Foto: Willian Cruz

Por que há ciclistas que andam no meio da rua?

Entenda por que ocupar a faixa de rolamento é uma conduta importante, recomendada por órgãos de trânsito e regra oficial em cidades do exterior.

Ciclista ocupando a faixa. Imagem: CicloLiga/Reprodução
Ciclista ocupando a faixa. Imagem: CicloLiga/Reprodução
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compartilhamento da via é uma das principais soluções para integrar as bicicletas ao trânsito. Onde não houver ciclovia ou ciclofaixa, sempre recomendamos aqui no Vá de Bike que os ciclistas ocupem a faixa de rolamento. Mas nem sempre esse procedimento é compreendido pelos motoristas – e até mesmo por alguns ciclistas.

Veja como exemplo o comentário postado por um leitor, que se identifica apenas como Paulo:

“Ok. Também ando de bike, mas cicloativistas como qualquer outro ativista exigem respeito mas não respeitam… 1,5m eu acho muita distância, principalmente levando em consideração que os ciclistas ultrapassam nossos carros a 10 20cm e andam na esquerda da pista e seguram o trânsito a 20 ou 30 por hora. Se ficassem na direita da faixa a ultrapassagem seria possível. mas ficam na esquerda [da faixa] obrigando os carros a ultrapassarem pela contramão se não quiserem andar a 20km/h. Respeito ciclistas. Detesto ciclo ativistas que se acham donos da rua.” (sic)

Ultrapassar o ciclista na mesma faixa em que ele está é colocar sua vida em risco. Um leve toque no guidão ou até mesmo o deslocamento de ar do veículo em velocidade podem levá-lo para debaixo das rodas, ou derrubá-lo no meio da via com mais carros vindo atrás.

Paulo explicita, de forma rude, sua opinião de que as pessoas deveriam pedalar junto à sarjeta, para que os carros pudessem passar na mesma faixa onde o ciclista está. Dessa forma, ele “não atrapalharia o trânsito”.

Essa opinião é comum, derivada da ideia de que as ruas seriam feitas para os carros, não para o deslocamento de pessoas. Por essa ótica, as bicicletas seriam intrusas, podendo usar as vias apenas quando não interferirem na circulação dos automóveis. Ou seja: ocupar a faixa com a bicicleta seria um desrespeito a quem está de carro. Alguns chegam a afirmar que as bicicletas deveriam usar a calçada, para não atrapalhar os carros.

Mas por que ocupar a faixa?

É muito mais seguro para o ciclista ocupar a faixa, pois isso força os motoristas que não aceitam cumprir o 1,5 m a mudarem de faixa para fazer a ultrapassagem. Pedalando sobre a sarjeta, o ciclista acaba vítima de motoristas que acham 1,5 m muita distância e insistem em passar quase raspando.

Melhor um motorista mal educado que buzina e xinga, pensando que é o ciclista quem se acha o dono da rua (mesmo que esteja compartilhando a via em vez exigir exclusividade), do que o mesmo motorista mal educado passando a 10 cm do guidão – pensando que “tem espaço, acho que dá” – e derrubando o ciclista que teve que desviar de uma grelha aberta na sarjeta.

Motorista, ultrapasse com segurança

Quando há um caminhão ou ônibus trafegando devagar, os motoristas aguardam um momento seguro, mudam de pista e ultrapassam. O mesmo deve ser feito com a bicicleta. Basta entender que ela também é um veículo, tem o mesmo direito de circulação que os demais e possui sua limitação de velocidade, que precisa ser compreendida e aceita.

Mude de pista quando for seguro e ultrapasse a uma distância adequada, sem colocar em risco o ciclista. Você sabe fazer isso. Se não der para ultrapassar, é só aguardar. Sua pressa não vale uma vida, uma perna ou um braço de alguém.

E por mais que um ciclista ou pedestre esteja errado, nunca, mas nunca mesmo ameace sua vida com o carro para lhe dar uma lição. Algo pode dar errado e você terá que carregar consigo para sempre o peso de ter matado ou mutilado alguém, destruindo a vida dessa pessoa e de sua família.

Sarjeta não é lugar de bicicleta. Rua sim.

Ciclista, ocupe a faixa para se manter mais seguro – e seja gentil com os motoristas.

Motorista, compartilhe a via, aceitando a presença da bicicleta. As ruas são de todos.

