Reprodução do documento que foi protocolado na Secretaria de Transportes de São Paulo, na semana de Carnaval.

Colégio particular católico consegue mandado para retirar ciclovia em São Paulo

Argumentos utilizados para justificar risco poderiam embasar restrição de automóveis no local. Atitude contradiz valores éticos e religiosos da instituição.

No polêmico trecho em frente à escola, a ciclovia é na verdade interrompida por uma longa faixa de pedestres, com sinalização de compartilhamento, alertando claramente o ciclista. Há ainda uma área de pedestres sinalizada em azul, de forma que o desembarque não ocorre sobre a ciclovia. Foto: Willian Cruz
No polêmico trecho em frente à escola, a ciclovia é interrompida por uma longa faixa de pedestres, com sinalização de compartilhamento, que alerta claramente o ciclista. Há ainda uma área de pedestres sinalizada em azul, de forma que o desembarque não ocorre sobre a ciclovia. Foto: Willian Cruz

O colégio Madre Cabrini, na Vila Mariana, conseguiu na justiça um mandado pedindo a retirada da ciclovia que passa em frente à instituição de ensino. A liminar foi expedida na quarta-feira de cinzas, 18 de fevereiro, uma semana de pouca atividade profissional na cidade, reduzindo a agilidade de defesa da Secretaria de Transportes. O impetrado foi o Secretário dos Transportes do Municipio de São Paulo, Jilmar Tatto, que deve proceder de forma a retirar a ciclovia que passa em frente ao colégio católico, além de prestar informações sobre o assunto. A Secretaria deve recorrer.

Em novembro de 2014, com a ciclovia recém-implantada, estivemos em frente ao colégio acompanhando a saída dos alunos, sem perceber nenhum conflito (apesar da agressividade gratuita de uma mãe de aluno em seu carro). Veja como foi.

Justificativas

Os motivos para a retirada da ciclovia, de acordo com o texto do documento, são bastante discutíveis. O primeiro a ser citado é que não houve consulta aos moradores do local. Ora, quando se sinaliza uma nova faixa em uma avenida, quando se alteram as regras de estacionamento ou quando se pinta uma faixa de pedestres também não há comunicação aos moradores, por um motivo muito simples: o espaço viário é público, não dos moradores. Eles não precisam aprovar ou não as modificações, pois elas são voltadas a todos que circulam pelo local, não apenas a quem reside ali.

Reprodução do documento que foi protocolado na Secretaria de Transportes de São Paulo, na semana de Carnaval.
Reprodução do documento que foi protocolado na Secretaria de Transportes de São Paulo, na semana de Carnaval.

O texto também usa como motivo para a retirada o fato de existirem, nessa rua, quatro colégios, duas clínicas e um hospital, sem entretanto citar quais destes estão de fato no mesmo lado da via em que foi sinalizada a área para bicicletas. Ora, a presença da ciclovia não impede a entrada dos automóveis nesses locais. Ela não foi murada, construída sobre pavimento elevado ou  segregada com grades ou obstáculos intransponíveis para o automóvel. E a presença de colégios deveria ser um motivo para ter uma ciclovia, que protege a integridade e a vida das crianças e adolescentes que se desloquem de bicicleta para essas instituições. Essa reclamação, portanto, esconde o verdadeiro incômodo: a retirada de áreas de estacionamento, justificadas geralmente como de “embarque e desembarque”.

O embarque e desembarque não precisa ser feito exatamente em frente a esses estabelecimentos. Quem chega de carro pode muito bem estacionar do lado oposto e atravessar a rua. Na verdade, isso sempre foi feito, já que é fisicamente impossível que todos os clientes estacionem simultaneamente na porta. E se, em alguns casos, é necessário fazer o desembarque exatamente em frente ao estabelecimento, isso pode ser feito ao lado da ciclovia, que deve ser considerada como área de calçada no que tange a estacionamento de veículos.

Se os locais citados precisam receber seus clientes praticamente dentro do estabelecimento, deveriam ter criado área de embarque e desembarque dentro de seu terreno, em vez de depender do uso do espaço público para fins particulares. O colégio, que no documento afirma fazê-lo “há mais de 50 anos”(!), possui área interna de circulação de automóveis que poderia ser adaptada para tal fim. Da forma como age há meio século, o colégio utiliza uma área que deveria ser de todos para providenciar uma facilidade particular a seus clientes.

