Uma subida de respeito em San Francisco, Califórnia (EUA). Como lidar?

7 truques para você vencer as subidas mais difíceis com a bicicleta

Dicas para enfrentar as subidas com menos esforço, melhor rendimento e transpirando menos!

Uma subida de respeito em San Francisco, Califórnia (EUA). Como lidar?
Uma subida de respeito em San Francisco, Califórnia (EUA). Como lidar?

Medo de subida? Seus problemas acabaram! 🙂

Veja abaixo algumas dicas para enfrentar esse desafio.

Acha que sua cidade tem muitas subidas? Dá uma olhada nessa aqui, no distrito de Nob Hill, em São Francisco, Califórnia (EUA). Foto: www.freeimages.co.uk

1 Respiração

Nas subidas longas, o melhor é respirar fuuuuuuundo… Inspirar bastante e devagar, até encher bem os pulmões, para depois soltar o ar como se estivesse soprando a chama de uma vela.

Inspirando pelo nariz, o ar entra mais devagar, é filtrado, aquecido e você não fica com a boca seca. Você pode soltar o ar também pelo nariz, mas isso pode dar sensação de falta de ar, devido à demora para voltar a inspirar. Ao expirar, esvazie bem os pulmões, colocando para fora todo o ar que você havia inspirado, para eliminar totalmente o ar viciado e poder encher os pulmões com ar renovado.

Se você inspirar e expirar rapidamente, sem encher plenamente os pulmões, seu coração vai bater mais rápido. Imagino que seja porque o sangue fica menos oxigenado e o coração tem que bombear mais rápido para garantir o suprimento de oxigênio para as células. Ou talvez por alguma reação psicológica, não sou especialista no assunto, mas posso dizer que funciona: respirando fundo, a gente se cansa menos.

Claro que chega uma hora que você não aguenta mais respirar devagar e precisa respirar mais rápido. Tudo bem, só não precisa respirar como se o ar do planeta estivesse acabando. Respire com calma.

Conforme você vai treinando (tanto a atividade física como a respiração), sua capacidade respiratória vai aumentando e você ficará menos ofegante nas subidas.

Atualizado – A leitora Fabiana Paciulo, farmacêutica, fez um comentário importante: “O aumento da frequência respiratória é devido a uma maior formação de CO2 que deve ser expelido, logo é um processo natural quando ocorre o esforço físico (você sente a necessidade de respirar mais rápido) e tentar modificar isso pode levar à acidose, que pode ocasionar tonturas, visão borrada, cansaço muscular e até vômitos, além daquela dorzinha clássica debaixo das costelas, dentre outros efeitos. Um ponto em que as pessoas erram muito é segurar a respiração durante o esforço físico e aí o mal estar é inevitável. Deve-se respirar profundamente mas sem segurar o ar, apenas seguindo a vontade natural de respirar mais rapidamente, caso contrário você irá reter o CO2 produzido provocando acidose e alterando o pH do sangue.” Obrigado, Fabiana! 🙂

2 Ritmo da pedalada

Já vi citações de que manter a cadência em 90 RPM permite uma melhor utilização do oxigênio, tanto nas retas como nas subidas. A experiência prática me faz crer que isso realmente funciona. Se for possível manter essa cadência (equivalente a uma volta e meia do pedal por segundo), a respiração será melhor aproveitada.

O motivo para esse meio-termo na cadência é que se você girar muito rápido, ficará ofegante; se girar devagar, fará mais esforço e sentirá rapidamente o cansaço muscular.

3 Postura

A postura também influencia seu desempenho nas subidas. Pedalar em pé cansa mais, embora alguns ciclistas mais preparados prefiram fazer isso porque permite subir mais depressa (e melhora a musculatura abdominal).

Se você quiser tentar, o ideal é usar seu peso para impulsionar o pedal para baixo, para “economizar perna”. Com a prática, você pode pender a bicicleta para o lado contrário ao qual está fazendo pressão com pé, usando também os braços nesse esforço (melhora o rendimento, melhora a musculatura superior, cansa menos).

Um problema de pedalar em pé é que as suspensões, tanto a dianteira como a traseira (caso você as tenha), roubarão mais força da pedalada, afundando cada vez que você desce o pé. Outro ponto ruim é que o centro de gravidade fica mais à frente: se o chão estiver escorregadio ou com pedras soltas, a roda de trás vai patinar.