Por que 1,5m e como fazer para respeitá-lo

Quem utiliza a bicicleta nas ruas diariamente – não apenas em parques, ciclovias e Ciclofaixas de Lazer – percebe claramente que 1,5 m é uma distância importante para não haver contato caso o ciclista se desequilibre, precise desviar de um buraco, de um desnível do asfalto ou de alguém que começa a atravessar a rua sem olhar.

Ao ocupar um espaço maior da faixa, o ciclista obriga o motorista a aguardar um momento em que possa ultrapassar com segurança.

Quem pedala nas ruas também sabe que nem sempre é possível manter uma trajetória continuamente reta e previsível, principalmente em nossas vias esburacadas, com asfalto irregular, caçambas estacionadas, motoristas abrindo a porta do carro sem olhar e carros saindo de garagens e esquinas sem se preocupar com pessoas que estejam passando.

A lei do 1,5 m (art. 201 do CTB) visa acima de tudo a segurança viária. Essa distância não foi tirada da cartola: nos exemplos do parágrafo acima, frear poderia significar uma queda – que também precisa do 1,5 m de segurança para não se transformar em tragédia.

Para ilustrar, algumas pessoas afirmam que Antônio Bertolucci, morto em junho de 2011 em São Paulo, caiu sozinho de sua bicicleta e por isso foi atropelado pelo ônibus que o matou. Seria dele, portanto, a culpa por sua própria morte. Mas ainda que isso fosse verdade e que ele tivesse desequilibrado do nada e caído sozinho, se o motorista tivesse guardado a distância de 1,5 m Antônio continuaria comprando seus pãezinhos com a bicicleta, todas as manhãs.

E como conseguir essa distância?

Sabemos que, para quem está no carro, nem sempre é possível avaliar a distância do ciclista. Mas conseguir esse metro e meio é, na verdade, algo bem simples: basta mudar de faixa, como haveria de ser feito com qualquer outro veículo lento, como um caminhão carregado, por exemplo.

Bicicletas têm uma limitação óbvia de velocidade, que precisa ser compreendida e respeitada. A aceleração da bicicleta não é como a do carro, em que basta engatar outra marcha e pisar num pedal sem fazer esforço.

Mas…

– E quando não há espaço para a ultrapassagem, por só ser uma via de mão dupla com uma única faixa em cada sentido?

– E se a rua for de mão única, com carros estacionados, de forma que não caberiam o carro e a bicicleta lado a lado com 1,5m entre eles?

Para responder a essas perguntas, imagine que na sua frente há um carro andando devagar, um caminhão, um ônibus ou outro veículo qualquer ocupando o espaço adiante. Como você faria a ultrapassagem? Seria obrigado a esperar? A resposta está aí, a situação é a mesma.

Tire de sua cabeça esse preconceito de que a bicicleta tem menos direito de ocupar a rua e que por isso “atrapalha” por circular devagar. Ela circula na velocidade que lhe é inerente, como um caminhão carregado ou um trator que esteja se deslocando na via. Tenha paciência.

E os ciclistas no corredor?

O leitor Paulo ainda comenta que os ciclistas ultrapassam seu carro “a 10-20 cm de distância”. Bem, provavelmente isso acontece quando o carro está parado (afinal, o mesmo comentário diz que bicicletas circulam a 20km/h). Não vejo que risco bicicletas poderiam oferecem a alguém em um carro, ao ultrapassá-lo quando parado ou em velocidade inferior a 20 km/h.

Poderíamos usar a mesma argumentação desse comentário e dizer que um carro parado ocupando a faixa “obriga as bicicletas a ultrapassarem a 10-20 cm se não quiserem ficar paradas”. Poderíamos também dizer que “respeitamos motoristas que não congestionam”, mas “detestamos quem faz isso”, generalizando-os como “carroativistas que se acham donos da rua”. Mas não seria muito justo, não é?

É melhor compreendermos por que razões um carro fica parado ocupando a faixa toda, muitas vezes por longos minutos, até conseguir se mover por 3 ou 4 metros e parar novamente. Melhor ultrapassá-lo com tranquilidade e ir embora do que começar a gritar para que o motorista saia da frente porque está atrapalhando ali parado, como muitos que dirigem costumam fazer com os ciclistas que estão em movimento.

Quando os carros estão parados, o ciclista tem todo o direito de ultrapassá-los pelo corredor. Tem esse direito até mesmo nos casos em que outros veículos não podem fazê-lo, como em uma interdição temporária da via ou uma fila de balsa (art. 211 do Código de Trânsito). E, desde que haja espaço adequado para isso e os carros não estejam em movimento, não estará se colocando em risco ao fazê-lo. Também não colocará em risco nenhum motorista, afinal é um pouco difícil derrubar um carro com o guidão de uma bicicleta.

