Nota em resposta à ação do MPE contra as ciclovias em São Paulo
Entidades divulgaram nota em resposta a ação que pede suspensão da implantação de ciclovias e restauração de locais em obras, como a Av. Paulista. Divulgue.
Nesta quarta-feira, 18 de março, o Ministério Público Estadual (MPE) entrou com uma ação civil pública com pedido de liminar, exigindo a paralisação imediata de todas as obras cicloviárias em andamento na cidade, com multa diária de R$ 100 mil em caso de descumprimento. A ação também pede que a prefeitura “recomponha a pavimentação” nas obras que ainda não estejam terminadas, como no caso da Av. Paulista, também com multa diária no mesmo valor e prazo de 30 dias para realização.
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O questionamento da ação não se limita apenas ao método de implantação das estruturas, mas abrange a política pública em si, colocando em xeque a promoção do uso de bicicletas em uma cidade como São Paulo, e contrariando diretrizes do Plano Diretor Estratégico (Lei nº 16.050/14) e da Política Nacional de Mobilidade Urbana (Lei nº 12.587/12).
A ação só terá efeito se avalizada pela justiça. Ela foi distribuída para o Juiz Luiz Fernando Rodrigues Guerra, da 5ª Vara da Fazenda Pública, que a avaliará e emitirá parecer sobre o caso. Para quem quiser acompanhar, o número do processo é 1009441-04.2015.8.26.0053 e ele pode ser consultado aqui.
Vale lembrar que liminar de teor semelhante já foi suspensa pelo presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), desembargador José Renato Nalini, no caso da ciclovia da Madre Cabrini, por entender que se evidenciava “risco de dano à ordem, à segurança e economia públicas”. Saiba mais.
Nota
A Ciclocidade (Associação dos Ciclistas Urbanos de São Paulo), junto com Instituto CicloBR, ITDP (Institute for Transportation & Development Policy), União de Ciclistas do Brasil (UCB) e o próprio Vá de Bike, e diversas outras organizações e entidades relacionadas no final da nota, vêm a público manifestar sua indignação frente à ação proposta pelo MPE, que representa um retrocesso. Queremos melhorar a política cicloviária paulistana e transformá-la em uma política de Estado, entendemos que há erros pontuais na implantação, mas o programa é uma exigência legal amparada por legislações federais, estadual e municipais e não aceitaremos nenhum passo no sentido contrário ao de uma cidade mais ciclável, humana, segura, inclusiva e justa.
Veja abaixo a nota divulgada nesta quinta-feira 19, por associações e entidades de ciclistas, como resposta à ação do MPE contra as ciclovias. A ação do MPE pode ser consultada neste endereço.
Resposta ao pedido de liminar, feito pelo Ministério Público Estadual, para a paralisação das obras de ciclovias
A Ciclocidade – Associação dos Ciclistas Urbanos de São Paulo vem, juntamente com as organizações abaixo citadas, manifestar sua indignação frente ao pedido de paralisação das obras de implantação do sistema cicloviário da cidade de São Paulo, ação engendrada pelo Ministério Público Estadual (MPE) – 3º Promotoria de Justiça de Habitação e Urbanismo – por meio da promotora Camila Mansour Magalhães da Silveira.
A ação civil pública proposta, com pedido de liminar, questiona não apenas o método de implantação de tais estruturas, mas a importância da política pública em si, colocando em xeque a promoção o uso da bicicleta em uma cidade como São Paulo.