Alguns dos que pedalam sentados usam uma técnica de “remar” com o guidão, puxando ele para trás conforme se aplica força adiante nos pedais. Se a subida estiver realmente puxada, isso ajuda, mas é preciso ter força nos braços porque cansa bastante. Essa técnica também ajuda a evitar que a suspensão dianteira roube energia da pedalada.

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4 Altura do selim

O selim deve estar na altura correta, porque um banco muito baixo força demais o joelho e pode causar dores. Para colocar o selim na altura correta, faça o seguinte: sentado no selim, com o pedal na parte mais baixa da curvatura da pedalada, coloque o pé em cima dele na posição em que você costuma pedalar (para quem tem pedal de encaixe, mantenha o pé “clipado”); a perna deve ficar quase totalmente esticada, mas não totalmente.

Um outro método utilizado por alguns é apoiar o calcanhar no pedal e deixar a perna totalmente esticada. Dessa forma, quando você apoiar o pé da forma em que ele é utilizado na prática, a perna estaria com a angulação correta.

O ajuste fino da altura do selim varia de pessoa para pessoa, use o que for mais confortável para você. Mas saiba que quanto mais dobrada a perna estiver, maior o esforço na patela (joelho); por outro lado, se a perna estiver muito esticada você ficará “rebolando” no selim enquanto pedala, o que pode causar assaduras como resultado do atrito constante. A perna muito esticada também pode causar dores na parte posterior do joelho.

Uma marcha muito pesada pedalando em pé também pode forçar demais o joelho, é melhor subir girando um pouco mais rápido mas fazendo menos força.

5 Zigue-zague

Se a subida for muito íngreme e a largura da via e o tipo de terreno permitirem, você pode optar por subir em zigue-zague. Vai demorar mais para terminar a subida, porque a distância a percorrer vai aumentar, mas a inclinação relativa diminui, o que em subidas muito fortes pode ser vantajoso.

Só não é recomendável fazer isso em um trecho urbano, porque um carro pode aparecer de repente despencando na descida e te deixar sem tempo para sair do caminho dele. Para não correr riscos ao pedalar nas ruas, sua trajetória deve ser previsível para os motoristas, que não devem ser pegos de surpresa.

6 Transpiração

Pedalar rápido ou com esforço numa subida significa transpirar, mesmo no frio. Se você estiver usando roupas casuais ou não quiser chegar transpirando, coloque na menor marcha e suba pedalando leve. Ou então desmonte e empurre: você não será “menos ciclista” se fizer isso!

Para não transpirar muito ao pedalar e poder usar a mesma roupa que você pretende usar ao chegar ao seu destino, pedale devagar e faça paradas pelo caminho. Quando sentir que está transpirando mais do que gostaria, pare em uma sombra (de preferência onde um vento te refresque), tire o capacete e tome um pouco daquela água gelada que você sempre leva (né?). Respire, descanse alguns minutos e continue a pedalada.

7 Mude o caminho

Geralmente há alguma alternativa àquela subida intransponível. Ainda que signifique aumentar o percurso em algumas quadras, isso pode tornar seu trajeto menos cansativo. Experimente mudanças na sua rota, procure no mapa por alternativas.

Busque caminhos onde a subida não seja contínua, mas escalonada. Se precisa ir a uma área mais alta da cidade, você pode tentar subir aos poucos, alternando com deslocamentos na transversal em ruas perpendiculares. Suba uma quadra, siga outra quadra na transversal plana; suba outra quadra, mais um trecho plano. Se as ruas da região permitirem, essa técnica pode ajudar bastante.

Como você faz para vencer – ou evitar – as subidas no seu caminho?
Conte pra gente aqui nos comentários!

225 comentários em “7 truques para você vencer as subidas mais difíceis com a bicicleta

  1. Olá amigos, primeiramente adoro as matérias do vá de bike.É muito bom ver esse movimento crescente de ciclistas, já que pedalo desde os 12 anos, e quando comecei só via eu de menina,rs.
    Sou farmacêutica e queria discutir o ponto da respiração:
    O aumento da frequência respiratória é devido a uma maior formação de CO2 que deve ser expelido, logo é um processo natural quando ocorre o esforço físico (você sente a necessidade de respirar mais rápido) e tentar modificar isso pode levar à acidose que pode acasionar tonturas, visão borrada, cansaço muscular e até vômitos,além daquela dorzinha debaixo das costelas, clássica, dentre outros efeitos. Um ponto em que as pessoas erram muito é segurar a respiração durante o esforço físico e aí o mal estar é inevitável.
    Deve-se respirar profundamente mas sem segurar o ar, apenas seguindo a vontade natural de respirar mais rapidamente, caso contrário você irá reter o CO2 produzido provocando acidose e alterando o pH do sangue.