Mas o ciclista deve ficar atento ao sinal que vai abrir e ao movimento dos carros adiante. Quando perceber que os carros começarão a se mover, deve sair do corredor e voltar a ocupar a faixa, para sua própria segurança. Sempre pedindo espaço e agradecendo a gentileza com um sorriso. Os bons motoristas compreenderão sua atitude.

285 comentários em “Por que há ciclistas que andam no meio da rua?

  1. Boa tarde! A meu ver, como a rua, injustamente, foi feita para os carros, e falta muita conscientização do poder público e de algumas pessoas que ainda não entenderam a importância da mobilidade sustentável. Resta ao ciclista redobrar o cuidado com sigo mesmo, andando na faixa da direita, sem pegar o corredor e quando ficar difícil, trafegar na calçada, porém em baixa velocidade e dando sempre a preferência ao pedestre. No Japão por, exemplo, é permitido ao ciclista dividir a calçada com os pedestres.

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    2. Tem pressa saia mais cedo…. sou ciclista e motorista profissional. Ja dirigí longos trechos atras de grupos ciclistas com caminhao pesado, mas sempre respeitei a vida. Tem pressa saia mais cedo…
      Tem pressa saia mais cedo

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    3. Lila, acho que vc está muito certa. É irritante a tranquilidade desses ciclistas em desrespeitar a livre circulação, principalmente em rodovias. Seu comentário foi oculto em virtude desta materia ter sido feita por e para ciclistas.
      Outro fato digno de menção, que infringe a lei de transito em SP é a impunidade dos ciclistas que circulam por avenidas livremente em vez de usar as ciclovias disponiveis. Um exemplo é o que acontece, principalmente aos sábados e domingos, na av. Prof. Fonseca Rodrigues, entre o parque Vilalobos e a praça Panamericana, aqui em Pinheiros/sp. A Prefeirtura investiu parte de nossos impostos na construção e disponibilização de CICLOVIA nessa avenida mas os ciclistas, em grande número, circulam alegremente e até displicentemente pelas faixas de rolagem para veiculos motorizados, pondo em perigo a si mesmos e muitas vezes atrapalhando o trafico de onibus, caminhóes e veiculos leves, podendo causar acidentes entre estes. O pior é que estes ciclistas ainda se acham no direito de xingar, ofendendo os motoristas que os ultrapassam.
      Façamos que as Leis sejam para todos e cumpridas por todos; menos vitimismos injustificados.
      Aliás, o ciclista deve cuidar principalmente de si mesmo e não esperar que uma lei, de aplicação prática relativa en algumas situações, preserve sua integridade física.

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      1. Tu só vai parar de pensar assim quando alguém da tua família sofrer um acidente grave por causa de motoristas impacientes?

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      2. Gostaria muito que conhecessem Caraguatatuba-SP. Amo bike mas o que eu vejo aqui é um farra com bicicletas e um total derrespeito ás leis de trânsito. Andam de três ou quatro lado a lado, na ciclofaixa não param para pedestres, isso aconteceu comigo e o que é pior do nada atravessam de um lado para outro em qualquer lugar. Desculpe-me parece trânsito da China. Gostaria que tivesse algum orgão de Educação no trânsito para ilustrar que apesar de ter TODOS OS DIREITOS TÊM DEVERES TAMBÉM . Essa fábula que ciclista é coitadinho desse Ativismo Utópico não ajuda. Se quiserem ocultar podem ocultar. O convite está feito. Boa Noite.

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  3. O que muitas vezes o ciclista esquece é que aquela pessoa que ele não respeitou na faixa de pedestres, na calçada, na saída ou entrada de um imóvel é uma pessoa que pode estar indo pegar o seu carro. Experimente andar pela Paulista, pela Berrini por exemplo. Os ciclistas simplesmente avançam sobre pedestres, não param nas mudança de fase do semáforo. O pessoal da Yellow larga bicicleta obstruindo a calçada. Há desrespeito dos dois lados, motoristas e ciclistas. Mas considerando o quanto o ciclista se sente frágil frente a um motorista de veículo, é um absurdo não respeitar quem anda a pé.