Sem querer esgotar o assunto, cabe recordar aqui os benefícios de se promover o uso da bicicleta:
- para se preservar vidas, pois a bicicleta é frágil frente ao tamanho e velocidade dos demais veículos nas ruas e almeja-se uma cidade onde idosos e crianças possam ocupar as ruas sem medo;
- para a saúde pública, promovendo qualidade de vida e reduzindo internações, gastos com medicação de uso continuo, prevenindo doenças cardiovasculares, pressão alta e ajudando a controlar o diabetes, além de reduzir o sedentarismo e a obesidade, melhorar a saúde do idoso e aumentar a expectativa de vida;
- para a mobilidade urbana, promovendo a migração dos modos motorizados para a bicicleta e melhorando a fluidez e o impacto do tráfego;
- para a segurança pública, promovendo uma nova relação com a cidade, ocupando e humanizando os espaços públicos;
- para a economia e sustentabilidade, gerando renda, economia no orçamento familiar e reduzindo os desperdícios públicos e privados com os congestionamentos e a evidente falência do sistema de transportes baseado no automóvel;
- para a redução da poluição atmosférica e sonora advindas do uso excessivo de carros, lembrando que de acordo com pesquisa do Instituto Saúde e Sustentabilidade, nos próximos 16 anos a poluição atmosférica matará 256 mil pessoas no Estado (quase 44 pessoas por dia) e a concentração de partículas poluentes no ar levará a internação de 1 milhão de pessoas e a um gasto público estimado em mais de R$ 1,5 bilhão, com pelo menos 25% das mortes (59 mil) ocorrendo na capital;
- para o comércio, pois ciclistas são clientes potenciais que passam em baixa velocidade e não exigem grandes áreas de estacionamento, podendo facilmente parar em frente a uma vitrine, entrar numa loja, conhecer um serviço;
- para atender à demanda existente pelo uso da bicicleta, uma vez que a Pesquisa de Mobilidade da Região Metropolitana, realizada pelo Metrô em 2012, registrou 333 mil viagens diárias em bicicleta durante os dias úteis, mesmo com a infraestrutura ainda reduzida, deficiente e desconectada;
- para a redução do stress causado aos cidadãos pelos congestionamentos, trazendo ganhos para a qualidade de vida e saúde individuais, melhorando os relacionamentos interpessoais e humanizando o trânsito e a cidade;
- para a retomada do uso das ruas pelas crianças, sendo uma opção de lazer que resgata uma faceta da infância há muito esquecida nas regiões mais urbanizadas da cidade, e considerando que já temos crianças utilizando as ciclovias junto a seus pais, com o potencial de em dado momento passarem a pedalar sozinhas até suas escolas;
- para a economia de tempo dos cidadãos, sobretudo nos horários de pico, quando a velocidade média dos automóveis chega a meros 6,9 km/h em alguns casos;
- para uma democratização do acesso à cidade, permitindo que todos os cidadãos tenham acesso a todos os pontos da cidade, já que as falhas do transporte público e priorização histórica do deslocamento em automóvel acabam dificultando o acesso a determinadas áreas e bairros a quem não se utiliza de um carro;
- para o estímulo à troca de modal, reduzindo os congestionamentos pelo uso excessivo do automóvel e a lotação dos transportes públicos.
Para quem anda de bicicleta em São Paulo, 2014 pode ser considerado um ano histórico. A cidade saltou de 63 km para mais de 200 km de infraestrutura cicloviária, em cerca de 7 meses. O plano para 2015 é chegar a 463 km de vias exclusivas e segregadas. O Plano Diretor Estratégico, cuja revisão se iniciou em 2013 e foi sancionado em Julho de 2014, teve a participação direta e ampla de ciclistas e da população como um todo na construção dos capítulos relativos à bicicleta e na priorização dos modos ativos de transporte, em detrimento dos motorizados individuais, seguindo diretrizes do Plano Nacional de Mobilidade Urbana (ver Artigo 6º). Este atual cenário de avanços já rende resultados importantes e não pode ser colocado em xeque mediante uma liminar unilateral e profundamente questionável.
Os resultados de tais políticas podem ser observados no aumento do uso da bicicleta na cidade, especialmente no centro expandido, a área mais privilegiada pela implantação de ciclovias e ciclofaixas até o momento, onde a infraestrutura cicloviária atende também a demanda das bicicletas de carga, melhorando o compartilhamento entre bicicletas cargueiras e pedestres. Outro aspecto interessante observado no centro com a implantação das estruturas cicloviárias é a demanda por calçadas, que continuam exíguas e insuficientes. Como exemplo prático desse aumento no uso de bicicletas, podemos citar as contagens de ciclistas feitas pela Ciclocidade na Avenida Eliseu de Almeida. Ali, houve um aumento de mais de 50% no uso da bicicleta, poucos meses após a implantação de uma ciclovia.
