Foto: Willian Cruz

Por que há ciclistas que andam no meio da rua?

Entenda por que ocupar a faixa de rolamento é uma conduta importante, recomendada por órgãos de trânsito e regra oficial em cidades do exterior.

Ciclista ocupando a faixa. Imagem: CicloLiga/Reprodução
Ciclista ocupando a faixa. Imagem: CicloLiga/Reprodução
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compartilhamento da via é uma das principais soluções para integrar as bicicletas ao trânsito. Onde não houver ciclovia ou ciclofaixa, sempre recomendamos aqui no Vá de Bike que os ciclistas ocupem a faixa de rolamento. Mas nem sempre esse procedimento é compreendido pelos motoristas – e até mesmo por alguns ciclistas.

Veja como exemplo o comentário postado por um leitor, que se identifica apenas como Paulo:

“Ok. Também ando de bike, mas cicloativistas como qualquer outro ativista exigem respeito mas não respeitam… 1,5m eu acho muita distância, principalmente levando em consideração que os ciclistas ultrapassam nossos carros a 10 20cm e andam na esquerda da pista e seguram o trânsito a 20 ou 30 por hora. Se ficassem na direita da faixa a ultrapassagem seria possível. mas ficam na esquerda [da faixa] obrigando os carros a ultrapassarem pela contramão se não quiserem andar a 20km/h. Respeito ciclistas. Detesto ciclo ativistas que se acham donos da rua.” (sic)

Ultrapassar o ciclista na mesma faixa em que ele está é colocar sua vida em risco. Um leve toque no guidão ou até mesmo o deslocamento de ar do veículo em velocidade podem levá-lo para debaixo das rodas, ou derrubá-lo no meio da via com mais carros vindo atrás.

Paulo explicita, de forma rude, sua opinião de que as pessoas deveriam pedalar junto à sarjeta, para que os carros pudessem passar na mesma faixa onde o ciclista está. Dessa forma, ele “não atrapalharia o trânsito”.

Essa opinião é comum, derivada da ideia de que as ruas seriam feitas para os carros, não para o deslocamento de pessoas. Por essa ótica, as bicicletas seriam intrusas, podendo usar as vias apenas quando não interferirem na circulação dos automóveis. Ou seja: ocupar a faixa com a bicicleta seria um desrespeito a quem está de carro. Alguns chegam a afirmar que as bicicletas deveriam usar a calçada, para não atrapalhar os carros.

Mas por que ocupar a faixa?

É muito mais seguro para o ciclista ocupar a faixa, pois isso força os motoristas que não aceitam cumprir o 1,5 m a mudarem de faixa para fazer a ultrapassagem. Pedalando sobre a sarjeta, o ciclista acaba vítima de motoristas que acham 1,5 m muita distância e insistem em passar quase raspando.

Melhor um motorista mal educado que buzina e xinga, pensando que é o ciclista quem se acha o dono da rua (mesmo que esteja compartilhando a via em vez exigir exclusividade), do que o mesmo motorista mal educado passando a 10 cm do guidão – pensando que “tem espaço, acho que dá” – e derrubando o ciclista que teve que desviar de uma grelha aberta na sarjeta.

Motorista, ultrapasse com segurança

Quando há um caminhão ou ônibus trafegando devagar, os motoristas aguardam um momento seguro, mudam de pista e ultrapassam. O mesmo deve ser feito com a bicicleta. Basta entender que ela também é um veículo, tem o mesmo direito de circulação que os demais e possui sua limitação de velocidade, que precisa ser compreendida e aceita.

Mude de pista quando for seguro e ultrapasse a uma distância adequada, sem colocar em risco o ciclista. Você sabe fazer isso. Se não der para ultrapassar, é só aguardar. Sua pressa não vale uma vida, uma perna ou um braço de alguém.

E por mais que um ciclista ou pedestre esteja errado, nunca, mas nunca mesmo ameace sua vida com o carro para lhe dar uma lição. Algo pode dar errado e você terá que carregar consigo para sempre o peso de ter matado ou mutilado alguém, destruindo a vida dessa pessoa e de sua família.

Sarjeta não é lugar de bicicleta. Rua sim.

Ciclista, ocupe a faixa para se manter mais seguro – e seja gentil com os motoristas.

Motorista, compartilhe a via, aceitando a presença da bicicleta. As ruas são de todos.

Por que 1,5m e como fazer para respeitá-lo

Quem utiliza a bicicleta nas ruas diariamente – não apenas em parques, ciclovias e Ciclofaixas de Lazer – percebe claramente que 1,5 m é uma distância importante para não haver contato caso o ciclista se desequilibre, precise desviar de um buraco, de um desnível do asfalto ou de alguém que começa a atravessar a rua sem olhar.

