Foto: Pedro Sibahi

De Curitiba ao cânion do Guartelá: cicloturismo com cachoeiras e banhos de rio

Viagem pode ser feita entre 5 a 7 dias (ida, volta e estadia), com a belíssima recompensa do cânion, cachoeiras e opções de rafting, canionismo e rapel.

Salto Santa Rosa. Foto: Pedro Sibahi
Salto Santa Rosa. Foto: Pedro Sibahi

Ao norte de Curitiba (PR) fica um verdadeiro monumento natural pouco explorado pelos paranaenses, mas que merece uma visita de todo viajante que passa pela região. É o cânion do Guartelá, aberto por uma falha geológica no meio do planalto dos Campos Gerais, cortado por um rio e com várias cachoeiras nas proximidades. Lugar perfeito para uma viagem rápida de bicicleta, com direito a banho de cachoeira.

Para essa viagem, é recomendado levar uma barraca, e dependendo do caminho escolhido ela será imprescindível. Protetor solar e repelente de insetos também são importantes. O percurso todo pode ser feito em cinco dias, mas para aproveitar bem, sete dias é o ideal.

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Trajeto

Saindo da capital do estado, o melhor caminho para o Guartelá é pela BR 376 e depois PR 340, passando por Ponta Grossa e depois Castro. A cidade base mais próxima do Guartelá é Tibagi, mas não é necessário chegar até lá para conhecer o cânion. Por esse caminho são 200 quilômetros de distância, que podem ser percorridos em dois ou três dias, dependendo da disposição e da bagagem.

Uma rota alternativa e muito mais difícil, porém com visual mais bucólico, é pela PR 090. A estrada de terra e cascalho tem poucas casas e sítios ao longo do caminho, o que diminui as opções de lugares para se abrigar – aqui entra a barraca. Essa rota também é cheia de morros e bastante poeira. Apesar de isolada, a estrada tem um tráfego razoável de caminhões durante os dias úteis, então deve ser percorrida preferencialmente durante os finais de semana.

Foto: Pedro Sibahi
Foto: Pedro Sibahi

Trilhas, cachoeiras e esportes de aventura

A entrada do Parque Estadual do Guartelá é no quilômetro 247 da PR 340. Por ali fica a Parada do Guartelá, uma operadora de turismo tocada pelo simpático Manoel, que possui um camping a 300 metros de distância. Seguindo pela estrada do parque, há o Camping da Dora bem ao lado da entrada, que abre só aos finais de semana. Para quem busca mais conforto, a Pousada Aguaraguazu é a melhor opção a pouco mais de 1 km do Parque.

Quem visitar o cânion tem duas opções de trilha. A mais básica leva cerca de 2 ou 3 horas e não tem custo, chegando nas proximidades do rio Iapó e passando por rios onde é possível se banhar em “panelas” formadas pela água nas rochas. Há uma trilha mais longa, que passa por pinturas rupestres, mas que necessita a contratação de um guia. Também é possível contratar vários passeios pela região, como rafting, canionismo e rapel, oferecidos pelas operadoras turísticas como a Parada do Guartelá e a Guartelá Ecoturismo.

Depois de conhecer a região do cânion, os mais dispostos ainda podem percorrer mais 40 quilômetros de estrada, com pouco asfalto, partes de calçamento de pedras e muito cascalho, até as cachoeiras do Salto Santa Rosa e Salto Puxa Nervos. Para chegar até aí, saindo do Guartelá, basta seguir mais 18 quilômetros até Tibagi. Da cidade, pega-se a rua Frei Gaudêncio até cruzar com a PR 153, depois continuar em frente, seguindo as indicações pelo caminho por mais 12 quilômetros em estradas de cascalho. Ambas as cachoeiras tem localização marcada no Google Maps.

O Salto Puxa Nervos fica dentro de um sítio onde é possível acampar, com estrutura para churrascos, onde também há um restaurante de comida caseira preparada em forno de lenha. A cachoeira tem cerca de 40 metros e é acessada por uma trilha bem fácil de cerca de 600 metros. A água é muito gelada, daí o nome, mas a lagoa formada pela queda não é profunda e é possível se banhar. A cerca de 3 km dali fica a fazenda do Salto Santa Rosa. Esse tem 60 metros de altura, mas o dono não recomenda entrar pelo risco de cãibras e choque térmico. Nas cachoeiras também é possível fazer esportes de aventura como rapel, mas antes é preciso contratar os pacotes com as agências de turismo da região.

Pedro Sibahi partiu de São Paulo rumo ao sul do país, passando pelo Paraguai, Argentina e Bolívia, para de lá voltar à capital paulista. Acompanhe essa aventura no pedal e conheça as preciosas dicas do viajante. Veja o que Pedro já publicou aqui no Vá de Bike.

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"Panelas" no Parque do Guartelá. Foto: Pedro Sibahi
“Panelas” no Parque do Guartelá. Foto: Pedro Sibahi

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