A ação no Ministério Público cita a todo instante a segurança de quem anda de bicicleta como premissa para sua ação, esquecendo-se que é justamente a infraestrutura cicloviária que garante a ciclistas segurança, conforto e praticidade em seus deslocamentos. A medida também questiona a necessidade de aferir a frequência de ciclistas como justificativa para a implantação de uma ciclovia ou ciclofaixa. Tal ponto não leva em consideração a função que essa infraestrutura cumpre, que é essencialmente a de induzir a demanda. Isso em uma cidade que necessita, há muito tempo, aumentar significativamente o uso de modais alternativos menos poluentes que o carro em suas ruas. A cidade de Bogotá (Colombia), antes da implantação da sua rede cicloviária de 350km, amargava um percentual de viagens feitas de bicicleta que não superava 1%. Hoje em dia a cidade já conta com 7% das viagens realizadas em bicicletas; comprovando, outrossim, que infraestrutura cicloviária induz demanda e promove a migração de outros modais para a bicicleta. Como exemplo local, podemos citar a Av. Faria Lima, onde quase inexistiam bicicletas circulando devido à agressividade do viário e hoje as contagens realizadas pela Ciclocidade nesta via apontam para mais de 1700 ciclistas no horário contabilizado, chegando a um fluxo de 193 bicicletas por hora no pico.
O relatório fotográfico e detalhado na ação do MPE apresenta problemas e casos pontuais na implantação das ciclovias e ciclofaixas e que certamente deveriam ser solucionados e que também são alvos de contínua cobrança por parte dos ciclistas. São buracos, poças d’água, falhas na pintura, bocas de lobo, grelhas, entre outros casos. No entanto, tais falhas não deveriam comprometer a política pública em si, como sugere a ação do MPE, uma vez que as soluções são de baixa complexidade e custo. Seguindo a lógica argumentativa da promotoria, certamente teríamos de proibir a circulação de veículos motorizados em praticamente toda a cidade, em decorrência da qualidade do asfalto, da proliferação de buracos nas vias e dos problemas recorrentes com semáforos.
O MPE afirma: “Ainda hoje, o veículo [automóvel] é o modal de transporte que transporta o maior número de pessoas neste Município”, o que é um equívoco grave. A maior parcela da população de São Paulo desloca-se a pé ou por meio do transporte público, segundo a pesquisa de Origem e Destino do Metrô, de 2007. Uma pesquisa mais recente, da Rede Nossa São Paulo/IBOPE, aponta que, para quem faz uso diário dos meios de transporte, o carro é a opção de apenas 20% das pessoas, enquanto transportes públicos, somados, equivalem a 34% – mesma porcentagem de quem anda a pé. Apesar de não ser o veículo mais utilizado, é fato que o automóvel é aquele que mais ocupa espaço nas vias, sendo o maior responsável pelo congestionamento na cidade, assim como pela poluição, ruído e estresse da população, constituindo imensos prejuízos diários ao munícipio. É bom lembrar inclusive, que as obras de implementação viária da cidade nunca foram debatidas publicamente, mas impostas pelos diversos governos.
Ao questionar o interesse público em se investir nas estruturas cicloviárias, a promotora mostra desconhecimento da realidade da cidade. A mesma pesquisa já citada da Rede Nossa São Paulo/IBOPE mostra que 88% das pessoas são favoráveis à construção e ampliação das ciclovias. Ela diz ainda que 71% dos entrevistados trocariam o carro por uma alternativa eficiente e segura; destes, 40% citaram a bicicleta, desde que houvesse infraestrutura adequada. As ciclovias e ciclofaixas estão sendo implementadas onde antes havia automóveis estacionados, ou seja, imóveis, devolvendo para a circulação pública e garantindo fluidez ao tráfego de veiculos a um espaço viário que estava ocioso e “privatizado”, sem qualquer beneficio coletivo. A que interesse público coletivo a promotora se refere, portanto?