Ao ocupar um espaço maior da faixa, o ciclista obriga o motorista a aguardar um momento em que possa ultrapassar com segurança.

Quem pedala nas ruas também sabe que nem sempre é possível manter uma trajetória continuamente reta e previsível, principalmente em nossas vias esburacadas, com asfalto irregular, caçambas estacionadas, motoristas abrindo a porta do carro sem olhar e carros saindo de garagens e esquinas sem se preocupar com pessoas que estejam passando.

A lei do 1,5 m (art. 201 do CTB) visa acima de tudo a segurança viária. Essa distância não foi tirada da cartola: nos exemplos do parágrafo acima, frear poderia significar uma queda – que também precisa do 1,5 m de segurança para não se transformar em tragédia.

Para ilustrar, algumas pessoas afirmam que Antônio Bertolucci, morto em junho de 2011 em São Paulo, caiu sozinho de sua bicicleta e por isso foi atropelado pelo ônibus que o matou. Seria dele, portanto, a culpa por sua própria morte. Mas ainda que isso fosse verdade e que ele tivesse desequilibrado do nada e caído sozinho, se o motorista tivesse guardado a distância de 1,5 m Antônio continuaria comprando seus pãezinhos com a bicicleta, todas as manhãs.

E como conseguir essa distância?

Sabemos que, para quem está no carro, nem sempre é possível avaliar a distância do ciclista. Mas conseguir esse metro e meio é, na verdade, algo bem simples: basta mudar de faixa, como haveria de ser feito com qualquer outro veículo lento, como um caminhão carregado, por exemplo.

Bicicletas têm uma limitação óbvia de velocidade, que precisa ser compreendida e respeitada. A aceleração da bicicleta não é como a do carro, em que basta engatar outra marcha e pisar num pedal sem fazer esforço.

Mas…

– E quando não há espaço para a ultrapassagem, por só ser uma via de mão dupla com uma única faixa em cada sentido?

– E se a rua for de mão única, com carros estacionados, de forma que não caberiam o carro e a bicicleta lado a lado com 1,5m entre eles?

Para responder a essas perguntas, imagine que na sua frente há um carro andando devagar, um caminhão, um ônibus ou outro veículo qualquer ocupando o espaço adiante. Como você faria a ultrapassagem? Seria obrigado a esperar? A resposta está aí, a situação é a mesma.

Tire de sua cabeça esse preconceito de que a bicicleta tem menos direito de ocupar a rua e que por isso “atrapalha” por circular devagar. Ela circula na velocidade que lhe é inerente, como um caminhão carregado ou um trator que esteja se deslocando na via. Tenha paciência.

E os ciclistas no corredor?

O leitor Paulo ainda comenta que os ciclistas ultrapassam seu carro “a 10-20 cm de distância”. Bem, provavelmente isso acontece quando o carro está parado (afinal, o mesmo comentário diz que bicicletas circulam a 20km/h). Não vejo que risco bicicletas poderiam oferecem a alguém em um carro, ao ultrapassá-lo quando parado ou em velocidade inferior a 20 km/h.

Poderíamos usar a mesma argumentação desse comentário e dizer que um carro parado ocupando a faixa “obriga as bicicletas a ultrapassarem a 10-20 cm se não quiserem ficar paradas”. Poderíamos também dizer que “respeitamos motoristas que não congestionam”, mas “detestamos quem faz isso”, generalizando-os como “carroativistas que se acham donos da rua”. Mas não seria muito justo, não é?

É melhor compreendermos por que razões um carro fica parado ocupando a faixa toda, muitas vezes por longos minutos, até conseguir se mover por 3 ou 4 metros e parar novamente. Melhor ultrapassá-lo com tranquilidade e ir embora do que começar a gritar para que o motorista saia da frente porque está atrapalhando ali parado, como muitos que dirigem costumam fazer com os ciclistas que estão em movimento.

Quando os carros estão parados, o ciclista tem todo o direito de ultrapassá-los pelo corredor. Tem esse direito até mesmo nos casos em que outros veículos não podem fazê-lo, como em uma interdição temporária da via ou uma fila de balsa (art. 211 do Código de Trânsito). E, desde que haja espaço adequado para isso e os carros não estejam em movimento, não estará se colocando em risco ao fazê-lo. Também não colocará em risco nenhum motorista, afinal é um pouco difícil derrubar um carro com o guidão de uma bicicleta.

