção ao município vizinho de Taboão da Serra e até as imediações do Metrô Butantã.
“Já devemos começar 2015 com a Ciclovia Pirajussara ligando a região central do Butantã com Taboão da Serra. É um grande desejo do povo, apurado no Plano de Metas, e que vamos entregar já ao fim da primeira metade da gestão do prefeito Fernando Haddad”, comemora Maria Rosa da Silva, atual subprefeita do Butantã. “E o principal é a segurança dos ciclistas, já que essa via sempre teve um grande movimento de bicicletas”, ressalta.
O primeiro trecho foi concretado em dezembro de 2013 e sinalizado em junho deste ano, um trajeto de cerca de 3 km entre as ruas Camargo e Santa Albina. Agora, a ciclovia segue em uma ponta até a divisa de Taboão da Serra, pelas avenidas Eliseu de Almeida e Pirajussara – e se conectaria à ciclovia que foi removida pelo prefeito Fernando Fernandes (PSDB), no início de 2013. Do outro lado, a estrutura chegará perto do Metrô Butantã, indo até a Rua Sapetuba. Este trecho também vai atender aos frequentadores do futuro Parque Chácara do Jockey, que será aberto ao público em breve.
Os trabalhos de calçamento e sinalização básica de solo devem estar concluídos até os primeiros dias de janeiro. A sinalização vertical (placas) e a horizontal (de solo) nos cruzamentos será feita pela CET, mas ainda não foi divulgado prazo para o serviço. A obra, realizada com recursos do orçamento da Subprefeitura Butantã, tem custo previsto de R$ 1.438.546,23 (sem contar a sinalização da CET) – quase o mesmo valor do primeiro trecho, cujos recursos foram destinados através de emendas de parlamentares, segundo a subprefeitura.
Ligação com Morumbi
Uma nova ciclovia na região, que será inaugurada já neste fim de semana (1 e 2 de novembro), fará ligação desse novo trecho da região do Butantã com o bairro do Morumbi, permitindo inclusive acesso ao Campus Morumbi da FMU (Faculdades Metropolitanas Unidas).
A estrutura passa pela Rua Alvarenga, Rua Aleutas, Rua Calíope, Rua Malvinas e a Avenida George Saville Dodd, sendo bidirecional junto à calçada em quase todo o trajeto, exceto na George Saville Dodd, onde ela se torna unidirecional junto ao canteiro central, em ambos os sentidos. A CET avisa que o ciclista deverá fazer a travessia entre as ruas Alvarenga e Aleutas, assim como entre a Rua Alvarenga e Rua Camargo, desmontado da bicicleta, na faixa de segurança e no tempo semafórico estabelecido para os pedestres.
Com essa inauguração, a cidade passará a contar com 105,9 km de rede cicloviária implantada pela atual gestão, neste ano. Antes dos novos ramais que vêm sendo inaugurados desde junho, São Paulo possuía 63 km de ciclovias. A meta da Prefeitura é viabilizar uma rede de 400 km até o fim de 2015 (saiba mais).
Veja o mapa das ciclovias já implantadas
Histórico da Ciclovia Pirajussara
Por Willian Cruz
Primeiro prazo prometia entrega em 2006
Segundo dossiê elaborado pela Ciclocidade, as tentativas de implantação de uma ciclovia na região vêm desde 2004, com a realização do Plano Regional Estratégico do Butantã, que estabeleceu o ano de 2006 como data para a conclusão da obra. No ano seguinte, houve o anúncio da prefeitura de que a estrutura seria concluída até 2010. Em 2008, outro projeto previa infraestrutura cicloviária em vários pontos da cidade, com uma rede estrutural integradora, incluindo o eixo da Eliseu.
Mas, como aponta o relatório da Ciclocidade, “em 2012, ao fim de mais uma gestão, o poder público não deu início a viabilização de qualquer infraestrutura básica a fim de fornecer segurança e conforto para o tráfego de bicicletas nessa importante avenida, acessada diariamente por mais de 600 ciclistas, em condições extremamente precárias e com trânsito intenso de automóveis”. A ciclovia viria a ser iniciada apenas no final de 2013 - quase dez anos depois do primeiro anúncio.
Atraso pago em vidas
Enquanto alguém pensava se desengavetava o projeto ou não e ignorava as alternativas oferecidas, vidas se esvaiam. Em 2012, o pedreiro Lauro Neri morreu na avenida, gerando protestos. Próximo a região, na Av. Francisco Morato, Nemésio Ferreira Trindade também teve sua vida interrompida, em novembro do mesmo ano. Em agosto de 2013, o chefe de cozinha José Aridelson morreu na rua Ari Aps, paralela à Rodovia Raposo Tavares. Em janeiro de 2014, o frentista Maciel de Oliveira Santos, de 42 anos, perdeu sua vida na Av. Pirajussara quando voltava pedalando para casa. São pessoas que continuariam vivendo junto a seus amigos e familiares se a infraestrutura prometida para a região já tivesse sido entregue.
Manifestações e cobranças foram constantes
Além das cobranças da imprensa e de ciclistas e moradores, que chegaram a entregar um abaixo assinado à Prefeitura, a Ciclocidade realizou uma reunião com a subprefeitura do Butantã em setembro de 2010 (que, naquele momento, assumia para si a responsabilidade pela ciclovia). Nessa reunião, os representantes da entidade ficaram sabendo que o início das obras não ocorreria antes do final de 2011, quando seria concluída a canalização do córrego Pirajussara.