O MPE fala em participação pública. Os moradores da cidade de São Paulo foram ouvidos nas discussões do Plano Diretor Estratégico e nas discussões do Conselho Municipal de Trânsito e Transportes a respeito do planejamento cicloviário da cidade. Uma Câmara Temática de Bicicleta está em funcionamento na cidade de São Paulo justamente para acompanhar a implantação do sistema cicloviário. O Ministério Público nesta ação, ao contrário do Poder Executivo, em nenhum momento procurou ouvir quaisquer das organizações aqui assinadas. Nem tampouco as obras viárias tiveram participação pública, e foram no entanto realizadas sem questionamento do MPE.
Ao sugerir desfazer a ciclovia da Avenida Paulista, uma obra discutida desde seu projeto e já em adiantado estágio de implantação, o MPE ensaia danos àquilo que ele próprio defende: o bom uso do dinheiro público e o interesse e bem-estar coletivos. A ciclovia da Paulista foi apresentada e debatida em audiências públicas, em reuniões com a sociedade civil e com organizações interessadas. Além disso, sempre foi bem recebida por quem usa bicicleta. Isso porque a via não é apenas uma das mais utilizadas por ciclistas na cidade; ela é uma infraestrutura cicloviária simbólica, em uma avenida historicamente marcada por tragédias. Sem a ciclovia, a Paulista é a via mais perigosa da cidade para quem anda de bicicleta, o que ressalta, mais uma vez, a importância da estrutura em salvar vidas.
A promotora pede ainda que se “restabeleça a funcionalidade do local”, na Avenida Paulista, para a “segurança dos munícipes”. Ou seja: o ciclista, do ponto de vista da ação, não é munícipe (ou não deve ser tratado como tal). Quando o Ministério Público questiona “para onde irão os ciclistas em dias de chuva” (sic) afirmando que “o transporte público não dará conta”, lança um enigma penoso e vazio em si mesmo: o que sugere o MPE? Que ciclistas que não quiserem pedalar na chuva deixem de existir em tais dias? Ou que utilizem carros, congestionando ainda mais o já caótico trânsito individual motorizado?
Possivelmente a promotora e sua equipe não tenham se dado conta do fato que entre as cidades com maior utilização de bicicleta no mundo estejam diversas cidades de clima instável e temperado, que oferecem condições climáticas muito mais exasperantes do que São Paulo. Podemos citar as cidades de Portland, Nova Iorque, Copenhagen, Amsterdam e Oslo. Portanto, é absolutamente equivocado dizer que as chuvas trariam uma redução do uso deste modal, que viesse a justificar a não implantação de estrutura cicloviária; além do fato da nossa cidade possuir uma chuva previsível, concentrada em alguns meses e longos períodos de estiagem. Além, claro, de existir capa de chuva, o que ocorre também com os motociclistas.
A Ciclocidade e as organizações abaixo assinadas solicitam que o Poder Judiciário rejeite o pedido de liminar, assim como o Tribunal de Justiça o fez no absurdo caso recente da ciclovia da Rua Madre Cabrini, na Vila Mariana, onde houve o entendimento de “risco de dano á ordem, à segurança e economia públicas”.
Urge transformarmos a política cicloviária paulistana em uma política de Estado, para muito além de uma gestão ou um mandato, e não aceitaremos nenhum passo no sentido contrário ao de uma cidade mais ciclável, mais humana, mais segura, inclusiva e mais justa. O Ministério Público Estadual representou hoje, surpreendentemente, um retrocesso. Retrocesso este que deve ser aparado pelo próximo a examinar a questão – o Poder Judiciário.