Depender do espaço público para o sucesso de seu negócio é um erro estratégico grosseiro, pois a qualquer momento ele pode ser resgatado para o uso comum a que se destina.

Exigir na justiça a retirada da ciclovia é uma atitude extremamente anticidadã, que não condiz com uma instituição de ensino, sobretudo católica.

Além de evidenciar que a área adiante é compartilhada, sinalização pede que o ciclista pare, dando preferência aos pedestres. Foto: Willian Cruz
Além de evidenciar que a área adiante é compartilhada, sinalização pede que o ciclista pare, dando preferência aos pedestres. Foto: Willian Cruz

A perigosa ciclovia

O outro motivo para pedir a retirada da ciclovia é ainda mais incoerente. Essa parte da justificativa é uma coleção de fatores, elencados de forma a tentar convencer que uma ciclovia é algo que cria perigo para crianças em vez de protegê-las – como você pode atestar na imagem do documento reproduzida mais acima, nesta página. O texto diz ainda ser “desnecessário qualquer prévio conhecimento técnico em engenharia de tráfego” para perceber a possibilidade de acidentes mais sérios e considera a ciclovia uma “tragédia anunciada”.

Além de ter sido desprezado qualquer conhecimento básico de tráfego, parece que também não foi utilizada uma análise isenta ao listar todos esses fatores como características que tornariam a ciclovia desnecessária, supérflua e perigosa. Afinal, boa parte deles poderia ser utilizada para mostrar o quanto um grande fluxo de automóveis nessa rua representa um perigo para as mesmas crianças e adolescentes que a associação católica afirma querer proteger. Acompanhe:

  • Rua estreita e curta
    Sendo a rua realmente estreita, não haveria a possibilidade de um grande trânsito de automóveis por ela. E sendo realmente curta, não haveria nem mesmo necessidade de trafegar de carro por ela, já que sua distância total seria facilmente vencida a pé. Obs: a rua não é estreita (possuía quatro faixas originalmente, sendo duas de circulação e duas destinadas a parada e estacionamento) e nem curta (são 700 metros, quase 1 km, uma distância que poucas pessoas se dispõem a percorrer a pé). Tudo depende do que você está tentando justificar.
  • Presença de colégios e clínicas “bem conhecidos dos moradores da região”
    Se esses estabelecimentos são bem conhecidos dos moradores, supõe-se serem frequentados por eles. Portanto, não precisariam se deslocar de carro até eles, salvo raras exceções relacionadas à limitações de saúde ou de idade, que restrinjam o potencial de deslocamento do indivíduo.
  • Grande trânsito de pedestres
    Uma rua estreita, curta, com grande trânsito de pedestres, deveria ter a circulação de automóveis no mínimo restringida.
  • Grande trânsito de peruas escolares
    Uma rua estreita, curta, com grande trânsito de pedestres, deveria priorizar a circulação das peruas escolares, restringindo os demais veículos motorizados, de forma que circulem com fluidez e segurança.
  • Estação de Metrô na esquina (colada à parede do colégio)
    Uma rua estreita, curta, com grande trânsito de pedestres e uma estação de Metrô ao lado do colégio, tem mais motivos ainda para ter a circulação de automóveis restringida.
  • Grande declive do leito carroçável
    Uma rua estreita, curta, com grande trânsito de pedestres, uma estação de Metrô ao lado do colégio e um declive acentuado, que faz com que os carros desçam em velocidade, tem mais motivos ainda para ter a circulação de automóveis restringida. Obs.: o declive não é tão acentuado assim, é leve. Não dá nem pra pegar muita velocidade na bicicleta se a pessoa que a conduz não pedalar.
  • Perigo de “dano irreparável ou de difícil reparação” às crianças e adolescentes
    Nesse ponto fiquei na dúvida se estão falando das bicicletas ou dos automóveis. Em uma rua com grande trânsito de pedestres, incluindo crianças e adolescentes entrando e saindo de um colégio, o grande fluxo de automóveis alegado no documento representa um perigo de “dano irreparável ou de difícil reparação” MUITO maior do que o fluxo de bicicletas. Isso é óbvio para qualquer pessoa sensata que se disponha a fazer uma análise isenta. Não à toa, o automóvel é o maior causador de mortes de crianças por acidente em São Paulo: somando-se atropelamentos e outros acidentes de trânsito, o carro é responsável por quase metade dos óbitos, superando afogamentos, choques elétricos e quedas.
  • A “instalação em via pública” da ciclovia ofende a proteção ao adolescente e ao jovem prevista na Constituição Federal
    Parece que a instituição de ensino ainda não aprendeu que adolescentes e jovens também podem vir a utilizar a bicicleta em seus deslocamentos. Ou esses jovens não merecem ser protegidos, apenas os que pagam mensalidade ao colégio particular?