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  4. Aqui onde moro a maioria dos ciclistas são sem noção, andam NO MEIO DA FAIXA UNICA, saem dando grau, andam em ziguezague, atravessam sem olhar se tem alguem vindo… eu sempre ando no xanto da rua para não atrapalhar o transito

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    1. Tenho 48 anos, ando de bicicleta pela rua ddsde os 10 em SP, e nunca fui imbecil o suficiente pra ficar andando nas pistas da esquerda ou do meio. Sempre ando na direita principalmente em locais movimentados, claro q os carros devem respeitar 1,5m. Agora parece q virou moda até na região do hosp das clinicas ficar andando na esquerda tentando segurar o transito,ou atravessar viadutos no meio da pista. Outro dia tinha um retardado no viaduto da Sumaré na pista do meio carregando uma criança de uns 4 anos .
      Isso tudo ja é puro exibicionismo desnecessario, atrapalha o transito, e muito perigoso para ciclistas.

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  6. Eu penso da seguinte forma: Se consegue acompanhar o fluxo mantendo uma velocidade mínima exigida na via (metade da velocidade máxima regulamentada), pedale à vontade ocupando a faixa. Se não consegue acompanhar, não se arrisque.
    Qualquer veículo nas vias tem uma série de exigências para trafegar na rua, bike não tem. O mínimo que um ciclista deveria é se preparar fisicamente para não atrapalhar o fluxo geral. Argumentar que há veículos lentos como caminhões e ônibus nas vias e q estes atrapalham tanto quanto um ciclista lento é balela. Esses veículos têm restrições de trânsito e não podem andar obstruindo o trafego. Quando fazem estão infringindo o CBT.
    Eu pedalo em via pública antes mesmo disso virar “moda”, antes de existir toda essa discussão sobre mobilidade, e sinceramente não acho que um ciclista que pedale direito passe por mais perigo de acidente do que quem dirige ou pilota moto aqui em São Paulo. A diferença é que a bike em caso de acidente com um veículo maior vai sofrer mais, porém riscos você tem andando de qualquer jeito, até a pé na calçada.
    Minha esposa está pedalando a 2 anos, mas treinamos por pelo menos 3 meses apenas em ciclovias antes de achar que ela poderia andar em via pública compartilhadas com carros. E mesmo hoje pedalando no bom ritmo, as vezes eu peço que ela siga pela calçada (em subidas longas e/ou tomar um folego para seguir).
    Sei que não é ideal pedalar pelas calçadas, mas quando você pedala em vias no centro expandido de São Paulo tudo é mais tranquilo, agora, vem pedalar na Estrada de Itapecerica ou Estrada do M’Boi Mirim. A via mal tem espaço para carros, imagina um ciclista em pleno horário de pico segurando a única faixa livre para o ônibus passar na subida do morro do “S” (Para quem não conhece, equivalente a subir a Consolação).
    Então, só finalizando minha linha de raciocínio. Acho legal todo mundo pedalando, mas cuidado. As regras do papel, não são as mesmas da realidade. Principalmente “da ponte pra cá” (citando Racionais Mcs). Antes de se aventurar, treine um pouco, adquire condicionamento físico, sinalize suas manobras ou direção, coloque leds na bike para andar à noite, dentre outros cuidados.
    Me coloco a disposição de quem quiser aprender como andar em vias públicas com segurança.

    Facebook: @TiagoMaster26

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    1. Tiago, essa velocidade mínima vale para qualquer faixa, menos a da direita, está no código de trânsito!

      Abraços

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  7. Otima materia do pessoal do Vá de Bike! Voces tem aquela imagem do simbolo peace share the road em tamanho maior? estava pensando em fazer um adesivo para colar na minha bike!

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  8. Ficar na faixa exige uma mega dose de coragem. Pedalo diariamente pela av. Cupece – corredor ABD em São Paulo e acho que ir para o meu dá faixa por aqui seria suicídio.
    Os motoristas reclamam mesmo andando na sarjeta.
    Talvez a criação de uma faixa preferencial para bicicletas (talvez amarela) ajudasse.

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  9. O ciclista só não pode esquecer é do taco de baseball que ele tem que levar na mochila, de preferência pro motorista que vem atrás ver. Fala serio, isso aqui é Bra$il, terra sem lei e sem ética. Motorista que atropela como nesse caso > http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2016/10/ciclista-morre-apos-ser-atropelada-em-botafogo-zona-sul-do-rio.html?utm_source=facebook&utm_medium=share-bar-desktop&utm_campaign=share-bar < não presta socorro, e depois ainda tem a cara de pau de dizer que não viu a ciclista.Passou tirando o fino, sem nenhum respeito pela garota. CICLISTAS: ANDEM, APENAS, NAS CICLOVIAS E CICLOFAIXAS, OU PAGARÃO COM A PRÓPRIA VIDA. Motorista brasileiro é assassino que usa o carro, ônibus, caminhão pra matar. NÃO SE ILUDAM. NÃO ESQUEÇAM QUE VOCÊS TÊM UMA MÃE EM CASA!