Assinam:
Ciclocidade – Associação dos Ciclistas Urbanos de São Paulo
Instituto CicloBR de Fomento a Mobilidade Sustentável
ITDP Brasil
UCB – União de Ciclistas do Brasil
Rede Bicicleta para Todos
Instituto Aromeiazero
CicloZN
CicloButantã
Bike Zona Sul
Movimento Ciclovia Eliseu de Almeida
Preserva Vila Pompéia
bike.tv.br
Coletivo Ideia Nossa
Vá de Bike
Coletivo Pedal Verde
Bike é Legal
Eu Vou de Bike
oGangorra
Instituto Passuaré
Sistema Negro de Som
Rodas de Leitura
Bike Anjo
Discordo da petição. Não leram direito a manifestação da promotora.
Polêmico. O que acha? 3 6
Lemos sim! Ela não é contra as ciclovias, mas… quer que remova a ciclovia da Paulista, afinal, não tem demanda… As outras, faltou projeto básico, projeto executivo e consulta à população, que ela não recebeu porque não pediu.
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Parece-me bem claro, ao ler a ação, que o MP não se posiciona contra às ciclovias, mas contra ao modo como estão sendo implementadas. Qualquer obra pública deve ter estudos técnicos de engenharia e outros. Qualquer um que trabalha em órgão público sabe disso.
O que vemos é ciclofaixa/ciclovia sendo pintadas a torto e a direito, em ruas residenciais estreitas, tudo sem critério.
Mais lamentável ainda é ver comentários tentando levar o assunto pra uma conotação política rasteira, do tipo os “vemelhos X azuis”.
Gente radical que só enxerga o seu lado, que parte pra ignorância ao menor questionamento.
Aliás, qual o sentido de tachar quem questiona, de “coxinha” ou “elite”, se é sabido que os integrantes desses grupos de pedal exibem bicicletas de 2 mil reais pra cima??
Vamos ser francos, todo mundo aqui tem bicicleta e também um carro.
Ou não??
Polêmico. O que acha? 7 10
Eu respondi a seu comentário, um idêntico comentário (copy-paste), em um outro post, João Paulo.
Recomendo a você não mais fazer isso, de copiar e colar um comentário em posts diferentes. Além de ser deselegante, levanta sérias dúvidas quanto à sua disposição a um debate franco e… E de que você não seja humano, mas um robô “profissional de comentário”, ok?
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Então João Paulo, não, eu não tenho carro, só uma bicicleta. Rodo a cidade inteira com ela (quando eu digo inteira, é inteira mesmo… até 30km eu nem penso 2x). Aqui no vadebike mesmo você acha um relato de uma motorista que vendeu o carro para ser ciclista.
Os grupos de pedal são 1% dos ciclistas da cidade (ou menos), são os ciclistas que estão ligados não só no transporte como também no esporte (e eu embora não participe de grupos de pedal, me incluo nessa lista, andando até 200km bem suados em um domingo ou outro). Os ciclistas mais afetados pelos pedidos do MP são os com bicicletas abaixo dos R$ 1.000, que usam como transporte para economizar (também me incluo aqui).
Como disse em outro lugar, o problema não é pedir os projetos das ciclovias e do ponto de vista jurídico e econômico, nem paralisar as obras, afinal a ideia do juiz também é evitar gastos em ciclovias que poderão, por ordem da justiça, serem melhoradas. Do ponto de vista prático paralisar as obras é péssimo, pois você não conclui as ligações cicloviárias tão importantes.
O problema mesmo é como a promotora trata os ciclistas, usa dados incorretos, e na minha opinião o principal problema foi que ela não foi atrás das entidades ligadas ao ciclismo em São Paulo.
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Eu só tenho bike.
E sobre não poder ter ciclofaixa em ruas residencias, bla, bla, bla, me surpreende que todos os engenheiros de tráfego “consultados” pelo MP dizem que não pode ser em ruas movimentadas. E aí? Faz aonde então? Não faz, né! Brilhante! “Não sou contra as ciclovias, mas…”
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Prezado Daniel Graf,
Também pedalo pela cidade de SP, e sei que a ciclofaixa é importante para os ciclistas, porém, o abaixo assinado que você criou deveria ter sido melhor direcionado caso você entendesse o pedido da promotora na retirada da ciclofaixa.