    Quem quiser saber mais nesse site tem uma matéria que esclarece: http://www.mundoeducacao.com/quimica/alcalose-acidose-no-organismo-humano.htm

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  2. O principal obstáculo de pedalar nas ladeiras de São Paulo são os motoristas chatos que colam na sua traseira e ficam te xingando antes de tirar uma “fina” de você na ultrapassagem. Sem esse tipo de gente tudo seria muito mais fácil.

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  3. Eu particularmente adoro uma subida moro em minas gerais minha cidade e cercada de cerras algumas subidas de 12km subindo sem parar da um preparo muito bom!!! Com ritmo, respiração e o preparo físico vc vence qualquer subida

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  4. muito bom esses comentarios , bom mesmo é andar em uma estrada de terra , com varias subidas e alguns buracos , mas quando chega a noite voce vai ter que dormir de bruço kkkkkkkkk a poupança dói um pouco , mas bom é um asfalto bem lisinho que eu ando todo domingo !!

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  5. bom seria se todos fosem educados e levassem em consideracao que quantoxmaior o veiculo, mais dificil pararvemos axtodo momento pedestres atrsvesando sem nem olhar para o lado , como se o transitoxdevesse parar so paraxele passar e tambem vemos motoristas que se julgam no direito de jogar o veiculo em cima de pedestres ou outros veiculos que estejam por perto.
    ASsim e dificil um transito sem acidentes ou coisas piores

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  6. olá pessoal tenho 47 anos de idade e depois da juventude voltei a pedalar a uns dois anos estou sempre olhando-
    as dicas que vocês dão e posso atestar que funcionam já consigo pedalar 50 kl sem grandes dificuldades e isso-
    em sampa que é uma loucura.
    Muito Obrigado e continuem a nos dar dicas.

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  7. gostei muito de todos os comentarios,sou novato na baiqu traseiraee mas sou muito perceptivel com minha resistencia fizica em como me dar melhor nas subidas,minha escola foi ir de foz do iguacu para asuncion no paraguai,328 km.tres dias de pedaladas,no comeso da decida pedalava o suficiente e deichava correr,recomesava a pedalar cuando diminuia a velocidade,cuando sentia os musculos das pernas ja baichava uma marcha trazeira depois outra mais outra e uma dianteira depois as outras trazeiras e por fim a ultima dianteira,sempre sem forsar as pernas,confeso que foi muito bom a ponto de meus amigos nao acreditar na minha inesperiencia,minha dica e pedalar cempre sem esplodir, nao forsar e dizer pra si mesmo.eu posso, eu vou chegar la.nese momento so pense coisas boas,pense em quem vc gostaria que estivece te vendo,converce com Deus e agradesa por sua saude e por tudo oque ele te da e ja era,ja chegou.

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  8. Eu faço o seguinte, somo a postura adequada com uma respiração não tão ofegante para q o cansaço não venha à tona.
    Esta matéria foi de extrema valia aos bikers, sejam amadores e profissionais e isto só temos a acrescentar para o bom desenvolvimento da pedalada, obd pela dica e já repassei aos amigos BIKERS.

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  9. Quando iniciei minha mulher no ciclismo, as subidas eram um terror pra ela ao ponto de querer desistir do trajeto. Comecei a entoar um mantra pra ela todas as vezes que nos deparávamos com essa situação, que é o seguinte: ” quanto mais devagar você for, maior será a sua chance de chegar lá em cima!”. Depois disso ela passou a sentir aquele gostinho bom demais da conquista de um ladeirão !!!

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  10. Moro em Porto Alegre em uma zona alta, então, na volta para casa,tenho sempre uma grande subida para enfrentar.
    Resolvi o problema colocando na bike uma catraca MEGARANGE. Não é muito cara e alivia muito o esforço na subida.
    Vale a pena!!!!!!!!!!!

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