O que diz o Denatran

Ainda há outra incoerência, que não foi citada no texto final da decisão mas que pode ser vista ao consultar os documentos que originaram o processo.

A petição juntada ao processo faz citação ao manual do Denatran de Sinalização de Áreas Escolares e um dos trechos citados é justamente o primeiro parágrafo do capítulo que discorre sobre a importância de se sinalizar essas áreas. E ele diz o seguinte:

A circulação de pedestres e ciclistas constitui situação de conflito destes com os veículos. As travessias devem ser concentradas e organizadas de modo a diminuir os riscos, evitando a dispersão da atenção dos condutores. A escolha da localização e o arranjo das passagens de pedestres e ciclistas são resultado de estudo prévio aprofundado. Da mesma forma, os locais de concentração e circulação de pedestres e ciclistas merecem atenção especial. Assim, e porque os escolares são pedestres e ciclistas potenciais, a sinalização do entorno das escolas devem ser uma prioridade dos órgãos de trânsito.

“Escolares são pedestres e ciclistas potenciais”, diz o Denatran ao justificar a necessidade de sinalizar o entorno das escolas. Portanto, a sinalização de uma ciclovia no local vem exatamente ao encontro dessa necessidade, protegendo os alunos – e demais cidadãos – que desejem se deslocar de bicicleta. Mas não foi essa a interpretação da associação católica, que ignora que ciclovias são feitas para proteger vidas.

Incoerência de valores éticos e religiosos

O colégio Madre Cabrini é mantido pela Associação Madre Cabrini das Missionárias do Sagrado Coração de Jesus, uma entidade católica.

A missão da Associação faz referência a “contribuir para a defesa e a promoção da vida de crianças, jovens e adultos”. Como valores, são elencados “compaixão, justiça, solidariedade, responsabilidade social e ambiental”. Mas a decisão consciente de negar segurança na circulação das pessoas que se deslocam em bicicleta demonstra falta de compaixão. Deixar de reconhecer o direito de todos os cidadãos ao espaço público não é algo muito justo, além de demonstrar falta de cidadania. Ignorar as dificuldades de deslocamento e os riscos à vida de outras pessoas que não os seus configura falta de solidariedade. Priorizar o uso do automóvel em detrimento da bicicleta denigre sua alegada responsabilidade ambiental.

Home page da instituição de ensino: "as primeiras impressões recebidas na juventude durarão por toda a vida e produzirão frutos conforme a semente recebida."
Home page da instituição de ensino: “as primeiras impressões recebidas na juventude durarão por toda a vida e produzirão frutos conforme a semente recebida.”

Já o Colégio tem como missão “educar crianças, adolescentes e jovens (…) contribuindo para a formação de cidadãos comprometidos com a promoção da vida.” A instituição de ensino deveria, portanto, apoiar e incentivar a proteção da vida daqueles que circulam de bicicleta em frente ao local. Há embarque e desembarque, digamos, seis vezes por dia útil, durante um período de meia hora (ajuste os cálculos se você conhece melhor essa periodicidade e nos informe nos comentários). Isso totalizaria três horas por dia totalizando quinze por semana. Em nome de uma segurança adicional nessas 15 horas semanais – que, diga-se, já é conseguida com a sinalização implantada e o eventual trabalho de monitores da escola – a vida dos ciclistas pode ser exposta a risco em todas as 168 horas que uma semana contém. Afinal, sua segurança não importa, suas vidas tampouco, apenas assegurar que seja retirado o metro de travessia de ciclovia para embarcar no carro. Os valores do colégio são os mesmos da Associação, acrescidos de “espiritualidade”, portanto cabem as mesmas considerações do parágrafo anterior.