A proposta não é retirar a ciclofaixa, e sim, montar um melhor planejamento para elas. Eu por exemplo passo de carro perto da estação Saúde todos os dias, e vejo faixas pintadas em ruas que não deveriam ter, ou deveriam, mas com melhor planejamento – eu jamais andaria nelas. Uma das ruas por exemplo, é permitido estacionar e tem 2 faixas para os carros (faixas imaginárias, pois nossa CET não pintou-as no asfalto). Em um momento da rua, onde faz um “s”, é impossivel passar 2 carros + um carro estacionado. Resultado: Os carros invadem a ciclofaixa, ou passam “ralando” entre eles.
Vi em varias reportagens de ciclofaixa em lugares insanos, passando por cima de calçadas, e até canteiro de arvores. Ou seja, a segurança que voce prega no abaixo assinado não se aplica em muitas ruas – a não ser que vc ande só na Paulista.
É por estes motivos que a promotora fez tal solicitação. Concordo com ela e discordo do seu abaixo assinado, este que por sua vez, deveria ser direcionado ao nosso governador solicitando um planejamento adequado destas ciclofaixas, incuindo, ademais, a melhor utilização do NOSSO DINHEIRO para tal.
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As ciclovias e ciclofaixas do plano dos 400km são de responsabilidade da prefeitura, não do estado.
A cidade cresceu em torno do carro, muitas das ruas e avenidas da cidade não tem espaço para ciclovias sem tirar o espaço do pedestre, do carro ou então desapropriar imoveis para alargar a calçada.
Ciclovia ou ciclofaixa na lateral direito atrapalharia a conversão dos carros, pedestres e dificulta a parada dos ônibus. Em muitas ruas que tem espaço, a ciclovia está a direita. Em grandes avenidas, o ideal é no canteiro central (qdo tem espaço para tal) ou na lateral esquerda.
Você não andaria, mas muitos utilizam e vão utilizar.
A cidade nunca teve uma malha cicloviaria e nem tem como ter 400km de ciclovias padrão Faria Lima numa cidade que não tem espaço físico para isso.
Qto a ciclovias utilizando parte das calçadas, isso tem na maior parte das malhas cicloviárias no mundo….Precisa se informar melhor!
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As associações entraram com uma representação contra a promotora.
https://www.youtube.com/watch?v=-N-_y6Qfxv0
Achou que os ciclistas andam todo dia de bicicleta nas ruas para brincar? Agora ela comprou briga!
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http://tv.estadao.com.br/videos,geral,longe-das-ciclofaixas-bicicleta-ja-e-transporte-na-periferia-de-sp,331408
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http://www.ecodesenvolvimento.org/posts/2014/bike-negocios-crescem-com-maior-numero-de
http://blogdociclista.com.br/sao-paulo-nao-foi-feita-para-pedalar/
http://viatrolebus.com.br/2015/03/investir-em-ciclovia-e-pensar-no-futuro-diz-professor-da-fgv/
Aceite se quiser. Ou continue sendo um troll frustrado.
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Trabalho na Paulista, tenho carro e vou de bike todo dia, faça chuva faça sol! (detalhe que ainda tenho estacionamento de graça no meu serviço!!!)
Cade o argumento da promotora agora?
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É óbvio a disposição da promotora e até da justiça, de descriminar o uso da bicicleta. A umas semanas atrás , em pleno sábado pela eu quase fui atropelado próximo a avenida Europa ,por um senhor que me ultrapassou, passando a uma distância de poucos centimetros, não respeitando a distancia estabelecida por lei de 1,50 mts. Reclamei com ele que reagiu violentamente demonstrando muito ódio de usuários de bicicleta . A ação dessa promotora, certamente deve ter isso motivada pelo mesmo sentimento que esse sr. demonstrou pelo que ousou atrapalhar sua velocidade por conduzirem veículos mais lentos
Gostaria inclusive de saber aonde essa promotora reside, acredito que ela deve se sentir bem incomodada por ciclovias..