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  10. Boa noite!

    Sou motorista profissional Carreteiro, porém sou ciclista. Me deparo com o risco eminente diariamente nas ruas de Blumenau – SC, onde motoristas são desleixados e não têm uma cultura de compartilhar as vias com os ciclistas, em todos os meus trajetos passo muito perto da MORTE, estou incentivando minha filha de 9 Anos magnifica vida de ciclista, oque faz com que eu tenha que redobrar a atenção pois para uma criança as ruas são ainda mais perigosas! Acredito que no passar dos anos iremos ter uma melhora significativa na mobilidade urbana, mas precisamos fazer acontecer, ensinar nossos futuros adultos a cultivar o Amor pela vida e a alegria em se locomover com o meio de transporte mais incrível criado pelo homem, nossas ruas não são para ciclistas. Teremos uma missão árdua pela frente, eu acredito na regeneração do ser humano!

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    1. Numa viagem que fiz por Santa Catarina em Outubro passei por Blumenau. Era quase suicídio todos os dias. O acostamento da BR 101 consegue ser mais seguro. Uma falta de respeito tamanha com o ciclista. E nos lugares onde existe ciclovia elas estão ocupadas por pedestres por serem na calçada e mal sinalizadas.

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    2. Caro Lúcio. Sou do estado de São Paulo e ainda não tive o prazer de conhecer sua cidade, Blumenau. Conheci Schroeder, no norte do estado, em 2012, e me surpreendi com o respeito que é dado aos ciclistas desta cidade. Do lado direito de todas as ruas há uma faixa branca, demarcando o espaço demarcado para o trânsito de bicicletas e a cada determinada distância, placas informando que a faixa é para uso dos ciclistas e no meio da faixa, símbolos com a figura de uma bicicleta. Apenas isso. Gostaria muito que em todas as cidades de todo Brasil, essa simples faixa significasse que a vida dos ciclistas está sendo preservada, pois as vias são para deslocamento, portanto não são exclusivas de ninguém ou de nenhum modal. Um dia quem sabe, chegaremos lá. Abraço.

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  11. Minha humilde opinião é a seguinte: “bom senso”. Em ambos ciclistas e motoristas deve prevalecer o bom senso. Eu sou ciclista e vou diariamente para o trabalho de bike, faço treinos diários e cicloviagens com amigos pelo interior dos Estados. Evidentemente que o maior perigo é o pedal urbano. Mas, como não posso evitar, sigo algumas regras básicas, que neste site já devem ter sido mencionadas: conhecer MUITO BEM o caminho, estar equipado, pedalar no fluxo, na rua, e usar o bom senso. Eu sempre vou pelo bordo da pista, seja esquerda ou direita, conforme a necessidade. SOMENTE ocupo a faixa inteira (no meio) caso eu saiba que à frente haja uma curva ou entrada onde muitos veículos entram. Faço isso porque, se eu ficar no bordo, o fluxo contínuo de carros não irá parar e eu terei de esperar até que cesse o fluxo. Como eu estou no meio da faixa, o carro de trás terá de reduzir e esperar que eu passe. Fora este caso, nunca vou pelo meio da pista, sempre pelo bordo.