Como Filosofia Educacional, o Colégio destaca a “Educação do Coração” pregada por Madre Cabrini que, segundo o texto, tem “ênfase na formação para a cidadania”. Nota-se o belo exemplo de cidadania ao tratar o espaço público como particular e ao sobrepor necessidades individuais às coletivas.

A Revista Madre Cabrini, publicação da instituição de ensino, dá algumas recomendações importantes para “educar seu coração e sua mente para a felicidade”, que talvez as Irmãs da Associação devessem levar mais a sério. “Eduque sua mente para desvendar o misterioso caminho de sair das zonas de conforto e alcançar o encontro consigo mesmo no encontro com outras pessoas”, diz o texto. “Que você possa se desprender dos velhos paradigmas, ideias cristalizadas sem sentido”, lê-se em outro trecho. Assim como a procuração que permitiu aos advogados procederem com o mandado de retirada da ciclovia, esse texto é assinado por uma Irmã, neste caso nada menos que a presidente da Associação Madre Cabrini.

Opor-se às ciclovias é negar a proteção oferecida pela área segregada, pois a bicicleta é frágil frente ao tamanho e velocidade dos demais veículos nas ruas. É opor-se à melhoria na qualidade de vida dos cidadãos; aos benefícios à saúde e ao meio ambiente; à economia de gastos municipais com saúde, congestionamentos, acidentes de trânsito e construção de viário para automóveis; à democratização do uso do viário e do acesso à cidade; à redução da poluição sonora e atmosférica; à redução dos congestionamentos e da lotação dos transportes coletivos; a uma cidade onde idosos e crianças possam se deslocar pelas ruas pedalando. É desconhecer que o novo Plano Diretor Estratégico de São Paulo, que tem força de Lei Municipal, define em uma de suas diretrizes que o uso de bicicletas deve ter prioridade sobre o uso do automóvel. É ignorar que a Política Nacional de Mobilidade Urbana, que tem força de Lei Federal, tem também como uma de suas diretrizes a prioridade do uso da bicicleta sobre o do automóvel e, ainda, a construção de ciclovias. Mas é, acima de tudo, opor-se à proteção à vida, algo que nunca se esperaria de uma associação de irmãs católicas missionárias que pregam compaixão, justiça e solidariedade.

Veja também
18 razões para apoiar a implantação de ciclovias
Preconceito contra ciclistas

A respeito desses conflitos de valores, recomendamos complementar a leitura com este artigo do site as bicicletas, que questiona: “quem prega a compaixão pode tomar essa atitude mesquinha de expor ciclistas a risco, em razão de interesses próprios?”

178 comentários em “Colégio particular católico consegue mandado para retirar ciclovia em São Paulo

  1. Tentem levar ao colégio um par de crianças de idade pré-escolar, que não podem desembarcar e entrar sozinhas, sem poder estacionar na rua e provavelmente também não nas ruas próximas. Como fazer? É mesmo viável andar com crianças no metrô em horário de pico? E de bicicleta, carregando as crianças e as mochilas? Todos os dias? Escola precisa mesmo ter vagas de estacionamento para os pais! Também sou a favor da existência de ciclovias, mas a necessidade de cada um deve ser pesada.

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    1. A escola então que pague toda a manutenção e recapeamento da via, já que a via deixou de ser espaço público para deslocamento da população e virou estacionamento privado da tal escola.

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  2. Hoje de manhã encontrei removido o trecho da ciclovia em frente ao colégio Madre Cabrini. A rua voltou a se transformar em estacionamento para carros. Quem pedala por ali no sentido da rua Vergueiro de repende se descobre sem ciclovia e na contramão. Alguém sabe se a direção do colégio voltou a obter alguma liminar nesse sentido?

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  3. “… valores éticos e religiosos”. O colégio?! Valores éticos e religiosos?! Os ‘valores’ que interessam ao colégio são as mensalidades que as famílias pagam pela educação dos jovens! E a educação que estão dando aos alunos ao incentivar e priorizar o uso dos carros junto aos colégios, é fazê-los interiorizar essa ideia para no futuro terem idêntico comportamento. Melhor seria dizerem a ‘católica’ verdade: o colégio se rege pelo lucro, pelas altas mensalidades que cobra a quem pode pagar e querem dar-lhes em troca a comodidade de estacionar à porta. Digam a verdade e talvez Deus lhes perdoe…

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  4. Sou favorável à ciclofaixa que passa na porta do Colégio Madre Cabrini, desde que os ciclista respeitem a sinalização.
    Vocês sabem o que significa a ciclofaixa listrada de vermelho e branco, que passa em frente ao colégio?
    Significa que o ciclista deve passar por ela empurrando a bicicleta, e não pedalando.