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Parece que as coisas não mudam tá na cara que esta senhora está a serviço do PSDB tenho acompanhado na pagina do Sr Andrea Matarazzo seu ataque até desesperado contra as ciclovias.Tudo que é feito por estes senhores é sempre pensando em causa própria nunca na coletividade.PSDB, PT e P NÃO SEI O QUE tá na hora de se preocupar com o povo se tá errado vamos corrigir agora querer acabar com todo o projeto só por picuinha politica é o fim. Lembramos também que a Exma pode também estar obrigando o Estado ou a Prefeitura implantar mais Metrô, mais corredores de onibus e outros modais de transporte. Esquece os carros são apenas transportes individuais, poluentes e talves elitizados por alguns que não querem dar sua contribuição.
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Eu apoio às ciclovias e ciclofaixas e acho um absurdo o MP ir contra uma proposta que visa melhorar a qualidade de vida de todos; pior que se utilizando de argumentações débeis e fúteis. Ou será que a promotora é coxinha enrustida ?
Polêmico. O que acha? 6 3
Chega de palhaçada. Chega de embate político deliberado. Chega de azuis contra vermelhos e vice-versa. Vamos cuidar apenas do verde-amarelo, com amor, dedicação, responsabilidade, honestidade.
Que os desmandos todos (que certamente existem) sejam discutidos em outros (e mais apropriados) fóruns. Alguma coisa tinha que ser começada. E foi. Certamente que tem problemas. Que sejam corrigidos pontualmente. O Ministério Público com certeza deve ter assuntos muito mais importantes a tratar.
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O assunto direito a mobilidade urbana, lamentavelmente pode não ser importante para o Sr. mas ele é de extrema importância e estratégia em uma cidade com aspectos caóticos com São Paulo, e também acho que o ministério público deveria ter assuntos mais importantes para tratar do que a defesa de interesses mesquinhos de uma minoria individualista e prepotente
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São Paulo tem um Plano Municipal de Circulação Viária e Transportes (que inclui o Sistema Cicloviário do Município) desde 2004, que foi enviado à Câmara em conjunto com o Projeto de Lei que aprovou o primeiro Plano Diretor Estratégico (Lei 13.430/02).
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Nossa, Paulo, que descoberta. O Japão bem que finalmente poderia esclarecer-se com esse seu vídeo esclarecedor, né?
http://www.google.com/images?q=japan+bike+sidewalk
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CiceroS
Com relação a ciclovia, não sei se te avisaram, mas há estudos sobre fluxo de pedestres quando a ciclovia é implementada na calçada.
Uma pergunta básica, o senhor já foi atropelado e ferido por um ciclista? Teve ferimentos graves, foi para o hospital e teve que ficar internado? Conhece alguma pessoa que morreu ao ser atropelado por um ciclista? Conhece algum ciclista cego?
São perguntas um tanto quanto óbvias, e até provocativas…
É que o ciclista ao contrário do motorista, geralmente não é cego, não se faz de cego e quando há um fluxo de pessoas muito grande numa ciclovia que é compartilhada com a calçada… adivinha o que ele faz? Nah… não acelera e atropela como o motorista, simplesmente desce da bicicleta e vai caminhando à pé até que o caminho fique livre novamente. Tem até o chamado freio, é impressionante, você aciona, a bicicleta para e ninguém se machuca. O senhor deveria dar umas pedaladas de vez enquando 🙂
Com relação ao km da ciclovia que sai na casa dos R$180mil, realmente soa “caro”. Barato mesmo é o km do RouboAnel, que está saindo por R$50milhões… Aí sim é progresso, não há nada de errado, tipo, super normal pagar R$50mi por km!
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Errata, a resposta era para o Paulo Silva
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Sem contar quantas árvores nativas da mata atlântica foram cortadas para dar lugar ao Rodoanel….