Mas o ciclista deve ficar atento ao sinal que vai abrir e ao movimento dos carros adiante. Quando perceber que os carros começarão a se mover, deve sair do corredor e voltar a ocupar a faixa, para sua própria segurança. Sempre pedindo espaço e agradecendo a gentileza com um sorriso. Os bons motoristas compreenderão sua atitude.

285 comentários em “Por que há ciclistas que andam no meio da rua?

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  2. e dificil para min deichar a baik pois ja nao vivo sen ela moro no jacçana e trabalho na barra funda levo serca de 40 minutois de baik e de onibus 1.30 minutos e ate 2.horas alen da falta de respeito con o passageiro sao super lotados e ate os idosos sofren andan super lotados nao a nenhun respeito se quer os moradores da periferia merecen respeito nos tamben pagamos nosos inpostos a pesoas que andao de baik nos finais de semana eu no meu casa dependo dela a ciclo vias ten de ser respeita das nao deve cer utilsadas so nos fin de cemanas pois a ciclistas que dependen delas todos os dias.

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  3. Quero começar a me deslocar de bike e esse é o primeiro texto que leio. EXCELENTE, muito bem escrito e bem explicado, pena que os motoristas nunca irão olhar esse site… PARABÉNS E OBRIGADA WILLIAN CRUZ.

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  4. A respeito do que o Paulo falou.
    Se ele estivesse no nosso lugar de bike,e ao lado dele na faixa estivesse uma careta ele pensaria duas vezes ao falar isso.

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    1. Djalma

      Você quis dizer exatamente o que com o termo “careta”? Oo

      Se era pra ser careta (cara feia, carranca, deformidade facial voluntária, ou gente sóbria e chata por opção) eu acredito que não faça efeito, porque ele já deve ter acostumado a ver aquela cara feia todo dia na frente do espelho.. kkkkkk.. mas se era pra ser carreta (caminhão grande para carga pesada, tipo cavalo e semi-reboque) penso que ele se faria de coitado e diria logo pro motorista que lugar de carreta é na estrada e não pode tomar o lugar dele na cidade, coisa de gentinha chata e preconceituosa, que procura pêlo em ovo, minhoca no asfalto, que tem certeza absurdamente absoluta de estar sempre certo.. isso é doença! rsrsrs

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  5. Você é um gênio. Perfeito! Que paciência!
    Enfrento no Rio, o mito de que a cidade é mais bem dotada de ciclovias do país e, portanto, a revolta de motoristas quando ocupamos as ruas… agora ando sempre com cópias do seu texto na de baixo do braço…

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  6. Por que você deve dar uma distância de 1,5 metros para bicicletas? (Por Américo Focesi Pelicioni, versão light).

    Bom, primeiro por que é a lei! Mas mesmo que não fosse, vamos lá:

    Os ciclistas são jogados na pior área da pista, que é a mais próxima da calçada do lado direito, onde há mais buracos e ondulações, porcas, parafusos, óleo, areia, lixo arremessado pelos usuários dos carros, ônibus e caminhões, tampão de bueiro, etc. e qualquer uma dessas coisas pode derrubar um ciclista.

    Por isso, temos que ter espaço para desviar, e se a gente se desequilibrar, temos que ter espaço para cair sem precisar olhar o assoalho do seu carro de baixo para cima.

    E por que você deve apoiar o ciclista e a construção de mais ciclovias?

    Por que ele não está poluindo o planeta, contribuindo para o aquecimento global. Na verdade o carro é que faz o trânsito da cidade parar.

    Desviar de um ciclista só leva 10 segundos (é só dar seta, se afastar um metro e meio, e passar).

    O que mais? O carro frequentemente torna o motorista mais sedentário e propenso a infartar, ter um AVC e tromboembolias, diabetes e outras doenças que são bastante caras ao sistema de saúde.

    Já para o ciclista, pedalar melhora seu condicionamento físico, sistema respiratório, sistema cardiovascular e imunológico, diminuindo o risco dele desenvolver doenças cardiovasculares, diabetes e câncer, por exemplo. Portanto, ele economiza recursos importantes para o sistema de saúde.

    Obrigado pela atenção.

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  7. Buenas.
    Moro em Porto alegre, a pouco tempo, houvfe um episódio lamentável por aqui, que foi assunto nacional, um MALUCO, atropelou várioos ciclistas, que estavam participando de um grupo de ciclistas, que tem adeptos no mundo inteiro, chamado Massa Crítica. Este evento, foi um fato isolado, por aqui, os motoristas respeitam rasoavelmente bem os ciclistas, sim pos têm muitos ciclistas, que também não respeitam os motoristas. Temos que nos educar. aqui em minha cidade, já está sendo criando mais algumas ciclovias, já em tempo, pois percebe-se que têm muitas pessoas, que usam a Bike, como meio de tranporte.
    Pessoal, vamos poluir menos nosso planeta.
    abraços.