    Polêmico. O que acha? Thumb up 6 Thumb down 8

    1. Vou colar o que respondi a outra pessoa em outro post:

      Estou passando pela faixa de pedestres tal como se deve, devagar e com extrema atenção a pedestres.

      Minha base para isso é um artigo da própria CET no seu blog [1] e o que um dos agentes me disse (o que já comentei aqui). Citando o artigo da CET [1]:

      Já a faixa de pedestres sobre a ciclovia indica a prioridade da travessia do pedestre, conforme estabelece o Artigo 29 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Para percorrer esse trecho, ao contrário do que se imagina, o ciclista não é obrigado a desmontar da sua bicicleta nem tampouco a empurrá-la. Ele pode, sim, seguir pedalando, desde que o faça sempre com atenção e cuidado recomendáveis de ser dispensado aos mais vulneráveis, ou seja, os pedestres, responsabilizando-se assim pela incolumidade destes (Art. 29, inciso XII, § 2º do CTB).

      [1] http://cetsaopaulo.blogspot.com.br/2014/11/o-que-e-e-para-que-serve-uma-faixa-azul.html

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      1. É a Ciclofaixa que eu uso todos os dias. E atravesso desmontando. Apesar da recomendação da CET, eu sou a favor de passar desmontado nessa faixa. Mas, tem que ter uma sinalização mais explicita.

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    2. Elcio, vc está parcialmente correto. No horário de entrada e saída de alunos temos que passar empurrando a bicicleta, nos demais horários em que não há travessia de alunos podemos passar pedalando.
      E concordo com vc, os ciclistas devem respeitar a determinação, até mesmo para que se evite conflitos.

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    3. Repito aqui mais uma vez, Elcio Helbe, porque já falou isso tantas vezes e está muito mal informado com ódio no coração ainda…
      Já a faixa de pedestres sobre a ciclovia indica a prioridade da travessia do pedestre, conforme estabelece o Artigo 29 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Para percorrer esse trecho, ao contrário do que se imagina, o ciclista não é obrigado a desmontar da sua bicicleta nem tampouco a empurrá-la. Ele pode, sim, seguir pedalando, desde que o faça sempre com atenção e cuidado recomendáveis de ser dispensado aos mais vulneráveis, ou seja, os pedestres, responsabilizando-se assim pela incolumidade destes (Art. 29, inciso XII, § 2º do CTB).

      O CICLISTA NÃO É OBRIGADO A EMPURRAR OU DESMONTAR. MAS EU O FAÇO, EM HORÁRIO DE EMBARQUE E DESEMBARQUE DE CRIANÇAS APENAS!

      Vou imprimir esse artigo e entregar quando ouvir novamente alguém gritando: “Aqui tem que empurrar”…mimimimii

      Um abraço, Carla! 🙂

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        1. Super!! Já vou imprimir umas e levar…heheh passo ali todo dia 2x… dá para colar em todos os postes da rua…heehhe Se colar um de manhã e um a noite, em 10 dias eu colo em tudo…heheh Bora lá… já vou fazer a ARTE…kkk

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            1. Não é antipatia antonio, é conscientizar da não obrigatoriedade de se descer da bike, pq o necessário é apenas andar em velocidade compatível de não expor as pessoas a qualquer risco. Andar devagar sim, descer não. Respeito sim, imposição não…

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    1. Eu sei…hehe Eu que postei aí…hehehhe
      😀
      Alívio! Mas vamos continuar a “política da boa vizinhança” para que situações como essa não se repitam!!

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            1. Tipo de gente: trabalhadores, estudantes, homens, mulheres, adolescente, analfabetos, nível superior completo, ricos, pobres, gordos, magros, gente que respeita o próximo, gente que não respeita, heterossexuais, homossexuais…
              Tem todo esse tipo aí…hehehhe
              Vamos parar gente! Tá chato já!
              Bora viver!