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Sério, Antonio? Sério que você levou a sério um “engenheiro” (ênfase nas aspas) de transportes que afirma que, no caso da ciclovia da Av. Paulista, a bicicleta será um modo de transporte que irá competir com o transporte coletivo? Ah, isso ele disse também no “laudo” da inicial do MPE, que ele é o avalista “técnico” (ênfase nas aspas) da promotora, tá?, logo…
Então é assim: vamos fechar a avenida para aos veículos automotores particulares, porque estes também estão competindo com o transporte público. Que tal, hein?
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Opa, combinado, Antonio. Mas não esquece de chamar o “engenheiro” (ênfase nas…) Luis Fernando, a “promotora” (ênfase nas….) Camila Mansour e o “juiz” (ênfase nas…) xará do dito engenheiro, a presença deles são fundamentais, tá?
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Ué, tirou o corpo (sem ênfase) fora, Antonio?
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2 minutos e 40 segundos do JN dedicados, de forma totalmente enviesada, ao assunto em 7 atos:
1- Âncora, em tom severo, anuncia parte da ordem judicial em resposta à ação do MPE;
2- Com imagens demonstrativas em primeiro plano, repórter narra sua simplista evolução da disputa por espaços no trânsito da cidade como algo linear, gradativo, estranhamente alinhado ao status quo e esquecendo propositalmente dos pedestres, ferroviários, aéreos e hidroviários (que já houveram nessa cidade), que não disputam diretamente o leito carroçável:
3- Repórter filmando sobre canteiro de obras destaca os planos da prefeitura e faz a inserção dos dois pedidos da ação do MPE (“que não está gostando naaada disso”) como grave empecilho a esses planos;
4- Procuradora em entrevista coletiva não permite “ativista” concluir o raciocínio e em seguida tem toda a atenção e tempo para expor o seu próprio;
5- Decisão do juiz que defere parcialmente o pedido é mostrada, porém, omitindo seletivamente uma parte que se refere à Av. Paulista (grifo meu):
6- Eng. de Transportes que como todos os “críticos”, não é contra as ciclovias pois não é louco de se opor à maioria da população, mas é contra a forma como se faz, complementando com a opinião sobre como deve ser a “estratégia”: Apenas para dar acesso ao transporte coletivo pois seu uso desassociado incorre em concorrência com o transporte coletivo, coisa que jamais deve acontecer (?!?!).
7- Secretário de transportes confirmando que estudos não foram feitos (admitindo a “culpa”), tenta esclarecer que a razão é a pré-análise (que não ficou esclarecida), diz que juiz solicitou, portanto, logo serão feitos os estudos do “antes e depois”.
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o problema das ciclovias é a falta de planejamento. Claro que as cidades, todas, deveriam ter ciclovias, não só, como parques, praças, espaços de contemplação e uso. O problema dessa gestão é que estão fazendo de qualquer jeito. Existem “ciclovias” que são meras faixas vermelhas pintadas em cima de calçadas todas esburacadas, e, que retiram o lugar do pedestre. As ciclovias estão sendo feitas pela CET, temos que lembrar disto, e não algo puramente da prefeitura. E a CET está com pleno poder de pintar faixas (isso significa compra de material e contratação de trabalhadores) sem fazer licitação, sem publicar no diário oficial e etc… Do jeito que estão sendo feitas eu não confio. Além do mais, temos que admitir que a classe média das regiões como pinheiros, está enxergando apenas um lado, como se São Paulo se resumisse a eles, não. Andem pelos bairros mais pobres para ver se as ciclovias são realmente bem feitas. Anarquista como sou, tenho que lembrar que a prefeitura para conseguir mais alguns minutos na propaganda eleitoral fez aliança com Paulo Maluff e seu partido e que, ganharam cargos na secretaria do transporte, umas das secretarias com mais dinheiro na prefeitura.
Polêmico. O que acha? 2 6
O que é bem planejado nesse país pelo poder público em geral nesse país?
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