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  12. Muita desinformação, apesar da boa intenção do artigo. E antes do habitual ‘desmerecimento’ de quem pensa diferente, sou ciclista há 3 anos, e há dois a bicicleta é o meu principal meio de locomoção, que uso diariamente para fazer o percurso casa/escola do filho/trabalho/escola do filho/casa, percorrendo cerca de 22km diários. Já tenho muitos, mas muitos milhares de km rodados numa metrópole, encarando trânsito pesado rotineiramente. Portanto eu sei bem do que estou falando.
    A ideia de que o ciclista deve ocupar uma faixa inteira simplesmente não é abrigada pela legislação, que é muito clara no que diz respeito à regra de circulação do ciclista. Tal atitude, se praticada como dito neste artigo, não aumenta a segurança do ciclista, mas o expõe a ainda mais risco. Coloca-se aqui duas opções: ocupar uma faixa inteira como se fosse um veículo motorizado, ou andar colado à sarjeta. As duas são inadequadas.
    Considero o que vou escrever chover no molhado, mas o ciclista deve andar NOS BORDOS da pista (não importa o lado), não NA BORDA.
    Sempre ando a uma distância segura da sarjeta, nunca colado, o que me dá margem de manobra e faz também com que o motorista tenda a dar distância ao passar, pois ocupo o espaço a que tenho direito como ciclista. Mas mesmo essa distância (e olhe que faço boa parte do meu trajeto acima de 30km/h) não é suficiente para que eu ocupe uma faixa inteira.
    Ocupar uma faixa é sim necessário em vários momentos, como por exemplo quando a via é estreita demais para permitir a ultrapassagem segura por ciclista com um carro. Ou quando a velocidade do ciclista é compatível com a dos veículos motorizados na mesma via, enfim, apenas quando essa posição garante a segurança do ciclista.
    Espalhar a falsa ideia de que os ciclistas têm direito de ocupar uma faixa inteira em qualquer situação ou via, ao invés de contribuir para a segurança de quem anda de bicicleta, expõe o ciclista a um risco muitas vezes desnecessário.
    Considero o vadebike uma voz mais centrada num mundo em que encontro muito histrionismo, o ‘universo do cicloativismo’, mas esta ideia de que a bicicleta deve sempre ocupar uma faixa inteira é simplesmente um engano.

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    1. Amigo, o blog nunca disse que é garantido por lei o ciclista ocupar a faixa inteira. É apenas uma recomendação de segurança. De acordo com o que vc disse, vc usa uma técnica que já foi, inclusive, indicada pelo blog: vc usa mais ou menos 1/3 (um terço) da faixa.
      Enfim, a “técnica” de ocupar a faixa toda (indicada inclusive por orgãos de trânsito de SP) é usada por ciclistas experientes nos mesmos moldes que vc citou. Nunca como regra “estabelecida” por lei.

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  13. Ontem eu estava passando por uma via de mão única pelo centro da minha cidade ,e a movimentação estava fraca ,mas eu sempre passo a uns 25/30km/h e fui seguindo pelo centro da pista sem correr muito porque tem uma grande circulação de pedestres, foi de repente vem um motociclista buzinando feito um louco ,reduziu me olhou nos olhos e fez uma cara de c# nossa como eu fiquei puto da vida e percebi que é um motoboy daqueles que entregam remédios para as farmácias ,mas que ódio que deu na hora e é assim ninguém. Respeita ciclista !

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  14. Bem, porque as vezes tem esse monte de carros ai na direita rs… eu ando praticamente todos os dias na lagoa e arautos, e da para usar 90% da ciclovia, porem os 10% que sobram, são compostos de: 1 – sem nocao q sai da calcada do nada correndo e resolve correr na ciclovia; 2 – bicicletinhas malucas ( composto por pessoas que pedalam em zigue zague na ciclovia… tipo estão andando linha reta e do nada dão aquela balançada para esquerda e direita; 3 – alguns manés param de carro para deixar pessoas ou simplesmente conversar com amigos bem em cima da ciclovia; 4 – em determinados casos, a velocidade da bike é maior que a dos carros, ja que o radar ali é de 50km agora, então é mais facil ultrapassar o fluxo pela pista aberta que pela ciclovia; 5 – ciclovia mal planejada, com pessoas andando, curvas fechadas demais, em angulo errado e pior… com SEMÁFOROS no caminho !! Este é um relato de quem anda praticamente a vida toda por la. Como deveres, temos que: 1 – usar capacete, roupas e acessorios reflexivos bem como luzes e pisca para parte da noite; 2- tentar se manter o maior tempo possivel dentro dos limites da ciclovia salvo nos problemas acima; 3 – constante atencao com pedestres e movimento local, e para tanto a não utilização de acessorios musicais nos ouvidos nem o movimento de zigue zague na pista; 4 – SINALIZAR SEMPRE com os bracoes e mais o lado que deseja ir… ou o desejo de parar; 5 – estar sempre com RG em mãos; 6 – somente ocupar o centro da pista em velocidades elevadas, sem surpresa ( certificando de que tanto atras quanto a frente, nao tenha carros proximos nem ultrapassando ) uma vez na via, não sair bruscamente.

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  15. Situação: Via de muito movimento, bicicleta trafegando na contramão, imagino que pela calçada. Por onde a bicicleta deve/pode atravessar uma transversal, sem faixa de pedestre e sem sinal, que termina na tal via de muito movimento (ou seja, os carros obrigatoriamente entram na via de muito movimento)? Junto à esquina na frente do carro que está aguardando oportunidade pra entrar na via?

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