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              2. Menos, por favor.

                O ministério público nada vai fazer, pois tem assuntos muito mais importantes para cuidar do que simples comentários de um blog de internet. Se antes fosse alguma ameaça de matar alguém, ou coisa forte, vai lá…

                Os animos podem se exaltar, assim como o seu também se exautou Antônio.

                Assim como tem relatos aqui de ciclistas que foram agredidos por pais de familia e hostilizados na hora que passou em frente ao colégio.

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            1. E a segurança dos ciclistas que passam por ali diariamente? Não conta também? A vida de uma criança vale tanto qto a de um adulto e vice-versa.

              E do jeito que você fala, parece que todos os ciclistas que passarem por ali, vão atropelar as crianças.

              Isso me lembra muito o mimimi dos moradores da Rua Honduras que chamaram todos os ciclistas de imprestaveis e que não tem qualificação….ou seja, discriminação, desrespeito e falta de educação.

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              3. Amado Antonio, a valoração da vida é um princípio constitucional válido para todos os cidadãos, o que o ECA faz é prever as mesmas coisas com o porém da prioridade no atendimento das crianças (art 4º) e itens que dizem respeito somente a elas (nascimento, formação, desenvolvimento, adoção, tutela, cultura, esportes, etc).

                Sim, pensem nas criancinhas! Mas não deixe de pensar nelas em nenhum momento, inclusive quando elas pedalam 😉

                Não brigue com seus co-cidadãos! Lembre-se: eles apenas estão tentando construir uma cidade mais justa e humanizada. Ninguém está pleiteando um movimento “fora carros”, apenas “menos carros, mais bicicletas”. Muitas pessoas que hoje só andam de carro poderiam muito bem DIMINUIR seu uso do carro para não saturar as vias urbanas e liberá-las para quem realmente precise.

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              4. Dando o fato que o cara já ficou nervoso e já partiu para os ataques pessoais, estou parando por aqui.

                Discordar da opinião não lhe dá o direito de fazer ataques e nem julgar a minha pessoa, tão pouco fazer afirmações levianas sem conhecer a minha rotina, se tenho ou não filhos, o que eu faço ou deixei de fazer.

                Tenha uma boa tarde.

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            2. A segurança das crianças está garantida com uma faixa de bicicletas protegendo elas da faixa de carros que atropelam crianças diariamente em toda a cidade! Se o colégio se preocupasse com a segurança de seus alunos estaria comemorando a queda da liminar.

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    1. Fica a lição: Convivência pacífica! Tem crianças e adolescentes embarcando e desembarcando? Ande devagar e desça e empurre. São apenas poucos metros.
      E senhores pais, aprendam a respeitar os ciclistas nas ruas. Quem sabe assim tantas ciclovias não serão necessárias.
      Eu raramente passo ali nesse horário, agora que voltei a rotina normal, até me esqueço que ali é um colégio, pois as 9h a rua fica silenciosa e vazia… sem as buzinas e xingamentos que ouvi as 6h30-8h da manhã…hehe
      Mas agora já sei o nome dos seguranças e eles todos me conhecem e até alguns pais… heheh Vou passar as vezes mais cedo para dar um oi!
      😀

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  5. Normalmente eu não perco tempo comentando algo da Veja, e acho que muitos sequer deveriam, mas em respeito a Carla Moraes que tem se dedicado tanto eu sugiro que nós ciclistas, principalmente os que usam a ciclovia como eu, comecemos a discutir também no site da Veja de maneira educada, sem ataques. É muito improvável que essa liminar de em alguma coisa mas o importante é conscientizarmos e procurar uma solução melhor ali.

    “Matéria”: http://vejasp.abril.com.br/materia/ciclista-pais-ciclovia-vila-mariana/

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    1. Felipe,

      Assim como ví um ciclista descendo a toda velocidade não dá para dizer que todos os fazem, também não dá para dizer que pela atitude de alguns, todos os pais são assim. Eu mesmo jamais faria isto.

      Quanto ao diálogo, procurem a diretora da escola. Liguem para ela e sugira uma reunião com pais, representantes da CET e da prefeitura, conjuntamente com uma ONG de ciclistas e que, SE JUNTOS, chegarem a conclusão que o melhor será a retirada da ciclovia de lá, será respeitado.

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