A Ciclocidade sugeriu então uma nova proposta cicloviária, com a infraestrutura para bicicletas junto à calçada. Desse modo, a segurança dos ciclistas naquele importante e bastante utilizado eixo de deslocamento seria atendida mais rapidamente. Mas imprensa, ciclistas, moradores e a associação de ciclistas mais uma vez não foram levados a sério: a canalização foi concluída, mas as obras da ciclovia não começaram.
A mobilização prosseguiu. Em maio de 2012, um abaixo assinado pedindo a construção da ciclovia foi entregue ao então prefeito Gilberto Kassab. Em dezembro do mesmo ano, cidadãos realizaram uma manifestação na avenida. Outra manifestação aconteceu em fevereiro de 2013, dessa vez com a presença do subprefeito do Butantã e diversos vereadores (veja aqui), que propuseram um encontro na Câmara Municipal de São Paulo para discutir a construção da ciclovia. Uma carta de reivindicações foi apresentada nesse encontro. Na reunião foi apresentado um plano da prefeitura para a região e discutidas as possibilidades com os cidadãos.
Finalmente a implantação
Em setembro de 2013, o subprefeito do Butantã, Luiz Felippe de Moraes Neto, apresentou um projeto para a ciclovia, novamente na Câmara Municipal, em reunião da Frente Parlamentar em Defesa da Mobilidade Humana. Infelizmente o projeto não foi aprovado pela CET, por falta de qualidade técnica.
A recusa levou o subprefeito a buscar uma solução alternativa pra conseguir iniciar logo as obras - o que veio a ocorrer em dezembro de 2013, com a implementação de um primeiro trecho da ciclovia, ainda sem sinalização (saiba mais).
Em junho de 2014, a Ciclocidade realizou nova medição, contabilizando 648 ciclistas em 14h de contagem. Uma semana depois, a sinalização desse trecho inicial foi finalmente implantada pela CET. Após a sinalização, foram medidos 888 ciclistas em 14 horas, um aumento de 53% em relação a 2012.
Em outubro do mesmo ano, foi anunciado o início da segunda fase da obra, com a promessa de levar a ciclovia até o Taboão no início de 2015. Seguimos acompanhando.
Hoje passei lá e estão pintando o trecho que falta para chegar no Taboão. Curiosamente, na mesma via dos carros. Na minha opinião, seria melhor fazer na paralela à direita, muito mais sossegada.
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E finalmente a ciclovia já está praticamente pronta, faltando apenas alguns detalhes na sinalização. Mas já dá para usar ela perfeitamente do metrô Butantã até bem próximo a divisa com Taboão, bem para frente na Av.Pirajussara.
Uma vitória dos ciclistas da região e também prova de que qdo há vontade politica (começaram para valer mesmo foi na gestão do Haddad, em 2013, pois até 2012, ainda na gestão do Kassab, não tinha nada ainda.
Curiosamente, a ciclovia está “pronta” desde o inicio do mês, mas ainda não foi inaugurada “oficialmente”…
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Sabem algo sobre o trecho da Ciclovia em implantação na Vila Andrade? De onde vem e pra onde vai? Quando terminam? Acordei hoje e ao olhar pela janela vi a Rua com parte menstruada ou seja, parte pintada de vermelho… O que parece ser aImplantanção da Ciclovia. Não achei nada e estamos com uma polêmica sobre isto no bairro, Rua, condominio. Projeto muito mal divulgado… Próximos passos. Não encontrei nada no #vadebike #bikeelegal #prefeituradesp #CETSP podem me ajudar? Obrigada!!
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Ela já está pronta há bastante tempo. Esse trecho liga a Giovanni (perto do Jardim Sul) à Francisco Morato (perto da Fiat) e à ciclovia da Eliseu de Almeida.
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A questão do piso levantada pelo Thiago é importante. Na mini-ciclovia que (quase) liga a estação Butantã à USP, construída já há algum tempo, ocorreu o oposto. Devem ter recomendado piso áspero e o resultado é parecido com aqueles sonorizadores de redução de velocidade para carros… Erraram totalmente a mão lá.
A parte já construída da Ciclovia da Eliseu possui piso adequado. Ela é bastante plana. Se repetirem o mesmo piso para a nova parte, estará de bom tamanho.
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Espero que asfaltem com asfalto áspero, diferente do concreto liso que usaram na micro-ciclovia na avenida Cruzeiro do Sul, zona norte de São Paulo, embaixo da linha azul do metrô. O piso liso dificulta a tração, principalmente em subidas.
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Passei lá agora e realmente as obras começaram! Hoje foram apenas duas placas anunciando a obra, uma em cada extremidade do novo trajeto, e um trator que demarcou cerca de 20% do traçado, retirando a grama do canteiro central.
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Que noticia maravilhosa, se eles concretarem até dezembro já será um alivio e tanto. A primeira parte da avenida Pirajussara é muito rápida e comumente os motoristas usam a faixa de ônibus como pista de ultrapassagem, tirando finas dos ciclistas que trafegam por ela, até ciclistas experientes tem dificuldade nesse trecho. Já a parte na altura da vila Sonia ganhou 3 faixas e ficou muito estreita, trava tudo por ali.
Certamente essa ciclovia será um legado e tanto para a região, se a Prefeitura construir a segunda parte da ciclovia da Faria Lima e o projeto da ciclovia da Paulista, aposento meu carro de vez durante a semana.
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