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  8. O IMPORTANTE TAMBEM É TER A POSIÇÃO TROCADA ( O CICLISTA POR MOTORISTA E O MOTORISTA POR CICLISTA) PARA QUE CADA UM POSSA ANALISAR AS DIFICULDADES QUE CADA UM TEM COM O OUTRO A FIM DE EVITAR CRITICAS SEM SENTIDOS, DESMERECENDO UM AO OUTRO, APLICANDO O BOM SENSO E RESPEITANDO UM AO OUTRO.

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    1. Olá, João Ortiz.

      A coisa mais difícil é convencer o motorista comum a trocar de papel, mas em contrapartida podemos fazer um trabalho de conscientização e, cada um de nós fazendo um pouco, com manifestações públicas em defesa do nosso direito de ir e vir, das manifestações em pedido de justiça pelas mortes nas vias, pela ampla e bem humorada divulgação dos benefícios que pedalar nos traz, enfim, de uns 5 anos pra cá nossa opção pela bicicleta vem ganhando força. Hoje podemos dizer que a voz do ciclista tem alguma importância relevante, haja vista a Prefeitura da Cidade de São Paulo vem promovendo ciclofaixas pela cidade e já começou timidamente a implantar ciclovias e sinalização específica.

      Um jeito bem legal de chamar a atenção pra pedalada é usar e abusar da criatividade, eu por exemplo tenho uma camiseta com o desenho de um buraco nas costas, com uma seta apontando e dizendo: ATENÇÃO! Buraco na pista.. desvie para a esquerda!; e outra que mais parece uma camisa-de-força, e decidi por usá-la de vez em quando por causa de uma piada interna no trabalho, onde alguns colegas afirmaram que eu era doido-varrido e louco-de-pedra por pedalar na rua.. rsrsrs

      Deus abençoe a todos e bora mexer os cambito!

      A nós

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  9. ESTA REGRA DE MANTER Á DISTANCIA DE 1,5MT ENTRE CARRO E CICLISTA, SERIA A DISTANCIA SEGURA A FIM DE EVITAR COLISÃO OU ACIDENTES (ATROPELAMENTOS) OU DESLOCAMENTOS IMPREVISIVEIS, COMO DESVIAR DE BURACOS OU DESEQUILIBRIOS COM A PASSAGEM DE OUTROS VEICULOS. ESTE É APENAS UM PARAMETRO, MAS TENDO UMA DISTANCIA DE 0,50 MTS PARA ULTRAPASSAGEM DE UM VEÍCULO COM UMA VELOCIDADE BEM MODERADA ACREDITO QUE NÃO HAVERIA RISCO A CICLISTA, POIS UMA VELOCIDADE MAIS ACENTUADA PÕE EM RISCO O CICLISTA CASO ELE SE DESEQUILIBRE NESTA ULTRAPASSAGEM, OU SEJA, DEVE HAVER RESPEITO E BOM SENSO ENTRE MOTORISTAS E CICLISTAS

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  10. Para fazer respeitar a distância de 1,5 metro, fico monitorando os carros de trás no retrovisor. Se um veículo se aproximar muito rapidamente e que não sinal ou possibilidade de ultrapassagem a distância de 1,5 metro. Eu desenvolvi a técnica da oscilação prévia que “assusta” ou sensibiliza ou motorista no bom “tempo”. Em muitos casos, o motorista desacelera e passa longe da bicicleta de medo de acontecer alguma coisa. Se eu não tivesse feito, o motorista teria poderia ter passado perto e em alta velocidade, podendo provocar um acidente e ainda mais um acidente mais grave. Muitos acidentes acontecem quando o ciclista se encontra na lateral dos veículos, especialmente acidente mais grave. Parece que é muito mais raro ter batida traseira num ciclista.
    Se minha oscilação não surtou efeito no carro ou levou o motorista a buzinar, eu sei que o motorista que está se aproximando pode ser um grande perigo para minha integridade física eu tomo as devidas providências tendo em vista que não podemos educar todos os motoristas e que não quero perder a vida!
    Em rua mais estreita de vez em quando fica necessário ocupar a faixa mais isso é recomandado em rua onde carros andam em velocidade razoável, por exemplo em rua com limitação 40 km/h onde os carros não andam muito mais rapidamente, caso contrário ocupar a faixa pode levar frequentemente a comportamentos agressivos dos motoristas. Tem que saber utilizar esse recurso com inteligência! Preciso ler Forrester talvez para me aprofundar no assunto! Eu ocupo também a faixa antes dos rotatório estreitos para evitar desrespeito dos motoristas no rotatório. São muitas coisas que podem ser feitas.

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  11. Gracie, desejamos que seja muito bem vinda!

    Rosana, parabéns pela iniciativa, que seu grupo continue sempre unido!

    Embora eu pedalasse bastante quando garoto, quando adulto fui um motorista muito mal educado.. mas da mesma forma que muitos hoje se sentem mal com os congestionamentos, me sentia assim também. Já faz quase um ano que tenho acompanhado os fóruns e pesquisado sobre mobilidade, e tem uns meses que vou trabalhar de bike. Estou quase 3 Kg mais magro, menos estressado, mais bem disposto, feliz e saudável!

    Ah, também enjoei do conceito de “carro”, são idéias batidas que não fazem mais minha cabeça: http://nunomorelli.blogspot.com

    Quanto ao Ricardo (pseudo-alguma-coisa).. um conselho: NÃO ALIMENTEM O TROLL rsrsrs
    Trolleiros se alimentam geralmente de polêmicas e/ou assuntos destrutivos. Cuidado com eles

    Grande abraço!

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  12. Gracie,
    Também comecei a ler algo sobre bicicletas e mobilidade (por pura encheção de saco com congestionamentos absurdos) e cheguei a este blog, onde comecei uma “conversa” com um dos leitores. A conversa evoluiu para uma pesquisa informal sobre o uso da bicicleta no trânsito que me ajudou a formar um pequeno grupo. Já estamos nos deslocando pela cidade, locais próximos primeiro (o mais distante foi de cerca de 15km ida e volta, e gastamos o dinheiro do estacionamento em sorvete!).
    Realmente a postura de alguns motoristas é de ignorância e intolerância, mas muitos se revelaram cuidadosos e amigáveis. E converse com pessoas mais chegadas, quem sabe vc forma um grupinho também, ou seus conhecidos se tornam motoristas mais bem-informados.
    Saúde e sucesso pra vc!

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  13. Sou uma motorista que há poucos dias achava que os ciclistas estavam ocupando um espaço que não lhes pertencia. Achava um absurdo ter que desviar o carro de bicicletas que andavam tão distantes do meio-fio. Certa vez, por pura ignorância, cheguei até a buzinar para um ciclista por esse motivo. Agora, que penso em comprar uma bicicleta (recomendação médica), procurei todo tipo de informação possível sobre o assunto “ciclismo” (tipos de bicicletas, acessórios de segurança, etc) e acabei descobrindo o quão ignorante e desinformada eu era. Lendo o texto e todos esses comentários, entendo que a utilização das vias públicas é direito de todos, independente do meio de locomoção que utilizem. O grande segredo, sem querer ser piegas, para uma boa convivência no trânsito, como em todo o resto, é o RESPEITO. Como obter isso em nossa sociedade é muito complicado devido as instruções e exemplos tortos que recebemos durante a vida, acredito que os sensatos devam cumprir sua parte e esperar e torcer para que os que estejam à nossa volta também tenham essa mesma ideia em suas mentes. É claro que vez ou outra iremos nos deparar com seres como o amigo Ricardo, que dispensa comentários, pois todos já foram feitos e não creio ser necessário repetí-los aqui.
    Enfim, ainda não sou ciclista (espero ser em breve), mas agora, com os olhos abertos, enquanto motorista, procurarei agir de forma respeitosa com quaisquer outros transeuntes e espero que o mesmo seja feito comigo quando estiver sobre duas rodas.

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    1. Parabéns pela mudança de posicionamento, Gracie. Eu mesmo já fui um motorista bastante agressivo, até experimentar o uso da bicicleta na rua e perceber o quanto meu comportamento colocava as outras pessoas em risco, por mais que eu acreditasse ter total controle da situação e confiasse na minha destreza no volante. E o problema é esse mesmo: vencer “as instruções e exemplos tortos que recebemos durante a vida”.

      Sobre o Ricardo, tenho certeza que ele não é má pessoa e não deseja acidentes ou mortes de ciclistas. É que pela visão de mundo e experiência de vida que ele tem, acredita que a melhor maneira de preservar essas vidas é tirando os ciclistas das ruas, para que não corram risco em meio aos carros. Mas tenho esperança que, assim como você, as pesquisas que ele tem feito sobre o assunto ainda o farão ver as coisas de outra forma. 🙂

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